Confira o novo texto da Lei Pelé, a lei nº 9.615, de março de 1998. O documento, consolidado, foi divulgado pela Confederação Brasileira de Futebol nesta terça-feira.
A resposta para muitas pendências entre clubes e jogadores está em algum parágrafo das 49 páginas do arquivo… Que os dirigentes pernambucanos leiam tudo.
Náutico x Sport, o terceiro clássico mais antigo do Brasil.
O duelo iniciado em 1909 tem neste domingo, às 16h, nos Aflitos, o seu capítulo 500.
Esvaziado? Provavelmente, pois os dois clubes devem escalar equipes mistas, focando já a semifinal, na próxima semana. Evitar lesões é a meta maior.
Ainda assim, com titulares ou não, a história estará em jogo, como sempre. Confronto do luxo e da obsessão, digno do Clássico dos Clássicos!
499 jogos
193 vitórias do Sport (691 gols)
167 vitórias do Náutico (641 gols)
138 empates
1 placar desconhecido (de 1931)
Fonte: pesquisador Carlos Celso Cordeiro (veja AQUI).
“Mas eu achava que o clássico entre Sport e Náutico já tinha passado de 500 jogos…”
A polêmica tem cinco anos. Em 21 de outubro de 2006, o Leão e o Timbu se enfrentaram na Ilha do Retiro, pela Série B. Parte da imprensa considerou aquela partida como o 500º clássico da história. O Leão venceu por 2 x 0, gols de Fumagalli.
Baseado nos números de Carlos Celso Cordeiro, o Diario de Pernambuco não considerou os confrontos válidos pelo Torneio Início, pois os jogos festivos, disputados de forma intermitente entre 1919 e 1981, duravam entre 15 e 40 minutos, longe do que se considera uma partida oficial de futebol.
Dois dias antes daquele dia, o Diario “recontou” o clássico. Assim, foram retirados 22 jogos do extinto Torneio Início, além de uma vitória anulada do Timbu, em 1934.
Portanto, o Clássico dos Clássicos de número 500, de fato e de direito, será agora.
Veja a lista com os clássicos mais antigos do país clicando AQUI.
Há 50 anos, o soviético Yuri Gagarin se tornava o primeiro homem a orbitar no espaço.
A bordo da nave Vostok I, Gagarin deu um passo gigante na corrida espacial entre União Soviética e Estados Unidos, envolvidos numa tensa guerra fria.
Abaixo, um vídeo a cores (algo raro na época, através da empresa Technicolor) sobre a pioneira viagem. A frase o título do post foi proferida pelo cosmonauta assim que viu o nosso planeta a milhares de quilômetros de distância, acima da atmosfera…
Em 12 de abril de 1961.
O Recife ainda era a terceira maior cidade do Brasil. O campeonato nacional de futebol (Taça Brasil) só havia começado há dois anos. Profissionalismo capenga.
TV? A paixão pelo esporte bretão era disseminada via rádio. Nos jornais, apenas fotos em preto e branco, sem caracterizar tricolores, alvirrubros e rubro-negros…
Por sinal, as torcidas sentavam juntas nos clássicos, sem divisão alguma.
Hoje, o homem projeta pisar no planeta Marte em 2025. Do jeito que as coisas caminham no sentido da involução no comportamento no futebol, teremos clássicos com apenas uma torcida até lá. Ou jogos de portões fechados mesmo.
À sombra dos rivais, o paraguaio Cerro Porteño e o argentino Racing sobrevivem na base de suas numerosas e apaixonadas torcidas.
No caso paraguaio, o Cerro jamais ganhou nada fora do país, enquanto o arquirrival Olimpia tem três títulos da Libertadores e um Mundial Interclubes.
Em Avellaneda, sul de Buenos Aires, o choque fumegante entre Racing e Independiente.
Enquanto La Academia ganhou apenas um título argentino desde 1966, El Rojo tornou-se o maior campeão da Libertadores, com sete taças, fora o fato de ser o atual vencedor da Copa Sul-americana. Haja pressão.
Pois tanto Cerro quanto Racing ainda conseguem captar muita receita com suas torcidas (hinchadas). Confira duas divertidas campanhas de sócios. Se a moda pega no Recife…
Cerro Porteño. Siempre fuiste hincha, ahora hacete socio.
Racing Club. Hay algo mas lindo que ser hincha de Racing. Ser socio.
Mata-mata, jogos de ida e volta, duelo de 180 minutos…
Seja qual for a sua denominação preferida, a fase eliminatória do Campeonato Pernambucano de 2011 já tem os seus representantes.
A fórmula da fase final será a mesma adotada na Copa do Brasil desde 1989. Ninguém tem vantagem no confronto – a não ser o fato de disputar a segunda partida em casa -, e o gol fora de casa é critério de desempate em caso de igualdade.
O favorito ao título…? O contexto geral está bem indefinido.
Clique abaixo nos nomes dos semifinalistas e confira uma análise feita pelo blog.
Desnecessário dizer que a folha do Rubro-negro é de R$ 1,2 milhão? Muito pelo contrário. Com tamanho sofrimento na classificação, é preciso lembrar sempre o grande investimento em um futebol opaco, burocrático. O Leão precisará de algo mais.
O Sport manteve a base do último ano, que fracassou na Série B. Apesar disso, alguns pilares importantes, como o goleiro Magrão e o volante Daniel Paulista. Voltaram Marcelinho Paraíba e Hamilton, sempre com as portas abertas no Recife.
Para completar, um novo velho ataque, com Carlinhos Bala e Bruno Mineiro. Juntos, o investimento passa de R$ 100 mil por mês. Chegaram a atuar juntos pelo Náutico na Série A de 2009. Neste ano, podem formar a dupla decisiva, uma vez que Ciro segue lesionado e em má fase.
Destaque
Perto de completar 36 anos, o meia Marcelinho Paraíba ainda decide. Habilidoso e bom finalizador, o jogador voltou a funcionar na bola parada, que já virou uma arma do Leão, uma vez que com a bola rolando o time ainda não deslanchou.
A aposta
A fase ainda não é das melhores. Mesmo com apenas 6 gols, Carlinhos Bala é o artilheiro rubro-negro no PE2011. Porém, o jogador vem dando assistências para muitos gols e costuma “crescer” em jogos decisivos. Afinal, ele é ou não o Rei de Pernambuco?
Ponto fraco
O sistema defensivo. Na frieza dós números, é a melhor defesa da competição, com 19 gols em 21 jogos, média de 0,9. Porém, os dois treinadores que passaram no clube testaram várias opções – inclusive com volantes improvisados -, sem encontrar um xerife. Contra os finalistas, o time sofreu 7 gols em 5 jogos.
Mistério na folha do Porto. Varia entre R$ 60 mil e R$ 80 mil. Seja qual for o verdadeiro valor, fica nítido que é uma despesa baixíssima em relação aos três adversários da fase final. Porém, o Gavião voa alto com esse lastro desde sempre.
Com um CT muito bem equipado, a preparação física e técnica do Portonão deixa a desejar a ninguém. Com média de 22 anos, o time voou no Estadual até o momento. Literalmente, pois o ataque já marcou 38 gols, com média de 1,8.
Caso raro no Pernambucano, o time caruaruense mantém o mesmo técnico desde o início. O então desconhecido Laelson Lima montou um time que não abre mão do volume de jogo ofensivo nem fora de casa. Em casa é mais letal. Tanto que venceu os três grandes do Recife no Lacerdão.
Destaque
Aos 22 anos, Paulista já vive o auge da carreira. Dono de um chute fortíssimo, ele é o goleador máximo da competição, com 13 gols. Busca igualar o feito dos dois únicos jogadores de times do interior que foram artilheiros, Lêniton (Porto) em 1998 e Kelson (Itacuruba) em 2004, ambos com 14 gols.
A aposta
Naldinho, volante dito no mundo da bola como “versátil”. Com apenas 20 anos, já disputa seu 2º Estadual como titular no Gavião do Agreste. Tem ótimo posicionamento em campo e encosta bastante no ataque. Não surpreende ao balançar as redes…
Ponto fraco
Pode ser chavão, mas a falta de conquistas do clube e do elenco de uma forma geral pode, sim, pesar neste mata-mata, diante de clubes acostumados a empilhar taças. Cabe ao Porto derrubar o tabu de não existir campeões do interior.
Investimento pesado, com o objetivo de evitar o hexa do rival rubro-negro: R$ 800 mil mensais. Com a permanência do técnico Roberto Fernandes, a diretoria alvirrubra aposta na identificação com a torcida, algo que deu certo em 2001, iniciando a “era Muricy”.
Com a união de dirigentes do Náutico para bancar parte da folha, reforços de qualidade chegaram, como Eduardo Ramos, Derley e Ricardo Xavier. Outros, de destaque, permaneceram, como Bruno Meneghel. Rapidamente, o Timbu encaixou o time, que chegou a ficar 11 jogos sem perder.
Nos Aflitos, o time segue invicto e vale lembrar que as 3 derrotas aconteceram com o time reserva. Com a formação principal, o time joga muito rápido, eventualmente com até três atacantes, buscando opções pelos lados dos campos, na mesma intensidade.
Destaque
Eduardo Ramos, candidato a “bi”. Craque do Estadual de 2010, pelo Sport, o meia conhecido outrora pelo extracampo parece ter tomado rumo nos Aflitos. Com qualidade indiscutível no passe e na armação de jogadas – além dos gols -, Eduardo Ramos ganhou a camisa 10 e vem fazendo a diferença.
A aposta
O centroavante Ricardo Xavier aproveitou bem o ritmo mais lento de Bruno Meneghle neste ano. Aproveitou bem o espaço e vem marcando muitos gols. Já tem 9, dois deles belíssimos, contra Cabense (cobertura) e Sport (voleio). Puxa bastante a marcação e abre espaços para rápido ataque timbu.
Ponto fraco
A defesa. Sofreu 25 gols em 21 jogos (média de 1,19), a segunda pior entre os semifinalistas. Roberto Fernandes testou várias opções, num verdadeiro rodízio, mas nenhuma delas emplacou de vez. Apenas o grandalhão Everton Luiz ganhou plena confiança até o momento.
Na abertura do Campeonato Pernambucano, o Tricolor foi apontado como coadjuvante. Consequência de quatro temporadas horríveis. Iniciando uma nova gestão em 2011, a Cobra Coral trouxe o técnico Zé Teodoro, campeão estadual em 2004, pelo Náutico.
A partir daí, uma expressiva série de acertos no Santa Cruz, com reforços em busca de espaço e com alguma qualidade comprovada no cenário nacional: o goleiro Tiago Cardoso, o zagueiro Thiago Mathias, o meia Weslley e o atacante Thiago Cunha, que formaram a espinha dorsal da equipe.
Para completar, uma base que finalmente ajudou, como Natan, Renatinho e Gilberto, que substituiu Thiago Cunha e manteve o nível. Com um time compacto, o Tricolor aposta nos contra-ataques e na bola parada, através de Weslley “Sneijder”.
Destaque
O goleiro Tiago Cardoso, sem dúvida. Após um longo reinado no Recife, Magrão encontrou um rival à altura na meta. Com muita elasticidade e, sobretudo, reflexo, o camisa 1 coral não perdeu um jogo sequer pelo Pernambucano. Impôs uma segurança rara nestes últimos tempos sob a trave tricolor.
A aposta
O atacante Gilberto, de 21 anos, já é a maior “revelação” da competição. Aspas para o até então apagado quando fora testado no Santa. Aproveitando a lesão do então artilheiro Thiago Cunha, Gilberto mostrou presença de área e potência no chute. Já soma 11 gols, dois deles no clássico na Ilha, que lhe deram confiança para a fase final.
Ponto fraco
Irregularidade. Apesar de ser o time que mais venceu e o que mais liderou o Estadual, a Cobra Coral foi derrotada 5 vezes em 21 rodadas ou 23,8%, um índice alto. As duas laterais da equipe também não inspiram muita confiança na torcida.