Salgueiro cada vez mais longe

Série B 2011: Salgueiro 1x4 Barueri. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Sete pontos ou sete anos luz? Eis uma distância quase inalcançável no Brasileiro.

Trata-se de uma margem superior a duas rodadas com resultados favoráveis.

Pois é o que o Salgueiro vai ter que encarar no segundo turno desta pioneira participação na Série B, competição bem mais difícil que aquela histórica Terceirona.

O alento após a vitória em Campinas, de virada, sobre o Guarani, há uma semana, sumiu após a goleada sofrida em Paulista, na tarde deste sábado.

Tocando a bola e explorando as inúmeras deficiências do time pernambucano, sobretudo na marcação, o Barueri marcou quatro gols no estádio Ademir Cunha, 4 x 1.

Em 19 jogos, o moribundo Carcará sofreu 33 gols.

Antes de mais nada, o técnico Maurício Simões precisa acertar a marcação de uma equipe joga pouco, mas que deixa o adversário jogar até cansar… Falta até paciência!

Com 16 pontos, hoje, o Carcará foca o Vila Nova, em 16ºlugar e com 23 pontos.

Resumindo: o Salgueiro irá largar dos boxes no returno da Segundoa. Resta saber se tem motor para acelerar tanto assim, pois a distância já enorme, além do limite.

Melhor aproveitamento da história

Fábregas, do Barcelona. Foto: Fifa/divulgação

Um fenômeno na volta olímpica.

Negociado por 40 milhões de euros (R$ 93 milhões), o meia Cesc Fábregas, de 24 anos, disputou duas partidas oficiais pelo Barcelona desde o dia 15 de agosto, quando assinou a rescisão contratual com o Arsenal, da Inglaterra.

Duas partidas…

Dois títulos…

A Supercopa da Espanha, contra o Real Madrid, dois após o desfecho da transação, e a Supercopa da Europa diante do Porto, nesta sexta-feira, em Mônaco.

Na segunda final marcou um dos gols no 2 x 0, aos 43 minutos do segundo tempo.

Repito: foram duas partidas pelo Barça e duas medalhas de ouro.

Com um aproveitamento assim, dificilmente Fábregas ficará com saudades do Arsenal, onde jogou 212 vezes, com 35 gols no currículo… E, curiosamente, dois títulos.

Afinando até no MMA

Anderson Silva, astro do MMA, vai defender o cinturão de campeão neste fim de semana, no UFC Rio. Os seus últimos dias reservaram inúmeras ações publicitárias.

Uma delas foi a campanha com a Burger King, com dois comerciais.

Abaixo, o segundo vídeo, tirando um sarro da voz fina de Silva…

Veja outro vídeo desta campanha com o lutador aqui.

Uefa Champions League, Parte 20

Grupos da Liga dos Campeões da Uefa 2012

Considerada a maior competição de clubes do mundo, a Liga dos Campeões da Uefa começou na temporada 1955/1956. E assim ficou durante quase quatro décadas.

Em 1991/1992, o torneio, então chamado de Copa dos Campeões, ganhou a denominaçõa atual. Mais que o nome, ganhou um novo formato, com a fase de grupos.

Depois, abriu mais vagas, antes exclusivas aos campeões nacionais. Agora, clubes do G4 das principais ligas também se classificam.

Assim, torneio da Uefa ficou milionário, midiático, atrativo.

Então, a edição de 2011/2012 será a 20ª com o modelo atual, Uefa Champions League.

Acima, o resultado do sorteio realizado nesta quinta-feira, em Mônaco, com os oito grupos, com 32 clubes. Contando a fase preliminar, foram 76 times ao todo.

Os times foram divididos em quatro “potes”. Barcelona, Manchester United, Chelsea, Bayern, Arsenal, Real Madrid, Porto e Inter foram os cabeças-de-chave.

A decisão será em 19 de maio de 2012, no Allianz Arena, em Munique.

A última final, entre Barcelona e Manchester United, movimentou R$ 820 milhões entre direitos de imagem, valorização das marcas, prêmios, receitas de TV, patrocínios etc.

Nada mal, hein? Pois os valores certamente serão maiores desta vez…

Qual foi o grupo mais difícil? E a chave mais fácil?

Quem é o maior adversário do Barcelona na luta por mais um título?

Campeão só com o nome

Recopa 2011: Internacional 3 x 1 Independiente. Foto: Inter/divulgação

Sport Club Internacional.

Nunca um nome caiu tão bem para um clube de futebol como no caso do Colorado.

Nesta quarta-feira, o time gaúcho conquistou a 7ª taça internacional desde 2006.

Um fenômeno.

Libertadores e Mundial em 2006. Recopa em 2007. Copa Sul-americana em 2008. Copa Suruga em 2009. Libertadores 2010. Agora, mais uma peça para o memorial.

Num jogo duríssimo contra os argentinos do Independiente, o Internacional reverteu o 2 x 1 de Avellaneda e fez 3 x 1 no estádio do Beira-Rio, no embate que reuniu os campeões da Libertadores e Copa Sul-americana da temporada passada.

Assim, mais uma Recopa na sacola, com um show do atacante Leandro Damião. Hoje, o nome Internacional corresponde a um clube que atravessa, de fato, fronteiras.

Curiosamente, até o dia 16 de agosto de 2006, no segundo jogo da final da Taça Libertadores, contra o São Paulo, a torcida vermelha viva outra realidade, bem difícil.

Os colorados eram obrigados a ouvir da metade azul do Rio Grande o apelido de “Interregional”, numa provocação ao time que jamais havia vencido nada fora do país…

Até aquele dia, o Grêmio tinha quatro títulos no exterior – Mundial 1983, Libertadores de 1983 e 1995 e Recopa 1996 -, soberano em Porto Alegre…

Pois o tempo passou e o Grêmio segue com quatro taças internacionais. Porém, o Inter virou o jogo (7 x 4) e, não por acaso, é o líder isolado do ranking da Conmebol.

A popular “Gangorra Gre-Nal” virou e não parece indicar que algo vá mudar tão cedo…

Recopa 2011: Internacional 3 x 1 Independiente. Foto: Inter/divulgação

ATP Fifa

Ranking da Fifa 1993/2011. Crédito: Erandi Moreira/Diario de Pernambuco

Confira um levantamento realizado pelo blog com todas as 217 atualizações mensais do complexo do ranking da Fifa, entre agosto de 1993 e agosto de 2011.

Sete países já conseguiram liderar a lista máxima do futebol.

A última lista foi divulgada nesta quarta, tendo a Holanda como novidade no 1º lugar.

Veja todas as lideranças do ranking em uma resolução maior clicando aqui.

De Marião até a preparação física

Final do Pernambucano de 1981: Sport 2x0 Náutico. Foto: Diario de Pernambuco/divulgação

Faleceu nesta quarta-feira o ex-zagueiro Marião, vítima de infarto, aos 59 anos.

O defensor fez história no Sport, onde foi campeão pernambucano em 1981 e 1982. Sempre foi conhecido pelo porte físico, longe do padrão atlético, como nota-se acima.

A imagem, do arquivo fotográfico do Diario de Pernambuco, foi registrada na final do Estadual de 1981, quando o Leão bateu o Náutico por 2 x 0, na Ilha do Retiro, diante de 37 mil pessoas, com direito ao “voo” de Marião, um jogador incansável, diga-se.

Marião foi ídolo no Sport compensando a estrutura física – semelhante à de Ronaldo Fenômeno em sua despedida – com muita raça. Abaixo, outro registro do zagueirão, no famoso jogo contra o Flamengo na Série A de 1982, na Ilha.

Marião, por sinal, pode ser o tema de uma reflexão em relação à preparação física das equipes de futebol, de alto nível, claro.

Será que hoje, três décadas depois, algum jogador seria titular em um time profissional numa final do Pernambucano com o condicionamento acima? Certamente, não.

Até porque essa preparação já divide o primeiro lugar com a qualificação técnica. Na base, porém, ainda não parece ser uma prioridade.

Enquanto no Brasil a esperança é sempre a da queda de um raio com um talento surgindo em qualquer lugar, em outros países (Espanha, por exemplo), a preparação física acompanha o aprendizado técnico e tático. São caminhos paralelos.

Mesmo sendo tecnicamente capaz, dificilmente Marião seria aproveitado em uma peneira agora. A cada ano, essas fotos impressionam ainda mais… Aquilo também era futebol.

Série A 1982: Sport 2x1 Flamengo. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

Amizade mais que renovada até segunda ordem

Convite da FPF à CBF para o amistoso Brasil x Gana. Crédito: FPF/divulgação

Trata-se de uma relação cada vez mais estreita.

Os presidentes da FPF, Carlos Alberto Oliveira, e da CBF, Ricardo Teixeira, passaram 14 anos afastados politicamente. Carlos Alberto chegou a lançar à sua candidatura à CBF.

O longo hiato é simbolizado pela ausência da Seleção Brasileira no Recife, justamente neste período, entre o amistoso com a Polônia em 19 de junho de 1995 e o duelo contra o Paraguai, em 10 de junho de 2009, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.

Vitória por 2 x 1 nos dois jogos. Alegria na arquibancada e rompimento fora dela. A punição mais clara ao futebol do estado foi mesmo a distância da Seleção Brasileira.

Aos poucos, o contato não só voltou, como vem ocorrendo de forma pública…

Em junho, Carlos Alberto Oliveira foi convidado pelo mandatário da CBF para chefiar a delegação brasileira durante o 61º Congresso da Fifa, marcado pela eleição presidencial.

Representando o Brasil, Carlos Alberto confirmou o voto em Joseph Blatter.

Agora, novo convite. Desta vez para presidir a delegação nacional no amistoso contra Gana, em 5 de setembro, em Londres.

Destaque para a frase final do ofício encaminhado à sede da FPF.

“Aproveito o ensejo para renovar a vossa senhoria meus protestos de elevada estima e distinta consideração.”

O que representa essa reaproximação de fato? Política, política, política…

Nova dinastia sem coroa

Seleção da Holanda. Foto: Fifa/divulgação

Criado em agosto de 1993, o ranking de seleções elaborado pela Fifa sempre foi marcado por contestações, devido ao complicadíssimo sistema de pontuação com os 206 times.

Só para citar alguns: variação de pontos de acordo com o adversário, o tipo da partida (amistoso, torneio – continental ou mundial), o período do jogo (considerando os últimos oito anos, decrescendo, claro), relação pelo número de partidas com o nível dos confrontos, bônus, por resultados fora de casa etc.

Assim, em agosto de 2011, 18 anos depois, a Holanda torna-se o 7º país a alcançar a liderança. O time laranja chega ao topo do ranking da Fifa sem jamais ter chegado no topo de um Mundial. Os holandeses somam três vices (1974, 1978 e 2010).

Antes, considerando a primeira vez, chegaram lá Alemanha (08/1993), Brasil (09/1993), Itália (11/1993), França (05/2001), Argentina (03/2007, Espanha (07/2008).

A Fúria também chegou ao topo do reinado da bola sem a coroa, mas dois anos depois conseguiu erguer a sua Copa do Mundo, já com sangue azul.

Como curiosidade, confira a pior posição de cada um dos países que já lideraram.

França: 27º (09/2010); Espanha: 25º (03/1998); Holanda: 25º (02/1998); Alemanha: 22º (03/2006); Brasil: 8º (08/1993); Itália: 16º (05/1994); Argentina: 24º (08/1996).

Nota-se que o Brasil é o único Top Ten da história… Resta saber até quando.

Dois campeões mundiais jamais ficaram na liderança do ranking oficial. O máximo que a Inglaterra conseguiu foi repetir, agora, o 4º de dezembro de 1997. A posição mais baixa do English Team foi a 27ª posição em fevereiro de 1996.

Já o Uruguai deu um grande salto após a conquista da Copa América. A Celeste aparece na 5ª posição, sua melhor escalada na história da lista da Fifa. Por outro lado, entre os campeões, apresenta a pior queda com um vexatório 76º lugar em dezembro de 1998.

A Fifa tenta explicar o ranking, em inglês, com duas opções: básica e complexa.