Neymar brinca de ganhar dinheiro

Brinquedo oficial de Neymar. Crédito: loja oficial de Neymar

Neymar é quase onipresente na mídia brasileira.

O grande futebol em campo, com um nível técnico bem acima dos adversários, gera uma receita de R$ 3 milhões por mês, entre salário e patrocínios.

Com mais de cinco milhões de seguidores no twitter, o craque sabe que qualquer mensagem sua pode virar pauta em alguma redação no país.

O status de estrela só aumenta a medida em que o Mundial de 2014 se aproxima.

Apontado como o maior craque nacional, Neymar vive o cenário incomum de, mesmo com esse gabarito, seguir jogando nos estádios brasileiros.

A imagem do jogador vem sendo atrelada em comerciais de banco, montadora de carros, cervejaria, energético, telefonia móvel etc.

E a atividade extracampo não fica só na publicidade…

Ele conta também uma crescente gama de produtos licenciados, sobretudo para o público infanto-juvenil. Por sinal, Neymar tem a sua própria loja oficial na web. Pois é.

A linha “Neymar Futebol Clube”, acima, vendeu 150 mil unidades na estreia. A prateleira tem ainda cadernos, bonecos, canecas, almofadas, quebra-cabeças e squeeze…

Produtos licenciados de R$ 6 a R$ 350, com receita apenas para o jogador (veja aqui).

A Gulliver, de acordo firmado com o atacante, prevê mais produtos em 2013.

De acordo com a revista France Football, Neymar é o 13º jogador mais bem pago do mundo, com 13,8 milhões de euros por temporada. Messi está no topo, com 33 milhões.

A dois anos da próxima Copa do Mundo, não se surpreenda se o menino da Vila se aproximar cada vez mais do gênio argentino. Pelo menos financeiramente…

Trocadilho infame à parte, Neymar brinca de ganhar dinheiro. Sem precisa dar um chute.

Produtos oficiais de Neymar. Crédito: loja oficial de Neymar

Avaliando a primeira experiência com Padrão Fifa no Recife

Fifa

Ao anunciar o jogo da Seleção Brasileira no Arruda, a direção da FPF garantiu que a partida diante dos chineses seria a primeira no estado com o “Padrão Fifa”, como costuma ser chamada a organização de jogos com larga infraestrutura, para profissionais e, sobretudo, para o público nas arquibancadas. Na prática, não foi bem isso o que aconteceu no Arruda. Confira uma avaliação do blog.

Trânsito caótico
Situação de praxe nos jogos no Recife, o trânsito foi bloqueado nas ruas próximas ao José do Rego Maciel, mas de forma mais ostensiva, num raio maior. Não por acaso, mesmo com o público abaixo do esperado, o trânsito ficou complicado, além da falta de estacionamento. Como escape, as linhas especiais de ônibus chegaram a todo momento.

Cambistas presentes
A Arena Pernambuco ficará num complexo de 52 hectares, cujo acesso será feito já com uma triagem. Fato corriqueiro na Copa do Mundo. No Arruda, ainda que de forma tímida, os cambistas se fizeram presentes. Outro bola fora foi a venda de ingressos no dia da partida, fato vetado pela Fifa. Dos 55 mil ingressos, foram vendidos apenas 53,9%.

Stewards ausentes
Dentro do Arruda, esperava-se uma presença forte dos “stewards”, os seguranças particulares que farão a segurança nos estádios na Copa 2014 no lugar de policiais militares. Apesar de algumas pessoas contratadas para orientar o público, não foi dessa vez que o formato de organização foi implantado. A falta de informação atrapalhou o acesso de muitos torcedores, a procura do portão exato de acesso à catraca.

Internet offline
A conexão à web tornou-se praticamente nula durante a partida no Arruda, com o sinal 3G bloqueado. Inviabilizou o trabalho de boa parte dos profissionais nas cabines montadas no anel inferior, no lado oposto às cabines tradicionais. Fotos e textos foram enviados a conta-gotas. A própria torcida ficou incapacitada de transmitir dados via smartphones. A conexão só foi reestabelecida no fim do jogo. Para o Mundial, a Fifa demanda a tecnologia 4G nas doze arenas. E de forma constante.

Estrutura de mídia enxuta
A sala de imprensa foi montada na cozinha do Santa Cruz, com capacidade para 50 jornalistas. No Mundial, o número mínimo na sala para entrevistas coletivas é de 150 pessoas. Ao todo, foram 580 profissionais credenciados, de narradores a técnicos de transmissão. O espaço físico para os caminhões das emissoras foi bem apertado, mesmo com utilizando parte do estacionamento do Arruda. Nas arenas haverá espaço exclusivo.

A partir de agora, o tal Padrão Fifa será na Arena Pernambuco.

Nível tecnico à parte, valeu pela festa da Seleção

Amistoso 2012: Brasil 8x0 China. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Após os esperados gritos pelos clubes locais, numa disputa em todos os cantos  do estádio, foi a vez de gritar em uníssono no hino nacional e no não menos tradicional “Ah, é Pernambuco”, animando o Arruda momentos antes de a bola rolar, mesmo com o público aquém do esperado. Os 29 mil torcedores que foram ao Mundão, nesta segunda, realmente prestigiaram a equipe. Terminaram assistindo a uma das maiores goleadas da história do Brasil. Diante de uma inofensiva China, um 8 x 0 com vaga para o dobro.

O primeiro lance de perigo foi logo com a estrela da noite, Neymar, que cabeceou na trave o cruzamento de Oscar, cuja trama havia sido iniciada por Hulk, titular desta vez. Eram cinco minutos. Se já era nítida a fragilidade do adversário, o 78º colocado no ranking da Fifa, a Seleção escancarou o abismo técnico com uma sequência de passes curtos, envolvendo o time asiático. Um modo eficiente para atrair o apoio da arquibancada, que virou a pauta onipresente do técnico Mano Menezes.

Apesar da vontade de dar espetáculo, o time assustava pouco a meta do goleiro Cheng Zeng. Aos 21 minutos, alguns gritos por “Dênis Marques”. Mas foram abafados pelo gol de Ramires, que tabelou com Oscar e tocou com categoria. O meia do Chelsea, que completou 21 anos no domingo, estava mesmo inspirado. Aos 25, deixou Neymar com o gol vazio para ampliar o placar. Não haveria mais freio na aceleração do placar.

Amistoso 2012: Brasil 8x0 China. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Diante de um adversário ideal para “acabar” com a crise técnica, além de desfalcado, o Brasil deitou e rolou. À torcida, o papel de festejar, fazendo a “ola” a todo momento. Aos 31, Oscar, fazia por merecer o seu golzinho, mas acabou ficando no travessão em um lance inacreditável. E assim seguia, com um time jogando futebol e o outro tentando algo próximo a isso. Somente no primeiro tempo foram 14 finalizações.

A segunda etapa começou do mesmo jeito, mas com uma eficiência surreal. Não havia resistência alguma. Numa rápida troca de passes, Lucas, completamente desmarcado, marcou o terceiro gol brasileiro, levantando o público novamente. Gol aos 3, mas também aos 6, aos 9 e aos 14. O 4º foi de Hulk, pegando um rebote no chute no travessão de Neymar. O craque do Santos marcou o quinto escorando um cruzamento de Marcelo. O sexto foi parecidíssimo, mas em um cruzamento de Oscar. Até a China fez gol, contra, com Jianye Liu aos 24 minutos. Aos 29, em cobrança de pênalti, Oscar.

Nas comemorações, os jogadores faziam questão de agradecer ao carinho. No fundo, todos os presentes no Arruda sabem que a vitória, a maior na Era Mano Menezes, não irá acrescentar muito ao desempenho técnico da equipe. A maior vitória, ao que parece, foi a paz selada entre time e torcida. Que continue assim diante de um adversário mais forte, em qualquer lugar. No Recife ou na China.

Amistoso 2012: Brasil 8x0 China. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Os quatro atos para não lotar o Arruda com a Seleção

Eliminatórias da Copa do Mundo, 1993: Brasil 6 x 0 Bolívia

Uma análise do blog com o passo a passo do jogo Brasil x China, em Pernambuco.

1º ATO – Má fase técnica + adversário insosso

12 de julho (a 60 dias do jogo)
Em coletiva no Palácio do Campo das Princesas, o presidente da CBF, José Maria Marin, anunciou o amistoso Brasil x China, no estádio do Arruda, para o dia 10 de setembro.

O adversário dos brasileiros, na 78ª colocação no ranking da Fifa e já eliminado da próxima Copa do Mundo, foi acordado visando as relações comerciais entre os governos de Pernambuco e da China, em constante contato por novas fábricas e negócios.

No jogo anterior no estado, há três anos e válido pelas Eliminatórias do Mundial, o Paraguai era um dos times mais fortes da disputa sul-americana.

Em relação à Seleção, a Canarinha vinha numa curva ascendente em 2009, tanto que no mês seguinte ao jogo voltou ao topo do ranking. Agora, encontra-se em 12º.

2º ATO – Preço acima da realidade local

23 de agosto (a 18 dias)
Através do seu site oficial, a FPF divulgou os preços dos ingressos para o jogo da Seleção Brasileira, com meia-entrada (exceto na entrada mais barata).

R$ 60 – arquibancada especial, atrás do gol da Rua das Moças
R$ 80 – arquibancada superior
R$ 100 – arquibancada inferior
R$ 250 – cadeiras e camarotes

Em 2009, as arquibancadas inferior e superior custaram R$ 70 e R$ 50, respectivamente. Ou seja, de lá para cá, um aumento de 42,8% e 60% nesses setores.

Obviamente, um índice maior que a inflação, reajuste do salário mínimo etc. De olho no aumento da renda recorde de R$ 4.322.555, a maior da história do futebol local.

24 de agosto (a 17 dias)
Um dia depois, a diretoria da federação pernambucana de futebol voltou atrás e reduziu os preços dos bilhetes. O único valor mantido foi o de cadeiras e camarotes.

R$ 40 – arquibancada especial, atrás do gol da Rua das Moças
R$ 60 – arquibancada superior
R$ 80 – arquibancada inferior

Ainda assim, ingressos mais caros do que os valores praticados há três temporadas. Nas arquibancadas inferior e superior, o aumento final ficou, portanto, em 14,2% e 20%.

No programa Lance Final no dia 09/09, o diretor da CBF, Andrés Sanchez, considerou o preço muito elevado, equiparado ao do amistoso em São Paulo. Apesar da carga de 55 mil ingressos, ele revela que a entidade espera em torno de 35 mil pessoas no Arruda.

3º ATO – Falta de publicidade e feriadão comprometem o fluxo de vendas

25 de agosto (a 16 dias)
Começa a venda de entradas, apenas pela internet, no site ingressofacil.com.br. A notícia foi divulgada nos sites da FPF, CBF e jornais da cidade. Faltou publicidade.

30 de agosto (a 11 dias)
Finalmente começa a comercialização de ingressos em bilheterias no Recife, com destaque para os guichês no Arruda, Aflitos e Ilha do Retiro. Procura baixa, sem filas.

Em 2009, a venda de Brasil x Paraguai começou faltando sete dias para o jogo. Os 56 mil ingressos foram vendidos antecipadamente.

Como agora a partida será na noite de uma segunda-feira e o fim de semana foi um feriadão, a venda acabou comprometida diante uma cidade “vazia”.

4º ATO – Medidas emergenciais para encher o Mundão, expondo a situação

7 de setembro (a 3 dias)
Inicialmente, devido ao “Padrão Fifa”, não haveria venda no dia da partida – como não houve em 2009. Porém, é confirmada a abertura das bilheterias no dia do jogo.

8 de setembro (a 2 dias)
Ainda sem uma parcial de vendas divulgada para a imprensa, os organizadores anunciam uma promoção. Quem for cadastrado no programa Todos com a Nota poderá comprar um ingresso com 50% de desconto. Cerca de 300 mil pessoas são cadastradas no TCN.

9 de setembro (a 1 dia)
Sócios em dia de Náutico, Santa Cruz e Sport também passam a ter o direito de comprar a meia-entrada, mediante a a apresentação da carteira. Pela manhã, a primeira parcial, com 9.800 ingressos. À noite, mais uma, com 11.180. Curiosamente, o único treino aberto da Seleção no Arruda recebeu quase o mesmo público.

10 de setembro (dia da partida)
Faltando dez horas para a bola rolar, é informado que 20 mil bilhetes já estão nas mãos de torcedores. Patrocinadores da partida também se mexem, com ações rápidas de marketing pela cidade, elevando o número de “convidados”.

O excesso de promoções indica um claro temor de um público aquém do esperado, ainda mais considerando que em oito jogos oficiais do Brasil o Arruda recebeu 512.717 pessoas, com uma média excepcional de 64.089 torcedores.

O maior erro da organização parece ter sido na ociosidade de 42 dias entre o dia da confirmação da partida no Recife e o primeiro anúncio dos preços dos ingressos. Tanto que bastaram 24 horas para reavaliar os valores, ainda fora de sintonia com a CBF.

O jeito foi transformar a partida num festival de meia-entrada. Para uma meia Seleção.

Estádio do Arruda

320 profissionais a menos na cobertura local da Seleção

Credenciais para Brasil x China, em 2012. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Em 2009, a cobertura do jogo Brasil x Paraguai atraiu 900 profissionais no Arruda.

Em 2012, Brasil x China englobará 580 credenciados, com uma queda de 35%.

Na conta das duas partidas, narradores, comentaristas, repórteres, cinegrafistas, fotógrafos, técnicos etc. Televisão, rádio, jornal, web…

Há três anos, um recorde na cobertura de um evento esportivo no Recife (veja aqui).

Em 2009, o Diario de Pernambuco credenciou cinco repórteres e dois fotógrafos.

Para esta oportunidade, quatro repórteres (Cassio Zirpoli, Lucas Fitipaldi, Alexandre Barbosa e Stênio José) e dois fotógrafos (Ricardo Fernandes e Helder Tavares).

Seguindo a lógica que será implantada na Copa do Mundo, os jornalistas entram com papéis específicos na área de atuação. Na coletiva, por exemplo, apenas 40 lugares.

Será que a relação na queda do interesse na cobertura do jogo do Brasil terá algum paralelo com a presença de público no estádio José do Rego Maciel, nesta segunda?

O triunfo verde e amarelo sobre os paraguaios foi visto por 56 mil espectadores. Nesta suposição, o público diante dos chineses teria que ser de no máximo 36.400 pessoas.

Que o Mundão mantenha a tradição de casa cheia para a Canarinha.

A estreia dos stewards no futebol pernambucano

Steward da Fifa. Foto: Ministério do Esporte

Desde o anúncio do amistoso do escrete brasileiro no Arruda, a partida contra a China foi divulgada como o “primeiro jogo em Pernambuco com o Padrão Fifa”.

Ou, no mínimo, algo próximo a isso em termos de organização. Uma das novidades em relação aos jogos realizados no estado será a presença dos “stewards”.

São profissionais que atuam na segurança interna dos estádios, desarmados. Na Copa do Mundo de 2014, as polícias civil e militar farão a fiscalização fora das doze arenas.

Dentro, cerca de 50 mil stewards terão que dar conta da demanda nos 64 jogos do Mundial, com o devido acompanhamento da polícia federal na capacitação.

O investimento para regular e controlar esse serviço será de R$ 9,8 milhões.

Pois bem. No Arruda, em 10 de setembro de 2012, os stewards entrarão em ação pela primeira vez em Pernambuco. Será a terceira experiência deste tipo no país.

Eles irão trabalhar ao lado dos policiais militares. Descrição da Fifa:

“Os stewards agem como organizadores dentro dos estádios, fazendo com que o local seja um ambiente familiar, onde o torcedor passa a ser tratado como um cliente.”

Nada de cassetetes, spray de pimenta, truculência…

Um trabalho que contará, claro, com o bom comportamento do público. A Arena Pernambuco, pós-Mundial, deverá contar com este tipo de segurança.

Tradução literal para a palavra inglesa “steward”: mordomo.

De R$ 40 a R$ 250 pela Seleção Brasileira no Recife

Brasil x China

Atualização: 24h depois do anúncio oficial, a FPF voltou atrás e baixou o preço dos ingressos. Confira os novos valores abaixo, já com o post corrigido.

Definidos os preços dos ingressos para Brasil x China, em 10 de setembro, no Arruda.

O amistoso, cuja organização está sendo feita pela FPF, terá quatro preços distintos, com venda no www.ingressofacil.com.br, a partir do dia 25 deste mês.

Outros pontos de venda na cidade farão parte da estrutura para a comercialização dos 55 mil bilhetes a partir do dia 30, no Arruda, na Ilha e nos Aflitos.

R$ 40 – arquibancada inferior (setor atrás da trave da Rua das Moças). Sem meia

R$ 60 – arquibancada superior. Meia: R$ 30

R$ 80 – arquibancada inferior. Meia: R$ 40

R$ 250 – cadeiras e camarotes. Meia: R$ 125

Essa partida será a última da Canarinha no Arruda antes da inauguração da Arena Pernambuco. Nos oito jogos oficiais do Brasil no Mundão, desde 1982, foram 512.717 torcedores. O dado proporcionou a excelente média de 64.089 pessoas (veja aqui).

Na última apresentação, há três anos, a renda foi de R$ 4.322.555, a maior do futebol local. Considerando a expectativa e o valores propostos, é possível um novo recorde?

Vale lembrar que a partida com Neymar e companhia será às 22h de uma segunda-feira.

Além dos preços, a reunião nesta quinta serviu para traçar o plano de trabalho, com a presença da Secopa, Juizado do Torcedor, CTTU, Samu e Secretaria de Defesa Social.

A ideia é implantar uma estrutura de serviços com mais de duas mil pessoas envolvidas.

Confira a articulação que transformou a China no adversário dos brasileiros aqui.

Nostalgia da Seleção Brasileira sem a camisa verde e amarela

Camisa verde e amarela à parte, a Seleção Brasileira de futebol já atuou com outros dois uniformes tradicionais. Branco e azul. Ambos foram homenageados, 90 e 54 anos depois, respectivamente. Porém, não foram comercializados.

1914 – Brasil 2 x 0 Exeter City, nas Laranjeiras, no Rio de Janeiro

Com atletas amadores do Rio de Janeiro e de São Paulo, a primeira Seleção Brasileira entrou em campo em 1914. O padrão, feito de algodão, era branco, com alguns detalhes azuis nas mangas. Não havia sequer o distintivo, que só surgiria em 1917. A equipe recém-formada teve como adversário um time da terceira divisão inglesa, já profissional. Osvaldo Gomes (Fluminense) marcou o primeiro gol da Canarinha. Por sinal, a Seleção ainda não tinha esse apelido. Osman (América) fechou o placar histórico.

Amistoso 1914: Brasil 2x0 Exeter City (Inglaterra)

2004 – Brasil 0 x 0 França, no Stade de France, em Saint-Denis, na França

Era o centenário da Fifa. Para a data festiva, a entidade reuniu então os dois últimos campeões do mundo, Brasil (2002) e França (1998). O palco foi o mesmo da decisão entre ambos, seis anos antes. As duas seleções jogaram o primeiro tempo com os uniformes inspirados nos modelos do início do século XX. Curiosamente, a camisa feita pela Nike e vestida pelos Ronaldos contou com o escudo da CBD, ausente no original.

Amistoso 2004: França 0 x 0 Brasil

1958 – Brasil 5 x 2 Suécia, no Rasunda, em Estocolmo, na Suécia

A camisa verde e amarela foi incorporada em 1954 pela CBD, precursora da CBF, após o trágico vice em 1950. Em sua segunda decisão mundial, encarou a Suécia, também com a camisa amarela. Assim, precisou confeccionar um novo uniforme lá mesmo na Europa. O azul vem do manto de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Na correria, a direção da confederação improvisou o bordado. Valeu o primeiro título.

Copa do Mundo 1958, final: Brasil 5x2 Suécia

2012 – Brasil 3 x 0 Suécia, no Rasunda, em Estocolmo, na Suécia

Na despedida do tradicional estádio sueco, a federação local convidou o Brasil para um amistoso relembrando o duelo mais famoso da arena, 54 anos antes. Com direito à presença de ex-jogadores, incluindo Pelé. Como homenagem ao pernambucano Vavá, autor de dois gols na finalíssima da Copa do Mundo, parte do material do museu do Rasunda foi doado à Arena Pernambuco. Inicialmente, os jogadores deveriam ter atuado 45 minutos do amistoso com a camisa retrô produzida pela Nike. Os comandados de Mano acharam a peça pesada e pediram para atuar com o padrão normal…

Amistoso 2012: Suécia 0x3 Brasil. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Passado, presente e futuro dos palcos das finais do Mundial

O jogo entre Brasil e Suécia, revivendo a decisão do Mundial de 1958, será o último duelo internacional no estádio Rasunda, em Estocolmo, palco daquela histórica decisão para a Seleção, com 49 mil torcedores. O Rasunda será demolido em novembro, para dar lugar a uma moderna arena, a um quilômetro de distância.

A partir deste ponto, o blog fez um levantamento com os estádios das 20 finais da Copa do Mundo desde 1930, já considerando a próxima edição no Brasil. Vários foram remodelados, outros foram demolidos. Houve até estádio que regrediu. Confira o passado, o presente e o futuro de cada um…

1930 – Centenário, em Montevidéu, no Uruguai

Estádio Centenário, em Montevidéu, em 1930

Estádio Centenário, em Montevidéu, em 2012

Sem dúvida alguma, foi a construção mais rápida de um estádio deste porte. Em apenas nove meses os operários levantaram o campo da primeira Copa do Mundo. O nome deve-se aos 100 anos da Primeira Constituição do Uruguai. No ano da abertura era possível receber até 93 mil pessoas, em pé. Sequer contava com refletores. Apesar de ter sido ampliado depois, ampliando a arquibancada atrás dos gols, o número caiu para 65.235, devido às normas de segurança e conforto, com assentos marcados, apesar de velhos. As suas quatro arquibancadas, divididas para torcedores de Peñarol e Nacional, têm nomes próprios: Olympic, Colombes, Amsterdam e America. Os três primeiros são relacionados ao bicampeonato olímpico de futebol, em 1924 e 1928. O último mostra o domínio da Celeste no continente, com 15 títulos.

1934 – Stadio Nazionale PNF, em Roma, Itália

Estádio Nazionale PNF, em Roma, em 1934

Estádio Flaminio, em Roma

Com capacidade para 50 mil torcedores, o estádio do Partido Nacional Fascista (PNF) foi construído em 1927 e recebeu três jogos da Copa do Mundo, incluindo a final. Lazio e Roma, os clubes de futebol mais tradicionais da capital do País da Bota, mandavam os seus jogos lá até a construção do Olímpico, em 1953. Naquele mesmo ano, o Nazionale PNF foi demolido. Foi substituído pelo Stadio Flaminio, sede do torneio de futebol da Olimpíada de 1960. Hoje, com 32 mil lugares, é utilizado para jogos de rúgbi

1938 – Stade Olympique Yves-du-Manoir, em Colombes, França

Estádio Colombes em 1938

Estádio Colombes atualmente

Mais de cem anos de história e cada vez menor. Inaugurado em 1907 como Stade du Matin, o local foi ampliado para 45 mil lugares visando os Jogos Olímpicos de Paris, em 1924. Quatro anos depois foi rebatizado com uma homenagem ao francês Yves du Manoir, atleta de rúgbi, que faleceu com apenas 24 anos em 2 de janeiro de 1928. Após o Mundial de futebol de 1938, o Olympique recebeu várias finais da Copa da França e permaneceu como o maior estádio do país até 1972, com a inauguração do Parque dos Príncipes, do PSG. Após reformas estruturais e a demolição de alguns setores, em uma reorganização do terreno, a capacidade caiu para 14.000 espectadores, a atual. O palco é dividido pelo RC Paris (futebol) e Racing Métro 92 (rúgbi)

1950 e 2014- Maracanã, no Rio de Janeiro, Brasil

Estádio do Maracanã

Novo Maracanã

Um estádio de futebol construído duas vezes para o mesmo evento, a Copa do Mundo. De 1950 e 2014. Preparado para abrigar a final das duas competições. Na primeira edição, foram utilizados 500 mil sacos de cimento e 10 mil toneladas de ferro. Ao todo, dez mil operários trabalharam na obra, que durou dois anos. Oficialmente, a capacidade máxima era de 183.354 pessoas. A maior do planeta. Estimativa baseada no “Padrão Fifa” da época, incluindo 32 mil pessoas em pé. Várias décadas depois, ao incrível custo de R$ 1 bilhão, outro Maracanã. No papel, uma modernização. A segunda versão deverá consumir 140 toneladas de ferro e 8,6 toneladas de cimento, com 5.200 trabalhadores. Por mais que se use as antigas fundações, o discurso não cola. Trata-se de um novo palco, luxuoso, com 78.639 lugares, ou 42,8% capacidade antiga. Foi preciso mais de um ano para demolir boa parte do trabalho antigo, que de fato já havia sido parcialmente refeito em 2000, com um novo anel inferior.

1954 – Wankdorf Stadium, em Berna, Suíça

Antigo estádio Wankdorf, em Berna

Novo estádio Wankdorf, em Berna

Foram várias transformações no econômico espaço em Berna. Aberto em 1925 e podendo receber até 22 mil pessoas, o Wankdorf foi gradativamente ampliado entre 1933 e 1939, chegando a 42 mil. Antes da Copa de 1954, a demolição. Foi construído um novo, com 64 mil lugares. A inauguração ocorreu com o Mundial em andamento. Nesse tempo todo, foi a casa do BSC Young Boys. Até 2001, quando foi novamente levado às ruínas. Era a vez do moderno Stade de Suisse, aberto no verão de 2005. A “terceira” arena tem lotação máxima de 32 mil torcedores e foi sede da Eurocopa 2008. Virou a nova casa do BSC.

1958 – Rasunda, em Estocolmo, Suécia

Estádio Rasunda, em Estocolmo

Estádio Friends Arena, ainda em construção, em 2012, em Estocolmo

Do campo acanhado para o estádio tradicional foram mais de duas décadas, até a inauguração em 18 de abril de 1937, com o clássico sueco entre AIK e Malmö. Bem antes da Copa do Mundo, o Rasunda foi utilizado na Olimpíada de 1912, para a prática de futebol e disputas de tiro! Tradicionalmente, recebeu 75% das apresentações da Suécia como mandante. Foi o primeiro estádio do planeta a receber a final do Mundial tanto no masculino (1958) quanto no feminino (1995). De 51 mil pessoas há 54 anos, terá a sua despedida com 36 mil ingressos. Com a inauguração da Friends Arena (Arena dos Amigos) prevista para este ano, com 50 mil lugares e orçada em 300 milhões de euros, o terreno do velho Rasunda será cedido. A demolição deve ser ainda em 2012.

1962 – Nacional, em Santiago, Chile

Estádio Nacional, em Santiago, em 1962

Estádio Nacional, em Santiago, em 2012

Caso raríssimo na história da Copa, o maior público da competição de 1962 foi na semifinal entre Brasil e Chile, com 76.500 espectadores, quase oito mil a mais que a final. O recorde, contudo, é de 85.268 pessoas, curiosamente na mesma temporada. O Nacional faz parte de um enorme complexo esportivo em Santiago, criado em 1937. Chegou a ser chamado de “Elefante Branco” na inauguração, ainda com 45 mil lugares, pois achava-se que jamais lotaria. Passou por uma reforma completa em 2009, reduzindo drasticamente o espaço disponível para o público, agora com 50 mil cadeiras.

1966 – Wembley, em Londres, Inglaterra

Old Wembley

New Wembley

Nada mais nada menos que um dos palcos mais famosos do futebol em todos os tempos. Após um ano de obras, Wembley foi aberto para o público em 1923, numa época na qual o futebol inglês já era profissional. Custou 750 mil libras esterlinas, projetado com 127 mil lugares. De cara, passou a receber as finais da Copa da Inglaterra. Em 1966, com 98 mil lugares disponíveis, abrigou a decisão da Copa do Mundo. Foi a casa do English Team até 2000, quando foi fechado. A demolição, no entanto, só aconteceu duas temporadas depois. Foram cinco anos de obras para o “New Wembley”, não menos espetacular. Aberta em 9 de março de 2007, a super-arena custou 783 milhões de libras (1.044 vezes mais que a primeira versão). Atualmente são 90 mil cadeiras.

1970 e 1986 – Azteca, na Cidade do México, México

Estádio Azteca, na Cidade do México

Estádio Azteca, na Cidade do México

Ainda hoje o estádio Azteca ostenta a marca de estádio de maior capacidade na América Latina, com 105.064 assentos. Foi o primeiro a receber a final da Copa do Mundo em duas oportunidades, em 1970 e 1986, com 107.412 e 114.600 torcedores, respectivamente. Festa de brasileiros e argentinos. O Azteca começou a ser construído em 1961 e foi inagurado em 1966. Dois anos depois recebeu Olimpíada. Se tornou um dos principais polos de eventos do continente, com apresentações da NFL, shows de Michael Jackson, presença do Papa etc. Segue moderno. Já foi a casa de seis times mexicanos. Atualmente, o mandante é o Club América, um dos mais populares do país.

1974 – Olympiastadion, em Munique, Alemanha

Olympiastadion, em Munique

Olympiastadion, em Munique, em 2010. Foto: Michael Sitter

Seu primeiro objetivo foi abrigar os Jogos Olímpicos de 1972. Foi construído em quatro anos, a partir de 1968. Podendo acomodar 69.250 pessoas, o “Estádio Olímpico” não precisou de reforma alguma para ser o principal palco da Copa do Mundo dois anos depois. Ainda receberia a final da Euro de 1988 e as decisões da Liga dos Campeões da Uefa de 1979, 1993 e 1997, mantendo o design original. Foi a casa do Bayern e do TSV 1860 Munich até 2006, quando foi inaugurada a Allianz Arena, também na cidade de Munique. Sem clubes, o seu uso passou a ser esporádico, com eventos de atletismo, automobilismo e até esqui.

1978 – Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, Argentina

Estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, antes da ampliação para a Copa 1978

Estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, na década de 2000

Encravado em um dos bairros mais nobres da capital dos hermanos, o estádio Antônio Vespucio Liberti surgiu em 1938 já com um status imponente, como o maior da Argentina. Após uma despesa de 3 milhões de dólares, o River Plate abriu as portas do seu “Monumental”. Com um empréstimo do governo militar do país, visando o Mundial de 1978, o River conseguiu remodelar a “cancha”. Já chegou a receber 100 mil pessoas, no clássico entre River e Racing, mas hoje não passa de 60 mil. Apesar de grande e tradicional, a a praça esta sucateada, mantendo, por exemplo, as mesmas cadeiras utilizadas há três décadas.

1982 – Santiago Bernabéu, em Madri, Espanha

Estádio Santiago Bernabéu, em Madri, antes da Copa de 1982

Estádio Santiago Bernabéu, em Madri, em 2012

Casa do Real Madrid desde 1947, o Santiago Bernabéu recebeu a final do Mundial da Espanha, fatídico para a Seleção Brasileira, que sequer jogou nesse campo. Nos seus 65 anos de história, o estádio passou por duas grandes ampliações. A primeira delas em 1981, para a Copa, claro. Modernização e placar eletrônico. Depois, em 2001, ao custo de 127 milhões de euros, o terceiro anel de arquibancadas foi construído, além da cobertura em todos os setores. Até a década de 1990 o Santiago Bernabéu ainda contava com a “geral”, com torcedores em pé. Atualmente, só cadeiras. São 85.454. É um estádio “cinco estrelas” na análise da Uefa, a maior possível.

1990 – Olimpico, em Roma, Itália

Estádio Olímpico de Roma em 1960

Estádio Olímpico, de Roma, em 2012

Em seus primeiros estágios, o nome era bem diferente: Stadio del Cipressi. O terreno existia desde 1901, mas a abertura foi somente em 1937. A sua ampliação foi paralisada em 1940 devido à 2ª Guerra Mundial. Em 1953, um novo nome, Stadio dei Centomila. A explicação (na tradução) vem da lotação obtida nos clássicos da época entre Lazio e Roma, passando de 100 mil pessoas. Em 1960, o nome definitivo, por causa da Olimpíada de Roma. Com a construção da pista de atletismo, a capacidade caiu para 73 mil. Ao ser escolhido para a final do Mundial de 1990, o palco foi reformado, com a colocação de cadeiras e a cobertura metálica. Em 2008, nova modernização, com o “Padrão Fifa”, incluindo vestiários, telões de led, segurança etc. É a casa de Lazio e Roma.

1994 – Rose Bowl, em Pasadena, Estados Unidos

Estádio Rose Bowl, em Pasadena, em 1921

Rose Bowle, em Pasadena

Concebido para jogos de futebol americano, o Rose Bowl passou por leves adaptações para outros esportes. Recebeu competições das Olimpíadas de 1932 e 1984, incluindo aí a final do futebol, com derrota brasileira diante da França. Porém, em 1994, a Seleção festejou no enorme estádio após o pênalti perdido pelo italiano Roberto Baggio. Seu projeto original apresentava uma forma de “ferradura” na arquibancada. Posteriormente, a arquibancada foi construída, com um único anel, com 94 mil lugares. O recorde é de 1973, com 106 mil espectadores. Em 1999, a revista norte-americana Sports Illustrated nomeou o Rose Bowl como o 20º estádio mais importante do século XX. Os assentos de madeira de 1922 foram substituído por peças de alumínio em 1969. Mais recentemente, para cadeiras de plástico no padrão mais moderno da atualidade.

1998 – Stade de France, em Saint-Denis, França

Stade de France, em Saint-Denis

Stade de France, em Saint-Denis

Suntuoso, o estádio na periferia de Paris foi inaugurado como o mais moderno do mundo. Se hoje não é mais o nº 1, pelo menos segue entre os melhores. O governo francês bancou a bagatela de 290 milhões de euros em três anos de obras. A sua primeira arquibancada pode ser “recuada”, de forma retrátil, abrindo espaço no campo de jogo. Não por acaso, a arena pôde implantar uma pista de atletismo de forma provisória para o Mundial de Atletismo de 2003. Após a Copa de 1998, com vitória dos Bleus, o palco virou a casa das seleções francesas de futebol e rúgbi, bastante popular no país. Nenhum clube manda jogos de forma regular no Stade de France, que se tornou um dos pontos mais visitados da cidade.

2002 – Estádio Internacional, em Yokohama, Japão

Estádio Internacional de Yokohama em 2002

Estádio Internacional de Yokohama em 2002

Os japoneses esperavam receber a Olimpíada de 2008. A eleição do Comitê Olímpico Internacional (COI) seria apenas em 2001. No entanto, os nipônicos construíram o International Stadium em 1998! O objetivo desse empreendimnto era promover também o Festival Nacional de Esportes do Japão. Com se sabe, os Jogos Olímpicos de 2008 aconteceram na chinesa Beijing. Ainda assim, a casa do time de futebol Yokohama Marinos, com 72.327 lugares, recebeu a decisão do Mundial de 2002 sem necessitar de reformas. Com uma infraestrutura invejável, a arena foi escolhida pela Fifa para a final do Mundial de Clubes de 2005 a 2008, além do biênio 2011/2012. Apesar do nome “Internacional”, o contrato é naming rights. A Nissan já bancou a denominação oficial.

2006 – Olímpico, em Berlim, Alemanha

Estádio Olímpico de Berlim em 1936

Estádio Olímpico de Berlim em 2006

Em 1936, a Olimpíada teve pela primeira vez a “pira olímpica”, sob o olhar do führer Adolf Hitler. Construído para demonstrar a suposta superioridade ariana – no mantra de Hitler -, o estádio acabou vendo o show do corredor norte-americano Jesse Owens, negro. Na Segunda Guerra Mundal, o Estádio Olímpico sofreu vários danos. Sofreu uma leve reforma e se transformou na casa do Hertha Berlin em 1963. Onze anos depois, recebeu três jogos do Mundial, na então Alemanha Ocidental. Em 2006, mais seis partidas, incluindo a final, após uma caríssima reforma geral de 247 milhões de euros, quase o preço de um novo estádio com 45 mil lugares. A sua capacidade é de 77.166 pessoas, com lugares cobertos. Mantém o design original.

2010 – Soccer City, em Johanesburgo, África do Sul

Estádio Soccer City, em Joanesburgo, nos anos 2000

Estádio Soccer City, em Joanesburgo, em 2010

Fantástico, o estádio Soccer City foi palco da abertura e da final da Copa do Mundo de 2010, com orçamento de quase R$ 800 milhões. Com capacidade para 94.700 torcedores, a arena de Joanesburgo foi criada, como uma das maiores do mundo. A construção original data de 1987, com lotação máxima de 80 mil pessoas, num único lance de arquibancada. O local foi ampliado e modernizado para o primeiro Mundial de futebol em solo africano. No entorno, uma grande área de “escape”, uma das exigências mais atuais da Fifa, para centros de imprensa e fan fests.

Três ouros do Mister Olimpíada, sem medalhas no peito

Seleção feminina de vôlei na Olimpíada 2012. Foto: FIVB/divulgação

Ele jamais recebeu uma medalha de ouro no peito, devido a uma falha protocolar.

Na festa olímpica, observa o seu time a alguns metros de distância, no alto do pódio.

Dali, na beira da quadra, não consegue esconder o sorriso de satisfação com trabalho muito bem feito, vencedor. Interminável.

Fica a lembrança. Das orientações a cada parada técnica em jogos disputadíssimos, a paciência para incutir na equipe o melhor caminho para obter o resultado.

A análise instantânea, com uma visão de jogo muito acima da média. De quem jogou.

Há vinte anos, um ouro inesquecível em Barcelona, o primeiro do país em esportes coletivos. Era a geração de Marcelo Negrão, Tande, Carlão…

Há quatro temporadas, outro triunfo sensacional em Beijing, desmistificando uma equipe tida como inconstante, a seleção feminina.

Homens e mulheres, todos devem às suas instruções com a camisa do Brasil.

No papel de treinador, elevou demais o nível técnico no esporte.

Neste domingo, outra vitória das meninas, com a presença das pernambucanas Dani Lins e Jaqueline. Atropelou o favoritismo dos Estados Unidos por 3 sets a 1, de virada.

Aos 58 anos, esse personagem descrito desde a primeira linha segue como um pilar no vôlei nacional. Outro pódio sem a sua presença. Não importa. Está claro para todos.

Três conquistas olímpicas. Algo inédito para um brasileiro.

Sem dúvida, o maior vencedor do país nos Jogos. Obrigado, José Roberto Guimarães.

Seleção feminina de vôlei na Olimpíada 2012. Foto: FIVB/divulgação