Podcast 45 (120º) – Náutico e Sport na Copa do Brasil, Sula e semifinais do PE

As classificações e objetivos de Náutico e Sport na Copa do Brasil foram analisados no 45 minutos por óticas distintas. No Alvirrubro, o resgate técnico e a necessidade das cotas. No Leão, uma campanha até a provável saída para a disputa da Sul-Americana. Por sinal, na vitória contra o Cene, a torcida protestou bastante contra o técnico Eduardo Batista. Era para tanto? O assunto também entrou na pauta, assim como as semifinais do Estadual – com a “volta” do Santa – e a expectativa para o duelo entre Salgueiro e Flamengo, pela Copa do Brasil.

Nesta 120ª edição, com 1h21min, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Sem mata-mata, Estadual registra 414 mil torcedores e renda de R$ 4,8 milhões

Pernambucano 2015, 10ª rodada: Sport 1x1 Santa Cruz, Salgueiro 4x1 Náutico e Serra Talhada 2x1 Central. Fotos: Daniel Leal/DP/D.A Press (Ilha), Jorge Burégio/FPF (Cornélio de Barros) e FPF/site oficial (Pereirão)

Resta apenas o mata-mata no Estadual de 2015. Claro, é a fase com o maior potencial de captação de público, e, também, a última chance de elevar o baixo índice de 3.666 torcedores – o pior desde 2005. Teremos oito jogos, incluindo a disputa pelo 3º lugar, que vale vaga nas Copas do Nordeste e do Brasil.

Seguem na disputa Sport e Santa Cruz, protagonistas do campeonato das multidões, até aqui com liderança coral. No domingo, no Clássico das Multidões, 18.015 pessoas foram à Ilha do Retiro numa partida que pouco valia – contudo, o borderô só foi divulgado pelos rubro-negros na segunda. Capital à parte, os estádios Luiz Lacerda (Caruaru) e Cornélio de Barros (Salgueiro) devem registrar os maiores público no interior na edição de 2015.

Por sinal, Central e Salgueiro já ultrapassaram a média de público do Náutico, a penúltima do hexagonal principal. Em relação à arrecadação, a bilheteria após os 98 jogos “abertos” foi de R$ 4,8 milhões. A FPF, como se sabe, fica com 8% da renda bruta. Logo, a federação já abocanhou R$ 384.056.

Confira abaixo os dados de público e renda atualizados após cinco rodadas dos hexagonais do título e do rebaixamento, de acordo com o borderô oficial da FPF. Confira todas as médias de 1990 a 2014 clicando aqui.

1º) Santa Cruz (5 jogos como mandante, 4 no Arruda e 1 na Arena)
Total: 71.690 pessoas
Média: 14.338
Taxa de ocupação: 25,03%
Renda: R$ 1.169.822
Média: R$ 233.964
Presença contra intermediários (3): T: 32.833 / M: 10.944

2º) Sport (5 jogos como mandante, 3 na Ilha e 2 na Arena)
Total: 58.465 pessoas
Média: 11.693
Taxa de ocupação: 30,54%
Renda: R$ 1.002.062
Média: R$ 200.412
Presença contra intermediários (3):T: 26.931 / M: 8.977

3º) Salgueiro (5 jogos como mandante, no Cornélio)
Total: 25.392 pessoas
Média: 6.348
Taxa de ocupação: 64,01%
Renda: R$ 191.365
Média: R$ 47.841

4º) Central (12 jogos mandante, no Lacerdão)
Total: 64.444 pessoas
Média: 5.370
Taxa de ocupação: 27,57%
Renda: R$ 628.565
Média: R$ 52.380

5º) Náutico (5 jogos como mandante, na Arena)
Total: 23.082 pessoas
Média: 4.616
Taxa de ocupação: 9,98%
Renda: R$ 499.800
Média: R$ 99.960
Presença contra intermediários (3): T: 12.393 / M: 4.131

6º) Serra Talhada (12 jogos como mandante, no Nildo Pereira)
Total: 44.316 pessoas
Média: 3.693
Taxa de ocupação: 73,86%
Renda: R$ 341.226
Média: R$ 28.435

As capacidades (oficiais) dos estádios usadas para calcular a taxa de ocupação: Arruda (60.044), Arena Pernambuco (46.214), Ilha do Retiro (32.983), Lacerdão (19.478), Cornélio de Barros (9.916) e Nildo Pereira (5.000).

Geral – 113 jogos (1ª fase, hexagonais do título e da permanência e mata-mata)*
Público total: 414.355
Média: 3.666 pessoas
TCN: 311.246 (75,11% da torcida)
Média: 2.754 bilhetes
Arrecadação: R$ 4.800.708
Média: R$ 42.484
* Foram realizadas 116 partidas, mas 3 jogos ocorreram de portões fechados.

Fase principal – 30 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 243.503
Média: 8.116 pessoas
TCN: 151.047 (62,03% da torcida)
Média: 5.034 bilhetes
Arrecadação total: R$ 3.487.534
Média: R$ 116.251

Ranking dos pênaltis e dos cartões vermelhos (10)

Pernambucano 2015, 10ª rodada: Salgueiro 4x1 Náutico. Foto: George Fernandes / Supramax

Foram 6 expulsões nas 27 primeiras partidas do hexagonal do título. Na derradeira rodada da fase principal do Campeonato Pernambucano de 2015, foram nada menos que 5 cartões vermelhos distribuídos! Desfecho nervoso ma Ilha, no Cornélio e no Pereirão. Apenas um time saiu sem expulsão, o Sport. E o único pênalti marcado no fim de semana foi a favor do Leão, quando Danny Morais derrubou Samuel, sozinho na área (ambas as marcações corretas). Com isso, o Sport terminou na liderança dos rankings levantados pelo blog, tanto em penalidades a favor quanto em adversários expulsos.

Vale registrar a arbitragem no Cornélio de Barros. Lá poderia ter sido batido o 8º pênalti, mas o árbitro Nielson Nogueira voltou atrás na marcação – o lance foi fora da área. Consulta às imagens da TV? A confusão foi grande.

Pênaltis a favor (7)
3 pênaltis – Sport
2 pênaltis – Salgueiro
1 pênalti – Santa Cruz e Serra Talhada
Sem penalidade: Náutico e Central

Salgueiro desperdiçou um pênalti
Santa desperdiçou um pênalti

Sport evitou uma penalidade
Náutico evitou uma penalidade

Pênaltis cometidos (7)
2 pênaltis – Serra Talhada e Santa Cruz
1 pênalti – Sport, Náutico e Salgueiro
Sem penalidade: Central

Cartões vermelhos (11)
1º) Sport – 3 adversários expulsos, 2 cartões vermelhos
2º) Salgueiro – 2 adversários expulsos, 2 cartões vermelhos
2º) Náutico  – 2 adversário expulsos, 2 cartões vermelhos
4º) Central – 1 adversário expulso, 1 cartão vermelho
4º) Serra Talhada – 1 adversário expulso, 1 cartão vermelho
6º) Santa Cruz – 2 adversário expulsos, 3 cartões vermelhos

Eis os líderes em todas as edições, considerando apenas as fases classificatórias, sem os mata-matas:

Mais pênaltis a favor
2009 – Náutico (7)
2010 – Náutico (11)
2011 – Náutico/Araripina (7)
2012 – Santa Cruz (8)
2013 – Sport/Porto (6)
2014 – Santa Cruz (2)
2015 – Sport (3)

Mais pênaltis cometidos
2009 – Ypiranga (11)
2010 – Porto (12)
2011 – Petrolina/América (7)
2012 – Araripina (10)
2013 – Belo Jardim (5)
2014 – Porto (4)
2015 – Santa Cruz/Serra Talhada (2)

Confira os rankings anteriores, completos: 2009, 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014.

Análise da semifinal pernambucana de 2015 – Salgueiro

Pernambucano 2015, 7ª rodada: Salgueiro 1x0 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O Salgueiro está em mais uma semifinal do Estadual, a terceira em sua história. Terminou o hexagonal a 14 pontos de distância do líder Sport, seu adversário no mata-mata. Derrotado pelo Leão nos dois jogos na primeira fase, o time conta agora com um entrosamento melhor, sobretudo pelas boas campanhas no Nordestão e na Copa do Brasil – no certame local foram apenas três vitórias.

O Carcará chegou a atuar nas três frentes simultaneamente, já com uma formação com a cara do técnico Sérgio China, com muita força. Para alcançar a sua primeira final no Pernambucano, o Carcará terá que superar o seu passado. Nas duas primeiras semifinais disputadas, esteve pertinho da decisão, ganhando o jogo de ida no calor do Cornélio de Barros.

Em 2012, contra o Santa Cruz, teve o empate a favor, mas perdeu no Mundão. No ano passado, por causa do regulamento, até perdendo teria chance, através da disputa de pênaltis. Dito e feito, mas saiu derrotado de todo jeito, frustrando a população salgueirense, que assistiu à partida em um telão na cidade.

Desempenho na semifinal (2010/2014)
2 participações (2012 e 2014) e nenhuma classificação

Formação básica do Náutico no Salgueiro 2015. Crédito: this11.com com arte de Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Destaque
Rodolfo Potiguar. Além da marcação, o cabeça de área vai ganhando mais liberdade no ataque. No Nordestão marcou um belo gol no Castelão e contra o Náutico, no 4 x 1 que valeu a vaga na semi, apareceu como centroavante.

Aposta
Anderson Lessa. O atacante começou a temporada desperdiçando um pênalti na Arena. Se recuperou, ganhou a titularidade e passou a ser referência na área. Ainda está longe daquele jogador que despontou no Náutico, em 2008.

Ponto fraco
Luciano. O experiente goleiro do Carcará já passou em inúmeras divisões do Brasileiro vestindo a camisa 1 do clube. Porém, falha mais do que a média, principalmente em finalizações de média distância.

Campanha no hexagonal (10 jogos)
11 pontos (4º lugar)
3 vitórias (5º que mais venceu)
2 empates (2º que mais empatou)
5 derrotas (5º que menos perdeu)
10 gols marcados (3º melhor ataque)
13 gols sofridos (5ª melhor defesa)

Melhor apresentação: Santa Cruz 0 x 1 Salgueiro, em 21 de fevereiro, na Arruda.

Podcast 45 (117º) – Estadual, Nordestão, violência no clássico e crise no Náutico

Haja assunto no fim de semana. Última rodada do Campeonato Pernambucano com Clássico das Multidões, eliminação do Náutico, semifinal do Nordestão batendo a porta e a recorrente violência na chegada e na saída dos estádios na capital. Tudo isso entrou na pauta do 45 minutos, mas em duas edições distintas. Estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Na primeira parte do podcast, com 1h02min, o desfecho do hexagonal do título tomou boa parte do tempo, já projetando os confrontos Sport x Salgueiro e Central x Santa Cruz – sem pipocar, indicamos os favoritos. O aguardado duelo entre Sport x Bahia, pela Copa do Nordestão, também teve vez.

Com 56 minutos, a segunda parte tratou apenas do Náutico, que neste 7 de abril chegará a 114 anos. Aniversário em um momento turbulento, eliminado de forma precoce do estadual e do regional, além do ambiente político instável. A discussão foi do passado ao futuro do Alvirrubro.

Capital x Interior nas semifinais do Campeonato Pernambucano de 2015

Semifinais do Campeonato Pernambucano de 2015: Sport x Salgueiro x Central x Santa Cruz. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

O interior nunca chegou tão forte à fase decisiva do Campeonato Pernambucano desde a criação do sistema com semifinal e final, em 2010. Com dois representantes neste ano (Central e Salgueiro), aumenta a chance de por fim ao incômodo jejum na história do futebol local. Apenas Pernambuco e Rio de Janeiro jamais consagraram um campeão estadual fora da capital. Por aqui, o máximo foi o vice-campeonato, em 1997 e 1998 com o Porto e em 2007 com Central. No atual formato, foram cinco eliminações em cinco semifinais.

Não por acaso, a presença de Sport (40 títulos) e Santa Cruz (27) na semifinal é um indício fortíssimo de que a taça deve permanecer no Recife. Além de já terem decidido a competição em 23 edições, desde a implantação da fórmula vigente, com o G4, os troféus só ficaram no Arruda (3) e na Ilha do Retiro (2).

Contudo, para manter a taça à beira-mar, o Leão precisará viajar viajar até Salgueiro (515 km), enquanto a Cobra Coral irá a Caruaru (130 km)…

Análise dos semifinalistas: Sport, Central, Santa Cruz e Salgueiro.

Qual será a final do Campeonato Pernambucano de 2015?

  • Sport x Central (41%, 400 Votes)
  • Sport x Santa Cruz (36%, 352 Votes)
  • Salgueiro x Santa Cruz (16%, 159 Votes)
  • Salgueiro x Central (7%, 73 Votes)

Total Voters: 984

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Presenças na semifinal estadual de 2010 a 2015: Sport (6), Santa Cruz (6), Náutico (5), Salgueiro (3), Central (2), Porto (1) e Ypiranga (1).

Confira mais detalhes sobre a rodada final do hexagonal do título clicando aqui.

Pernambucano em 2 linhas – 10ª/2015

Pernambucano 2015, 10ª rodada: Sport 1x1 Santa Cruz, Salgueiro 4x1 Náutico e Serra Talhada 2x1 Central. Fotos: Paulo Paiva/DP/D.A Press (Ilha), Jorge Burégio (Cornélio de Barros) e twitter.com/FcTalhada (Serra)

As semifinais definitivas: Sport x Salgueiro e Central e Santa Cruz.

A 10ª rodada foi muito movimentada, com dez gols. O desfecho do hexagonal proporcionou cenário inédito no mata-mata. Pela primeira vez, desde que o sistema de semifinais foi implantado, em 2010, dois times do interior terminaram no G4. Com a presença da Patativa e do Carcará, já é certo que o interior será representado na Copa do Nordeste de 2016, uma vez que o estado tem três vagas – claro, há a possibilidade de os dois se classificarem.

Quanto ao Náutico, lanterna na fase, ficou o registro da sua pior campanha de 1997, apesar das queixas de seu presidente, Glauber Vasconcelos, sobre o suposto uso de imagens da TV na derrota no Cornélio de Barros, que resultaram na volta atrás em pênalti marcado. Acho improvável que o jogo seja anulado.

Saíram 69 gols nos 30 jogos desta fase do #PE2015, com média de 2,3. Porém, em relação à artilharia oficial, na qual a FPF considera os dois hexagonais e o mata-mata. Portanto, Kiros, do Porto, tem 10 gols e é o líder, mesmo atuando apenas no hexagonal do rebaixamento. Curiosamente, o centroavante marcou outros 9 gols no 1º turno, que não entram na conta.

Sport 1 x 1 Santa Cruz – Em um clássico sem tanto apelo, mas disputado, os corais empataram no último lance do domingo, com João Paulo.

Salgueiro 4 x 1 Náutico – Focado totalmente no jogo, o Carcará não perdoou nem quando Júlio César foi expulso, com um jogador de linha indo para o gol.

Serra Talhada 2 x 1 Central – O Cangaceiro marcou o gol da vitória aos 45 do 2º tempo, com Jessuí, o suficiente para deixar a última posição do hexagonal.

Destaque: João Paulo. Mesmo puxado, conseguiu cabecear para as redes de Magrão. Além disso, foi o jogador mais lúcido do Santa no clássico na Ilha.

Carcaça: Nielson Nogueira. Não vai admitir a consulta às imagens da TV, mas a forma como conduziu o lance no Cornélio minou a sua arbitragem.

Tabela das semifinais:

Ida
19/04 – Salgueiro x Sport
19/04 – Santa Cruz x Central

Volta
26/04 – Sport x Salgueiro
26/04 – Central x Santa Cruz

Classificação do hexagonal do título do Pernambucano 2015 após a 10ª rodada. Crédito: Superesportes

Salgueiro elimina o Náutico pela segunda vez em 2015 e chega à semifinal estadual

Pernambucano 2015, 10ª rodada: Salgueiro x Náutico. Foto: Jorge BurégioFPF/site oficial

Pela segunda vez na temporada, o Salgueiro eliminou o Náutico, mesmo sem um mata-mata sequer. Quis o destino que as últimas rodadas do Nordestão e do Pernambucano agendassem o duelo entre o Carcará e o Timbu. Em ambos os casos, no Cornélio de Barros e com o visitante jogando pelo empate. No regional, o time de Sérgio China atropelou. No Estadual, um solzão daqueles no Sertão, neste domingo, idem.

O resultado começou a ser construído antes dos dez minutos. Tamandaré cruzou e Rodolfo Potiguar, entre dois zagueiros, marcou de cabeça o seu primeiro gol na competição. Em desvantagem tão cedo, o Náutico precisou se expor, tudo o que Lisca não queria, consciente da deficiência técnica causada pelos desfalques.

A situação só piorou com a saída de Carmona, destaque na estreia da Copa do Brasil. Sentiu uma lesão e deixou o time completamente sem criatividade. A classificação sertaneja foi sacramentada aos 4 minutos da etapa complementar, no chutaço de Valdeir, também balançando as redes pela primeira vez. Nem a expulsão de Pio, deixando o Alvirrubro em vantagem numérica, adiantou. O time estava atordoado – com direito um pênalti anulado após suposta consulta à TV. Sem diminuir o ritmo, o mandante fez 4 x 1.

Rodado, o Salgueiro despachou o adversário e alcançou a semifinal local pela terceira vez: 2012, 2014 e 2015. Enfrentará o Sport disposto a enfim avançar à final. Pela televisão, o Timbu, 6º lugar com duas vitórias em dez jogos, acompanhará o desfecho após a sua pior campanha desde 1997, na mesma 6ª posição. Pior. Também acompanhará pela tevê a Copa do Nordeste de 2016…

Pernambucano 2015, 10ª rodada: Salgueiro x Náutico. Foto: Jorge BurégioFPF/site oficial

Podcast 45 (116º) – Estreias na Copa do Brasil, 10ª rodada do Estadual e G4 do NE

O último podcast na Semana Santa traz um balanço das estreias pernambucanas na Copa do Brasil, com vitórias de Salgueiro, Sport e Náutico, das quais apenas a do Carcará garantiu a classificação antecipada. O 45 minutos também analisa os preparativos para a rodada final do hexagonal do título do Campeonato Pernambucano de 2015, com um Clássico das Multidões na Ilha do Retiro. E a última vaga, fica com o Náutico ou o Salgueiro?

Para completar, um debate sobre quais seriam os maiores times do Nordeste…

Nesta 116ª edição (1h25min), estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Mando de campo dos clubes do interior na Arena sob protesto, moral e esportivo

Protesto da torcida o Central. Foto: Raniere Marcelo/twitter

Sobre o local da partida entre Salgueiro e Flamengo, pela Copa do Brasil, o presidente do Carcará, Clebel Cordeiro vetou a mudança para a Arena:

“Por que o comedor de rapadura de Salgueiro só pode ver jogo pequeno no estádio e os grandes na televisão? Ele tem que assistir a todos no estádio”.

Sobre o local da partida entre Central e Santa Cruz, pela semifinal do Estadual, o presidente da Patativa, Francisco Noé, revelou a negociação com a Arena:

“Se for algo interessante para o Central, nós levamos o jogo para lá, sem problema algum. A partir de R$ 400 mil seria vantajoso para nós”.

A diferença na atitude dos dirigentes dos maiores clubes do interior do estado explica um pouco o protesto da torcida alvinegra no Lacerdão (acima), exigindo a manutenção do confronto contra os tricolores em Caruaru. Enquanto isso, o Salgueiro já confirmou o local em seu facebook (abaixo).

Sobre a possível mudança do Central, elaborei alguns pontos.

1) O Central não chegava à fase final do certame local desde 2010. E agora, na hora ponto alto, a direção simplesmente tira o jogo do Agreste e o leva à região metropolitana, no reduto dos torcedores adversários? Por mais que alguns baluartes do juridiquês insistam na tese da não inversão (afinal, o jogo seria em São Lourenço, e não no Recife), há um favorecimento esportivo claro.

2) A situação seria igual àquela de Sport x Náutico, na Arena Pernambuco? Não vejo igualdade. No clássico o palco é um campo neutro, tanto que o estádio foi erguido para abrigar os 20 principais jogos dos três grandes clubes. O mando ali, à parte da Ilha e do Arruda, seria natural. Não por acaso, em 2014 o Santa Cruz jogou 6 vezes como mandante e o Sport atuou em 7 oportunidades.

3) Sobre a proposta de R$ 400 mil, que poderia ajudar o caixa do Central, vale observar também pelo prisma do consórcio. Considerando a cota ao clube do interior e a despesa operacional da partida, a bilheteria teria que superar os R$ 500 mil. Em toda a história local, menos 40 jogos superaram essa marca. Caso a meta não seja alcançada, quem pagaria a conta? O governo do estado (a gente), de novo. Em 2013 e 2014 o rombo foi de R$ 54 milhões.

4) O Lacerdão é um estádio com 19.478 lugares, o maior palco particular do interior do Nordeste, em uma cidade com quase 400 mil habitantes. Ignorar todo esse contexto é jogar um balde de água gelada na torcida alvinegra.

5) Apenas Náutico, Santa e Sport podem mandar jogos na Arena Pernambuco? Não, obviamente. Mas um time do interior como mandante contra um da capital parece um tanto óbvio o erro no mérito esportivo.

Esta foi apenas a opinião do blog. Comente também…

Salgueiro confirmando jogo com o Flamengo no Cornélio de Barros: Crédito: facebook.com/SalgueiroAtleticoClube