Choripán secador

Argentinos secando o Brasil em La Plata. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Buenos Aires – Em vez do churrasquinho, o choripán… A fumaça densa nos arredores do belíssimo estádio em La Plata era a dica principal de que havia algum estbelecimento improvisado com o tal pão misturado com chorizo.

Argentinos da província sul, os vendedores se esforçaram bastante para falar o portunhol – os dois lados da conversa, por sinal -, mas durante o jogo, sem movimento algum, a diversão foi secar a Canarinha na TV. Sem pena.

Depois de ficar no 1 x 1 com a Bolívia, curiosamente no mesmo estádio Único, nada melhor que ver o arquirrival sair cabisbaixo.

Desanimado, talvez o torcedor brasileiro tenha deixado de comer o choripán no fim…

América 3 – Para virar um timaço, precisa ser um time

Copa América 2011: Brasil 0x0 Venezuela. Foto: CBF/divulgação

Buenos Aires – Badalada, a Seleção Brasileira estreou disposta a vencer e convencer. O show parecia bem ensaiado, com os artistas afinados.

O desempenho na partida contra a fraca, porém aguerrida, Venezuela não foi muito diferente do que o torcedor brasileiro tem visto nos últimos tempos.

Uma equipe de uma nota só, com um ou outro lampejo de técnica e explosão (Pato, no travessão). Falta o conjunto. Só com o nome não funciona mais…

O regulamento da Copa América evita qualquer desespero mesmo em um tropeço como esse 0 x 0, neste domingo, uma vez que dos três grupos, dois vão classificar três equipes, com os dois melhores terceiros colocados.

Portanto, tranquilidade na volta à Campana. De volta ao rachão com goleadas e treinamentos com muitas firulas, tudo sob o olhar sério do técnico Mano Menezes.

Qualidade o time tem. Basta olhar as duas fotos desta postagem. No entanto, transformar uma convocação em equipe é um passo à frente.

Por sinal, esse passo começa com algo simples no futebol, o passe.

Copa América 2011: Brasil 0x0 Venezuela. Foto: CBF/divulgação

Da plata ao caos

Copa América 2011, torcedores brasileiros e venezuelanos. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Buenos Aires – Em relação ao cuidado com as seleções e com a imprensa, com muitos voluntários prestativos, de fato a Copa América começou em alto nível. Para o público, infelizmente a ação foi restrita apenas à acomodação e segurança. Faltou algo básico, o transporte. Apontada como a arena mais moderna do país, o Estádio Único, em La Plata, acabou sendo um disfarce para o deslocamento do público, completamente caótico.

No domingo, muitos brasileiros – aproveitando o frio de 7 graus – foram torcer pela Canarinha na estreia da Copa América. Para alguns, corridas de táxi de até 250 pesos, só a ida. Nem todo mundo topou pagar R$ 200 para ir voltar de um jogo de futebol. Por isso, para a imensa maioria, o trajeto foi de ônibus. Com apenas duas empresas fazendo o traslado direto, as filas foram enormes. O blog acompanhou essa viagem/odisseia.

Na saída, a concentração em Constitución, em um bairro central em Buenos Aires. Pelo menos a passagem era barata, por 10 pesos (R$ 3,80). O estádio onde o Brasil ficou no frustrante empate sem gols com a Venezuela fica em uma área isolada. Então, foi necessário caminhar um “pouco” até o portão de entrada. Daí, a facilidade para a polícia montar barricadas de até um quilômetro da roleta.

Não havia mais ingressos, mas alguns torcedores que compraram na web não conseguiram retirar o tíquete no local, gerando queixas na delegacia do estádio. O clima no domingo, no entanto, era de pura cordialidade, com uma presença maciça de venezuelanos, uniformizados, animados e “conscientes” de uma suposta derrota.

Copa América 2011: Brasil 0x0 Venezuela. Foto: AFA/divulgação

Mesmo após o 0 x 0, o ambiente pacífico permaneceu. O tropeço não tirou ninguém do sério, mas a falta de informação irritou. Na saída, o blog encontrou diversos brasileiros buscando orientação para retornar à capital, na luta para comprar a passage.

Aí, o clima da Copa América já havia perdido toda a sua graça. Na porta do estádio, taxistas de Buenos Aires (com seus carros preto e amarelo) e de La Plata (branco e verde) negavam qualquer corrida que fosse para um ponto dentro do próprio município. Assim, uma multidão encarou uma caminhada de 40 minutos até o terminal de ônibus da cidade. Lá, fila dando voltas tanto na bilheteria quanto no embarque no coletivo, com o luxo de um ônibus leito.

O jogo terminou por volta de 18h10. A viagem de volta para Buenos Aires, onde a maioria da torcida estava hospedada – inclusive o blogueiro -, só partiu às 19h40. Depois do combate ao frio seguindo um jogo insosso, veio, finalmente, a chegada na Avenida 9 de Julio, a principal da capital dos hermanos.

Nos últimos minutos do trajeto, a conversa em português dentro do ônibus foi inevitável, com direito a um comentário que arrancou risadas. “A gente vai dar o troco neles (argentinos) em 2014, porque, aguardem, na Copa do Mundo eles não vão nem conseguir entrar em um transporte público.”

Com obras de infraestrutura cada vez mais atrasadas nas 12 subsedes do próximo Mundial de futebol, o “fiel” torcedor até tem um pingo de razão, e, como sabemos, o brasileiro costuma rir de si mesmo.

Copa América 2011: Termina de ônibus de La Plata. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Como não ignorar uma Copa

Copa América 2011, no Aeroparque. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Buenos Aires – Logo ao desembarcar no Aeroparque, um dos dois aeroportos internacionais da cidade, fica nítido o tamanho da divulgação da Copa América.

Não é para menos, pois apenas em ações de marketing e publicidade foram investidos 140 milhões de dólares. Os cartazes estão por toda parte. Enormes.

De fato, é algo que ajuda a entrar no “clima” da competição, como neste domingo.

Mas a estrutura para receber turistas não mudou muito. Na alfândega, apenas quatro guichês funcionavam para autorizar a entrada dos brasileiros, quase a totalidade do voo. Esse problema está cada dia mais evidente também no Brasil, diga-se.

Minutinhos a mais à parte, a Copa América passou mesmo a ser tratada como prioridade para a Albiceleste, que não ganha um torneio na categoria principal desde 1993.

Tirando a casa de câmbio, com atendentes robóticas, o primeiro contato com os hermanos foi no táxi até o hotel. A frustração da estreia não diminuiu o ânimo.

Talvez isso já seja um reflexo da campanha maciça na TV sobre a competição. Ganhar a Copa América para a Argentina virou questão de honra. Pelo jejum e pelo fato de jogar em casa, claro. Há quem diga que pensamento foca 2030, no centenário do Mundial…

Copa América 2011, quiosque oficial. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Seguindo em Buenos Aires, a exposição tenta dar conta do recado também no comércio.

Em um dos quiosques oficiais – acima, a lojinha em frente ao centro de imprensa na Recoleta -, o movimento era tímido. Segundo o vendedor, o domingo na capital vizinha esvazia qualquer lugar – fato confirmado na procura por um lugar para jantar.

O jantar, aliás, ocorreu na volta de La Plata, onde o Brasil jogaria. Até lá, o som da Radio Deportiva (AM 950), com o interminável debate sobre a qualidade de Messi – um ídolo sob eterna desconfiança.

Para esquentar a discussão, é claro que Maradona foi envolvido. “Messi é um fenômeno, mas Maradona é Deus”, disse um dos radialistas, com a aprovação irretocável.

Todas aquelas frases que sempre escutamos no Brasil sobre El Pibe, e que parecem brincadeira, são levadas bem a sério por aqui…

Menos mal que os cartazes oficiais estão tentando criar uma nova identidade na seleção local, sem Maradona. Para isso, acredita o povo local, só com a Copa… Onipresente.

Copa América, placa na autopista. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Como será o desempenho do Brasil na Copa América?

Neymar, Pato e Ganso, jovem trio de ouro da Seleção Brasileira. Foto: Fifa/divulgação

Começa a saga da Seleção Brasileira em território “inimigo”.

Atual bicampeão (2004 e 2007), o Brasil tentará igualar um recorde da Argentina, único país a ter conquistado três edições seguidas da Copa América, em 1945, 1946 e 1947.

Tabela do Brasil na primeira fase da competição continental em 2011, no grupo B:

03/07 – Brasil x Venezuela – La Plata
09/07 – Brasil x Paraguai – Córdoba
13/07 – Brasil x Equador – Córdoba

No embalo da estreia verde e amarela, com os jovens craques Neymar, Pato e Ganso, participe da nova enquete do blog!

Qual será o desempenho do Brasil na Copa América de 2011?

  • Campeão (47%, 75 Votes)
  • Semifinalista (16%, 25 Votes)
  • Primeira fase (15%, 24 Votes)
  • Vice (11%, 18 Votes)
  • Quartas de final (11%, 18 Votes)

Total Voters: 160

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Sem pressão verbal, mas com pressão presencial

Mano Menezes e Ricardo Teixeira, técnico e presidente da CBF, respectivamente. Foto: CBF/divulgação

Mano Menezes terá o seu primeiro teste com a seleção mais vencedora do mundo.

O técnico gaúcho assumiu o comando da Canarinha após uma histórica desistência de Muricy Ramalho, no ano passado.

Curiosamente, Muricy conquistou a Série A de 2010 com o Fluminense, em jejum desde 1984, e a Libertadores de 2011 com o Santos, em jejum desde 1963…

Enquanto isso, Mano acumulou derrotas contra times mais fortes, como Argentina e França. Com um bom relacionamento com a mídia, o treinador demonstra plena confiança em seguir o trabalho até 2014.

Antes da estreia na Copa América contra a Venezuela, o grupo canarinho recebeu a visita o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, no hotel em Campana.

A conversa mais demorada foi justamente com Mano…

Diante das câmeras, de forma oficial, nada de pressão verbal. Só a presencial…

Na sua opinião, Mano Menezes será o treinador do Brasil no Mundial de 2014?

Brasil segue treinando em Campana, na Argentina. Foto: CBF/divulgação

Camisas 10 e 11, a qualidade em estado bruto na Seleção

Copa América: numeração da Seleção Brasileira. Foto: CBF/divulgação

Numeração definida para os craques da Seleção Brasileira na Copa América de 2011.

Os 23 jogadores conheceram os seus números na camisa nesta quarta-feira, através de um anúncio oficial da CBF à Conmebol. Duas camisas nobres já estão com novos donos.

Camisa 10 – Paulo Henrique Ganso

Camisa 11 – Neymar

Brasil do 1 ao 11, de acordo com as camisas no grupo treinado por Mano Menezes:

Júlio César; Daniel Alves, Lúcio, Thiago Silva e André Santos; Lucas Leiva, Ramires, Ganso e Robinho; Alexandre Pato e Neymar.

É um bom time. Mas acho que o Lucas, meia do São Paulo e com a camisa 18 na Canarinha,  vai brigar por uma vaga na Seleção durante a busca pelo tri das Américas.

Nas cores da América

Camisa oficial da Copa América de 2011

Entre os vários modelos lançados, a camisa acima é a principal da Copa América de 2011, na Argentina. O modelo está sendo comercializado na web por 20 dólares (R$ 31).

Confira outros produtos da Copa América, que começa nesta sexta, clicando aqui.

Em destaque, o troféu da competição, estilizado com as cores das bandeiras das 12 seleções, entre elas, os convidados México e Costa Rica. Não deixa de ser América!

Vale lembrar que a camisa oficial da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, também está à venda. A peça, produzida pela Adidas, sai por R$ 100… Saiba mais aqui.

Contrato sem Grafite, ainda

Grafite visita o Arruda em 2011. Foto: Santa Cruz/divulgação

Em 2010, o atacante Grafite encheu os torcedores do Santa Cruz de orgulho ao ser convocado pela Seleção Brasileira para a Copa do Mundo da África do Sul.

Craque Coral em 2001 e 2002, o centroavante de 32 anos começou sob muita pressão da torcida. Aos poucos, ganhou espaço e mostrou a sua técnica apurada.

Mesmo após rodar bastante, Grafite não esqueceu o passado de uma década.

Nesta segunda-feira, a assessoria de imprensa do Tricolor divulgou uma foto do atleta fazendo uma visita ao Arruda. Por enquanto, é apenas uma visita de cortesia…

“Já joguei dois anos no São Paulo, quatro na Alemanha. Sou reconhecido em vários clubes, mas a identidade que eu tenho com o Santa Cruz e que a torcida tem comigo é uma coisa inexplicável.”

Com uma declaração assim não surpreenderia ver Grafite encerrar a carreira por aqui.

Inclusive em 2014, no centenário do Santa, como o próprio atacante lembrou…

Beleza dentro e fora do campo

Começou a Copa do Mundo de futebol feminino.

Antes da bola rolar em solo alemão, várias musas do futebol participaram de ensaios fotográficos para a Fifa, com o objetivo de promover a competição.

Fotos coloridas, em estúdio, e também em preto e branco.

O blog escolheu nove fotos da galeria de imagens da Fifa e montou o slide acima, com representantes da Inglaterra, Suécia, Austrália, Colômbia, Noruega e Canadá.

As anfitriãs já tinham dado a sua bela colaboração ao blog… Relembre aqui.