Pênalti sem falta e fora da área desencadeia goleada em BH

Série A 2012: Atlético-MG x Náutico. Foto: Rodrigo Clemente/Estado de Minas

Lance crucial da partida no estádio Independência, aos 34 minutos do primeiro tempo.

Em jogada individual, o atacante Jô tenta invadir a área alvirrubra no lado esquerdo. Cercado pelo zagueiro Ronaldo Alves, ele se atira no gramado, próximo à linha.

O árbitro Raphael Claus apita. Falta técnica? Amarelo para o atleticano por simulação?

O apito foi seguido do braço direito apontado para a marca penal. O juiz não só marcou a infração contra o Náutico como conseguiu enxergar a falta dentro da área.

Pênalti… Houve cartão, mas a advertência foi para o beque do time pernambucano.

O tal Raphael Claus, professor de educação física de 32 anos, foi eleito como o melhor árbitro do campeonato paulista de 2011 e o segundo melhor da edição deste ano.

Apesar da revolta dos jogadores do Náutico, Ronaldinho Gaúcho se concentrou e bateu forte, indefensável para o goleiro Felipe.

Era o primeiro gol do craque (ex?) em Belo Horizonte.

O Atlético-MG ficava novamente em vantagem na noite deste sábado.

Naquele momento, o Timbu estava com a marcação encaixada depois de reagir. Isso porque o jovem Bernard abriu o placar com apenas dois minutos, numa trama rápida.

Aos 12, o empate, quando Araújo aproveitou um cruzamento rasteiro na pequena área e marcou seu quarto tento em seis apresentações. Acordara o time, brigador.

Mas a cobrança de Ronaldinho desmantelou aquele bom momento.

Desatento, o Timbu sofreu o terceiro no minuto seguinte, em um gol contra de Márcio Rosário, que nos seus dois jogos anteriores havia sido expulso. Péssimo rendimento.

Com Martinez e Araújo articulando algumas jogadas, o Náutico até ensaiou outra reação, mas a desvantagem e a pressão no Independência deixaram a tarefa bem difícil.

Em um chute cruzado, aos 16 minutos da segunda etapa, Danilinho ampliou o placar. Nos descontos, Escudero liquidou uma fatura na qual os visitantes há muito se mostravam desestabilizados, com seguidas falhas na defesa. Ali, uma goleada incontestável, 5 x 1.

Após dois resultados positivos nos Aflitos, um revés em Belo Horizonte. Esta foi a terceira derrota em três jogos como visitante na Série A.

Parte da culpa, desta vez, pode ser atribuída à falha de Raphael Claus, um dos melhores árbitros da nova geração, cujo sonho é conquistar um dia o emblema da Fifa…

Série A 2012: Atlético-MG x Náutico. Foto: Rodrigo Clemente/Estado de Minas

O cerco está se fechando para novos campeões nacionais

Arame farpado

Coritiba x Palmeiras, a final da 24ª Copa do Brasil, que afirma um contexto preocupante.

Está ficando cada vez mais difícil o surgimento de um novo campeão nacional.

Desde a Taça Brasil de 1959, a primeira competição nacional oficial do país, o maior período sem que fosse consagrado um novo campeão de elite foi entre 1991 e 1999, do Criciúma ao Juventude, ambos na Copa do Brasil.

O chamado “G12”, bloco não escrito com os principais times do Brasil, possui títulos deste porte. Outras dez equipes fora do bolo também já ganharam.

Com a decisão do mata-mata desta temporada,  o jejum atual, desde a volta olímpica do Paulista de Jundiaí, em 2005, só não será igualado se a vigente Série A for vencida por Náutico, Ponte Preta, Portuguesa, Figueirense ou Atlético-GO.

Caso não ocorra alguma zebra no campeonato brasileiro, portanto, o futebol brasileiro poderá entrar num ciclo quase fechado de campeões nacionais.

A opinião é fundamentada em uma Série A enxuta e elitizada e agora com a reformulação da Copa do Brasil a partir de 2013, contando com todas as forças, inclusive as agremiações que disputam simultaneamente a Taça Libertadores da América.

Levando em consideração a Taça Brasil (1959-1968), Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967-1970), Série A (1971-2012) e Copa dos Campeões (2000-2002), confira abaixo quantos anos se passaram até que um novo clube pudesse bordar uma estrela dourada.

Com a estrutura atual, o 23º campeão nacional deverá surgir em quanto tempo?

Jejum de campeões nacionais

Janela aberta, para reforços e para a disparidade

Janela aberta

Um mês com o mercado do futebol mundial à disposição.

Entre os dias 20 de junho e 20 de julho, os clubes brasileiros poderão contratar e inscrever atletas do exterior, através do prazo oficial estipulado pela CBF.

Desde a implantação dos pontos corridos na elite nacional, essa janela internacional tornou-se o período de maior reforço para os principais clubes.

Com a pujante economia brasileira no esporte bretão, associada à crise na Europa, os times do país vêm conseguindo reverter um pouco o fluxo das negociações.

As principais peças deverão continuar, como em 2011. Obviamente, nenhuma astro do Velho Mundo irá disputar qualquer série do campeonato brasileiro. Longe disso.

No entanto, jogadores de menor visibilidade e muito potencial deverão desembarcar no Brasil nas próximas quatro semanas. É a estratégia clássica na montagem dos times.

Ao mesmo tempo em que Náutico e Sport têm a chance de reforçar os respectivos elencos, a dupla centenária tem a certeza de que a disparidade técnica deve aumentar bastante. O investimento da concorrência interestadual será forte.

Se já não era barato, agora complicou. Em relação à última janela, em janeiro, a taxa cambial Real x Euro aumentou 11%, segundo a Pluri Consultoria (veja aqui).

É a hora de abrir o caixa nos Aflitos e na Ilha do Retiro? Para qual posição?

Neste ano já teve dirigente local dizendo para o próprio torcedor sugerir nomes, tentando justificar a dificuldade em encontrar soluções. Então, chegou a hora.

É preciso ser rápido. A janela será fechada em um mês. Para sempre.

Janela aberta

Campeão e rebaixado, ao mesmo tempo

Tigre, da Argentina. Foto: Tigre/divulgação

Leia bem o título do post. Já imaginou algo assim? Non sense, mas real.

A situação desportivamente controversa poderá ocorrer na Argentina neste ano. Entenda a curiosa situação abaixo e veja outros campeonatos com fórmulas esdrúxulas.

2012 – Argentina
Um clube campeão nacional e rebaixado no mesmo campeonato. O fato ainda não aconteceu, mas a possibilidade assusta a Asociación del Fútbol Argentino (AFA), que implatou o polêmico sistema de rebaixamento, chamado de “promedio”, em 1983, reunindo as médias das últimas três temporadas para definir os rebaixados.

Após campanhas irregulares, o Tigre disputa o título do Clausura 2012. Com 35 pontos, o clube precisa de uma vitória na última rodada para celebrar a conquista inédita ou, no mínimo, disputar um desempate com o Arsenal de Sarandí, co-líder. No entanto, o Tigre também precisa vencer para melhorar o seu promedio, o 16º entre 20 clubes.

Mesmo com a vitória sobre o Independiente, em casa, o time poderá jogar um playoff para evitar a queda. Entre outras combinações. Ou seja, existe a chance matemática de dois jogos extras: um pelo título e outro pela permanência na elite. Confuso?

2012 – Carioca
E não é que o campeonato carioca deste ano por pouco não registrou uma classificação final difícil de compreender, também com um clube suburbano como protagonista? Depois de perder todos os jogos do primeiro turno (Taça Guanabara), o Bangu fez uma boa campanha no segundo (Taça Rio). Começava aí a bronca matemática.

O Bangu chegou na última rodada da Taça Rio com chance de ser rebaixado, devido à pontuação geral, mesmo garantido na semifinal daquela fase. Por sorte, escapou. Ou seja, o Alvirrubro poderia ter disputado o mata-mata já relegado à B.

No regulamento, um mínimo de alento. Os campeões dos turnos evitam automaticamente o rebaixamento, mesmo que a pontuação geral os coloquem entre os últimos. A lógica é que esses times serão os finalistas do Estadual, campeão ou vice. Vice de turno, não.

1998 – Gaúcho
Uma situação bem semelhante ao Clausura ocorreu no Brasil há 14 canos, nos gramados gaúchos. Na primeira fase do Gauchão, o Brasil de Pelotas fez uma péssima campanha e foi rebaixado como lanterna entre os 11 participantes. Era o início do vexame do torneio.

Contudo, o clube tinha a vaga assegurada à segunda fase devido à classificação conquistada em outro torneio, no ano anterior, apenas com times do interior. Mesmo rebaixado, o Brasil foi avançando na competição e chegou até a semifinal do Estadual.

1985 – Série A
O Coritiba foi campeão brasileiro da Série A com saldo de gols negativo. Existe o registro de apenas outros cinco campeões nacionais desta forma no mundo. Em 29 jogos, o Coxa marcou apenas 25 gols e sofreu 27. Somou dez derrotas, ou 34% da campanha.

Em um torneio repleto de fases, o Alviverde foi avançando sempre no limite da zona de classificação. Até a final foi assim, no Maracanã, com empate e pênaltis. Copeiro.

1977 – Série A
Atlético-MG: 48 pontos, 11 vitórias, nenhuma derrota e 55 gols. São Paulo: 38 pontos, 9 vitórias, 4 derrotas e 40 gols. Ainda assim, o Galo só teve uma vantagem na final: jogar no Mineirão. A decisão terminou 0 x 0 e o Tricolor conquistou o título nos pênaltis.

O Galo teria sido o primeiro campeão invicto na Série A, uma vez que o Inter só venceu o Nacional desta forma dois anos depois. Time mineiro é o único vice assim.

Copa do Mundo
Ainda não aconteceu, mas o formato da Fifa permite um campeão com seis empates, uma derrota, nenhuma vitória e nenhum gol marcado. Basta que o país empate sem gols duas vezes na primeira fase e perca um jogo por 1 x 0 para uma equipe que vença os demais concorrentes com uma vantagem maior, somando nove pontos.

Os outros dois times teriam que empatar em 0 x 0. Assim, o tal time ficaria com a 2ª vaga. A partir das oitavas, empates sem gol e vitórias nos pênaltis. Campeão do mundo!

Torcida do Bangu. Foto: divulgação

A 5ª classificação do Brasileirão 2012

Classificação do Brasileirão de 2012 após 5 rodadas

Fim da quinta rodada na divisão de elite do Brasileirão.

Aos 48 minutos do segundo tempo, Ronaldo Alves colocou o Náutico na 10ª posição, a sua melhor até aqui na Série A, e ainda fez com que o time voltasse a vencer o Grêmio.

O Timbu vai bem em casa. Nos Aflitos, três jogos, com duas vitórias e um empate.

Em Pituaçu, em um jogo de nível técnico sofrível, o Sport desperdiçou uma grande chance de pontuar como visitante diante do Bahia.

Depois de jogar mal no primeiro tempo, Leão até melhorou na segunda etapa. Acabou derrotado com um gol impedido e outro num vacilo no fim. Volta pressionado ao Recife.

A 6ª rodada da Série A para os pernambucanos:

23/06 (21h00) – Atlético-MG x Náutico
24/06 (18h30) – Sport x Internacional

Fantasma gremista exorcizado nos Aflitos

Série A 2012: Náutico 1x0 Grêmio. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Mais do que três pontos. Desta vez, é preciso ir um pouco além das frias estatísticas…

O Náutico termina o domingo com um alívio como há muito não sentia.

Timbu e Grêmio fizeram um duelo bem amarrado nos Aflitos, de muita marcação e com algumas chances esporádicas nos 90 minutos, com leve vantagem para os gaúchos.

Diante de um adversário que não cedia espaços, o Alvirrubro tentava criar na base da superação, com os seus meias se revezando no desarme e na articuação ofensiva.

Até porque o técnico Vanderlei Luexemburgo não poupou ninguém para a partida, mesmo com a Copa do Brasil em andamento. Veio com a força máxima.

Sem desistir e com o apoio da torcida, que já tinha tido uma alegria nesta noite, com a apresentação do atacante Kieza, o triunfo feio aos 47 minutos do segundo tempo.

Com drama, o que parece ser a marca registrada deste confronto.

Exausto, Ronaldo Alves foi à área adversária na cobrança de escanteio. Havia sido convocado pelo capitão Derley para o lance, para enfrentar a alta defesa gaúcha.

Em um lance dramático, no último do jogo, os 14.006 torcedores presentes foram ao delírio com a cabeçada do zagueiro, após cobrança de escanteio.

A comemoração com choro e histeria foi além do resultado positivo nesta difícil Série A, mesmo tendo sido a segunda vitória consecutiva na competição.

Depois de 21 anos, o Náutico voltou a vencer o Grêmio, 1 x 0. Mais. O gol apagou o fantasma criado no dia 26 de novembro de 2005.

Sim, pois o duelo neste 17 de junho de 2012 foi o último entre os dois times nos Aflitos.

Era de fato a chance derradeira. A partir de agora, novos capítulos serão escritos na Arena Pernambuco. Vida nova ao Náutico, com a autoestima retomada.

Série A 2012: Náutico 1x0 Grêmio. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

A freguesia rubro-negra continua forte em Salvador

Série A 2012: Bahia 1x1 Sport. Foto: ANGELO PONTES/COPERPHOTO/AE

Agora são 28 jogos sem uma vitória sequer do Rubro-negro como visitante na Série A.

Em Salvador, o Leão não ganha do Bahia desde 1989.

No clássico do Nordeste, Bahia 2 x 1 Sport. A 32ª vitória baiana em 77 jogos…

O jogo em Pituaçu começou com um impedimento claro no gol tricolor. Pior que o Sport, só o auxiliar Marcio Luiz Augusto que não enxergou o atacante Elias bem à frente.

Em desvantagem, o quase acéfalo time rubro-negro até organizou algumas jogadas, taticamente firme, mas errava muitos passes. Foram 18 no primeiro tempo.

Finalizações? Nove, mas apenas duas em direção à meta do goleiro Marcelo Lomba, que até fez uma bela defesa num chute de Marquinhos Gabriel.

Muito pouco para o Sport. Ou, talvez, o máximo de uma formação sem um meia de origem. Por mais que seja batido, não tem como não criticar novamente Thiaguinho.

Improvisado no setor, ele segue sem jogar bem. Não produz, erra bastante e neste domingo foi desarmado com uma facilidade incrível. Não é a peça para esta função.

O técnico Vágner Mancini acabou tirando o atleta e promoveu a volta de Willians na etapa complementar. O jogador, outro bastante criticado pela torcida, até que saiu bem. Pelo menos em relação ao camisa 10 desta tarde. Tem mais qualidade.

Com uma maior posse de bola (54%), algo inédito neste Brasileirão, o Leão evoluiu e criou oportunidades, enquanto o Tricolor de Aço seguia num marasmo daqueles.

Aos 25 minutos, o empate. Rivaldo cruzou e Bruno Aguiar acertou um belo voleio.

Dominando, o Sport praticamente abdicou do ataque justamente no seu melhor momento, como se estivesse satisfeito com o resultado. Só fez chamar o Bahia novamente para o seu campo, na base do tudo ou nada.

Acabou penalizado aos  40, em uma bola alçada na área. Fahel subiu sozinho e cabeceou no cantinho. No giro longe da Ilha, só a certeza de que faltam reforços…

Série A 2012: Bahia 1x1 Sport. Foto: ANGELO PONTES/COPERPHOTO/AE

O 12º jogador alvirrubro, pronto para investir e apoiar

Camisa 12 do Náutico. Foto: Simone Vilar/divulgação

Na prática, qualquer torcida que se preze funciona como o 12º jogador do time.

O incentivo incondicional das arquibancadas empurra a equipe para reviravoltas quase impossíveis. E quando realmente não é possível, a paixão se faz presente na apresentação seguinte.

Nada melhor que aproveitar esse vetor do mercado futebolístico…

Uma jogada tradicional no marketing e sempre eficiente, ainda mais com um motivo especialmente criado para o produto.

O Náutico acaba de lançar uma edição limitada da “camisa 12”, confeccionada especialmente para esta Série A de 2012, a última do Alvirrubro nos Aflitos.

Em parceria com a Penalty, o Timbu confeccionou 1.000 unidades, à venda na Timbushop por R$ 169,90. Saiba mais detalhes clicando aqui.

Uma renda extra de R$ 170 mil não faz mal a clube algum…

Os personagens da equação financeira por Kieza

Kieza no Oriente Médio

Após uma grande temporada, repleta de gols, começa a longa articulação para 2012.

Na primeira sondagem, o questionamento sobre o interesse em jogar em determinada praça. O interesse vem acompanhando do tópico seguinte, financeiro.

Eis a partida para o festival de propostas e contrapropostas. Na primeira, R$ 3 milhões.

O ídolo quer continuar, mas seus empresários tentam um acordo com a negociação da totalidade dos direitos econômicos. Uma pedida bem acima da realidade do clube.

O jogador e seus investidores não cedem um centavo e o clube tampouco.

A negociação esfria e aparece uma proposta do exterior. Não seria uma viagem para um centro de grande visibilidade, mas para um mercado vasto, com ouro negro.

Propositalmente, o contrato é encurtado, visando um salto seis meses depois.

“Por mais rápida que tenha sido a minha passagem pelo clube, foi mais do que suficiente para que eu criasse raízes aqui, nascendo uma forte ligação.”

Trecho da carta de despedida do atacante, deixando o caminho aberto para um retorno, tentando contornar as farpas trocadas com a diretoria.

Passa o tempo, o desgaste some e as partes voltam à mesa. O interesse segue mútuo.

“Qual é o preço viável pelo atleta?”

“Pelo menos R$ 1 milhão.”

Estica o orçamento aqui, potencializado pela cota de transmissão da campeonato nacional, corta uma despesa ali, conversa um pouco mais com um patrocinador e a diretoria do clube topa a empreitada, recorde na conta corrente.

Numa coincidência incrível, surge a especulação de que o rival entrou na parada. Assim, o novo valor do depósito, por 30% dos direitos econômicos, já não é mais suficiente.

Inflação automática no salário e nas luvas. O céu é o limite por um ídolo?

Por mais que o mercado futebolístico esteja aquecido, a transação esfria de novo. Em stand by, seria a hora do bote do rival, com uma oferta irrecusável, certo?

Tal oferta não chega… Difícil não imaginar que um leilão virtual seria a realidade.

Entra, então, um novo personagem na história. Um não. Milhares, milhões.

A torcida e a sua pressão por reforços, atrelada ao desempenho da equipe e ao nível da competição em disputa, a principal do país. Uma cobrança sentida pela cúpula.

E assim lá se vão mais telefonemas entre diretores e empresários, novos interlocutores e declarações de carinho pelo clube por parte do jogador via redes sociais…

O cenário vai sendo remontado para o seu desfecho. Vamos, again, às cifras.

Os investidores à frente do centroavante enxergam a oportunidade como uma vitrine, mas sem abrir mão de seus percentuais para uma futura venda.

Baixando o preço, o clube concorda em não fazer parte de uma negociação futura, desde que mantenha a referência ofensiva por pelo menos um ano.

Chega-se ao número: R$ 600 mil pelo empréstimo. No mesmo dia em que uma lista de dispensa proporcionará uma economia deste valor nos próximos quatro meses.

Salário firmado, o maior da história do clube, R$ 100 mil. Luvas de R$ 150 mil. Investimento forte, a garantia do reforço de um goleador e fim da história. Nada curta.

Ao atleta, dinheiro em espécie. Nada de parcelas infinitas.

Kieza está de volta ao Náutico, que abriu o cofre para formar o seu ataque. Era preciso.

Para que empresários e diretores saiam de cena a partir de agora, basta uma assinatura e que todas as cláusulas acordadas sejam cumpridas à risca, evitando rusgas.

Quanto ao jogador, o seu compromisso agora é com a torcida. O maior deles.

Kieza. Foto: Diario de Pernambuco