Um dia para a história…

Clube dos 13

Rio de Janeiro, 20 de julho de 2010.

Esta data pode se tornar emblemática para o futebol pernambucano.

Nesta terça-feira, o presidente do Sport, Silvio Guimarães, deixa a rivalidade de lado para se reunir na sede flamenguista da Gávea com outros sete mandatários, de Atlético-MG, Atlético-PR, Flamengo, Fluminense, Internacional, Palmeiras e São Paulo.

Reunião do Clube dos 13.

Na pauta do encontro, a negociação por novas cotas pela transmissão da TV, a moribunda Timemania e a reforma do sistema de reeleição para a presidência. Ainda resta um, vital para a continuidade da associação: a entrada de novos filiados.

Em abril deste ano foi lançada a ideia de aumentar o número de clubes de 20 para até 40 sócios. Entre eles, Náutico e Santa Cruz, à margem desse grupo milionário.

Por causa da atual situação na Série D, o Tricolor corre por fora. Porém, o Alvirrubro aparece com boas chances de receber um convite. Nos bastidores, a articulação timbu já ocorre há quase dois anos, como revelou o blog (veja AQUI).

Apesar de não ter obtido sucesso mesmo durante os três anos em que disputou a elite nacional, o Náutico tem neste aumento significativo a sua maior esperança.

A diretoria timbu já não esconde a animação. André Campos, principal cacique do clube e presidente do Conselho Deliberativo, já mandou o seu recado (dica?) no Twitter:

Existe uma grande possibilidade do Náutico entrar para o Clube dos 13. Aguardem

A tuitada foi escrita na segunda-feira (veja o perfil dele AQUI).

Como o próprio Silvio Guimarães já se posicionou de forma favorável sobre o possível ingresso dos rivais, é bom ficar de olho nesta reunião em solo carioca. Nela pode acontecer, quem sabe, o ponto de partida para a mudança. E que mudança! Filiado desde junho de 1997, o Sport já recebeu cerca de R$ 100 milhões da entidade…

Ao rubro-negro:
Você é a favor da entrada dos rivais no Clube dos 13?

Ao alvirrubro e ao tricolor:
A possível entrada na associação seria suficiente para mudar o clube?

Orla olindense vazia

Givanildo Oliveira em Olinda: Foto: Ricardo Fernandes/DPEle estava curtindo um bom e merecido descanso em Casa Caiada, na sua amada Olinda, onde encontra o seu cantinho a cada trabalho realizado Brasil afora.

Aos 61 anos, ele sabe que a saúde vem em primeiro lugar. Pensamento de quem tem uma vida inteira dedicada ao esporte.

Por isso, caminhadas diárias pela manhã, no calçadão da orla da Cidade Patrimônio. E até costumava dizer, em tom desafiador:

“Vamos lá correr um dia para ver se você acompanha o meu ritmo…”

Frase dita ao blogueiro quando ainda comandava o time rubro-negro, num raro momento de descontração após o treino. Eu não encarei a parada. Sei que não conseguiria mesmo!

E assim, na base da tranquilidade, foram dois meses com a família, sem o aperreio da famigerada área técnica. Sem os xingamentos eternos para a profissão.

Mas o telefone tocou na noite de domingo. Inicialmente, o convite não era dos melhores. A missão seria ultraindigesta. Mas o dever de recuperar a bandeira encarnada, branca e preta foi superior a qualquer outro desejo…

Foram inúmeros títulos como volante, dos bons. Franzino e gigante. Cansou de levantar taças na Avenida Beberibe.

Depois, passou a ser treinador. Com ele, o último sorriso do povo mais sofrido do Brasil.

Foi há cinco anos. Felicidade no ano inteiro. Primeiro, com o título pernambucano em pleno centenário do maior rival. Depois, o acesso à Série A do Brasileiro. Algo surreal para quem convive atualmente nas repúblicas independentes.

Mas ele está de volta. Pendurou as “sandálias” na ventilada varanda do seu apartamento. Já deve estar calçando as chuteiras e colocando aquele calção de número muito maior que o necessário.

Se era para tentar a salvação, pelo menos o último tiro foi respeitando a história.

Boa sorte, Givanildo Oliveira. Boa sorte, Santa Cruz.

Olinda fica para depois. Qualquer dia ele volta para o calçadão.

Dia Nacional do Futebol

Pelada

Pois é. A data existe. Mas surpreendente seria se passasse em branco…

É o dia daquele esporte que proporciona tantas alegrias e tristezas dentro de um mesmo campo. Um esporte que pode ser praticado com uma bola furada e “traves” de pedra… Time com camisa versus time sem camisa.

O dia 19 de julho foi escolhido em homenagem ao gaúcho Sport Club Rio Grande, o time de futebol mais antigo do país, fundado neste dia, em 1900, há longos 110 anos. A data foi criada em 1976 pela então Confederação Brasileira de Desportos, hoje CBF.

Em 2010, a data caiu numa segunda-feira, justamente o dia menos prestigiado do futebol nacional. Marcado pela ressaca. Pelo vazio nos gramados.

Domingo é o horário nobre. Dos grandes clássicos, dos estádios lotados, dos golaços!

O sábado também é lembrado pelos grandes confrontos. As quartas e quintas são reservadas para a elite. Terças e sextas são devidamente agendadas para a Série B.

BrasilSobra sempre a amarga segunda…

Sem futebol. Por mais que esta segunda-feira do dia 19 de julho de 2010 seja o Dia Nacional do Futebol.

No futebol pernambucano, apenas um sorriso após o fim de semana turbulento. Dos torcedores alvirrubros.

Dos cinco representantes do estado espalhados no Campeonato Brasileiro, nas Séries B, C e D, apenas o Timbu conseguiu vencer. E olhe que o Náutico foi o único a jogar fora de casa.

Em tempo: o Dia do Futebol, em escala mundial, é comemorado em 26 de outubro, em homenagem a data na qual, em 1863, representantes de 11 escolas inglesas se reuniram em Londres para unificar as regras do futebol.

Qual foi o seu dia inesquecível no futebol? Comente!

Dois anos de Arrudazo

Estádio do Arruda

Com a derrota em pleno Arruda neste domingo (veja AQUI), o Tricolor chegou a oito partidas sem uma vitória sequer no Campeonato Brasileiro. O último triunfo, por 2 x 0, foi justamente contra o Potiguar, próximo advesário na Série D, em Mossoró.

O confronto aconteceu no já distante dia 20 de julho de 2008, ainda pela Terceirona. Como o Santa Cruz só voltará a jogar no estádio José do Rego Maciel em agosto, o time completará dois anos sem uma vitória em casa.

Confira o incrível tabu coral abaixo. São três derrotas e cinco empates…

Ao todo, o clube levou 210.299 pessoas nesses oito jogos. Média excelente de 26.287 torcedores. É muita gente vendo de perto resultados tão ruins.

2008 (Série C) – Santa Cruz 1 x 1 Campinense
2008 (Série C) – Santa Cruz 2 x 2 Salgueiro
2008 (Série C) – Santa Cruz 0 x 1 Icasa
2008 (Série C) – Santa Cruz 1 x 1 Campinense
2009 (Série D) – Santa Cruz 2 x 2 Central
2009 (Série D) – Santa Cruz 1 x 2 Sergipe
2009 (Série D) – Santa Cruz 2 x 2 CSA
2010 (Série D) – Santa Cruz 0 x 1 CSA

Cansa, Santa Cruz

Mick Jagger

“Eu assumo toda a responsabilidade. Nós temos condições de reverter isso.”

Brasão.

O atacante chegou a acertar o travessão do CSA neste domingo.

A partida já estava nos minutos finais no Arruda, com quase 20 mil torcedores. Todos eles com a mesma esperança dos últimos quatro anos. Quatro!

Mas, de forma cruel, o destino do Santa Cruz parece ser sempre o mesmo…

Os tricolores lamentaram bastante o gol perdido pelo seu principal atacante. Foi a terceira bola na trave do time coral na partida.

Enquanto a torcida ainda pensava frases com o início “E se…”, o time alagoano, que integra a segunda divisão em seu estado e só foi admitido na Série D após várias desistências, encaixou um contra-ataque.

De Felipe Heleno para Everlan. De Everlan para as redes…

Santa Cruz 0 x 1 CSA.

Aos 41 minutos do segundo tempo. Como reagir? Desta vez não dava mais.

São apenas seis jogos nesta primeira fase da Série D. É um tiro curtíssimo, que o próprio Tricolor conhece, pois foi eliminado logo nesta etapa na última temporada.

Brasão pode até assumir a responsabilidade. Dado também, assim como Jackson, Fernando Bezerra Coelho… Todos. Mas cansa perder tanto. Cansa, Santa Cruz…

New season coral

Não teve graça alguma.

Três rebaixamentos seguidos no Campeonato Brasileiro e o fracasso na Série D.

A última temporada coral passou longe de ser uma sitcom.

O episódio derradeiro foi desastroso. Angustiante.

Mesmo com o Arruda lotado, em 9 de agosto do ano passado, o Santa Cruz não conseguiu superar o CSA. O empate em casa aniquilou qualquer chance de classificação à segunda fase da quarta divisão. Era além do fundo do poço.

As imagens abaixo falam mais do que qualquer texto. O título do post daquele jogo – o season finale – foi simplesmente “Acabou” (reveja, se tiver coragem, AQUI).

Série D-2009: Santa Cruz x CSA

Como se tornou previsível nos últimos anos, o Tricolor juntou os cacos…

Não dá mais para brincar com a paixão de tanta gente.

Como costuma acontecer nas famosas séries americanas de TV, a nova temporada começa a partir da cena final do ano anterior. Com nuances indefinidos.

Contra o mesmo CSA, também num domingo e no mesmo Arruda.

Como é de praxe, novos personagens fazem parte do cast tricolor.

Ao todo, são 34 jogadores, entre coadjuvantes e protagonistas. Na linha de frente do set, os meias Élvis e Jackson e os atacantes Joelson e Brasão.

Na direção, um jovem técnico de 29 anos, que há bem pouco tempo era espectador, telespectador, torcedor e até jogador. Conhece bem essa série. Não a D.

Reorganizado, o Tricolor ensaia a sua temporada final na 4ª divisão.

Quem sabe o desfecho de 2010 não possa ser diferente, arrancando uma expressão de felicidade, como a registrada nas fotos abaixo. Alegria de outrora.

A audiência está garantida…

Torcida do Santa Cruz

Versão beta

Cidade da Copa, a versão final

A arena pernambucana para a Copa do Mundo de 2014 ainda não saiu do papel. A pedra fundamental deverá ser dada, finalmente, no fim deste mês.

Enquanto isso, foram confirmadas algumas mudanças na modelagem original, conforme o blog havia antecipado em 23 de março (veja AQUI).

Sem muito alarde, a Odebrecht, que lidera o consórcio que venceu a licitação do estádio, modificou levemente o projeto. A fachada colorida deu lugar a um tom mais sóbrio, cinza, mas sem sair da concepção original, algo que era uma condição para qualquer mudança da construtora.

Veja abaixo outras imagens do projeto final, adquiridas com exclusividade pelo blog.

Cidade da Copa, a versão final

Já as 46.214 cadeiras, que seriam na cor bege, serão vermelhas. Coincidência ou não, vermelho é a única cor presente nos três grandes clubes do Recife, Sport, Náutico e Santa Cruz. Nenhum deles assinou contrato para jogar lá até agora…

Cidade da Copa, versão antigaUma armação de aço que ficaria no entorno do primeiro projeto da Cidade da Copa (ao lado) foi retirada da nova arena, com a versão beta. Que seja a definitiva.

Apesar das mudanças, o orçamento da obra é o mesmo: R$ 452 milhões. O prazo de conclusão também segue inalterado, para dezembro de 2012. Fica a torcida para que essa data seja cumprida.

O que você achou do projeto final da arena pernambucana para 2014?

O bandeirão não será nosso

Média de público do Nordestão

Clássico das Emoções nos Aflitos, neste sábado. Alvirrubros e tricolores voltavam a se enfrentar após a semifinal do Pernambucano. Naquela ocasião, Carlinhos Bala deu a vitória ao Náutico, também nos Aflitos, e classificou o Timbu para a decisão.

O título pernambucano não veio e tempo passou. Bala nem está mais em Rosa e Silva. Aproveitando o time misto do rival, o Santa Cruz buscava sair da sina de empates no Campeonato do Nordeste. Não saiu. O clássico terminou empatado em 1 x 1.

Um jogo oficial em um torneio regional. O público? Apenas 2.238 torcedores. Eu não lembro de outro público tão pequeno em um clássico no Recife em um jogo de profissionais. É uma pena. No Arruda, o Santa não tem feito muito diferente. Os dois clubes seguem entre os últimos na média de público do regional (gráfico).

O Santa Cruz tem apenas a 11ª média, enquanto o Náutico está em 13º lugar. O vencedor do prêmio Torcida Mais Fanática, promovido pela TV Esporte Interativo, vai ganhar o maior bandeirão do Nordeste (veja AQUI). Mas não deverá ser nosso…

Voltando à realidade

NordestãoO Nordestão chegará à sua 10ª rodada na véspera da final da Copa do Mundo de 2010. Data do primeiro clássico pernambucano na reedição do campeonato regional.

Clássico das Emoções, no sábado, nos Aflitos.

Você sabia? Muita gente estava por fora.

O Náutico jogará com o seu expressinho. Um time ainda mais esfacelado, já que o técnico Alexandre Gallo convocou cinco atletas para o time principal, que volta à Série B.

O Santa Cruz, único time do estado realmente focado na competição, tenta se firmar na parte de cima da classificação, em busca de uma das quatro vagas à semifinal.

Antes do duelo local, tricolores e alvirrubros vão enfrentar, na noite desta quarta-feira, Ceará e Fluminense de Feira de Santana, respectivamente. Aperitivo para o clássico. Até porque está chegando a hora de esquecer a Copa do Mundo…

A paixão clubística volta a ser prioridade. Então, um clássico para agitar!

Por mais que o Nordestão não esteja tão agitado assim…