Seis anos. Mais de dois mil dias de invencibilidade contra times intermediários…
A última derrota do Sport na Ilha do Retiro para um time de pequeno porte no campeonato pernambucano havia diante do Central.
Na ocasião, em 25 de janeiro de 2006, a Patativa surpreendeu ao golear por 4 x 1.
Agora, na noite de 8 de fevereiro de 2012, outro revés surpreendente, para o Ypiranga.
Não pelo placar, um enxuto 1 x 0 a favor da Máquina de Costura.
O resultado saiu da vala comum pela forma como foi construído, com um gol de Danilo Lins aos 47 minutos do segundo tempo.
Foi o ponto alto de uma noite inoperante do time rubro-negro, acéfalo. Que Marcelinho é o único meia de criação do elenco, até o torcedor mais fanático deve concordar.
Aos 36 anos, Marcelinho Paraíba é o único com qualidade suficiente para articular as jogadas de um clube a poucos meses de uma Série A. Faltam peças. É óbvio demais.
Portanto, qualquer atleta que assuma a posição entra com status de “improvisado”.
Desta vez, nem isso. A equipe entrou no gramado recheada de volantes. Não houve nem o improviso. Milton Júnior foi quem mais chegou perto do papel, sem cacoete algum.
Algumas chances até foram criadas, na base da pressão dentro de casa, do duelo grande x pequeno. Aos poucos, o Ypiranga foi encaixando o seu jogo, matando as poucas jogadas do Sport.
No finzinho, em um contragolpe pelo lado esquerdo, um gol para mudar a estrutura de uma Ilha frustrada, como há seis anos.
Naquela noite de 2006 foram 8.454 torcedores. Desta vez, 16.042.
Há seis anos, Dorival Júnior suportou as críticas e ainda faturou o título pernambucano.
Será que Mazola Júnior tem o mesmo lastro para suportar tanta pressão dos leoninos?