Como você acompanha a maioria dos jogos do seu time?

Camisas retrô de Santa Cruz, Sport e Náutico

Definir o que é um “torcedor” no futebol é uma discussão grande.

Para muitos, quem não frequenta o estádio é apenas um simpatizante. Na visão do blog, isso não se aplica principalmente por uma questão de estatística.

Os estádios dos três grandes clubes do Recife têm capacidade entre 20 mil e 60 mil lugares. No entanto, as torcidas atingem um número de seguidores acima de um milhão, de acordo com as últimas pesquisas. Ou seja, a conta não bate.

Quem não vai aos Aflitos, Arruda e Ilha do Retiro seria “menos” torcedor? Não.

E quem não é sócio? E quem não compra o pacote de pay per view? Independentemente da forma, torcedor é aquele que gosta de um clube de futebol, ponto.

Mensurar o tamanho da paixão é de uma subjetividade incalculável…

Vamos, então, mudar o foco do debate. Vamos tentar colher os dados para saber como o torcedor acompanha o respectivo time do coração.

Vai sempre aos jogos na capital, não perde um duelo na TV, gosta de acompanhar no rádio, uma verdadeira tradição brasileira, ou via internet e seus novos modelos de transmissão? Ou, quem sabe, assiste a poucas partidas, de forma pontual…

Aos torcedores alvirrubros, rubro-negros e tricolores, a nova enquete.

Como você acompanha a maioria dos jogos do seu time?

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  • Santa Cruz - No estádio (19%, 312 Votes)
  • Sport - Pela televisão (19%, 309 Votes)
  • Sport - Via rádio ou internet (11%, 185 Votes)
  • Náutico - No estádio (11%, 184 Votes)
  • Náutico - Via rádio ou internet (5%, 84 Votes)
  • Náutico - Pela televisão (5%, 84 Votes)
  • Santa Cruz - Via rádio ou internet (4%, 74 Votes)
  • Santa Cruz - Pela televisão (2%, 30 Votes)
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Modernização nos estádios recifenses na fase pré-arena

Novo telão do estádio dos Aflitos. Foto: Roberto Ramos

De contrato assinado, o Náutico jogará na Arena Pernambuco a partir de 2013.

Nesta temporada, o time vermelho e branco faz, na prática, a sua despedida do estádio dos Aflitos. Uma despedida em grande estilo, na elite nacional.

E não custa nada (para o padrão boleiro) um investimento de última hora, para caprichar na imagem do estádio. Não só do campo, como do próprio clube. Marketing.

No mesmo local onde funcionou durante décadas o placar manual apelidado de “balança mas não cai”, o Timbu instalou um moderno telão de alta definição.

O novo placar eletrônico no estádio Eládio de Barros Carvalho chega na mesma época do modelo montado na Ilha do Retiro, parecidíssimo.

Na casa leonina, o clube também ensaia a sua despedida,  em um acordo cada vez mais próximo para jogar na arena em São Lourenço por alguns anos.

Nos dois casos, a transmissão das partidas em tempor real, uma novidade para as torcidas. Serviços de bastidores, otimizando a interação, entre outras funções.

Tecnologia à parte, os clubes poderiam organizar melhor também a presença dos seus torcedores na arquibancada, sobretudo com mais segurança e conforto.

Neste caso, o jeito será esperar pela Arena Pernambuco mesmo…

Telão da Ilha do Retiro. Foto: Sport/divulgação

A 4ª classificação do Brasileirão 2012

Classificação da Série A de 2012 após 2 rodada

Fim da quarta rodada na divisão de elite do Brasileirão.

O Timbu conquistou a sua primeira vitória com muito sofrimento. A entrega dos jogadores em campo foi vital para arrancar 3 pontos do Botafogo nos minutos finais.

O resultado dá tranquilidade para uma semana de trabalho até o próximo domingo, de novo em Rosa e Silva, em duelo histórico contra o Grêmio. Nada de time pilhado!

No Leão, o primeiro revés deixou nítido o que já era evidente com os bons resultados. O time precisa de um meia. O excesso de cautela da diretoria é  incompreensível.

Diante do Cruzeiro, o Sport quase não aproveitou os contragolpes. Limitou-se à defesa.

A 5ª rodada da Série A para os pernambucanos:

17/06 (16h00) – Bahia x Sport
17/06 (18h30) – Náutico x Grêmio

Timbu apaga o Botafogo no caldeirão dos Aflitos

Série A 2012: Náutico 3 x 2 Botafogo. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Vitória alvirrubra com o fator “casa”.

No caldeirão dos Aflitos, o Náutico venceu o Botafogo por 3 x 2, em um resultado quase de praxe, pois não perde do alvinegro carioca no Recife desde 1985.

Em uma atuação enérgica do Náutico, após dez minutos de jogo franco, o time acertou a marcação e tomou conta do primeiro tempo, marcando dois gols.

Os tentos foram genuinamente pernambucanos, através de Araújo, em um golaço aos 16 minutos, e Lúcio, completando um cruzamento de Rhayner, aos 32.

Logo no início da etapa final, Márcio Azevedo descontou. O técnico Alexandre Gallo tentou fechar logo o time, até porque Márcio Rosário foi expulso aos 7 minutos. Não adiantou muito, pois Cesinha, de cabeça, marcou contra aos 13 minutos.

Em pouco tempo, uma vitória segura se desmanchava. Foi preciso manter o foco.

Taticamente, Araújo e Lúcio se destacaram ainda mais a partir deste momento crucial.

Tanto o atacante caruaruense de 34 anos quanto o lateral-esquerdo olindense de 32, experientes, surgiram no futebol local, no Porto e no Unibol, respectivamente, mas só agora foram aproveitados na capital. À margem do Recife até este domingo.

Foi a primeira grande atuação da dupla nos Aflitos. Que aproveitou o fato de o Botafogo também ter ficado com um jogador a menos. Chance para outro atleta tarimbado.

Derley, ídolo da casa das antigas, aproveitou um vacilo incrível de Vitor Júnior, invadiu a área aos 37, driblou o goleiro e garantiu os três pontos para o Náutico. Emocionante!

A vitória em Rosa e Silva, a primeira do time nesta Série A, mostrou que mesmo em formação, o Timbu conta com a experiência de jogadores importantes.

Algo que será vital na próxima rodada, com fôlego na tabela. De novo em Rosa e Silva.

Fogo no caldeirão, só o caseiro…

Série A 2012: Náutico 3 x 2 Botafogo. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Criatividade rubro-negra abduzida de vez em Varginha

Série A 2012: Cruzeiro 1x0 Sport. Foto: Paulo Filgueiras/Estado de Minas

Se havia um tiquinho de criatividade no Sport, ela foi abduzida em Varginha. Na terra dos ETs, o Leão entrou para empatar sem gols. Nada mais do que isso.

Só algo extraterrestre faria a postura do time mudar, devido à limitação técnica.

Defensivamente, o Rubro-negro até jogou bem na noite deste domingo, com muita raça. Mas não dá pra segurar a vida toda. No ataque, a bola batia e voltava a todo instante.

Mesmo sem se lançar muito ao ataque, o time comandado por Vágner Mancini, que vai se virando nos 30, ainda criou duas ótimas chances no início da etapa complementar.

Aos 3, Marquinhos Paraná cruzou rasteiro, a zaga mineira falhou e Marquinhos Gabriel, livre, finalizou mal. A defesa cruzeirense tirou em cima da linha.

Aos 11 minutos, em nova investida articulada pelo volante Paraná, Felipe Azevedo ficou cara a cara com Fábio, que saiu bem e evitou o gol leonino.

Duas chances raríssimas para o time, que não as aproveitou.

Advertido por algum contato imediato do terceiro grau, o Cruzeiro mudou radicalmente a sua postura. Celso Roth, quem diria, jogou o time pra cima, com três atacantes.

O time da casa pressionou, criou chances e, aos 25, Bruno Aguiar cometeu um pênalti infantil. Wellington Paulista cobrou bem. Cruzeiro 1 x 0, simples.

A primeira derrota rubro-negra no Brasileirão traz a certeza de que para ser competitivo é necessário ajustar o time do 1 a 11, e não só na defesa.

Ou seja, essa análise também passa pelo camisa 10… Ele está em Marte?

Série A 2012: Cruzeiro 1x0 Sport. Foto: Paulo Filgueiras/Estado de Minas

Incendiando a festa do futebol, só fora das arquibancadas

Torcida do Náutico recebe o time na sede dos Aflitos. Foto: Simone Vilar/Náutico

Em uma luta incessante para transformar o futebol cada vez mais em “peça de teatro”, a Fifa resolveu agora probir o uso de sinalizadores nas arquibancadas.

No Brasil, a prática já era uma tradição, na entrada dos times, ao sair um gol etc. Mas, para a entidade que comanda o futebol, é um artifício que não cabe mais nas arenas.

Nos Aflitos, o tom vermelho dos sinalizadores transformou o estádio inúmeras vezes em um caldeirão. Aos alvirrubros, o dever de continuar a calorosa recepção do elenco. A cada chegada do Timbus entra em ação o projeto Avenida Rosa e Silva em chamas.

Até onde se sabe, a Fifa não tem competência alguma para vetar este movimento, fora do estádio, que funciona como um importante incentivo. Mantém a aura das massas…

Nos pontos corridos na Série A, um sistema iniciado em 2003, o Náutico tem a 16ª maior média de público. Em suas três participações com o modelo vigente no campeonato brasileiro, o Alvirrubro teve um índice de 14 mil torcedores nas 57 partidas no Recife.

A partir de 2013 esses dados serão alimentados na Arena Pernambuco, com 46.214 lugares. Será que teremos algo como a “Radial da Copa em Chamas”?

O mesmo vale para as torcidas rivais do estado, no Arruda e na Ilha do Retiro. O mau comportamento de alguns vai tirando o brilho das festas de outros tantos.

Qualquer dia alguém vai acabar pedindo “silêncio” durante o jogo… Mesmo no gol.

Cazá Cazá, direto do telão

Não adianta só um placar moderno. É preciso utilizar os recursos à disposição.

No caso do Sport, a mudança foi no grito de guerra do clube, o cazá-cazá.

No jogo contra o Palmeiras, o papel coube ao técnico Vágner Mancini, que gravou um vídeo antes da partida. No telão, a imagem do técnico e as palavras para a torcida.

Confira a íntegra do vídeo, que deverá ter várias versões ao longo desta Série A.

Veja também o vídeo dos bastidores da vitória leonina aqui.

A 3ª classificação do Brasileirão 2012

Classificação do Brasileirão de 2012 após 3 rodadas

Fim da terceira rodada na divisão de elite do Brasileirão.

A vitória rubro-negra sobre o Palmeiras elevou o Sport para a metade de cima da tabela.

O time acabou perdendo uma posição no finzinho da rodada, com a espetacular virada do Cruzeiro sobre o Botafogo, no Rio. O time mineiro é justamente o próximo adversário.

Já o Náutico aparece na zona de rebaixamento da Série A pela primeira vez.

O Fogão, que levou de 3 x 2 no Engenhão, será o próximo adversário, nos Aflitos. O Timbu terá dois jogos seguidos em casa. Boa chance para se recuperar na tabela.

A 4ª rodada da Série A para os pernambucanos:

10/06 (18h30) – Náutico x Botafogo
10/06 (18h30) – Cruzeiro x Sport

Estupidez duplamente qualificada do torcedor

Homer Simpson

Costume de casa vai à praça. Um ditado antigo, mas que se aplica ao comportamento de alguns torcedores (?) pernambucanos, alheios à evolução do futebol.

No Estadual, o mau comportamento é punido, sim. Quase sempre de forma branda. Vira multa, que depois é reduzida e na prática acaba se tornando em uma advertência.

Fato que não colabora muito para o fim do clima hostil nos estádios…

São atos clássicos. Invasão de torcedor, objetos arremessados e até pedras de gelo. Mas aí chega a esfera nacional e a situação muda.

Na verdade, muda para o que diz a lei. Bem severa neste tipo de ato.

De acordo com o artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), o clube mandante que deixar de tomar providências capazes de prevenir a desordem pode receber uma multa de R$ 50 mil a R$ 500 mil. Fora a perda de até três manos de campo.

Vamos, então, ao exemplo claro, mais recente.

Sport 2 x 1 Palmeiras. Em sua segunda partida em casa no Brasileirão, houve arremesso de objeto no gramado e invasão de torcedor. Dois casos (veja aqui)!

Julgamento à parte, pois caberá ao clube arrumar uma boa defesa, fica aqui o questionamento sobre esse tipo de comportamento.

Há mais de 15 anos o Superior Tribunal de Justiça Desportiva é implacável neste tipo de ação, quase sempre punida com a perda de mando de campo. A qualquer time.

Na Série A de 1997, por exemplo, o Leão perdeu dois mandos e teve que jogar em João Pessoa. Em 2009, um torcedor do Náutico jogou uma garrafa plástica no campo dos Aflitos e o Timbu precisou atuar uma vez em Caruaru.

Ou seja, o passado pernambucano parece não ter ensinado…

Em caso de punição, a alternativa obrigatória será jogar a 100 quilômetros de distância do Recife e em estádios com pelo menos 15 mil lugares.

Lacerdão, em Caruau, ou Almeidão, em João Pessoa?

O ônus desta escolha ficará com o torcedor de bem. Educado e conscientizado.

Timbu incapaz diante da disparidade técnica vascaína

Série A 2012: Vasco 4 x 1 Náutico. Foto: CELSO PUPO/FOTOARENA/AE

Uma atuação pra lá de eficiente, esbanjando técnica e objetividade.

Troca de passes com entrosamento visível. As principais peças funcionando em campo. Infelizmente, desta vez nada disso se aplica ao Náutico.

O Vasco foi categórico e impôs ao Timbu um placar de 4 x 2.

Com mais de meia hora de jogo em São Januário, na noite desta quarta, a vantagem cruz-maltina já era de dois gols, através do centroavante Alecsandro e de Felipe.

A defesa do Náutico, lenta e marcando à distância, não foi capaz de parar o ataque dos donos da casa, sob apoio modesto da torcida, com apenas 7.541 presentes.

Os cariocas buscavam manter o desempenho de 100% na Série A. A liderança foi facilmente mantida no segundo tempo, com o domínio do Vasco.

Tentando diminuir o placar a todo custo, o Timbu acabou cedendo espaço. O time da casa aproveitou. Em um cruzamento de Diego Souza, Juninho Pernambucano marcou.

Cara de goleada? O estreante Martinez, num belo gol, diminuiu. Até ali, o Náutico era valente, mas pouco agredia o adversário, com o ataque sem alternativas.

Enquanto isso, o Vasco insistia em campo. E anotou mais um, novamente com Alecsandro, mostrando faro de gol. Diante de uma atuação do Náutico numa noite com grande disparidade técnica e de entrosamento, até porque o Timbu segue em formação.

A derrota já estava consumada, mas, aos 44 minutos, o atacante Rhayner brigou pela bola, roubou e deu uma bela assistência para Araújo que, com tranquilidade, diminuiu.

Não adiantou muito, mas ao menos mostrou o potencial de Rhayner.

O Náutico segue sem vencer no Brasileirão. Começa a grande batalha contra o Z4…

Série A 2012: Vasco 4 x 1 Náutico. Foto: CELSO PUPO/FOTOARENA/AE