Assunto delicado, mas que não pode ser ignorado. O suborno no futebol.
A tentativa de aliciar jogadores adversários, árbitros e auxiliares.
Dinheiro sujo depositado em contas secretas com o objetivo de facilitar a vida em campo, ferindo todos os princípios da desportividade.
Há muitos anos episódios assim mancham o esporte. Não só o futebol, diga-se.
Mas vamos focar o esporte bretão. Mais. Ficaremos aqui na província pernambucana…
“Fulano de tal comprou dois campeonatos, pagando os times menores”.
“Sicrano deu uma dinheirama para o juiz da final”.
“Beltrano aliciou o goleiro rival na véspera do clássico”.
Acima, três situações imaginárias, com personagens fictícios. Para muitos torcedores, porém, é a verdade absoluta. No senso comum, o suborno consumado.
No Recife, acusações deste tipo, gravíssimas, se tornaram corriqueiras nos últimos anos.
A falta de provas segue sem importunar o discurso dos dirigentes, sempre com alguma teoria da conspiração para revelar após algum jogo decisivo, onde parece ser impossível perder na bola. A falta de uma punição é ainda mais venal para o arcaico artifício.
A punição ao suborno existe. Mas e a punição à falsa acusação?. Aí está o xis da questão. Os atos não vem sendo comprovados. Os meios de comunicação vêm sendo utilizados como vetores para a transmissão crua da informação.
Todos os clubes já foram alvo de alguma acusação do tipo, mas vamos a alguns exemplos ocorridos nos últimos anos. Curiosamente, todos tendo o Sport como protagonista. Sem meias palavras, os casos mais recentes na boca do povo:
O Sport teria subornado o árbitro Alicio Pena Júnior na Copa do Brasil de 2008, na semifinal e na final (valor não revelado).
O Sport teria subornado, de novo, o árbitro Alício Pena Júnior na final do campeonato pernambucano de 2010 (valor não revelado).
O Sport teria “comprado” a vaga do Central na semi do PE2011 (valor não revelado).
O Sport teria tentado subornar o meia Eduardo Ramos, então no Náutico, na semifinal do Pernambucano de 2011, por R$ 300 mil.
Na véspera da segunda partida da final do Estadual deste ano, na Ilha, o Leão teria pago R$ 70 mil ao árbitro Sandro Meira Ricci.
Mais uma. O Sport teria acertado um pagamento de R$ 200 mil ao elenco do Vila Nova na última rodada da Série B de 2011, no jogo que valeu o acesso.
Seis acusações contra o mesmo clube em quatro anos? Todas elas sem provas.
De presidentes a ex-presidentes, passando por “fontes anônimas”. Jogam no ventilador e pronto. O “acusado” que se vire para desmentir. Como assim? Que lógica é essa?
Das duas uma. Ou se investiga tudo, punindo severamente o Sport, caso o clube seja desmascarado, ou então o caminho é mesmo o que se apresenta após os seis casos.
No campo jurídico, até hoje, foram denúncias vazias.
Sempre terminando no ostracismo, mas com a imagem do clube duramente manchada. Só fomenta uma base de “certeza absoluta” até o próximo ato supostamente ilícito.
Por sinal, ficar indiferente às denúncias não colabora em nada. Viu, Sport?