Um jogo e vários recordes na arquibancada do Mundão

Pernambucano 2012: Santa Cruz 1 x 3 Sport. Foto: Celso Ishigami/Diario de Pernambuco

No primeiro Clássico das Multidões da temporada, o maior público do ano no país.

Mesmo num horário ingrato (e ridículo) para um confronto deste porte, numa quinta-feira à noite na véspera da abertura do carnaval pernambucano, as duas maiores torcidas do estado não decepcionaram e levaram 45.109 representantes ao Arruda.

Com vários estádios em obra no Brasil neste ano, apenas o Morumbi é capaz de superar essa marca estabelecida no Mundão. Com o jogo, o Santa disparou na corrida das multidões do Estadual. Beirando 30 mil torcedores por jogo, o índice coral impressiona.

No embalo do clássico, a 10ª rodada do Pernambucano quebrou o recorde desta edição, com 75.572 torcedores nas seis partidas, com média de 12.595.

Ao todo, o campeonato já levou 527.392 pernambucanos aos estádios em 60 jogos. A média subiu de 8.367 para 8.790, a maior do país nesta temporada.

Para superar a marca de 2011 é preciso chegar à média de 8.549 pessoas por jogo. Faltam 652.370 torcedores nos próximos 78 jogos. O ritmo atual é animador.

Em relação à arrecadação, a bilheteria gerou R$ 4.666.728, com um índice de R$ 77.778. Da renda bruta da competição, a FPF fica com 6%. A federação já garantiu R$ 280.003.

1º) Santa Cruz (5 jogos)
Total: 146.243
Média: 29.248
Contra intermediários (4) – T: 101.134 / M: 25.283

2º) Sport (5 jogos)
Total: 90.944
Média: 18.189
Contra intermediários (4) – T: 66.327 / M: 16.582

3º) Náutico (5 jogos)
Total: 60.061
Média: 12.012
Contra intermediários (4) – T: 44.989 / M: 11.247

4º) Salgueiro (5 jogos)
Total: 42.273
Média: 8.454

5º) Central (5 jogos)
Total: 35.005
Média: 7.001

Dados da FPF. Confira os dados do Campeonato das Mutidões de 2011 aqui.

Pernambucano 2012: Santa Cruz 1 x 3 Sport. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Para abrir a folia no Marco Zero

Lenine, do Sport. Crédito: Lenine/Twitter

Não teve chuva que tirasse o sorriso no dia seguinte após a vitória no grande clássico.

“E o Sport mandou 3 a 1! Muito bom!”

O cantor Lenine, que participará da abertura do carnaval pernambucano, no Marco Zero, foi mais um a vestir a camisa do Sport nesta sexta…

Fez questão de publicar uma foto em sua conta no Twitter (veja aqui).

“Eu sou mameluco, sou de Casa Forte. Sou de Pernambuco, sou o Leão do Norte.”

O padrão em questão é uma versão retrô do uniforme rubro-negro de 1982.

Nesta época, Lenine dividia um apartamento com amigos no Rio de Janeiro, após deixar o Recife em busca do seu sonho como compositor… Levou consigo outra paixão.

Embarque imediato, última chamada. Voo CBF/Miami

Ricardo Teixeira, presidente da CBF. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Atualização no fim do post…

Renúncia ou licença, o fato é que a saída de cena de um controverso personagem do futebol brasileiro nunca esteve tão próxima.

São 23 anos à frente da CBF, imune a duas  CPI’s, denúncias de favorecimento de contratos, tráfico de influência, entre outras irregularidades.

Ricardo Teixeira fez da confederação uma entidade milionária. Para o bem e para o mal.

Transformou a Seleção Brasileira em algo quase inexistente para o país, uma vez que os amistosos são comercializados a peso de ouro basicamente para o exterior.

Conta com o apoio de todas as federações, a FPF inserida, obviamente, por mais que cultive uma antipatia de todas as torcidas.

A Copa do Mundo de 2014 parecia o auge de sua gestão, mirando um novo patamar, a presidência da Fifa. Parecia.

O Mundial de 70 bilhões de reais, o mais caro da história, tornou-se um estorvo.

Obras que encarecem a cada dia, soluções de última hora, com o popular jeitinho, e os prazos perdidos em sequência. Uma vexame até o momento.

Pressão interna e externa, com o rumor sobre a divulgação oficial de contratos escusos com a empresa ISL, como denunciou o jornalista inglês Andrew Jennings.

A única solução seria, então, deixar o país. Passar a curtir a tranquilidade de Miami Beach, com a orla estilizada e areia branquinha, branquinha.

É claro que o dirigente reluta em deixar o poder e as vantagens de ser recebido com toda pompa por governadores, senadores e prefeitos, tendo a Seleção como banquete para ofertar em qualquer farra.

A inércia dos órgãos reguladores do país só reforça o desejo de ficar, fincar raízes.

Mas e se ele sair? E se Ricardo Teixeira realmente deixar a presidência da CBF?

O que mudará de fato na composição do futebol brasileiro?

Num cenário um pouco melhor, bem otimista…

Liga nacional, com distribuição de cotas de transmissão através de plano de metas, como classificação anterior, audiência e valor de marca.

Calendário ajustado e cumprido à risca, sem espaço para exceções, que acabam virando regra, como em Pernambuco, por exemplo.

Uma Seleção Brasileira mais presente, com partidas no país. Jogar apenas em Londres não ajuda muito a cativar a velha a paixão nacional.

Mas, de forma imediata, seria preciso elaborar uma Copa do Mundo arrojada, sem negociatas para encobrir os inúmeros problemas burocráticos nas 12 obras.

Dos encontros a portas fechadas à prestação de contas, auditada, revisada e corrigida. Ingressos compatíveis para os brasileiros. O preço será diferenciado (para cima), claro. Mas de forma justa.

A lista de ajustes é enorme. Seria presunção enumerar todas as mazelas em um post.

Enquanto engravatados de Norte a Sul se articulam acerca do novo nome (mais do mesmo), Teixeira vai reforçando o escudo. Primeiro com Ronaldo. Agora com Bebeto.

O trio forma o conselho do Comitê Organizador Local da Copa 2014 (veja aqui).

Talvez o melhor conselho ao mandatário seja cochichar “Boas compras em Miami”.

Após o carnaval, claro, pois ninguém é de ferro…

Às 18h22, a CBF publicou um comunicado. Teixeira segue como presidente. Teria sido tudo isso uma armadilha política? Ou estaria tentando ganhar tempo? Veja aqui.

Ronaldo, Ricardo Teixeira e Bebeto, integrantes do Comitê Organizador Local da Copa 2014. Foto: CBF/divulgação

Mazola no Galo

Capas do Diario de Pernambuco e do Superesportes: 17-02-12

“Ah, sábado é o Galo, né? Legal.”

Com uma boa dose de ironia, o técnico Mazola Júnior falou sobre a sua permanência no comando técnico Sport após o triunfo no Arruda.

Na verdade, ele respondeu aos críticos. Muitos. O blog, inclusive.

A pressão era enorme. Aliviou bastante após o clássico…

A vitória por 3 x 1 sobre o Santa deu tranquilidade para os quatro dias de folia.

Do grupo, que segue em treinamento.

E da torcida, que deverá se “fantasiar” bastante com o uniforme rubro-negro nas ladeiras de Olinda e no Antigo. Mas, principalmente, no sábado. No Galo da Madrugada.

Se o frevo de Mazola era “Me segura senão eu caio”, antes da partida, agora é ele deve estar pensando algo como “Eu acho é pouco”.

Ao Galo da Madrugada… Já imponente no Recife.

Confira as capas numa resolução maior clicando aqui e aqui.