Varrendo os apelidos

No Vera Cruz, a presença ilustre de um jogador chamado “Vassoura”, que varreu o estádio dos Aflitos neste domingo. Literalmente, pois o atacante comemorou o seu gol justamente varrendo o gramado, na bandeirinha de escanteio.

E explicou o apelido: quando tinha 9 anos, um homem disse que ele tinha um cabelo parecido com uma vassoura. Simples.

E o nome do cara? Na súmula, ele assina como Williams Oliveira do Nascimento. Williams com “m” mesmo (veja AQUI).

Esse Pernambucano, por sinal, está demais em relação aos apelidos exóticos.

Vassoura no Vera Cruz.

Flávio Caça-Rato na Cabense.

Barata e Thiago Tigrão no Araripina.

Felipe Espada no Central.

E muitos outros!

“Prazer, Fávio Caça-Rato…”

É, no mínimo, curioso se apresentar num novo clube desta forma.

Pernambucano em 2 linhas – 12ª/2010

Pernambucano-2010: 12a rodada

A 12ª rodada do Pernambucano consolidou a posição da Cabense como melhor intermediário da competição. O time do Cabo de Santo Agostinho abriu 3 pontos sobre o Náutico e está firme na 2ª colocação. Já o Tricolor manteve o 4º lugar com uma vitória animadora. Não foi uma falsa impressão. O time jogou um futebol dinâmico. Não foi apenas um “bando” em campo. O Estadual começa a ficar animado… Finalmente! 😈

Santa Cruz 6 x 1 Sete de Setembro – O “jogo” do fim de semana. A estreia de Brasão foi muito positiva. Assistências, gol e fôlego. Ganhou a torcida com um jogo.

Araripina 0 x 3 Sport – O Bode berrou bastante no primeiro tempo, mas sem muito sucesso. Precisa aprimorar a finalização. Cirúrgico, o Sport segue na liderança.

Náutico 1 x 1 Vera Cruz – Após as 5 vitórias seguidas, o Timbu tem agora uma sequência de 4 jogos sem vitória (2 empates e 2 derrotas). Glédson evitou o pior.

Cabense 1 x 0 Ypiranga – Clébson, que havia perdido um pênalti no 1º tempo, marcou o gol da 8ª vitória da Cabense, que está 6 pontos acima do 5º lugar. Firme no G-4.

Vitória 1 x 2 Central – Eeeeessa Patativa. Desisto. É o time mais maluco do Pernambucano. Quando é pra ir, não vai. Quando ninguém acredita… Central na briga.

Porto 3 x 2 Salgueiro – O Carcará abriu 2 x 0, no Lacerdão, mas o Gavião teve dois pênaltis a favor e ainda virou o jogo no 2º tempo. Três gols do atacante Rogério!

Veja a classificação do Estadual AQUI.

Fotos: Diario de Pernambuco e site do Araripina

O errante Alcimar

Pernambucano-2010: Náutico 1 x 1 Vera Cruz

Alcimar.

Experiente meio-campista.

Bastante rodado no interior do estado.

Hoje, aos 33 anos, bate a sua bolinha no Vera Cruz.

No time de Vitória de Santo Antão, ele começou a temporada com tudo. Marcou o gol da vitória por 1 x 0 sobre o Náutico, na abertura do Pernambucano.

Depois, marcou mais 4 gols. Tanto que é o destaque do Galo das Tabocas.

Na noite deste domingo, uma chance de ouro.

Pela segunda vez em 2010, Alcimar teria a chance de vencer o Timbu. De pênalti.

O relógio do árbitro Antônio Hora Filho marcava 42 minutos. No placar, 1 x 1.

Mais uma derrota alvirrubra nos Aflitos diante de um time intermediário?

A torcida parecia não acreditar.

Alcimar e a chance de virar o carrasco do Náutico.

Bateu a penalidade no canto esquerdo de Glédson. O goleirão timbu pulou e defendeu.

Termina o jogo, com o mesmo 1 x 1.

Alcimar estava a um pênalti de virar ídolo em Vitória. Agora, o seu nome virou sinônimo de lamentação no clube cinquentão.

Acontece, Alcimar. Tenha calma. Até porque em 2011 você vai continuar a sua vida errante de boleiro nos campos pernambucanos… Não é verdade?

Foto: Ricardo Fernandes/DP

Chuva de gols. Ou não…

Matrix

Chuva no Sertão.

Por mais estranho que seja, quando chove no limite de Pernambuco, é água para inundar a cidade.

Neste domingo, um toró daqueles em Araripina.

O sertão quase virou mar.

Mesmo excelente, o gramado do Chapadão do Araripe acusou o golpe e ficou encharcado. Campo para jogo brigado.

Mas a bola rolou, com até certa tranquilidade.

E era pra ter sido uma chuva de gols do Araripina no 1º tempo.

7 chances claríssimas em 20 minutos. Uma atrás da outra. Bola raspando a trave, Magrão operando milagre, chute cruzado, pertinho… Mas a bola não entrou.

E a turma não aprende…

Quem não faz, leva. A lei não escrita mais verdadeira do futebol.

A chuva acabou, então, caindo foi do outro lado.

A favor do Sport.

Tocando a bola e finalizando de forma cirúrgica, o Rubro-negro fez a sua parte.

Leão 3 x 0. E a invencibilidade no Estadual sobe para 39 jogos.

Até quando vai esse toró de “sorte” dos rubro-negros…?

Essa chuva vem desde março de 2008.

Pedra fundamental ou erro fundamental?

Cidade da Copa1º de março de 2010.

Prazo máximo dado pela Fifa para que começassem as obras dos novos estádios para a Copa do Mundo de 2014.

Um deles ainda se enrola em centenas de papeis, articulações políticas e incerteza perante o público.

A Cidade da Copa.

Lançado com toda pompa em 15 de janeiro do ano passado, o megaprojeto orçado em R$ 1,59 bilhão deveria registrar a sua pedra fundamental na manhã desta segunda-feira.

Mas o terreno de 230 hectares em São Lourenço da Mata continua do mesmo jeito.

Uma viatura da Polícia Militar segue patrulhando a entrada e saída de pessoas da comunidade de Jardim Penedo de Baixo. Moradores sem informações sobre a data da desocupação. Nem o novo endereço, o que é ainda mais grave.

Continua tudo na mesma, como há um ano, quando a arena pernambucana para o Mundial foi apresentada pelo governo do estado.

O resultado da futura licitação, hoje, seria “deserto”, jargão para definir a ausência de candidatos.

Bastaria um.

O suporte do consórcio era uma parceria com dois dos três grandes clubes do Recife.

Proposta inicial: jogar sem custo algum em um estádio com “padrão Fifa” durante 30 anos e ainda dividir os lucros (ficando com a maior porte).

Dirigentes de Sport, Santa Cruz e Náutico bocejaram.

Rubro-negros bateram o pé e decidiram ficar isolados numa ilha. Do Retiro.

Alvirrubros ainda negociaram um acordo com os governistas, mas a Arena Recife, no Engenho Uchôa, acabou atraindo toda a atenção timbu.

O Náutico não só deixou o projeto pernambucano como passou a fazer lobby para o mais novo estádio de papel da cidade.

Enquanto isso, tricolores continuaram com a mesma posição, divagando sobre a construção de um “elefante branco” a 9 quilômetros do Marco Zero e a possibilidade de tocar o velho projeto da Arena Coral.

O governo avançou pelos flancos e mandou uma segunda proposta.

Além das benesses da primeira carta, o clube que aceitasse (neste momento, o governo já apelava para contar com pelo menos “um” time) ganharia um centro de treinamento novinho em folha, bancado pelo grupo de investidores da arena.

Nessa, o Santa Cruz balançou. Pediu 15 dias. Tempo suficiente para avaliar e negar.

Logo em seguida, a terceira oferta.

Tudo o que estava escrito nas duas primeiras propostas e mais R$ 10 milhões.

E aí? Nada.

O governo ficou de mãos atadas. Ficou não. Está.

O discurso oficial é de que Pernambuco vai construir o estádio independentemente da aceitação dos clubes locais. Uma medida de quem não quer perder (ou cogitar perder) o status de subsede de um Mundial, ainda mais num período de avanço econômico.

Nada de pedra fudamental nesta segunda-feira. Será mais um dia para pensar numa solução para o erro fundamental: como tocar o ousado e caro projeto sem a força motriz de uma torcida de massa?

A conferir.