Em plena Bombonera

Títulos argentinos dos visitantes na Bombonera

Uma volta olímpica é o sonho de qualquer clube.

Na casa do rival, melhor ainda…

E imagine quando isso acontece dentro de um dos maiores templos do futebol mundial?

Pois é. Na Argentina, um desses templos é a La Bombonera, o mítico caldeirão do Boca Juniors. Neste domingo, o local poderá ser palco de algo incomum.

O Boca vive uma péssima temporada. O time xeneize está fora da Taça Libertadores do ano que vem. Assim, o sonho do 7º título continental, que igualaria o recorde do Independiente, terá que ser adiado.

Como se isso já não bastasse, a fanática torcida do Boca Juniors poderá ver um rival erguer a taça de campeão argentino em seu estádio pela 8ª vez desde 1940, quando a Bombonera foi concluída. 😯

E nem seria um grande rival, mas sim o pequeno Banfield, da cidade de Lomas de Zamora, no sul da região metropolitana de Buenos Aires.

Até hoje, orgulho pertence a River Plate (3 vezes), Racing, Newell’s Old Boys (nos pênaltis) e Lanús. Crédito da montagem acima: Olé.

Será a 19ª e última rodada do Torneio Apertura. Com 41 pontos (dois a mais que o vice-líder Newell’s), o Banfield precisa de uma vitória simples na Bombonera para se tornar o 16º clube a conquistar o nacional na era do profissionalismo. Até o hoje, o máximo foram dois vices, em 1951 e no Clausura de 2005.

Em caso de empate, é torcer para o Newell’s não vencer o San Lorenzo, em Rosário. Se perder e o Newell’s ganhar, adeus título.

E aí, Banfield? Chegou a hora de escrever a maior página da história do clube. Ou não…

Abaixo, o vídeo com o título do Lanús no Apertur de 2007, quando o time Granate segurou o empate por 1 x 1. Não é sempre que aparece uma chance assim.

Atualização (19h, 13/12): Banfield campeón! Após 113 anos, o time conseguiu o seu 1º título. Perdeu por 2 x 0 na Bombonera, mas o Newell´s “conseguiu” perder pelo mesmo placar em casa. Festa em Lomas!

Vale lembrar que o Santos conquistou a Libertadores de 1963 na Bombonera, diante de 50 mil argentinos. Pelé fez o gol do título, na vitória por 2 x 1.

O primeiro passo da reconstrução

Criciúma, campeão da Copa do Brasil de 1991

A CBF divulgou nesta sexta a tabela da Copa do Brasil de 2010 (veja AQUI). Para ver o diagrama das fases da segunda maior competição nacional, clique AQUI.

Inicialmente, todas as estreias pernambucanas seriam no dia 24 de fevereiro. No início da noite, porém, a CBF mudou a tabela e o Alvirrubro será o primeiro a jogar, no dia 10. Leão e Cobra-Coral seguem na data anterior. Abaixo, uma análise das chaves.

Ivinhema/MS x Náutico – Em caso de classificação, o Alvirrubo jogará contra o vencedor da chave entre Vitória e Corinthians Alagoano.

América/AM x Santa Cruz – Se passar, o Tricolor encara o vencedor de Botafogo (Série A) x São Raimundo/PA (campeão da Série D)

Brasília/DF x Sport – Se passar, o Leão pega o vencedor de Paraná Clube (Série B) e o desconhecido Cerâmica, de Gravataí/RS. O time gaúcho conseguiu a vaga após ser vice-campeão da Copa Federação Gaúcha.

Na Copa do Brasil, o título de 2008, conquistado pelo Sport, foi o maior momento do estado. O Leão alcançou outras boas campanhas, com o vice em 1989 e a semifinais em 1992 e 2003. O Timbu foi 3º lugar na edição de 1990. Já o Tricolor, eliminado na 1ª fase nas últimas três edições, nunca chegou sequer nas quartas de final.

Critério de participação dos times pernambucanos para 2010: Sport, campeão estadual; Náutico, vice-campeão pernambucano; Santa Cruz, ranking da CBF.

Será a única chance do trio de disputar a elite no próximo ano… 😎

Post atualizado às 18h40.

Na foto, o elenco do Criciúma, que venceu a competição de 1991. Foi a primeira grande zebra a vencer a Copa do Brasil. O time era treinado por Felipão (leia mais AQUI). Depois, apareceram outras, como Juventude (1999), Santo André (2004), Paulista (2005) e, de certa forma, o Sport, em 2008. Qual leonino não queria outra “zebra” como aquela? Qual torcedor do Timbu ou do Santa não gostaria de repetir o feito!?

“Sport” em Abu Dhabi

Mundial de Clubes-2009: Pohang Steelers x MazembeO sonho do Sport era disputar o Mundial de Clubes da Fifa, em Abu Dhabi.

O título da Libertadores de 2009 realmente chegou a ser um sonho para a torcida da Ilha do Retiro.

Apesar da brilhante campanha na primeira fase, o time caiu nos pênaltis, nas oitavas de final, diante do Palmeiras. Diante do goleiro Marcos.

Agora, o Mundial está sendo realizado pela primeira vez nos Emirados Árabes Unidos.

E nesta sexta-feira os torcedores do Leão descobriram um clube para torcer na competição.

O Pohang Steelers, da Coreia do Sul. O atual campeão da Copa dos Campeões da Ásia. Rubro-negro como o Sport. Os números dourados deixaram o uniforme ainda mais parecido com a camisa do Leão. A única diferença é a meia, na cor vermelha. E os olhos puxados, naturalmente…

E o time asiático começou bem. Venceu o Mazembe, do Congo, por 2 x 1, e se garantiu na semifinal. Na próxima terça, o Pohang enfrentará o Estudiantes de La Plata, campeão da Libertadores. Vale lembrar que até hoje a final da competição sempre foi disputada por um clube sul-americano e um europeu.

Cazá-cazá em coreano…? Essa eu quero ver.

Foto: Fifa/Getty Images

O último degrau de Pernambuco

A Federação Pernambucana de Futebol anunciou a criação da 3ª divisão do Estadual para a próxima temporada.

Criação?

Nem tanto.

Eu diria que seria uma “ressurreição” de algo 100% deficitário.

Ramalat, de OuricuriEntre 1994 e 1998, a competição era completamente amadora e chamava-se Copa Intermunicipal. Quem reinou nesse tempo foi o Ramalat. Um clube alviverde de Ouricuri, a 623 quilômetros do Recife.

Nas várias viagens de ônibus para enfrentar os campeões de outras ligas municipais, o Ramalat conquistou o tetracampeonato intermunicipal, entre 1996 e 1999.

A partir de 1998, porém, a FPF instituiu a opção de profissionalizar o campeão, para a disputar a Segundona no ano seguinte. E não é que o Ramalat preferiu continuar amador? Mas após a 4ª conquista, o clube aderiu ao profissionalismo.

Alguns participantes da antiga Terceirona: Náutico de Petrolina, Sport Beleense, Independente e Comercial (ambos de Pesqueira), Gameleira etc. 😯

A competição acabou em 2002. O último campeão foi o Vera Cruz. O time de Vitória de Santo Antão, por sinal, hoje integra a elite do futebol pernambucano.

Segundo a revista Torcida, em 2010 o time terá que estar situado numa cidade com pelo menos 40 mil habitantes. É gente demais… Em 2003 e 2004, o Itacuruba chegou a disputar a Primeirona. E o município de Itacuruba tem, hoje, apenas 4.358 moradores!

Para reativar a “Série A-3”, porém, a FPF espera estender até o torneio a campanha promocional Todos com a Nota.  Se mesmo assim a Série A-2 já é complicada financeiramente, imagine o último degrau…

De torcedor a presidente

Náutico

A presidência de um clube é o ponto máximo que um torcedor pode alcançar.

Primeiro, é necessário virar sócio. Alguns optam por escrever uma carreira no Conselho Deliberativo, com ações mais amplas do que o futebol.

Outros se associam a departamentos do Executivo. São vários. Financeiro, Administrativo, Engenharia, Social e, obviamente, Futebol.

Todos com a mesma vontade de colaborar, de se sentir efetivamente um “vencedor”, parte da história. Alguns conseguem. Outros vão além. Conseguem repassar esse caminho para as gerações seguintes.

São anos e anos em busca de um espaço no clube. Sempre com o objetivo de ajudar a própria paixão clubística.

No Náutico, esse caminho para a cadeira principal em Rosa e Silva parece parece um portal difícil de ultrapassar para o biênio 2010/2011. A transformação de um desejo em realidade acabou pesando. E muito!

Primeiro, Toninho Monteiro. Mesmo cercado por quase todas as lideranças do Alvirrubro, o publicitário sentiu a pressão de tocar reformas estruturais no Timbu. Não queria ficar marcado como o “homem que tirou o Náutico dos Aflitos”. Mesmo que isso seja algo positivo. O suposto lastro financeiro também não o seduziu. Refugada.

Depois, Francisco Dacal. Surreal. A chance da minoria numa disputa majoritária sem adversário algum. O rombo financeiro minou qualquer desejo de assumir a presidência. Paixão sim, mas com um pingo de razão. Refugada – Parte II.

A eleição do Náutico não aconteceu. Ninguém quis.

Deixar de ser “torcedor” não é tão simples…

Veja a matéria do diariodepernambuco.com.br sobre a “eleição” do Náutico AQUI.

Cofre timbu está secando

DinheiroO repórter Márcio Cruz, do DP, trouxe números interessantes do Náutico na edição desta quinta-feira. Deles, destaco a diferença absurda na receita mensal da cota de TV pelo Brasileiro.

Em 2009, o Timbu recebeu R$ 700 mil por mês na Série A do Brasileiro.

Na Série B deste ano, cada clube que não faz parte do Clube dos 13 recebeu R$ 100 mil. Nesta conta, então, não entraram Vasco, Bahia, Guarani e Portuguesa, todos do C-13.

Um número 7 vezes menor. Caixa pra lá de apertado, secando. Em 2010, o Sport terá 50% da cota (cerca de R$ 6,25 milhões, boa parte já antecipada pelo Rubro-negro). Numa conta rápida, os times que estavam na Segundona desta temporada receberam apenas 14,2% da receita alvirrubra.

Mesmo arrecadando R$ 23 milhões 2009, recorde na história do clube, o Náutico ainda terminou com um déficit de R$ 3 mi. Fica complicado organizar o futebol. Ainda mais com a nova realidade, das “terças e sextas”.

“Se vira nos 30”, Náutico…

Veja a reportagem completa do Diario sobre o cofre timbu AQUI.

Exército sem capitão

Durval, tetracampeão pernambucano pelo Sport, de 2006 a 2009Paraibano de Cruz do Espírito Santo, Durval chegou no Sport no início de 2006, aos 25 anos. O zagueirão havia sido vice-campeão da Taça Libertadores do ano anterior, quando defendia o Atlético-PR.

Mas chegou por baixo na Ilha, por causa de uma falha na decisão da competição. No Recife, sob o comando de Dorival Júnior, ganhou uma vaga no time principal rapidamente. Canhoto, o defensor passou a vestir a camisa número 4, emblemática.

Da estreia em 8 de janeiro de 2006 até a última rodada da Série A deste ano foram 226 jogos. De “refugo” do Furacão ao status de ídolo do Sport. O capitão da Copa do Brasil. 😈

Nestes quatro anos na Ilha do Retiro, o jogador escreveu uma história rara no atual futebol brasileiro, no qual atletas trocam de clube a cada seis meses.

Foram quatro temporadas de soberania no Rubro-negro. Foi tetra no Estadual – o último de maneira invicta. Nos 2 primeiros anos, a braçadeira de capitão ficou com o meia Geraldo (2006) e com o volante Éverton (2007).

E olhe que foi difícil achar uma foto do zagueiro segurando a taça no primeiro título. Em cerca de 50 fotos, Durval aparece atrás dos destaques daquele time em quase todas.

Sinal claro de que ainda estava buscando o seu espaço no grupo. Depois disso, ele cansou de levantar taça na Ilha. Só de turnos foram 7!

Mais. Veio também a fama de zagueiro-artilheiro. Fez 25 gols pelo clube, com vários gols nos clássicos contra o Náutico.

Foram quatro anos tendo o nome gritado na arquibancada da Ilha, com aquele início impublicável e que termina com a célebre frase “É o melhor zagueirodo Brasil!” .

Este segundo semestre em 2009 foi o seu pior momento no Leão, no qual o tal grito de guerra não fez tanto sentido, mas que continuou sendo ecoado no estádio por respeito a um dos jogadores mais vitoriosos nos 104 anos do Sport.

Durval ergue a Copa do Brasil de 2008Apesar da proposta feita pelo clube para tentar uma renovação, o seu empresário e o presidente leonino não chegaram a um acordo. Durval vai seguir a sua vida, provavelmente em um time na Série A. Ele tem mercado e futebol pra isso.

Aos torcedores do Sport, vai ficar uma lembrança eterna. O gol de falta contra o Internacional, no dificílimo confronto das quartas de final da Copa do Brasil de 2008, na Ilha.

O relógio marcava 33 do 2º tempo. Um jogo tenso. O Leão, com 1 jogador a menos, vencia por 2 x 1, mas precisava de um gol, diante do fortíssimo Colorado de Alex, Fernandão e Nilmar.

Falta para o Leão. Durval se aproximou e chamou a responsabilidade. O capitão acertou um míssil contra a meta de Clemer. Há quem diga que aquele foi um dos gols mais comemorados da história do estádio rubro-negro…

A fotomontagem no lado direito reproduz as 4 voltas olímpicas no Pernambucano, entre 2006 e 2009, de cima para baixo. Acima, a maior de todas as taças na “Era Durval”. O troféu que valeu a 2ª estrela dourada. É cacete! 😯

Números: Inaldo Freire, fisiologista do Sport.

A nova ciranda de Bala

Carlinhos Bala

Um boato que circula faz tempo nos bastidores…

Carlinhos Bala novamente na Ilha do Retiro. A notícia ainda não foi confirmada, mas o atacante, que defendeu o Náutico nesta temporada, deverá assinar com o Sport para mudar de casaca novamente em 2010.

Assim, Carlinhos dá sequência à sua ciranda pelos clubes do Recife (seria a 7ª participação em 11 temporadas). A última troca noticiada pelo blog foi no dia 6 de janeiro deste ano, quando ele trocou a Ilha pelos Aflitos (veja AQUI).

Quem ficar com Bala (revelado pelo Santa Cruz), na verdade, terá um reforço, ainda mais para a Série B do Brasileiro. No Brasileirão-2009, o atacante jogou 32 vezes e marcou 12 gols pelo Timbu. No histórico completo do atacante pela Série A, são 118 jogos e 32 gols.

Mas vale lembrar que Bala pode aparecer no Arruda também… Seria uma bomba.

1999/2001 – Santa Cruz
2001 – Náutico
2002 – Santa Cruz
2004/2006 – Santa Cruz
2007/2008 – Sport
2009 – Náutico
2010 – Sport ou Santa Cruz? 😯

Se for mesmo para o Sport, Carlinhos terá mais uma chance de fechar o “Grand Slam” da artilharia nos clássicos do Recife. De todos os clássicos e camisas possíveis, ele só não balançou as redes em um, o Clássico das Multidões com a camisa do Sport. Ao todo, ele já fez 24 tentos nos clássicos pernambucanos. Veja os números abaixo, segundo os dados do pesquisador Carlos Celso Cordeiro.

Clássico das Emoções = 13 gols
Pelo Santa Cruz: 12
Pelo Náutico: 1

Clássicos dos Clássicos = 6 gols
Pelo Sport: 3
Pelo Náutico: 3

Clássico das Multidões = 5 gols
Pelo Santa Cruz: 5
Pelo Sport: 0

40.000 dias

2001, Uma odisseia no espaço

Contagem regressiva em Campinas.

De acordo com as contas do rival, diga-se.

Fundada em 11 de agosto de 1900, a Ponte Preta é o 2º time de futebol mais velho país em atividade. Só perde para o Rio Grande/RS, fundado 23 dias antes.

A Macaca sempre foi apontada como uma das principais forças do interior de São Paulo. Já montou grandes times, já participou várias vezes da Série A, já cedeu jogadores para a Seleção Brasileira durante a Copa do Mundo etc.

Tudo bem, a Ponte Preta venceu a segunda divisão do Paulista de 1969, e também a “Taça do Interior” de 2009, com os melhores times que não se classificaram para a semifinal do Paulistão.

Porém, o clube centenário segue sem um título de 1ª divisão em âmbito estadual ou nacional. Somente em São Paulo foram 6 vices na elite. O último em 2008.

O fato, é claro, é motivo de chacota para os torcedores do Guarani, rival do clube.

Perto de completar 100 anos (em 2011), o Guarani também nunca venceu o Paulista. Porém, o Alviverde ganhou nada menos que o Campeonato Brasileiro de 1978.

Ok, mas e a tal contagem regressiva em Campinas?

Exato. No próximo dia 15 de fevereiro, a Ponte Preta deverá completar “40 mil dias” sem um título de elite em sua a galeria. Nesta quarta, a conta marca 39.932 dias. Um jejum quase da época das cavernas mesmo…

Considerando que o Estadual e a Copa do Brasil (competições do primeiro semestre) não vão terminar até esta data, a Macaca não tem muito o que fazer. É só aguardar, aguentar a gozação e torcer para um dia chegar a glória. 😯

Antes tarde do que nunca!

A imagem acima é do filme “2001, Uma odisséia no espaço”, clássico do cinema, dirigido por Stanley Kubrick. Veja mais sobre esse filme AQUI. Abaixo, uma cena antológica.

E o Oscar vai para…

OscarO camisa 1 do Flamengo, Bruno, concorreu ao prêmio de melhor goleiro do Brasileirão.

O prêmio foi entregue na segunda-feira, no dia seguinte ao fim da Série A.

Favorito ao prêmio, Bruno acabou ficando com o troféu de bronze.

O de ouro – e a consequente vaga na seleção do campeonato – foi para Victor, do Grêmio. Abaixo, um vídeo com a reação do flamenguista ao saber do resultado.

Vale dizer que Bruno, que também é o capitão do Flamengo, recebeu o melhor troféu da noite no fim da festa.

Qual? O troféu de campeão brasileiro. 😀