A seleção do Uruguai tem muita história na Copa do Mundo. Com dois títulos mundiais (1930 e 1950), a Celeste Olímpica está em um grupo seleto do futebol. Tradicional demais.
Mas o tempo já passou bastante desde as glórias em preto e branco do país vizinho. E não será fácil voltar.
O técnico da seleção, Oscar Tabárez, anunciou neste domingo os nomes dos 23 jogadores convocados para a Copa.
Foi com essa cara acima que o técnico divulgou a lista (veja AQUI). Empolgado, não?
Entre os campeões mundiais, o Uruguai é a equipe mais fraca. Está em 16º lugar no ranking da Fifa. Os outros seis campeões estão no Top Ten (veja AQUI).
Dos 23 nomes, apenas dois jogam no país: o goleiro Martín Silva (Defensor) e o meia Arévolos Ríos (Peñarol). O restante joga na Europa, certo? Não. Seis deles estão espalhados na América do Sul mesmo, em mais um indício de que o poder econômico do futebol uruguaio sumiu junto com a Seleção. Futebol é cash…
A revista da Conmebol existe desde agosto de 1989 e é atualizada a cada dois meses.
A edição deste mês, que corresponde a maio e junho, traz 39 páginas sobre as cinco seleções do continente na Copa do Mundo de 2010 (veja AQUI). Dados completos de Argentina, Brasil, Chile, Uruguai e Paraguai.
A revista conta ainda com entrevistas com os ex-jogadores Iván Zamorano (atacante chileno), Carlos Aguilera (atacante uruguaio) e Carlos Alberto Torres (lateral-direito brasileiro e capitão o tricampeonato em 1970).
A nova edição, de número 119, chegará a 208 países. Nas versões em espanhol e inglês.
E em português? Para a Conmebol, isso é desnecessário. Inclusive em seu site oficial…
Afinal, existem apenas 13 milhões de jogadores registrados no Brasil, em todas as categorias possíveis, espalhados em 29.208 clubes, entre amadores e profissionais.
E os cinco títulos da Copa do Mundo?! É melhor nem avisar a Conmebol de que o Mundial de 2014 será aqui no Brasil. E em português… 😈
Desde 1900, o tradicionalíssimo Peñarol de Montevidéu havia conquistado 47 títulos uruguaios. Na média, quase um a cada dois anos. Por isso, o jejum desde 2003 incomodava demais. Na verdade, aquele título era o único nos últimos 11 anos.
Até esta terça-feira! Em uma decisão emocionante, o “Aurinegro” empatou com o maior rival, o Nacional, em 1 x 1, e voltou a gritar “campeón” na antiga Cisplatina (veja AQUI). No primeiro jogo, no sábado, o Peñarol venceu por 1 x 0. Os dois jogos aconteceram no estádio Centenário, repleto com as duas maiores hinchadas do país.
Pentacampeão da Libertadores, o Peñarol volta à disputa continental em grande estilo. Até porque o maior clube do Uruguai já esteve em 75% da edições continentais…
A queda do clube nos últimos anos – com enorme crise financeira e destaques ganhando no máximo R$ 35 mil – já havia sido destacado em um post aqui no blog, em 1º de janeiro do ano passado (veja AQUI). O Peñarol acordou… Na base da raça.
O título do post é o slogan oficial da Seleção Brasileira que ficará estampado no ônibus da equipe, na África do Sul. A Fifa divulgou nesta segunda-feira todos 32 slogans dos ônibus oficiais das seleções (veja AQUI).
No Mundial de 2006, na Alemanha, a Seleção teve como tema “Veículo monitorado por 180 milhões de corações brasileiros”.
Apesar disso, não adiantou… As farras estavam liberadas!
Ao lado, o novo ônibus da CBF, apresentado em 10 de maio e que será usado somente no Brasil (veja AQUI).
Slogans dos demais campeões mundiais na Copa de 2010:
Itália – O nosso azul no céu da África
Alemanha – No caminho de ganhar a Copa!
Argentina – Última parada, a glória
Uruguai – O sol brilha sobre nós! Vamos, Uruguai!
França – Todos juntos por um novo sonho azul
Inglaterra – Jogando com orgulho e glória
Alguns lemas curiosos…
Nova Zelândia – Chutando no estilo Kiwi
Holanda – Não tema os 5 grandes, tema os 11 laranjas
Sérvia – Jogando com o coração, andando com um sorriso!
Em tempo: segundo o IBGE, a população do Brasil é de 192 milhões de habitantes.
O cartaz oficial da primeira Copa do Mundo, realizada no Uruguai, em 1930, será leiloado neste 13 de maio, em Londres. A famosa casa Christie’s vai organizar a disputa pela peça, de 79cm x 38cm e no estilo “art deco”, desenhada pelo artista uruguaio Guillermo Laborde.
O preço está estimado em pelo menos 15 mil libras esterlinas, ou R$ 39 mil (veja AQUI). Além dessa peça raríssima, serão leiloados outros seis cartazes relacionados àquele pioneiro Mundial de futebol, vencido pela Celeste.
O diretor do departamento de posters antigos da Christie’s, Nicolette Tomkinson, definiu o cartaz uruguaio como “uma peça clássica com uma imagem forte e que todos podem apreciar, mesmo que não sejam fãs de futebol”.
Para os uruguaios, a peça não tem preço…
Veja um post sobre os cartazes oficiais da Fifa AQUI.
Após 48 anos, o Atlético de Madri voltou a conquistar um torneio europeu. Em 1962, o time espanhol venceu a extinta Recopa, que reunia o campeões das copas nacionais. Nesta quarta, o clube, grande rival do Real na cidade, venceu a Liga Europa, ex-Copa da Uefa. Um título com a raça uruguaia como ponto forte.
Em uma final contra os ingleses do Fulham, decidida nos últimos minutos da prorrogação, os “dorminhocos” (apelido do Atlético por causa do uniforme) venceram no sufoco por 2 x 1, na cidade de Hamburgo, na Alemanha (foto: Uefa).
Os gols da vitória foram marcados pelo uruguaio Diego Forlán.
O atacante é a maior esperança da Celeste na Copa do Mundo da África do Sul.
Em 58 jogos pelo Uruguai, Forlán marcou 22 gols. É um ídolo nacional, que já venceu 2 vezes a chuteira de ouro da Europa. Tanto que os seus gols na decisão repercutiram bastante na capital Montevidéu, como deixa claro o diario El País (veja AQUI).
O futebol bicampeão mundial do Uruguai precisa de 11 Forláns. Raça e técnica.
Nesta cidade argentina, a 50 quilômetros da capital Buenos Aires, nascia neste dia Francisco Varallo. Um goleador nato, ainda “guri”. Com apenas 14 anos disputou a 1ª divisão da Argentina. 😯
Após defender o Gimnasia Y Esgrima, de sua cidade, partiu para a capital do país. Foi jogar num tal de Boca Juniors.
Lá, assinou o seu primeiro contrato profissional, por 7 mil pesos. Com a camisa xeneize, ele fez valer cada centavo investido pelo clube mais popular da Argentina.
Varallo foi campeão nacional em 1931 1934 e 1935. Em 222 partidas pelo Boca, marcou incríveis 194 gols! Marca que o transformou no maior artilheiro do clube. Só perdeu esse status em 2008, quando foi ultrapassado por Martín Palermo.
Ok… E daí!?
Francisco Varallo, ou simplesmente “Don Pancho”, é o único atleta vivo entre os 245 jogadores que participaram da Copa do Mundo de 1930, a primeira da história. Ao todo, 13 seleções disputaram o Mundial do Uruguai. Com apenas 20 anos, ele disputou a final contra os uruguaios, mas ficou o gosto amargo do vice.
Uma lesão no joelho esquerdo fez com que Varallo encerrasse a carreira com apenas 29 anos. Há 71 anos, ele vive com a lembrança de um final de Copa.
Abaixo, um vídeo raríssimo daquele Mundial. Imagens que Francisco Varallo viveu in loco, no gramado. Nesta sexta-feira, ele chega a um século de vida, podendo contar a todos, argentinos ou não: “Eu estava lá. Eu vi. Eu joguei!”
Em 1930, diante de 90 mil hinchas no recém construído estádio Centenário, em Montevidéu, o Uruguai venceu a rival a Argentina por 4 x 2, no clássico do Río de la Plata, e conquistou a primeira Copa do Mundo. Uma final que incendiou ainda mais as metrópoles de Buenos Aires e Montevidéu, separadas por apenas 300km.
As duas seleções eram as potências da época, e que haviam decidido os Jogos Olímpicos de Amsterdã dois anos antes, também com vitória da Celeste.
Em 1978, a Argentina também teve a honra de sediar uma Copa do Mundo. Assim como o país vizinho, os argentinos também ganharam a competição em casa.
Agora, o rivais, que já jogaram 177 vezes (recorde mundial entre seleções), se preparam em conjunto para algo grandioso. E com muita antecedência, diga-se.
Faltam mais de 6 meses para a Copa de 2010, na África do Sul… A Copa de 2014, no Brasil, ainda engatinha em licitações e projetos… Os Mundiais de 2018 e 2022 já têm os seus candidatos, mas a decisão das duas sedes vai acontecer somente em dezembro do ano que vem… E 2026? Quem sabe!?
2030. 😯
O torneio que vai celebrar os 100 anos da Copa do Mundo de futebol.
Foi lançada nesta semana a candidatura conjunta entre Uruguai e Argentina, durante o Comitê Executivo da Conmebol, no Paraguai, com o apoio dos 10 países filiados à entidade (veja AQUI).
Argentina y Uruguay 2030
En forma unánime, los presidentes de las asociaciones sudamericanas y miembros del Comité Ejecutivo dieron su total respaldo a la candidatura conjunta de la Asociación del Fútbol Argentino y de la Asociación Uruguaya de Fútbol, para organizar el Mundial del año 2030, cuando se cumplirá un siglo de la realización del primer certamen ecuménico de la FIFA, en el que ambas asociaciones protagonizaron la final.
Centenário ou Monumental de Nuñez? Novo estádio? Montevidéu ou Buenos Aires?
Na apresentação do projeto, não ficou decidido onde serão os jogos de abertura e da final da Copa de 2030. Mas os hermanos vão ter uns 20 anos para discutir isso…
Uma certeza: o Mundial terá a chance de voltar para “casa”. Depende da Fifa.
Numa ironia daquelas, o aguerrido Uruguai foi o último dos 32 países a se classificar para a Copa do Mundo de 2010. Um sufoco daqueles no empate por 1 x 1 com a Costa Rica, num estádio Centenário ensurdecedor.
A noite em Montevidéu vai tirar um atraso de 8 anos fora do Mundial… 😯
Duvida? Então leia a matéria do jornal uruguaio El País AQUI.
A Celeste Olímpica era o único time campeão mundial que ainda não havia garantido a sua vaga na maior competição do futebol, que chegará na África pela primeira vez.
Uma seleção tecnicamente limitada, com um futebol que vive do passado. Mas, ainda assim, tradicional, com camisa. Que faria falta. Como fez em 2006, na Alemanha.
Confesso que torci bastante para o Uruguai, do craque Forlán, diante da Costa Rica.
A Copa será em grande estilo… Com a nata do futebol.
De 1930 até 2006, todos os títulos estarão em campo.
O pentacampeão Brasil (1958/1962/1970/1994/2002) de Kaká.
A tetra Itália (1934/1938/1982/2006) de Buffon.
A tri Alemanha (1954/1974/1990) de Klose.
Os bicampeões Uruguai (1930/1950) de Loco Abreu, e Argentina (1978/1986) de Messi.
E as campeãs Inglaterra (1966) de Rooney, e França (1998) de Henry.
Uma grande Copa na África do Sul. O mundo vai parar entre 11 de junho e 11 de julho.
Clássicos agendados para os estádios sul-africanos de Soccer City, Ellis Park, Free State, Green Point, Moses Mabhida, Mbombela, Peter Mokaba, Nelson Mandela, Loftus Versfeld e Royal Bafokeng. A conferir.
Já que o sérvio Petkovic, do Flamengo, marcou o seu segundo gol direto de uma cobrança de escanteio no Brasileirão de 2009 e decidiu homenagear o Rio de Janeiro, sede dos Jogos de 2016, esse post vai explicar a origem da expressão “gol olímpico”. Que, assim como outras no futebol, teria “duas” histórias. 😯
O chute direto do escanteio para a meta só passou a ser válido em 1924, com algumas mudanças na regra do futebol. E o primeiro gol olímpico saiu no mesmo ano, em 2 de outubro, num amistoso entre Argentina e Uruguai, em Buenos Aires.
A honra foi do argentino Cesáreo Onzari, que ajudou o seu país a vencer a Celeste por 2 x 1. Como o Uruguai havia conquistado a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris em 1924, o argentinos ironizaram o lance e batizaram de “gol olímpico”. Até Carlos Gardel, o mais famoso cantor de tango do país, esteve presente.
Os vacaínos dizem que o a expressão teria surgido 4 anos depois, na inauguração do sistema de iluminação do estádio de São Januário, em 30 de abril de 1928, num amistoso contra o Wanderers, do Uruguai. Vitória do Vasco por 1 x 0, gol olímpico de Santana. E naquele ano o Uruguai também ganhou a medalha de ouro nas Olimpíadas…