Apoiado no Lacerdão, Náutico vence o Central e lidera o Estadual

Pernambucano 2016, 2ª rodada: Central 0x2 Náutico. Foto: Wellington Araújo/CBN (cortesia)

O Náutico foi ao Lacerdão e arrancou mais uma vitória por 2 x 0. Há quatro temporadas o time não largava com duas vitórias nas duas primeiras rodadas. Como consequência, a liderança isolada do hexagonal do Estadual de 2016, com a torcida indo brincar o carnaval cheia de moral. Antes, a turma pegou a estrada, indo pela BR-232 sem medo de ser feliz.

O time começou a ganhar o jogo antes de a bola rolar. A torcida alvirrubra se fez presente em bom número em Caruaru, com boa parte dos 5.086 espectadores. A presença, no embalo da vitoriosa estreia no Clássico das Emoções, ajudou a contagiar a equipe, à margem do poder econômico dos dois principais rivais, que vêm capengando na competição até o momento. Diante do Central de Araújo, que fazia a sua primeira apresentação após o jogo adiado contra o América, os comandados de Gilmar Dal Pozzo conseguiram se impor, até mesmo por causa do bom estado do gramado, uma raridade no estádio.

O atacante Bergson, que definiu o triunfo sobre o Santa, também foi decisivo na noite agrestina. Roubou a bola na entrada da área e bateu forte, marcando aos 26 do etapa complementar. No finzinho, Thiago Santana pegou um rebote e fechou o placar, justificando o apoio no tobogã, como nos velhos tempos.

Pernambucano 2016, 2ª rodada: Central 0x2 Náutico. Foto: Paulo Paiva/DP

Araújo e Carlinhos Bala, o ataque retrô e decisivo de Central e América

Araújo e Carlinhos Bala, atacantes de Central e América, balançando as redes no Pernambucano 2016. Fotos: Central/facebook (portal No Detalhe) e Emanuel Borges/twitter (@EmanuelBVA)

Araújo disputou o Campeonato Pernambucano pela primeira vez em 1997. Tinha 19 anos, revelado na base do Porto junto a Josué, e já mostrava o seu futebol no Antônio Inácio. Enquanto isso, Carlinhos Bala era apenas Carlinhos. Apareceu no Arruda em 1999, com a mesma idade, ganhando o “sobrenome” duas temporadas depois, ao se destacar num Clássico das Emoções.

Os dois atacantes rodaram demais. Araújo brilhou mais fora do estado, enquanto Bala conquistou o Brasil sem sair de Pernambuco. Muitos anos depois, já na inevitável curva descendente do futebol, os bons contratos minguaram. Mas não o desejo de seguir batendo uma bolinha à vera.

Aos 38 anos, Araújo agora veste a camisa do Central, seu time de infância.
Aos 36 anos, Carlinhos defende as cores do América, seu 4º time na capital.

Personagens de outrora, mas ainda com cartaz junto à torcida, os veteranos foram decisivos numa mesma noite em 2016. Marcaram os gols das vitórias alvinegra e alviverde sobre Atlético (1 x 0) e Vitória (2 x 1), esta aos 46 do segundo tempo. Na reta final das carreiras, Araújo e Carlinhos Bala caminham para o hexagonal do título. Um encontro com quase duas décadas de atraso…

Dia histórico para o Timbu, internacional e exclusivo na elite

Série A 2012: Náutico 1x0 Sport. Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press

Copa Sul-americana é logo ali. Vermelha e branca.

A partir do dia 14 de agosto do ano que vem, o pioneirismo local no torneio.

A Série B está ainda mais perto. Vermelha e preta.

Começará mais uma caminhada leonina em 25 de maio de 2013.

Após um longo e batalhado campeonato, o epílogo pernambucano na Série A desta temporada foi escrito às 17h36 do dia de 2 de dezembro de 2012.

Tão cedo esse Clássico dos Clássicos será esquecido, por todos.

Souza cobrou uma falta na área, Diego Ivo afastou mal e a pelota sobrou limpa para Araújo. Há quinze jogos sem marcar, o atacante encheu o pé na meta de Mateus, terceiro goleiro leonino, que acabara de entrar.

Definia a vitória pra lá de histórica do Náutico sobre o Sport, por 1 x 0, em um domingo repleto de gente no Eládio de Barros Carvalho, com 20.100 torcedores. O solitário gol de um clássico muito nervoso, com direito a pênalti desperdiçado pelo mandante.

Série A 2012: Náutico 1x0 Sport. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Enquanto os resultados iam chegando no rádio, a festa da torcida alvirrubra só aumentava, consciente do belo capítulo escrito no velho gramado.

O triunfo do Náutico, o seu 13º jogando em 19 partidas em casa, garantiu, na prática, o retorno do clube dos Aflitos a uma competição internacional oficial, numa lacuna que vinha desde a Taça Libertadores da América de 1968.

O placar terminou de empurrar o adversário centenário para o segundo escalão nacional, que sequer teve resultados a seu favor nesta tarde.

Transformou o Timbu no único representante do estado na próxima edição da elite. Repete o ano de 1990, com o Clube Náutico Capibaribe soberano na primeira divisão.

Para completar o novo ano, um novo tempo, terá como palco a Arena Pernambuco.

Será uma estreia em grande estilo dos alvirrubros em sua nova e moderna casa, silenciando qualquer ato rival por um bom tempo…

Série A 2012: Náutico 1x0 Sport. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A eterna metamorfose alvirrubra no Brasileirão

Série A 2012: Coritiba 2x1 Náutico. Foto: Geraldo Bubniak/Fotoarena/Estadão

Os trinta jogos anteriores mostravam uma impressionante regularidade.

Em quase todos os jogos em casa, vitória. Em quase todas as partidas fora, derrota.

A diferença no aproveitamento do Náutico nesta Série A comprova a metamorfose que a equipe sofre dependendo do local. Dependendo do gramado.

Nos Aflitos, o Alvirrubro vem atuando de forma implacável. Os 35 pontos no Eládio de Barros Carvalho geraram um aproveitamento de 77%, o quarto melhor da competição.

Um desempenho mediano como visitante e a campanha seria histórica. Contudo, fora de Rosa e Silva o time somou apenas cinco pontos, na lanterninha deste quesito. O índice já era pífio, de 11%. Após mais um revés, caiu para 10%.

Na noite desta quarta-feira, em Curitiba, o escrete armado por Alexandre Gallo não demonstrou o mesmo espírito de outras jornadas na competição.

Os pernambucanos ainda buscavam uma postura mais compacta em campo quando, com apenas dois minutos, Alemão marcou um gol contra após a defesa de Felipe.

Depois disso, o time mal passou do meio-campo. Araújo mais uma vez não atuou bem. Kieza, isolado na frente, pouco foi acionado. Na verdade, o Coxa pressionou mais.

E o alviverde paranaense ampliou aos 37 minutos, com o artilheiro Deivid escorando um cruzamento livre, livre de marcação.

Na segunda etapa, Kim até entrou no lugar de Araújo. Deu mais mobilidade ofensiva. Aos 32, Kim lançou Kieza, que entrou na área sozinho, driblou o goleiro e… perdeu.

Até Kieza, desta vez. No entanto, o matador teve uma segunda chance, aos 43 minutos. O camisa 9 não vacilou e chegou a doze gols em catorze jogos.

Mas já era tarde para uma reação, Coritiba 2 x 1 Náutico.

Agora, como de praxe, é a vez de mostrar a força nos Aflitos…

Série A 2012: Coritiba 2x1 Náutico. Foto: Coritiba/divulgação

No mínimo detalhe, uma vitória daquelas do Timbu

Série A 2012: Náutico x Atlético-MG. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Em 1989, o atacante Nivaldo precisou de apenas oito segundos para abrir o placar para o Náutico diante do Atlético Mineiro. Ali, nos Aflitos, era estabelecido o gol mais rápido da história do Brasileirão. Marca que se mantém até hoje. Nos mínimos detalhes, tudo deu certo. Do primeiro toque na bola à finalização.

Por muito pouco o destino não pregou uma peça daquelas neste domingo, com o mesmo jogo. Bola rolando e o primeiro ataque fulminante. Ou quase. O Timbu avança pela direita, com Rogério, que cruza rápido. Rhayner, livre, chuta por cima. Perdeu um gol incrível. Eram apenas 12 segundos!

Rhayner ficou perto da história. Afobação à parte no primeiro lance, seria preciso ter muita paciência neste domingo. E, claro, precisão nos detalhes.

O ousado 4-3-3 armado por Alexandre Gallo parecia firme para acabar com a sequência ruim dos alvirrubros, que haviam somado apenas um ponto nos últimos doze possíveis.

A pressão em Rosa e Silva realmente funciona, contando também com uma marcação consistente. No entanto, encontrou um Galo esbanjando técnica.

Více-líder da Série A, o time de Belo Horizonte foi endurecendo o jogo, com seguidas tramas articuladas por Ronaldinho e Bernard. Durante 90 minutos, um duelo parelho, decido por um triz. Ou uma cobrança de falta, rasteira, no meio da barreira, não é o puro detalhe? Aos 3 minutos, o quarto gol de Souza, surpreendendo a defesa mineira.

Vantagem que poderia ter sido maior, num pênalti desperdiçado pelo atacante Araújo. Aí, vale uma ressalva. Uma não, duas. O goleiro Victor deveria ter sido expulso na falta cometido. Na defesa, ele se adiantou de maneira absurda. Ô, seu juiz!

Não importa, não neste domingo. A vitória por 1 x 0 sobre o Atlético Mineiro, dono de uma campanha impressionante, recoloca o Timbu nos eixos na classificação após quatro jogos sem vencer. Esse detalhe basta.

Série A 2012: Náutico 1 x 0 Atlético-MG. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Uma noite especial para Elicarlos e ainda mais para o Náutico

Série A 2012: Náutico 3x2 Figueirense. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Até a noite desta quarta-feira, Elicarlos tinha 149 jogos com a camisa do Náutico.

No currículo em Rosa e Silva, com duas passagens, apenas cinco gols marcados.

Até porque o seu papel era o da versatilidade na meia cancha, com o desarme e a rápida ligação com o ataque. Jogador leve, inteligente.

Contra o Figueirense, nos Aflitos, o volante de 27 anos atuou com o número 150 estampado no uniforme. Uma justa homenagem pela expressiva marca no clube.

Uma data especial e uma atuação à altura.

De fato, esperava-se uma vitória sobre o lanterna, fazendo valer mais uma vez o bom rendimento em casa. Mas os primeiros minutos mostraram um cenário bem incomum.

Com apenas um minuto, pênalti para o Náutico. Contestável. Kim caiu na área, sem ser tocado pelo goleiro. Na cobrança, Araújo bateu no cantinho e o goleiro defendeu.

O que parecia o ponta-pé para o triunfo, tornou-se o arremate para o nervosismo. No embalo deste lance, o time catarinense marcou dois gols.

Aos 10, Caio. Aos 19, Aloísio. Os dois atacantes fizeram a festa em contragolpes. Bem atrás no placar, a equipe comandada por Gallo precisou fazer um “reboot”.

Mais calma nos passes, mais atenção na criação de jogadas, mais pegada.

A reação veio no segundo tempo. Após algumas oportunidades desperdiçadas pelos atacantes, coube ao volante Elicarlos reduzir a desvantagem, aos 13 minutos.

Justamente em seu jogo comemorativo. Inspirado, ele ainda marcou mais um. Lá na frente, bem colocado e tocando categoria, Elicarlos empatou seis minutos depois.

Com a igualdade no placar e diante de um rival atordoado, o Náutico partiu para a blitz. Foi criando, pressionando, materlando. Virou o placar, 3 x 2.

Aos 30 minutos, Souza foi lançado na área. A zaga fez a linha burra e o jogador mandou para as redes, levando à loucura os 12.262 torcedores presentes.

Foi a sétima vitória nos Aflitos, a oitava na Série A. Novamente com setor ofensivo funcionando. Por mais que desta vez os tentos tenham sido anotados pelos volantes.

Assim, o Alvirrubro terminou a sua série de quatro jogos consecutivos no Recife com 10 pontos em 12 disputados. Mostrou força, superação.

Série A 2012: Náutico 3x2 Figueirense. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Nova goleada timbu afirma força dos Aflitos

Série A 2012: Náutico 3x0 São Paulo. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Oito jogos nos Aflitos. Cinco vitórias do Náutico. Três por goleada.

Após alguns tropeços em Rosa e Silva na arrancada da Série A, o Náutico voltou a fazer de seu reduto um caldeirão a favor nesta dificílima competição.

Os três triunfos categóricos foram diante de adversários paulistas. Primeiro com a Ponte Preta. Depois com o Santos. Agora com o São Paulo. Curiosamente, sempre por 3 x 0.

O jogo na noite desta quarta-feira foi o primeiro de uma sequência de quatro partidas no Recife, sendo três delas nos Aflitos e o clássico contra o Sport na Ilha. Hora de pontuar.

A busca por um melhor aproveitamento no campeonato começou com uma grande bliz na zaga tricolor. O Timbu abriu o placar com apenas doze minutos de bola rolando. Antes, já tinha desperdiçado duas ótimas chances.

Foi quando Kieza chutou a bola nas mãos do zagueiro tricolor Rafael Tóloi. Pênalti claro, bem marcado pelo árbitro José de Caldas Souza. O mesmo Kieza, matador, bateu no cantinho direito de Rogério Ceni.

Bem superior ao São Paulo, o Náutico ampliou aos 28, desta vez com Araújo, comprovando o faro de gol da dupla. Num contragolpe puxado por Rhayner, o experiente Araújo pegou um rebote de Rogério Ceni e não titubeou. Mandou para as redes.

Se Kieza havia chegado a 6 gols, Araújo não deixou por menos e também conta com 6.

Essa vantagem foi construída com um importante trabalho desempenhado na marcação e na distribuição de jogo com outra dupla, formada pelos volantes Elicarlos e Martinez.

Na etapa complementar, a goleada. Não foi Araújo. Nem Kieza. Coube a Rogério Ceni.

Isso mesmo, um bizarro gol contra de goleiro, cortando mal um escanteio cobrado por Souza. Azar o do São Paulo. Ao Náutico, era a terceira vitória elástica em seus domínios nesta Série A, mostrando a sua força como mandante.

A margem na tabela vai se tornando segura, deixando o time de Alexandre Gallo com o mínimo de folga. Algo importante para não deixar o grupo sempre pilhado.

Série A 2012: Náutico 3x0 São Paulo. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

A construção dos erros alvirrubros na Arena Barueri

Série A 2012: Palmeiras x Náutico. Foto: MAURO HORITA/AGIF/AE

Priorizando sempre a marcação, consciente das limitações de sua equipe, o técnico Alexandre Gallo armou o Náutico com três zagueiros diante do Palmeiras.

Até este domingo, o Timbu havia sofrido 17 gols em dez partidas no Brasileirão. Já era um dos piores índices da competição nacional.

Jean Rolt, Gustavo e o contestado Márcio Rosário entraram em campo na Arena Barueri.

Na cobertura, dois desfalques de peso entre os volantes.

Derley, negociado com o Atlético-PR, e Martinez, machucado. Fragilizado, o Alvirrubro não foi páreo para o Verdão, campeão da Copa do Brasil.

Na verdade, o time de Rosa e Silva não chegou nem perto de acabar com o jejum de 45 anos sem vencer o adversário em São Paulo.

Na goleada alviverde por 3 x 0, nesta tarde, três falhas da defesa.

No primeiro gol, Márcio Rosário estava mal posicionado. Melhor para Obina, que recebeu uma bela assistência e só teve o trabalho de chutar cruzado, no cantinho de Felipe.

Ainda no primeiro tempo, o mesmo Obina avançou pelo lado direito. Jean Rolt apenas acompanhou o lance. No cruzamento rasteiro, Gustavo adotou a mesma postura…

Livre, Mazinho ampliou aos 30 minutos.

Entre os dois gols, o melhor momento do Náutico, com algumas chances, dando algum trabalho ao goleiro palmeirense. Ficou nisso, pois o Palmeiras atuou bem.

Ao contrário da última quarta, Araújo e Kieza pouco produziram. Presos na marcação.

Na volta do intervalo, Gallo abriu mão do trio de zagueiros. Gustavo deu lugar a Ramirez. O objetivo era fortalecer o combate no meio-campo, sob domínio do mandante.

Em mais um ataque, logo aos 5 minutos, Obina acertou a trave. Sem ninguém no rebote, Márcio Araújo, sozinho, só teve o tabalho de empurrar para as redes.

Diante de 7.407 pessoas no estádio e de outros tantos diante da televisão, a opinião era unânime de que o Náutico tinha a sua pior atuação no campeonato.

A partir dali, com o resultado consumado, nada de desgaste no Palmeiras e um Náutico sem perspectivas ofensivas. Esquema tático à parte, ficou evidente que falta elenco.

Na Série A não basta só um “time”. A lição vem quase sempre fora de casa…

Série A 2012: Palmeiras 3x0 Náutico. Foto: EVELSON DE FREITAS/AGÊNCIA ESTADO/AE

Três pontos na escala Richter no Serra, para o Náutico

Série A 2012: Atlético-GO 0x1 Náutico. Foto: Carlos Costa Oliveira/Futura Press/Náutico (divulgação)

Uma apresentação sólida, dominando as ações mesmo atuando na casa do adversário.

Assim foi o Náutico, vitorioso, na noite deste sábado.

O Atlético Goianiense vinha de cinco derrotas consecutivas no campeonato brasileiro, em crise. Dispensando jogadores e com o técnico balançando. Ao Timbu, era a chance de ouro para pontuar fora de casa, algo que até esta rodada não havia acontecido.

O técnico Alexandre Gallo tinha consciência disso. A postura do time, sem fissuras, deixou isso claro, com a marcação já na saída de bola do Dragão.

A ousadia tática no Serra Dourada deu certo, com a posse de bola pendendo para o lado pernambucano. Com o time nos eixos, o Alvirrubro necessitava, então, que desta vez o setor ofensivo fosse eficiente, “só”.

Pois é. A confiança fora depositada no faro de gol de Araújo, desfalque na apresentação passada por uma cláusula contratual junto ao Flu. Dito e feito.

Autor de quatro gols até então na competição, Araújo, 34 anos, abriu o placar aos 24 minutos, em uma forte cabeçada, após um cruzamento na medida de Lúcio.

Gol para deixar o experiente atacante no topo da artilharia. Que custo benefício!

Por sinal, os dois protagonistas da jogada decisiva já haviam sido o diferencial do time nos primeiros resultados positivos nesta Série A.

Em vantagem, o Náutico tentou evitar o comportamento natural de jogar para manter o resultado na etapa final. Até sofreu alguma pressão do Atlético, mas o rival, tecnicamente limitado, não ofereceu perigo de fato na grande maioria do tempo.

O único susto foi em uma cabeçada de Patric, que Alessandro tirou na linha.

Articulando contragolpes, o Náutico buscou o segundo gol. Não conseguiu, mas, ainda mais importante, prendeu a bola no campo adversário. Segurou o 1 x 0.

Três pontos que abalaram de vez a estrutura do Atlético, rachado, lanterna.

Na equipe de Rosa e Silva, o resultado deixou uma base sólida de confiança. E ajudou bastante a evitar o terremoto no abismo chamado Z4.

Série A 2012: Atlético-GO 0x1 Náutico. Foto: Kaiê Oliveira/Atlético-GO (divulgação)

Pênalti sem falta e fora da área desencadeia goleada em BH

Série A 2012: Atlético-MG x Náutico. Foto: Rodrigo Clemente/Estado de Minas

Lance crucial da partida no estádio Independência, aos 34 minutos do primeiro tempo.

Em jogada individual, o atacante Jô tenta invadir a área alvirrubra no lado esquerdo. Cercado pelo zagueiro Ronaldo Alves, ele se atira no gramado, próximo à linha.

O árbitro Raphael Claus apita. Falta técnica? Amarelo para o atleticano por simulação?

O apito foi seguido do braço direito apontado para a marca penal. O juiz não só marcou a infração contra o Náutico como conseguiu enxergar a falta dentro da área.

Pênalti… Houve cartão, mas a advertência foi para o beque do time pernambucano.

O tal Raphael Claus, professor de educação física de 32 anos, foi eleito como o melhor árbitro do campeonato paulista de 2011 e o segundo melhor da edição deste ano.

Apesar da revolta dos jogadores do Náutico, Ronaldinho Gaúcho se concentrou e bateu forte, indefensável para o goleiro Felipe.

Era o primeiro gol do craque (ex?) em Belo Horizonte.

O Atlético-MG ficava novamente em vantagem na noite deste sábado.

Naquele momento, o Timbu estava com a marcação encaixada depois de reagir. Isso porque o jovem Bernard abriu o placar com apenas dois minutos, numa trama rápida.

Aos 12, o empate, quando Araújo aproveitou um cruzamento rasteiro na pequena área e marcou seu quarto tento em seis apresentações. Acordara o time, brigador.

Mas a cobrança de Ronaldinho desmantelou aquele bom momento.

Desatento, o Timbu sofreu o terceiro no minuto seguinte, em um gol contra de Márcio Rosário, que nos seus dois jogos anteriores havia sido expulso. Péssimo rendimento.

Com Martinez e Araújo articulando algumas jogadas, o Náutico até ensaiou outra reação, mas a desvantagem e a pressão no Independência deixaram a tarefa bem difícil.

Em um chute cruzado, aos 16 minutos da segunda etapa, Danilinho ampliou o placar. Nos descontos, Escudero liquidou uma fatura na qual os visitantes há muito se mostravam desestabilizados, com seguidas falhas na defesa. Ali, uma goleada incontestável, 5 x 1.

Após dois resultados positivos nos Aflitos, um revés em Belo Horizonte. Esta foi a terceira derrota em três jogos como visitante na Série A.

Parte da culpa, desta vez, pode ser atribuída à falha de Raphael Claus, um dos melhores árbitros da nova geração, cujo sonho é conquistar um dia o emblema da Fifa…

Série A 2012: Atlético-MG x Náutico. Foto: Rodrigo Clemente/Estado de Minas