Segundo ano de operação da Arena começa com arquibancada semiaberta

Náutico x Guarany-CE, pela Copa do Nordeste 2014. Crédito: Arena Pernambuco/Facebook

O primeiro jogo oficial no segundo ano de operação comercial da Arena Pernambuco deverá ter apenas o anel inferior, ou mesmo uma parte do setor.

A imagem de divulgação do próprio consórcio só deixa aberta a possibilidade de abrir o anel superior se o Todos com a Nota ultrapassar 4.500 ingressos. Contudo, não foi informado o ponto exato onde ficariam os demais 10.500 bilhetes promocionais – caso alcance à carga máxima, que está à disposição.

A expectativa de público parece baixa, na visão do blog, levando em conta que a partida é a primeira do Náutico em 2014, também sob nova gestão.

O Timbu enfrentará o Guarany de Sobral pelo Nordestão (acima). No Campeonato Brasileiro de 2013, quando enfrentou um adversário com um escudo bem parecido, mas o Flamengo, a carga do estádio foi bem diferente (abaixo). Apesar disso, o público presente foi de 15.003 pessoas.

Ressalva nas datas: segunda à noite e domingo à tarde, respectivamente.

Em seu ano de estreia na operação regular, a Arena Pernambuco teve apenas 22 jogos, com a baixa média de público de 12.477, ou 26,9% de ocupação. Neste ano, o número deve passar de 30 partidas, ou bem mais, caso o Sport passe a mandar os seus jogos de vez em São Lourenço da Mata.

Contudo, para fechar a conta da parceria público-privada, que terá 30 anos de duração, os gráficos precisam ser mais “coloridos” e preenchidos nos jogos.

Náutico x Flamengo, pela Série A 2013. Crédito: Arena Pernambuco/Facebook

Rubro-negros, tricolores e alvirrubros entre os 367 mil usuários do TCN

Cartão do Todos com a Nota

O programa estatal do Todos com a Nota, com ingressos promocionais no futebol pernambucano, conta atualmente com 367.619 usuários cadastrados na Região Metropolitana do Recife, portadores de cartões magnéticos.

Inscrições de novos cartões nos últimos anos:
2011 – 200 mil
2012 – 100 mil
2013 – 67 mil

O coordenador do Todos com a Nota, Gustavo Aguiar, informou ao blog os dados absolutos das três maiores torcidas da capital na distribuição de todos os cartões solicitados desde o primeiro semestre de 2010, quando o processo foi informatizado. Os percentuais são praticamente os mesmos até hoje (veja aqui).

Sport – 48,27%
177.448 pessoas

Santa Cruz – 29,90%
109.931 pessoas

Náutico – 21,83%
80.240 pessoas

Este cenário é o reflexo geral das três maiores torcidas de Pernambuco?

Talvez o mais correto seja dizer o óbvio, que este quadro mostra uma camada da população local em sua maioria formada por torcedores de menor poder aquisitivo. Aquela que consome o futebol via TCN, na troca por notas fiscais.

De toda forma, também serve como mais um indício na velha discussão.

Contraponto nas arquibancadas do Estadual, com dois públicos por jogo

Pernambucano 2014, em 22/12/2013: América 0 x 1 Vitória. Foto: twitter.com/ovitoria (@ovitoria) / divulgação

Os públicos registrados no primeiro turno do Campeonato Pernambucano de 2014 seguem com arrecadações numerosas, através do Todos com a Nota. Independentemente da quantidade presente nos estádios.

Durante os jogos, com o anúncio do público presente – que, posteriormente, não aparece no borderô oficial -, é possível ver a diferença dos públicos neste primeiro turno, valendo a Taça Miguel Arraes.

Nos Aflitos, América 0 x 1 Vitória teve apenas 604 testemunhas, apesar de a renda de R$ 26 mil apontar uma troca no TCN acima de 4.800 pessoas.

Em Pesqueira, a cidade viu pela primeira vez na história um jogo da primeira divisão estadual. No novo gramado, Pesqueira 1 x 2 Central, diante de 2.112 pagantes, que esperaram por quase dois anos um jogo no Joaquim de Brito.

No estádio, cujo campo replantado, ao menos o público foi ao jogo. Ainda assim, menor que o público no borderô, aquele que ficará mesmo na história.

Atualização após o segundo anúncio do público nos jogos do Estadual…

Apesar da renda de R$ 26.636, anunciada pelo delegado do jogo nos Aflitos, no borderô a arrecadação foi de R$ 18.397. Já o público aumentou: 3.330. Conforme previsto, o público no borderô em Pesqueira também foi maior, subindo para 3.617. Apenas nas duas partidas analisadas, o “público total” aumentou em 4.231 pessoas.

Pernambucano 2014, em 22/12/2013: Pesqueira 1 x 2 Central. Foto: Flávio Costa (twitter.com/costa_flavio) / divulgaçãi

O público presente no Estadual segue secreto, sem o prometido sistema de som

Pernambucano 2014, em 19/12/2013: Vitória x Pesqueira. Crédito: divulgação

A média de público de 6 mil torcedores no Campeonato Pernambucano de 2014, iniciado antes mesmo do ano correspondente, chamou a atenção.

Sobretudo pelo fato de a maioria das partidas, apenas com os nove clubes intermediários, apresentar estádios completamente vazios.

O blog já denunciou o fato em duas oportunidades.

No Estadual de 2013 e após as duas primeiras rodadas a edição de 2014.

Na última reportagem, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, justificou que a troca de ingressos do Todos com a Nota vem ocorrendo de forma regular, na véspera e com a ajuda de empresários nas cidades presentes na competição.

Sobre os estádios vazios, o dirigente afirmou em entrevista ao blog, na sede da entidade, que só a troca é informada no borderô, mas que o “público presente” – uma vez que muitas pessoas com bilhetes acabam não indo – também vinha sendo informado.

Apenas no sistema de som, durante os jogos. Nenhum registro no borderô ou no site oficial da federação. Mas nem isso vem sendo seguida à risca.

Nesta quinta, na partida adiada entre Vitória e Pesqueira, no Carneirão, o locutor do estádio anunciou às pressas apenas o público total, com “4.960” pessoas.

Obviamente, não havia nem 10% dessa quantidade na arquibancada. Segundo a FPF, deveria ter sido informado também o público real.

A imprensa presente no local cobrou a informação. E não recebeu resposta…

Pernambucano 2014, em 19/12/2013: Vitória x Pesqueira. Crédito: FPF/divulgação

A volta dos públicos fantasmas no Campeonato Pernambucano

Pernambucano 2014, em 08/12/2013: América 2X2 Serra Talhada. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Uma velha prática se mantém no Campeonato Pernambucano.

A centésima edição do Estadual, em 2014, começou de forma pouco usual ainda nesta temporada, mas apenas com os nove clubes intermediários.

Após duas rodadas, o público registrado é excelente. Em tese.

As oito partidas tiveram 48.057 pessoas, segundo o borderô oficial. A média ficou em 6.007 torcedores, superior inclusive à competição de 2013, cujo dado foi de 5.448 presentes, incluindo os clássicos e as finais.

Como ocorre há tempos, o número vem sendo turbinado pela campanha promocional do governo do estado, o Todos com a Nota.

Já foram trocados 45.500 ingressos subsidiados, o que corresponde a 94,6% de todos os torcedores. Analisando apenas a planilha de dados, trata-se de  algo louvável. No entanto, um rápido olhar também nos jogos, nos estádios, mostra que o dado parece bem longe da realidade, com o uso de forma contestável.

Bons públicos e estádios vazios? A conta não bate.

A explicação vem do sistema de repasse da verba da campanha. Os clubes (e a federação) só precisam informar à organização do TCN – e, consequentemente, à receita – o volume de ingressos trocado por notas fiscais, sem a necessidade de expor todos os torcedores como presentes nas partidas. Se vão 5 ou 5 mil, pouco importa. O repasse será apenas pela troca, de forma legal.

Na capital o sistema já é digital, necessitando de cartões magnéticos exclusivos para a solicitação dos ingressos. Curiosamente, nem todos os jogos de Náutico, Santa Cruz e Sport têm as cargas promocionais esgotadas. Já no interior, com o formato de troca presencial na véspera, na própria bilheteria do estádio, é comum a troca total. Estatisticamente, seria improvável que absolutamente que todas as entradas do TCN colocadas à disposição fossem contabilizadas nos públicos. A FPF explica que os times intermediários têm apoio de empresas locais, cujos funcionários exercem a ação.

Ou seja, um ato dentro de todas as brechas da lei, mas sem que o ingresso seja mesmo usufruído pelo público, na principal função social da campanha.

Pernambucano 2014, em 08/12/2013: Porto 1x1 Central. Imagem: TV Asa Branca/Globo/reprodução

Aqui, então, temos três exemplos de jogos do novo torneio com bons públicos no papel, mas visivelmente aquém dos números à disposição no site da FPF.

No único jogo na região metropolitana, América e Serra Talhada empataram no Ademir Cunha às moscas. Havia gente em apenas um lado da arquibancada, abaixo das cabines de rádio, e ainda assim em número reduzido.

Situação semelhante em Caruaru, também na rodada de abertura, onde houve o maior público, com cerca de oito mil pessoas no clássico entre Porto e Central. A torcida se concentrou em dois setores, nas arquibancadas da Rua Campos Sales e atrás de uma das barras, mas sem qualquer lotação, por mais que a arrecadação tenha apontado 40% ocupação no estádio de 19.478 lugares.

No Carneirão, no duelo entre Chã Grande – com o mando de campo, apesar da localização – e Vitória, as arquibancadas também ficaram bem vazias. Na última aferição de capacidade de público encomendada pela FPF, no início do ano, o estádio Severino Cândido Carneiro foi liberado para receber até 10.911 pessoas. Pelas imagens, o público teria ocupado 46% do espaço. Não, não ocupou. In loco, somente 168 pessoas assistiram ao jogo, conforme o anúncio do sistema de som do estádio, numa nova norma da FPF, mas sem qualquer registro posterior – borderô, site etc. Para não comprometer os dados oficiais, obviamente.

1ª rodada
08/12/13 – Porto 1 x 1 Central – 7.973 pessoas (7 mil do TCN). Fotos e borderô
08/12/13 – América 2 x 2 Serra – 5.123 pessoas (5 mil do TCN). Fotos e borderô
08/12/13 – Salgueiro 3 x 0 Ypiranga – 7.484 pessoas (7 mil do TCN)
08/12/13 – Chã G. 0 x 1 Vitória – 5.062 pessoas (5 mil do TCN). Fotos e borderô

2ª rodada
11/12/13 – Vitória 0 x 0 Salgueiro – 5.087 pessoas (5 mil do TCN)
11/12/13 – Ypiranga 0 x 2 Porto – 4.917 pessoas (4,5 mil do TCN)
11/12/13 – Serra Talhada 1 x 2 Pesqueira – 5.158 pessoas (5 mil do TCN)
11/12/13 – Central 3 x 1 Chã Grande – 7.253 pessoas (7 mil do TCN)

Surpreso com essas informações? Não deveria, pois o blog denunciou a mesma situação no futebol local em 4 de fevereiro deste ano, sendo inclusive a manchete do Diario de Pernambuco no dia seguinte. Relembre aqui.

Na época, o presidente Evandro Carvalho garantiu ter afastado um dos delegados responsáveis pelas partidas e disse que haveria uma maior fiscalização nos estádios, com pessoal e novas catracas (veja aqui).

O tempo passou e o modus operandi, ao que parece, continua em vigor.

Pernambucano 2014, em 08/12/2013: Chã Grande 0x1 Vitória. Imagens: Bruno Freitas/Youtube

O Todos com a Nota depende de Sport e Santa Cruz, e não o contrário

Cartão do Todos com a Nota. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A ameaça era antiga. Possível desde o primeiro dia do ano, quando entrou em vigor a nova redação da lei sobre o Todos com a Nota. Nela, os bilhetes promocionais aos grandes clubes da capital só seriam liberados mediante acordo para atuar na Arena Pernambuco. O blog já havia alertado (veja aqui).

Até então, consciente da medida impopular, que seria colocar os clubes contra a parede para forçar a adesão, o governo do estado fazia vista grossa. Nesta segunda, o comando tentou executar a regra pela primeira vez. Até porque a conta que precisa ser paga na Arena só faz aumentar…

Surpreendeu ao suspender a reserva de ingressos do TCN para Sport e Santa Cruz – o Náutico, claro, não sofreria qualquer tipo de retaliação, pois já assinou com o consórcio do empreendimento em São Lourenço.

A polêmica durou cerca de duas horas. Até que os ingressos para o próximo jogo envolvendo rubro-negros ou tricolores – no caso, Sport x Joinville – foram liberados. Logo depois, a explicação. A direção leonina cedeu à pressão e aceitou levar dois jogos da atual segunda divisão para a Arena.

Ou seja, a ida do Leão para o estádio da Copa, que poderia ser uma baita atração, acabou sendo viabilizada da forma mais antipática possível. E aí, Sport e Santa erram feio nesta negociação.

Parece faltar a compreensão sobre a ordem de importância do programa. Não é a dupla das multidões que precisa do Todos com a Nota para se manter em atividade. É exatamente o contrário, pois rubro-negros (com 164.439 pessoas cadastradas) e tricolores (101.172) correspondem a 78,55% de todos os inscritos no programa, com 338 mil usuários na região metropolitana.

Suspender os corais e os leoninos significaria, consequentemente, suspender a estrutura do programa, cujo mote é aumentar a arrecadação estatal via ICMS, através das notas fiscais angariadas pelos portadores dos cartões magnéticos do Todos com a Nota. Em 2013, só para o Recife, o repasse do estado do imposto sobre circulação de mercadorias e prestações de serviços (ICMS) já passou de R$ 456 milhões. A contrapartida aos clubes nos últimos quinze campeonatos estaduais foi de R$ 51 milhões.

Atualmente, o Sport tem 8 mil ingressos promocionais à disposição na Segundona, com R$ 13 por cada entrada. Já o Santa Cruz tem direito a 15 mil bilhetes na Terceirona. O governo banca R$ 10 por cada um.

Em caso da manutenção da suspensão, seria inviável ocupar o tobogã da Ilha de outra forma? Inclusive pelo mesmo preço. No Arruda, com 24 mil lugares no anel superior, promoções até por valores mais baixos bancariam todo o setor.

Curiosamente, esta temporada vem marcando um aumento expressivo no quadro sócios dos dois clubes, com 20.788 rubro-negros em dia e 13.658 tricolores, ambos ainda subutilizados nos respectivos borderôs. Ou seja, o público consumidor nos dois rivais é bem considerável.

Na Arena Pernambuco, o bilhete subsidiado, independentemente da divisão nacional, é de R$ 25, bem acima dos valores praticados nos dois clubes. Porém, com quase 40% nas mãos do consórcio, o que causa parte do impasse.

Portanto, o simples fato de ver uma diretoria ceder à pressão em menos de duas horas é o ponto mais estranho de toda a história. Como é possível, com números tão claros, que dirigentes das duas agremiações não saibam a esta altura o poder que têm em mãos? Talvez saibam, mas aí os bastidores realmente comandam as principais decisões, mexendo com o destino de milhares de aficionados…

Valor fixo do Todos com a Nota na Arena, independentemente da divisão nacional

Todos com a Nota na Arena Pernambuco. Crédito: facebook.com/todoscomanota

O fator Arena Pernambuco na campanha Todos com a Nota ganhou mais força. O valor do ingresso promocional no estádio subiu de R$ 20 para R$ 25, num reajuste envolvendo o governo do estado e o consórcio.

O programa destina 15 mil ingressos exclusivos da campanha na Arena, todos eles no anel superior do novo palco do futebol local, na área vermelha do gráfico.

Enquanto nos estádios particulares os valores pagos pelo governo variam de acordo com a divisão nacional, na Arena Pernambuco os grandes clubes teriam o mesmo peso, segundo o gestor do programa, Gustavo Aguiar.

Ou seja, nas divisões A, B e C, o subsídio continuaria sendo de R$ 25 por entrada. Alvirrubros, rubro-negros e tricolores também teriam a mesma carga. Obviamente, essa estrutura do programa está condicionada à ida de Santa Cruz e Sport ao novo empreendimento. A pressão financeira é real.

Na Série A, nos Aflitos, o Náutico recebeu R$ 15 por cada ingresso. A mudança de casa, apesar da divisão, mudou a engenharia financeira de forma considerável.

Por outro lado, enquanto nos seus estádios os clubes ficam com a receita integral, na Arena há uma divisão. O Timbu, por exemplo, fica com 67% (R$ 251.250) da receita do TCN, com os outros 33% (R$ 123.750) para o administrador.

Confira as atuais receitas máximas com o TCN no Campeonato Brasileiro:

Náutico (Arena Pernambuco)
R$ 375 mil
15.000 ingressos (R$ 25 cada)

Sport (Ilha do Retiro)
R$ 104 mil
8.000 ingressos (R$ 13 cada)

Santa Cruz (Arruda)
R$ 150 mil
15.000 ingressos (R$ 10 cada)

Atualmente são 338 mil usuários cadastrados no Todos com a Nota, sendo 48,63% rubro-negros, 29,92% tricolores e 21,45% alvirrubros.

Nota-se que mesmo tendo quase metade dos usuários do programa, o Leão recebe menos que o consórcio da arena, que, obviamente, não tem torcedores.

Rubro-negros, tricolores e alvirrubros entre os 338 mil usuários do TCN

Cartão do Todos com a Nota

O programa estatal do Todos com a Nota, com ingressos promocionais no futebol pernambucano, conta atualmente com 338.143 usuários cadastrados na região metropolitana. Todos eles portadores de cartões magnéticos.

A organização do Todos com a Nota informou ao blog os percentuais das três maiores torcidas do Recife na distribuição de todos os cartões solicitados até hoje. Os índices são praticamente os mesmos até hoje (veja aqui).

Sport – 48,63%
164.439 pessoas

Santa Cruz – 29,92%
101.172 pessoas

Náutico – 21,45%
72.532 pessoas

Este cenário é o reflexo geral das três maiores torcidas de Pernambuco?

Talvez, o mais correto seja dizer o óbvio, que este quadro mostra de forma direta uma camada da população local, de menor poder aquisitivo. Aquela que consome o futebol local via Todos com a Nota.

De toda forma, também serve como mais um índicio na velha discussão.

Aplicativo oficial do Todos com a Nota para smartphones, à frente dos clubes

Aplicativo oficial do Todos com a Nota para smartphones. Crédito: Hugo Leonardo (twitter.com/_HugoLeonardo)/divulgação

A fase atual da campanha promocional Todos com a Nota, inteiramente digitalizada na capital e com mais de 300 mil adeptos, é curiosamente o sistema mais moderno em relação à venda de ingressos no futebol pernambucano.

O avanço durou quinze anos, mas já superou a estrutura oferecida pelos clubes. Em 1998, no primeiro modelo organizacional do TCN, a troca por por ingressos era feita sem qualquer consulta prévia, no próprio estádio, na véspera do jogo. O sistema evoluiu para o agendamento por telefone. Ainda assim, bem concorrido.

Agora é possível passar por todas as etapas apenas via celular. No aplicativo o torcedor pode comprar o bilhete e consultar o extrato de pontos. Assim, basta apenas levar o cartão digital e usá-lo na catraca especial. A cada jogo, 15 mil entradas para alvirrubros, 15 mil para tricolores e 8 mil para rubro-negros.

Os aplicativos para smartphones, em suas variadas versões como iPhone e Android, vêm crescendo bastante no segmento esportivo. Confira outros aplicativos oficiais relacionados ao futebol do estado:

Copa do Nordeste, Campeonato Pernambucano e Superesportes.

Ainda não existem aplicativos específicos para clubes locais…

Todos com a Nota turbinado em São Lourenço

Cartão do Todos com a Nota. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O programa Todos com a Nota trabalha com valores diferenciados para o subsídio no futebol local de acordo as divisões do campeonato nacional.

Em 2013 começou assim em relação à quantidade de ingressos e valores:

Série A (Náutico/8.000): R$ 15
Série B (Sport/8.000): R$ 13
Série C (Santa Cruz/15.000): R$ 10
Série D (Salgueiro/9.000, Central/7.000 e Ypiranga/4.000): R$ 7

Mas agora surgiu um fato novo.

O Alvirrubro atuou duas vezes nos Aflitos com essa composição financeira antes de estrear na Arena Pernambuco, a sua nova casa no Brasileirão.

A carga timbu subiu para 15 mil bilhetes, o que já havia sido divulgado.

No entanto, além do maior número de ingressos, o valor pago pelo governo do estado na campanha promocional também aumentou.

Apesar de o torneio ser o mesmo, nas partidas em São Lourenço as entradas do TCN custarão R$ 20 ao governo, como mostra o primeiro borderô alvirrubro por lá, no duelo contra a Ponte, cuja arrecadação líquida foi de R$ 423 mil.

Ou seja, antes o Timbu arrecadaria até 120 mil reais nos Aflitos. Agora, o valor do Todos com a Nota saltou para R$ 300 mil, num aumento de 150%.

Mais um incentivo para atrair times interessados ao empreendimento…