A mistura entre NFL e Série D, com Central, Serra Talhada, Cardinals e Texans

Central/Arizona Cardinals. Arte: grafipedia.com.br/

Você consegue imaginar alguma relação entre NFL e a Série D? Esporte, estrutura, visibilidade, marketing? Absolutamente nada. Pois o site Grafitepédia criou um curioso “crossover” entre as duas competições, unindo os universos paralelos dos 32 times de futebol americano aos participantes da quarta divisão nacional de 2015. Ou seja, dois clubes pernambucanos entraram na brincadeira.

O Central se juntou ao Arizona Cardinals, mantendo o escudo do clube e as cores da franquia. A escolha foi motivada por causa dos pássaros (patativa e cardeal) que marcam as duas equipes. Assim como o representante de Caruaru, o Cardinals segue em busca da primeira conquista. Foi vice do Super Bowl em 2009, enquanto  o Central foi vice estadual em 2007.

Estreante em competições nacionais em 2015, o Serra Talhada, fundado em 2011, foi misturado ao Houston Texas, o caçula da NFL. A franquia está em ação desde 2002. Outro cruzamento semelhante entre os dois é o mascote, com o Cangaceiro no Serra e o cowboy em Houston.

Confira os demais crossovers NFL/Série D clicando aqui.

Serra Talhada/Houston Texans. Arte: grafipedia.com.br/

Calendário de 2016 ignora pedido da FPF, com apenas 13 datas para o Estadual

Calendário do futebol brasileiro em 2016. Crédito: CBF

A CBF divulgou o calendário do futebol brasileiro em 2016. No cronograma, a entidade ignorou o pedido da FPF para encurtar a pré-temporada local, que possibilitaria o aumento do Estadual para até 18 datas. O período de preparação dos times, sobretudo física, segue com 25 dias, de 6 a 30 de janeiro.

O mandatário da federação pernambucana, Evandro Carvalho, havia articulado junto às demais federações nordestinas para ter uma pré-temporada de 15 dias. O dirigente chegou a revelar o estudo de quatro regulamentos considerando o período para o certame. As nove federações do região têm um calendário diferenciado em relação aos outros estados por causa da disputa da Copa do Nordeste, que ocorrerá entre 14/02 e 01/05. Ou seja, em vez de 19 datas, o cenário em SP, RJ, MG e RS, serão apenas 13 – uma a mais que em 2015.

À parte da agenda oficial, é bom lembrar que nas últimas duas edições a FPF estipulou o “seu” calendário mínimo em 14 datas, contando as fases com Náutico, Santa e Sport. Política à parte, o ofício do calendário nacional, assinado pelo presidente Marco Polo Del Nero, já foi encaminhado à sede na Boa Vista.

Calendário do Campeonato Brasileiro de 2016
Série A – 15/05 a 04/12 (38 datas)
Série B – 14/05 a 26/11 (38 datas)
Série C – 22/05 a 08/11 (24 datas)
Série D – 29/05 a 02/10 (18 datas)

A principal novidade na competição nacional será a paralisação nas rodadas para as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018.

Scout internacional para todos os clubes pernambucanos nas Séries A, B, C e D

Scout contratado pela CBF para o futebol brasileiro em 2015

Uma plataforma internacional de scout foi contratada pela CBF para o uso de todos os clubes inscritos nas quatro divisões do Campeonato Brasileiro. Logo, seis clubes pernambucanos foram contemplados com o sistema elaborado por uma empresa italiana: Sport na A, Náutico e Santa Cruz na B, Salgueiro na C e Central e Serra Talhada na D. Trata-se de uma ferramenta de análise de desempenho técnico e tático para o auxílio na montagem dos elencos.

No mercado desde 2004, a Wyscout enumera os perfis de 273 mil jogadores mundo afora, com mais de 124 mil partidas analisadas em 150 campeonatos diferentes. Ao todo, 80 países entraram no raio de acompanhamento, incluindo o Brasil, naturalmente. O trabalho principal ocorre a partir da cobertura de vídeo, detalhando as atuações de todos os jogadores. Claro, nem todos os torneios possuem registros dos 90 minutos em todas as partidas (vide a Série D). Assim, as fichas de alguns atletas são filtradas, contando com jogos, gols, registro de lesões, idade e histórico de transferências, um ponto importante.

Num scout completo, contudo, há dados como percentual de passes certos, finalizações, assistências, mapa de atuação, tempo em campo e estilo dos gols marcados. Neste caso, as Séries A e B, com os 760 jogos televisionados, cabem perfeitamente. O curioso é que entre os 379 clubes/clientes do Wyscout, pagando mensalidades para obter a planilha, já estavam Náutico e Sport, juntamente a potências como Barcelona, Bayern de Munique, Milan, Manchester United, Boca Juniors e Porto. Agora, adicione até o Serra Talhada…

Scout contratado pela CBF para o futebol brasileiro em 2015

Esvaziada, reunião de técnicos discute impasse de datas no Estadual, 14 ou 18

Reunião com os técnicos para o debate sobre o Campeonato Pernambucano de 2016, na sede da FPF, em 14/07/2015. Foto: FPF/twitter

O objetivo da FPF era promover, em julho, um encontro entre os técnicos dos dez clubes garantidos no Estadual de 2016. Em tese, os outros dois treinadores seriam conhecidos só após a segunda divisão, no segundo semestre. Mas bastava um pouco de atenção para ver que a concepção da ideia foi falha.

Primeiro porque apenas seis clubes estão em atividade, nas Séries A, B, C e D do Brasileiro, com os demais parados, sem um calendário oficial, sem técnicos de fato. E entre os seis clubes com treinadores efetivos, apenas três foram representados no evento na sede da federação, na Boa Vista: Eduardo Batista (Sport), Sérgio China (Salgueiro) e Cícero Monteiro (Serra Talhada).

Martelotte e Lisca até estavam no Recife, mas, corretamente, preferiram comandar os treinos de Santa e Náutico. Já Celso Teixeira, do Central, ficou em Caruaru. Esvaziada, a reunião perdeu bastante peso. Ainda assim, houve o debate sobre a competição, focando formato e estrutura – mesmo que os nomes presentes eventualmente mudem até o início do torneio.

De mais proveitoso, na opinião do blog, a discussão sobre o impasse de datas para o próximo ano, entre 14 e 18. No calendário da CBF de 2015 foram cedidas 19 aos campeonatos estaduais, com um número menor para os estados com torneios regionais (Copa do Nordeste e Copa Verde). A “exceção” foi aplicada no Nordeste (12), no Norte e no Centro-Oeste (ambos com 15). Politicamente, Pernambuco ainda adquiriu mais duas, saltando para 14, mas o pedido para aumentar para 18 em 2016 parece inviável tendo o Nordestão de forma paralela.

Com a preferência dos técnicos (e até dirigentes) pela Copa do Nordeste, parece difícil que essa opinião seja levada em conta neste assunto…

As salas de imprensa dos clubes pernambucanos

Nas coletivas com jogadores, técnicos e dirigentes, a imagem é fechada no rosto do interlocutor, com um painel logo atrás, contendo o escudo do clube e seus patrocinadores. Ao redor, o ambiente específico para a imprensa esportiva, com a sala de entrevistas. Ampliando um pouco a imagem, é possível conferir a infraestrutura à disposição para a cobertura jornalística do futebol, com casos bem distintos. Aqui, exemplos das salas dos três grandes clubes do Recife e do Central de Caruaru, todas repaginadas e climatizadas. Mas, mesmo assim, com pendências nas condições básicas para um nível profissional.

Confira também a estrutura das cabines destinadas à imprensa escrita no Arruda, na Ilha do Retiro e nos Aflitos clicando aqui.

Náutico – Sala de Imprensa Rômulo Capela Pontes – (CT Wilson Campos)
Nos Aflitos há uma sala de imprensa, hoje em desuso pela falta de jogos no estádio. Assim, a maioria das entrevistas do Alvirrubro ocorre na sala construída no CT, em janeiro de 2012, ao lado do campo principal. Lá, há um espaço para as câmeras de televisão, com sistema de iluminação especial. O clube, claro, também utiliza o centro de imprensa da Arena Pernambuco.

Sala de imprensa do CT do Náutico. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Santa Cruz – Sala de Imprensa Alexandre Severo (Arruda)
O Tricolor foi o primeiro a disponibilizar mesas para os repórteres, em maio de 2015. A estrutura é necessária, tamanha a quantidade de laptops nas coberturas. Todas as mesas têm saída de energia para os equipamentos. Contudo, não há sistema de áudio na mesa do entrevistado – ruim para a gravação nas rádios e tevês. A sala fica embaixo das cadeiras do Mundão.

Sala de imprensa do Arruda. Foto: Yuri de Lira/DP/D.A Press

Sport – Sala de Imprensa Haroldo Praça (Ilha do Retiro)
Inagurada em novembro de 2001, a sala é a única entre os clubes locais a possuir um painel digital para expor os patrocinadores (desde novembro de 2012), em vez de um banner na parede. Porém, o espaço, localziado embaixo da geral do placar, é apertado para o trabalho da imprensa, sobretudo a escrita. Também não há nivelamento para as câmeras de televisão.

Sala de imprensa da Ilha do Retiro. Foto: Ricardo Luís (twitter.com/ricardoreporter)

Central – Sala de imprensa Severino de Souza Pepeu (Lacerdão)
Mesmo num tamanho reduzido em relação ao trio da capital, a sala do estádio alvinegro segue o padrão dos principais clubes, de forma customizada, com telão para os patrocinadores, espaço exclusivo para radialistas e painel sobre o clube (uma foto ampla do estádio). O espaço, inaugurado em agosto de 2011, ocupa uma das salas embaixo do tobogã do estádio Luiz Lacerda.

Sala de imprensa do Lacerdão, em Caruaru. Foto: Central/divulgação

As primeiras palavras de Marco Polo Del Nero como presidente da CBF

Marco Polo Del Nero no discurso de posse como presidente da CBF, em 2015. Foto: Ricardo Stuckert/CBF

O advogado paulista Marco Polo Del Nero, de 74 anos, ex-presidente da federação paulista de futebol (2003-2010), assumiu o comando da CBF para um mandato de quatro anos. Na sede da entidade no Rio de Janeiro, a mesma na qual ocupou a vice-presidência nos três anos de gestão de José Maria Marin, ele discursou pela primeira vez como mandatário da confederação.

Sem surpresa, claro, valorizou o próprio trabalho, citando um investimento de R$ 100 milhões nos torneios promovidos pela CBF, que agora organiza 13 competições oficiais, envolvendo 200 clubes e 4.500 atletas.

“Avanço. Modernização. Legalidade. Estímulo à gestão responsável dos clubes. Busca de padrões de governança. Abertura. Segurança jurídica. Consciência de sua função social. Esses são os lemas da nova CBF.”

Qual é a sua opinião sobre o novo presidente da CBF?

Del Nero comandará o futebol brasileiro até 2019…

Vale assistir ao vídeo com a íntegra do discurso de posse. No futuro, a cobrança.

Análise da semifinal pernambucana de 2015 – Central

Pernambucano 2015, 6ª rodada: Central 1x0 Sport. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Campeão da Taça Eduardo Campos, classificado à semifinal do Estadual após cinco anos, escrevendo a segunda melhor campanha, e um calendário garantido no segundo semestre com a presença na Série D. A temporada alvinegra está acima das expectativas de uma torcida sempre desconfiada.

Procurando pagar em dia, o Central foi montando um grupo sólido entre os concorrentes do interior, com um nome experiente na cidade no comando técnico, Laelson Lima. Nem mesmo o Salgueiro, com campanhas bem mais representativas nos últimos anos, o superou. Na semifinal, enfrentará o Santa Cruz, de lembranças em campeonatos brasileiros das Séries B, C e D.

Obter a inédita vaga no Nordestão (o rival Porto já disputou) e voltar à Copa do Brasil (participou 2 vezes) é a meta do clube, que alcançá-la como vice ou na 3ª colocação. Para isso, uma premiação de R$ 80 mil já está acertada pela diretoria. E pelo título? Ainda em negociação. Jogadores, diretoria e torcida sabem o preço de erguer o troféu máximo de Pernambuco pela primeira vez.

Desempenho na semifinal (2010/2014)
1 participação e nenhuma classificação

Formação básica do Central no Estadual 2015. Crédito: this11.com com arte de Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Destaque
Candinho. O mei distribui bem o jogo e arrisca bastante de fora da área. No Arruda, para citar o futuro adversário, acertou o travessão, e no Lacerdão foi o herói da classificação, com dois gols, um em cobrança de falta.

Aposta
Madona. Não é exatamente uma aposta, até pela idade, 29 anos. Entretanto, o lateral-esquerdo Janilson (sim, é aquele ex-Araripina, com o nome trocado) aumentou a variedade de jogadas de uma equipe limitada tecnicamente.

Ponto fraco
A preparação física. Foi justamente no confronto contra o Santa, no Lacerdão, que a Patativa apresentou essa deficiência em um maior grau, com o time com a língua do lado de fora aos 20 minutos do segundo tempo.

Campanha no hexagonal (10 jogos)
14 pontos (2º lugar)
4 vitórias (2º que mais venceu)
2 empates (2º que mais empatou)
4 derrotas (2º que menos perdeu)
10 gols marcados (3º melhor ataque)
10 gols sofridos (2ª melhor defesa)

Melhor apresentação: Central 1 x 0 Sport, em 1º de março, no Lacerdão .

O limite na seca de gols no campeonato

Berliner AK 1-2 Coole Pfeil Choreo, em 2012. Crédito: Youtube/reprodução

O protesto da torcida do Magdeburg pela seca de gols do time foi histórico…

Em 2012, cansados de ver o time perder tantos gols no campeonato alemão, os bravos torcedores que ainda não haviam desistido do clube levaram setas gigantes ao estádio, apontando a direção da trave aos atacantes do time.

A cada ataque, dependendo de onde estivesse a bola, os torcedores corriam com as setes. Eram cinco partidas consecutivas sem um golzinho sequer na quarta divisão alemã. O gol acabou saindo. Só não adiantou muito, pois a vitória foi do Berliner AK, 2 a 1.

Em 2014 o Sport ficou 440 minutos sem balançar as redes no Brasileirão. Série à parte, vamos às piores médias dos pernambucanos nas quatro divisões. Alguns anos mereciam uma manifestação semelhante à do Magdeburgo…

Náutico
Pior na A: 0,57, em 2013, com 22 gols em 38 jogos
Pior na B: 0,50, em 1998, com 5 gols em 10 jogos
Pior na C: 2,09, em 1999, com 44 gols em 21 jogos

Santa Cruz
Pior na A: 0,66, em 1987, com 10 gols em 15 jogos
Pior na B: 0,75, em 1997, com 6 gols em 8 jogos
Pior na C: 1,00, em 2008, com 12 gols em 12 jogos
Pior na D: 1,25, em 2010, com 10 gols em 8 jogos

Sport
Pior na A: 0,52, em 1971, com 10 gols em 19 jogos
Pior na B: 0,91, em 1990, com 22 gols em 24 jogos

Curiosidades:
A pior média no Brasileiro unificado pertence ao Náutico, que em 1961 não marcou um gol sequer em dois jogos. Ainda assim, como entrou direto na semifinal, o Timbu foi o 4º colocado na Taça Brasil. 

Em 1990, o Sport estabeleceu o seu pior índice na segunda divisão. Justamente no ano em que conquistou seu único título na Série B. 

As piores médias do Santa Cruz vão ficando menores à medida em que a divisão mais alta é analisada.

Podcast 45 minutos (67º) – Passando a limpo Pernambuco nas Séries A, B, C e D

A 67ª edição do podcast 45 minutos passou a limpo o futebol pernambucano, Todos os jogos das Séries A, B, C e D foram disputados antes do domingo, dia reservado no país para a eleição para presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual.

Mas o futebol rolou solto na sexta-feira e no sábado, com cinco times pernambucanos. O Sport goleado na A, Náutico e Santa ganharam na B, Salgueiro se classificou às quartas na C e o Central deu adeus à D.

Estou nessa gravação (1h20min) ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.

Ouça agora ou quando quiser!

Podcast 45 minutos (65º) – Passando a limpo Pernambuco nas Séries A, B, C e D

A 65ª edição do podcast 45 minutos passou a limpo o futebol pernambucano, debatendo a participação loca nas Séries A, B, C e D, além da entrevista com o presidente da FPF, Evandro Carvalho, concedida ao Superesportes.

Estou nessa gravação (1h20min) ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.

Ouça agora ou quando quiser!