Quem manda lá, e não esconde de ninguém, é Carlos Alberto Oliveira. Ele prova isso ao passar por cima até do calendário da CBF.
A CBF libera apenas 23 datas para os Estaduais.
Em Pernambuco, o Estadual de 2011 utilizará mais uma vez um número acima do permitido pela Confederação Brasileira.
Serão 26 jogos rodadas, entre fase classificatória e mata-mata decisivo.
Em uma reunião extraordinária nesta quarta-feira, a FPF antecipou o Pernambucano de 16 para o dia 13 de janeiro. Paliativo.
Seriam quatro jogos em oito dias. Agora, apenas um intervalo será “sufocado”.
Entre a 3ª e 4ª rodadas não há solução. O desgaste físico é iminente, com um intervalo entre os jogos de apenas 48 horas. Segundo normas da CBF, deveriam ser 66.
O mandatário da Federação Pernambucana de Futebol, no entanto, diz que não há o que fazer e que continuará assim.
“Não tem nada que eu possa fazer. O clubes querem jogar a semifinal, então continuará sendo assim. E a imprensa, que fez uma polêmica com isso, que faça a tabela dela. Sou o presidente da FPF e não abro mão das minhas atribuições”.
OLIVEIRA, Carlos Alberto.
Não só a imprensa pode fazer, mas qualquer torcedor, presidente.
Exigências do dirigente: elaborar uma competição com 12 clubes e formato de semifinal e final e em 23 datas. Como ficaria? Está lançado o desafio.
Elaborei uma fórmula com os critérios. Confira nos comentários e faça a sua!
Pernambuco já revelou muitos craques no futebol. Alguns dos melhores da história.
Muitos deles brilharam nos clubes do estado antes de serem negociados. Outros tantos, é verdade, saíram ainda na categoria juvenil para times das regiões Sul e Sudeste.
Mas sempre houve uma preparação forte, uma base reconhecida.
Regularmente, se disputa por aqui os Estaduais infantil, juvenil e júnior.
Porém, os testes ficam praticamente restritos ao limite geográfico do estado. É preciso haver intercâmbio e estrutura – uma consequência do investimento, é claro. O retorno, já sabemos, é garantido…
Por isso, vale apontar uma constatação de que os grandes clubes do Recife não seguem esse caminho. Está registrado na Copa São Paulo de Futebol Júnior.
A edição de 2011 será a 5ª consecutiva sem a presença da garotada de Sport, Santa Cruz e Náutico – que também estão fora do Brasileiro Sub-20, no próximo mês. Desde 2007, apenas o Porto de Caruaru marcou presença constante. O Ypiranga também participou em 2008 e 2009, sem sucesso. Este ano foi a estreia do Atlético Pernambucano, de Carpina. No próximo ano vão viajar apenas Porto e Vitória.
Vale ressaltar que essas participações do interior acontecem com um esforço enorme para captar recursos. Entre 2004 e 2010, o estado se classificou para a segunda fase em apenas uma oportunidade: Porto, em 2007, até as oitavas de final. É muito pouco.
Enquanto isso, os jovens valores são alçados ao profissionalismo sem os fundamentos básicos, como marcação, cruzamento, chute… Fora a preparação psicológica.
Veja o regulamento e os grupos da Copinha de 2011, com 92 times, clicando AQUI.
A premiação paga pelo Clube do 13 ao vencedor do Campeonato Brasileirão da Série A de 2010 será 60% maior que o valor no ano passado.
Mas o bônus não fica restrito ao clube que erguer a taça. Dos 20 times, 16 vão receber algum bônus. Somente os quatro rebaixados é que ficarão de fora, naturalmente.
R$ 8 milhões: campeão
R$ 4 milhões: vice-campeão
R$ 3 milhões: 3º lugar
R$ 2 milhões: 4º lugar
R$ 1 milhão: do 5º lugar ao 14º
R$ 500 mil: 15º e 16º colocados
Ou seja, se não cair, o clube já fatura um extra de R$ 500 mil. Se fizer uma campanha um pouquinho de nada melhor – acabando no máximo na 14ª posição -, o cash dobra!
Infelizmente, Pernambuco está fora da Série A de 2011. Mas é bom a cartolagem local abrir o olho, pois o próximo ano encerra o triênio do contrato vigente para a transmissão do Braileirão pela Rede Globo. Para exibir com exclusividade as edições de 2009, 2010 e 2011, a emissora carioca pagou ao Clube dos 13 a fortuna de R$ 1,4 bilhão. Posteriormente, a entidade rateou a receita em cotas heterogêneas.
O acesso na Série B de 2011 deixará o clube inserido em um novo contrato, provavelmente bem superior ao atual, já bilionário.
O Clube do 13 já anunciou que o próximo pacote do Nacional, válido a partir de 2012, também terá exclusividade na TV aberta – além disso, a entidade deverá ser ampliada, de 20 para 40 membros. Assim, Globo e Record travam uma guerra os bastidores para abocanhar o contrato, que deverá ser estendido até 2014, na nossa Copa do Mundo.
A partir de agora, na hora de planejar as receitas e as despesas da temporada, os clubes do futebol pernambucano vão poder levar em consideração esse “13º salário” no fim do ano. Desde que não sejam rebaixados. Aí está a bronca.
Saiu a tabela do Campeonato Pernambucano de 2011. Uma tabela surreal.
Em primeira mão, o portal Superesportes antecipou a ordem das 22 rodadas da fase classificatória do próximo Estadual, que começará em 16 de janeiro (veja AQUI).
Porém, basta dar uma rápida observada na tabela para ter a certeza que o nosso futebol ainda carece de um “pouco” de organização.
Explico: de acordo com o Estatuto do Torcedor, o intervalo entre jogos oficiais é de pelo menos 72 horas – três dias. Veja abaixo as datas das primeiras rodadas.
1ª rodada – 16 de janeiro (domingo)
2ª rodada – 18 de janeiro (terça-feira, 5 jogos) e 19 de janeiro (quarta-feira, 1 jogo)
3ª rodada – 20 de janeiro (quinta-feira, 4 jogos) e 21 de janeiro (sexta-feira, 2 jogos)
4ª rodada – 23 de janeiro (domingo)
4 rodadas em 8 dias.
Intervalos de 48 horas… Algo visto pela última vez na década passada.
O modelo segue a fórmula absurda com três jogos por semana até a 7ª rodada, quando o Estadual passa a ter dois jogos a cada sete dias. A fase acabará em 17 de abril.
Mas, como o mandatário da FPF, Carlos Alberto Oliveira já afirmou, o Pernambucano vai continuar com 12 times e inchado até o fim de sua gestão, em 2015 (veja AQUI).
Que ninguém reclame de falta de tempo para treinar…
O Brasileirão completará 40 anos de história em 7 de agosto de 2011. Nesta data, em 1971, aconteceu a primeira rodada da Série A, batizada na época de “Campeonato Nacional de Clubes”. Fica uma dúvida em âmbito estadual. Como Pernambuco entrará nesta nova década do futebol do país?
Antes, relembre como foi o pontapé inicial do estado nas décadas anteriores.
1971 O futebol local tinha como maior feito o vice na Taça Brasil de 1967, com o Náutico, que disputou a Taça Libertadores em 1968.
Na primeira edição oficial do Campeonato Brasileiro – que substituiu competições como a Taça Brasil (1959-1968) e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967-1970) – , o estado teve dois clubes entre os 20 participantes: Sport e Santa Cruz. O Náutico disputou a Segundona, também debutando no calendário, mas sem apoio algum.
A montagem das duas competições atendeu a critérios políticos e econômicos da época, em plena ditadura militar, além da tradição do futebol nos estados.
1981 O Santa Cruz havia sido o maior expoente nos anos 70, com a construção do Arruda, ainda sem o anel inferior, e as boas campanhas na Série A, como a semifinal em 1975.
A Série A, chamada de Taça de Ouro até então, vivia uma era na qual os estaduais eram classificatórios. Pernambuco teve três times entre os 44 daquele Nacional – os grandes do Recife. O futebol pernambucano teve, ainda, três na segunda divisão. Entre eles, o próprio Náutico, que conseguiu o acesso à elite do mesmo ano.
Também participaram América e Central. Neste ano foi realizada a primeira Terceirona (Taça de Bronze). O Santo Amaro, que teve outros nomes, como Vovozinhas e Recife, foi o vice-campeão brasileiro, mas sem direito ao acesso em 1982.
1991 O Sport começava a se destacar em relação aos rivais em termos nacionais, com a conquista da Série A (87), da Série B (90) e o vice na Copa do Brasil (1989).
Com a implantação do sistema de acesso e descenso em 1988, os estaduais foram 100% dissolvidos da engrenagem do campeonato brasileiro. Permanecer, subir ou cair de divisão se tornou um fundamento exclusivo do Brasileirão, por mais óbvio que isso possa parecer hoje em dia. Naquele ano, o estado teve duas torcidas na elite: rubro-negros e alvirrubros. E por pouco isso não mudou para pior, já que o Sport acabou na 18ª colocação, uma acima da zona de rebaixamento. Dinheiro da TV ainda era escasso.
Na Série B, que agregou todos os times da Série C do ano anterior – já que em 1991 o torneio foi cancelado -, Pernambuco teve quatro clubes: Santa Cruz, Central, América e Estudantes de Timbaúba. O Tricolor do Arruda acabou em 5º lugar e quase subiu – o clube acabou se classificando no ano seguinte, quando ficou em 4º.
2001 A década de 90 foi de amplo do domínio do Sport, que entrou no Clube dos 13 em 1997. Com 8 Estaduais e boas campanhas no Brasileiro, o Leão firmava seu território.
Após a Copa João Havelange no ano anterior, que reuniu 114 times de todas as divisões em um só torneio, em consequência ao “Caso Gama” (veja AQUI), a Série A foi retomada. Lá estavam Sport e Santa Cruz. A competição, iniciada em agosto, foi uma das últimas antes da era dos pontos corridos, implantada em 2003.
Os rivais das multidões ainda se recuperavam do Estadual, vencido pelo Náutico, com uma folha mensal de R$ 250 mil e na Série B. Ambos acabaram sendo rebaixados, deixando o estado pela primeira vez na história sem um representante na elite, já que o Timbu não subiu. Na Série C, o solitário Central acabou longe da briga pelo acesso.
2011 O estado encerra uma década marcada pela constante presença na segunda divisão e em níveis ainda mais obscuros. A Copa do Brasil de 2008 “salvou” o período.
O mapa local ainda está sendo desenhado. Mas já existem algumas certezas neste esboço. Com a criação da famigerada Série D, Pernambuco tem duas vagas. Santa Cruz e Central, outrora em divisões menos encardidas, vão em busca dessas vagas para entrar na 4ª divisão. O ascendente Salgueiro está garantido na Série B.
Sport e Náutico, no entanto, seguem numa luta imprevisível. Os dois ficarão na Segundona? Um sobe e o outro fica? Um fica e o outro cai? Ou um sobe e o outro cai… Faltam quatro rodadas para completar o novo mapa de Pernambuco no futebol brasileiro na abertura da próxima década. Nunca estivemos tão mal…
O Campeonato Pernambucano de 2011 abre uma nova década no futebol local. Com a conquista do pentacampeonato neste ano, o Sport “venceu” também a década que está se encerrando. Foram seis títulos ao todo, ultrapassando o Náutico, que chegou a ganhar três Estaduais nos quatro primeiros anos (veja a lista de campeões AQUI).
Aproveitando o gancho do Conselho Arbitral desta terça-feira, na sede FPF, eis abaixo os campeões das décadas desde o primeiro Pernambucano, em 1915. Assim, obviamente, a primeira década, iniciada em 1911, teve apenas seis edições.
1915/1920 – Sport (3)
1921/1930 – Sport (4)
1931/1940 – Santa Cruz (5)
1941/1950 – Sport (5)
1951/1960 – Sport e Náutico (4)
1961/1970 – Náutico (6)
1971/1980 – Santa Cruz (6)
1981/1990 – Santa Cruz (4)
1991/2000 – Sport (8)
2001/2010 – Sport (6)
As décadas de 1931/1940 e 1941/1950 foram os períodos com o maior número de clubes campeões: quatro. Já a década passada (1991/2000) teve apenas dois.
Mais uma década rubro-negra ou os rivais podem retomar a hegemonia?
Confirmada a primeira rodada do Pernambucano de 2011, em 16 de janeiro (veja AQUI).
Sport x América
Náutico x Petrolina
Vitória x Santa Cruz
Salgueiro x Cabense
Ypiranga x Central
Porto x Araripina
As datas da tabela completa da primeira fase da competição, que terá 22 rodadas, serão divulgadas pela FPF nesta sexta-feira, 12 de novembro. Antes, na terça, o Conselho Arbitral, na sede da entidade.
Como o Diario havia antecipado, o jogo entre rubro-negros e americanos, o “Clássico dos Campeões”, vai mesmo abrir a competição oficialmente, às 16h (veja AQUI).
O último confronto entre os dois clubes – de um total de 286 jogos desde 1916 – aconteceu em 11 de junho de 1995, no Carneirão, quando Leão venceu por 4 x 0.
A Federação Pernambucana de Futebol publicou o edital de convocação para o Conselho Arbitral do Pernambucano de 2011.
A reunião está marcada para as 16h da próxima terça-feira, 9 de novembro, na sede da FPF, no bairro da Boa Vista (veja AQUI).
Representantes dos 12 clubes da elite vão deliberar sobre possíveis ajustes no próximo Estadual.
A fórmula será a mesma aplicada neste ano: 1ª fase com turno e returno (22 jogos para cada equipe) e fase final com os quatro melhores classificados (semifinal e final).
De antemão, o Náutico já se posicionou contra a mudança na norma de desempate para o mata-mata, que daria vantagem para o time de melhor campanha na primeira etapa.
Qual mudança (ajuste ou “aditivo”) poderia ser implantada na competição? Lembrando que o regulamento terá que ser o mesmo, de acordo com o Estatuto do Torcedor…
Na minha opinião, os dirigentes poderiam começar a discutir a ideia de reduzir o certame de 12 para 10 clubes. No caso, com quatro rebaixados em um torneio. Porém, isso só poderia ocorrer em 2012. Até lá, o velho calendário apertado.
O Superesportes inovou nesta eleição presidencial do Santa Cruz.
Integrando todas as mídas possíveis (impresso, TV, web e rádio), a editoria de esportes do Diario de Pernambuco passou a acompanhar o pleito coral para o biênio 2011/2012 via web-tv, ao vivo, a partir das 13h desta quinta-feira.
A disputa entre os candidatos Antônio Luiz Neto (situação) e Sergio Murilo (oposição) foi transmitida diretamente da sede do Tricolor, na Avenida Beberibe, no Arruda.
Inicialmente, o programa contou com os repórteres Celso Ishigami e José Gustavo (ambos do Superesportes), além de entrevistas com os candidatos.
Para acessar ao vídeo, com inserções de hora em hora, clique AQUI.
Agora, essa ação deverá fazer parte do cotidiano do trabalho do Superesportes, com uma cobertura ainda mais diferenciada para o torcedor pernambucano.
Treinos, véspera de clássicos, apresentação de jogadores, eleições etc. Tudo através de vídeos (ao vivo e gravado), álbum de fotos e notícias em primeira mão.
A implantação desse projeto do Superesportes eleva ainda mais o bom nível do jornalismo pernambucano, que tem dois jornais entre os 19 maiores do país.
Para saber mais sobre a história das eleições nos clubes pernambucanos, clique AQUI.
Estamos na semana de mais uma eleição no futebol pernambucano.
No futebol, a palavra “consenso” quase sempre é usada na data que antecede a eleição para presidente de um clube. Bate-chapas são raros no país… Acaba mesmo é ocorrendo uma continuidade da gestão. Boa em alguns casos, péssima em outros.
Acaba não havendo um espaço para debates, novas ideias, novas diretrizes.
No Santa Cruz, Antônio Luiz Neto (situação) e Sérgio Murilo (oposição) vem debatendo, apresentando ideias e acusações. E não deixam os tricolores tão confiantes assim. O pleito no dia 28 vai dar sequência à tradição local de disputas nas urnas.
Em 1º de dezembro de 2006, o oposicionista Edson Nogueira bateu Alberto Lisboa nas urnas por uma diferença de apenas 57 votos, com 731 x 674. Foi a primeira vez que a situação foi vencida nas urnas na Cobra Coral, numa eleição histórica (veja AQUI).
Aquela foi a segunda eleição consecutiva no Tricolor, pois Antônio Luiz Neto, então na oposição em 2004, perdeu para Romerito Jatobá por 895 x 442, em 2 de dezembro.
No Sport o bate-chapa é ainda mais comum. O consenso por lá virou ilusão.
Em 16 de dezembro de 2008, Silvio Guimarães venceu a disputa contra Homero Lacerda numa eleição com 3.457 votos na Ilha do Retiro (saiba mais AQUI).
Foi o 4º bate-chapa do Leão desde 2000. Na Ilha, até a urna eletrônica já foi utilizada, devido ao número de eleitores. Confira todos resultados das votações clicando AQUI.
Já o Náutico passou 30 anos sem eleições. A última disputa em Rosa e Silva havia sido no distante 1979, quando João de Deus venceu José Antônio de Oliveira Ventura por apenas 55 votos de diferença para o biênio 79/80. Desde então, acordos para uma paz forçada sempre foram costurados. Nem sempre deu certo.
Em 2009 ocorreu, enfim, um pleito nos Aflitos. Mas foi complicado. Primeiro, as chapas de Toninho Monteiro (situação) e Francisco Dacal (oposição) desistiram no último instante. Dias depois, em 21 de dezembro, após juntar os cacos do processo de sucessão, Berillo Albuquerque venceu Paulo Alves por 121 votos a 39 (veja AQUI).
Até mesmo o interior pernambucano já foi alvo de políticas “partidárias”. O Central registrou a sua primeira eleição na década no dia 15 de dezembro de 2009, quando o oposicionista João Tavares venceu Cícero Monteiro, da situação, por 123 votos a 66.
Após quatro anos, os tricolores voltam às urnas para definir o futuro do Arruda.
O tempo é escasso para decidir o rumo do clube, mas é preciso.
Depois, no domingo, a eleição mais importante do país. Vote consciente. Nas duas.