Para brindar 2015, esperando um ano melhor a todos, claro, um réveillon clássico.
Literalmente, pois Náutico, Santa Cruz e Sport já possuem sidras licenciadas no mercado. O espumante, com venda naturalmente proibida para menores de idade, faz parte de uma série especial com 12 clubes.
No Nordeste, Bahia e Vitória foram outros times que firmaram acordos.
Produzida pela Viti-Vinícola Cereser, a bebida vem em uma garrafa de 660 ml, com preço sugerido de R$ 15. O status de “produto oficial” aconteceu num acordo com os três clubes pernambucanos ao mesmo tempo, mas cada um, claro, com o seu rótulo exclusivo.
Além dos distintivos originais, a primeira versão da sidra vem com o mascote timbu, antigos escudos tricolores e a torcida rubro-negra.
O mercado clubístico vai até o último segundo do ano… ou primeiro do próximo.
Encerrada a 7ª temporada da Timemania, os clubes pernambucanos cadastrados na loteria federal registraram mais de sete milhões de apostas. E pela segunda vez, desde que foi criada a loteria, um time do estado conseguiu ficar entre os vinte primeiros no ranking de apostas. Com um trabalho de massa entre torcida e diretoria, o Santa Cruz registrou 144 mil apostas no último concurso, garantindo o 20º lugar de 2014, justamente o último na fatia que mais receberá dividendos do apurado da Timemania.
Do faturamento absoluto da loteria – cujo montante ainda não atingiu o imaginado pelos organizadores -, 22% é repassado para os 80 clubes inscritos, em uma verba destinada para abater dívidas com o poder público. Do dinheiro destinado aos times brasileiros 65% vai para os vinte primeiros lugares do ranking de apostas. Os demais dividem 35%.
Assim, os corais receberão mensalmente, em 2015, uma verba de R$ 300 mil. Do 21º colocado em diante o montante cai para R$ 80 mil. Valeu a pena o esforço. Em tempo: até hoje, apenas o Sport, em 2008, havia conseguido ficar no G20.
Entre os vinte primeiros lugares de 2014 estão clubes como Fortaleza, Goiás e ABC – o que só mostra que os recifenses poderiam obter posições bem melhores. O time nordestino com mais apostas foi o Bahia, 13º colocado, com 4,3 milhões.
Este ano foi o quarto seguido em que o Santa Cruz foi líder de apostas em Pernambuco. Mas vale apontar o crescimento dos três rivais, todos com mais de dois milhões de apostas, algo inédito. Desde o início da Timemania, 23 milhões de apostas marcaram Náutico, Santa ou Sport
O Sport viveu um excelente 2014, com dois títulos no primeiro semestre e uma campanha sóbria no Brasileirão. Além de bons resultados contra os rivais, o Leão ainda obteve vitórias empolgantes contra rivais de outros estados. O único ponto fraco foi a participação na Sul-Americana, mas insuficiente para apagar o bom rendimento. Considerando a opinião da galera no twitter e uma análise com a equipe do Superesportes, eis as três principais vitórias do Leão em 2014.
Você concorda com a lista? Algum outro jogo também merecia destaque?
19/11 – Palmeiras 0 x 2 Sport (Série A)
Seria o grande ato do centenário do Palmeiras, a inauguração de seu novo estádio, o Allianz Parque. Com a casa cheia, o cambaleante Verdão recebeu o Sport. Àquela altura, o ano do Rubro-negro já estava quase garantido, com os títulos pernambucano e nordestino e a permanência na elite por um triz. E ela foi sacramentada matematicamente de forma histórica. No moderno estádio, Ananias (“Ananias Parque”) e Patric (um golaço) marcaram os gols que silenciaram 30 mil pessoas.
02/04 – Sport 2 x 0 Ceará (Nordestão)
Há tempos a Ilha do Retiro estava morna, sem aquela simbiose entre time e torcida. Não por acaso, veio a seca de títulos. E a virada neste cenário veio como nos velhos tempos, com estádio lotado e pressão em campo. Contra o Ceará, no primeiro jogo da final do Nordestão, o Leão abriu uma ótima vantagem, com gols de Neto Baiano e Danilo, no finzinho. A festa em casa foi ampliada até Fortaleza, quando um empate garantiu o tri regional. A conquista havia sido construída uma semana antes.
23/04 – Náutico 0 x 1 Sport (Estadual)
A primeira volta olímpica da história da Arena Pernambuco. Por si só, o jogo já merecia a presença na lista do ano rubro-negro. Mas a vitória leonina sobre o Alvirrubro foi ainda mais emblemática. Com o gol de cabeça do capitão Durval no segundo tempo, o Sport chegou, enfim, ao 40º título título estadual, mantendo uma invencibilidade em finais contra o Timbu desde 1968. Foram duas vitórias na final, sem contestação.
O aguardado centenário do Santa Cruz terminou de forma frustrante, desperdiçando com tropeços em casa o acesso à Série A. Foi o ano do “quase”, com o time chegando também à semifinal no Nordestão e no Estadual. Apesar do desfecho, o Tricolor conquistou algumas vitórias expressivas. Considerando a opinião da galera no twitter e uma análise com a equipe do Superesportes, eis as três principais vitórias da Cobra Coral em 2014.
Você concorda com a lista? Algum outro jogo também merecia destaque?
24/10 – Ceará 0 x 2 Santa Cruz (Série B)
Historicamente, o Santa não conquistava bons resultados em Fortaleza. E o Vozão, também em seu centenário, havia investido bem mais no time. Após um bom começo, os alencarinos caíram de produção. Enquanto isso, o Tricolor vivia a sina de abrir o placar fora de casa e não segurar a vitória. Após marcar o primeiro logo no comecinho, Tony foi expulso. Só aumentou o drama. A três minutos do fim, o alento, com Adilson fazendo a torcida pernambucana ser ouvida no Castelão. O Santa vivia seu melhor momento no ano.
06/04 – Santa Cruz 3 x 0 Sport (Estadual)
Os tricolores estavam engasgados. Eram três derrotas contra o rival no ano. Na semifinal do estadual, o sonho do tetra permanecia vivo. Era a chance de devolver a eliminação na semi do regional. No jogo de ida, um primeiro tempo insosso. Na etapa complementar, os corais foram bem superiores, marcando três vezes. Foi a primeira goleada do clube no Clássico das Multidões desde 1990. Infelizmente, para o Santa, não havia saldo de gols no regulamento.
18/10 – Santa Cruz 1 x 0 Vasco (Série B)
Um chute forte de pé esquerdo aos 40 minutos do segundo tempo levantou o povão na Arena Pernambuco. E tinha bastante gente. Foram 24 mil pagantes, que confiaram no time mesmo numa semana difícil, um dia após a greve dos jogadores. Salários atrasados à parte, o time se empenhou, sobretudo no primeiro tempo. No segundo, os cariocas melhoraram, exigindo bastante de Tiago Cardoso. No finzinho, o triunfo sobre o time mais rico do campeonato.
O ano do Náutico não foi dos melhores. Foi vice-campeão pernambucano e acabou permanecendo na Série B. No Nordestão sequer passou da primeira fase. Ainda assim, bons momentos foram reservados para o clube de Rosa e Silva. Considerando a opinião da galera no twitter e uma análise com a equipe do Superesportes, eis as três principais vitórias do Timbu em 2014.
Você concorda com a lista? Algum outro jogo também merecia destaque?
23/01 – Sport 0 x 1 Náutico (Nordestão)
O primeiro clássico do ano ocorreu já na segunda apresentação oficial. O Alvirrubro ainda estava em processo de montagem, com o desconhecido técnico Lisca. Para completar, o tabu de quase dez anos sem vencer na Ilha (12 derrotas e 9 empates). Aplicado em campo, o Náutico venceu com gol de Zé Mário, com direito a treinador subindo no alambrado e comemorando com a timbuzada na geral do placar. Na última rodada do hexagonal estadual, o Timbu ainda venceria o Leão outra vez na Ilha, 1 x 0.
12/04 – Náutico 1 (5) x (3) 0 Salgueiro (Estadual)
Diante de 16.502 espectadores, na Arena Pernambuco, o Alvirrubro viveu uma noite tensa contra o Carcará. Precisava ganhar no tempo normal e nos pênaltis para chegar à final do Estadual depois de quatro anos. Ser eliminado por um time do interior só aumentava a pressão. Melhor em campo, o Náutico alcançou a vitória somente no segundo tempo, através do meia Vinícius. Nas penalidades, Alessandro foi o herói, pegando a cobrança de Valdeir.
04/10 – Avaí 0 x 2 Náutico (Série B)
Tadeu e Bruno Furlan marcaram os dois gols da vitória que recolocou o Alvirrubro na briga pelo acesso à elite. Posteriormente, o rendimento cairia, como se sabe. Contudo, naquela tarde na Ressacada a equipe foi copeira e deu esperança ao torcedor. A atuação também foi destacada pela atuação num ousado 4-3-3 de Dado Cavalcanti.
O ano do Sport foi positivo? Ok. Mas nem assim o Leão passou ileso de alguns vezames em 2014. A pior, sem dúvida, foi para o Vitória, na Copa Sul-Americana. Na verdade, foram duas, lá e lô, mas o jogo de ida, em casa, pesou demais. E ainda viu dois longos tabus caírem, diante de Timbu e Timão.
Com dicas da torcida no twitter e a opinião da equipe do Superesportes, as três maiores derrotas foram justamente na Ilha do Retiro. Concorda?
O pior do ano rubro-negro com direito no ritmo de Pablo. Sofrência.
28/08 – Sport 0 x 1 Vitória (Copa Sul-Americana)
Ao garantir a vaga na Sula, a diretoria do Leão tratou o torneio como prioridade no segundo semestre. Porém, sequer passou do primeiro mata-mata, perdendo duas vezes para o time reserva do Vitória, que seria rebaixado no Brasileiro.
25/05 – Sport 1 x 4 Corinthians (Série A)
Ilha cheia na a estreia do novo padrão da Adidas. A bronca é que o Rubro-negro não viu nem a cor da bola, sendo atropelado pelo Timão, que não vencia no Recife desde 1998. E o time viu a expulsão de Durval, numa tarde pífia.
23/01 – Sport 0 x 1 Náutico (Nordestão)
De volta à primeira divisão, o Leão já tinha uma base, enquanto o Timbu ainda estava sendo remontado. Mesmo assim, o Sport viu a invencibilidade de 21 jogos na Ilha cair diante do rival. E ainda viu Lisca vibrando no alambrado.
O ano deveria ter ficado marcado na memória do povão. Até ficará, é verdade, mas não como se desejava. O time sofreu algumas derrotas que doeram na alma. Para começar, foi eliminado duas vezes pelo Sport, no Nordestão e no Pernambucano. Caiu na Copa do Brasil diante do desconhecido Santa Rita de Alagoas e ainda viu o acesso à elite nacional ruir com um tropeço daqueles.
Com dicas da torcida no twitter e a opinião da equipe do Superesportes, as três maiores derrotas foram longe do Arruda, mas todas na região. Concorda?
O pior do ano coral tem alguns versos da sofrência do cantor Pablo…
01/11 – Santa Cruz 0 x 1 América-RN (Série B)
A torcida compareceu em peso na arena. Foram 36 mil pagantes. Em campo, uma vitória colocaria o time pela primeira vez no G4 da Série B. O adversário brigava para não cair. O cenário favorável se converteu numa enorme decepção.
13/04 – Sport 1 x 0 Santa Cruz (Estadual)
Após o 3 x 0 no Arruda, bastava o empate na Ilha para chegar à final – não havia saldo. O time pouco arriscou. Deu certo até s 42 do 2º tempo, quando Leonardo marcou para o Leão. O adeus ao tetra veio nos pênaltis, nas mãos de Magrão.
06/08 – Santa Rita 3 x 2 Santa Cruz (Copa do Brasil)
A eliminação custou mais de R$ 1 milhão ao Tricolor. A derrota de virada em Maceió abriu caminho para outra tosca eliminação do Santa – confirmada no Arruda. Desta vez, diante de um time cujo calendário só tinha a Copa do Brasil.
Com a saída definitiva dos Aflitos, o Náutico experimentou uma temporada quase completa na Arena Pernambuco – exceção feita ao jogo contra o Avaí, no Eládio de Barros Carvalho, por causa da administração da arena via Fifa, na Copa do Mundo. E alguns dos piores resultados do Timbu foram justamente em São Lourenço da Mata.
Com dicas da torcida no twitter e a opinião da equipe do Superesportes, as três maiores derrotas foram justamente na Arena. Concorda?
O pior do ano alvirrubro no ritmo do cantor Pablo… haja sofrência.
23/04 – Náutico 0 x 1 Sport (Estadual)
Não bastasse o fato de ver não ganhar uma final do Leão desde 1968, quando foi hexa, o Alvirrubro ainda engoliu a volta olímpica do rival na primeira final disputada na Arena. O gol de cabeça de Durval fechou o caixão na decisão.
23/03 – Náutico 3 x 5 Santa Cruz (Estadual)
A primeira edição do Clássico das Emoções na Arena será difícil de esquecer. Os corais atropelaram e chegaram a abrir 5 x 1, com direito a um gol contra patético do lateral alvirrubro Izaldo. Os dois gols no fim não apagaram o vexame.
07/10 – Náutico 1 x 4 América-MG (Série B)
Uma vitória sobre o Coelho aproximaria o Náutico do G4. Era mais uma chance, com dois jogos seguidos em casa. Enquanto os atacantes pernambucanos não acertaram o pé, os mineiros aproveitaram quase todas as chances.
Desde 2011 o blog analisa os quadros de sócios dos três grandes clubes pernambucanos. Tendo como base os dados publicados de dezembro, a lista mostra a evolução (ou não) de cada um num segmento cada vez mais importante no faturamento das agremiações.
E esta é a primeira vez que a soma de associados do trio regride em relação ao ano anterior, com 39 mil cadastrados, seis mil a menos que em dezembro de 2013. Há uma explicação direta para este cenário.
Em 19 de novembro o Leão obteve o seu pico, com 29.671 associados. Contudo, a diretoria fez um pente-fino, vendo que muitos sócios estavam inadimplentes. Ou seja, fizeram o cadastro no programa de descontos da Ambev, mas deixaram de pagar as mensalidades logo depois. Na revisão, cerca de 14,5 mil pessoas foram retiradas da lista. Hoje, o Rubro-negro tem 15 mil.
Os números gerais, levantados a partir da campanha Futebol Melhor, correspondem a todos os sócios em dia, incluindo patrimoniais e dependentes acima de 18 anos. Neste contexto, o Tricolor, o melhor pernambucano, em 12º no ranking nacional, tem 11 mil adeptos a mais que os seus “sócios titulares” (20 mil x 9 mil). Todos os clubes podem fazer isso, diga-se.
Abaixo, os dados de tricolores, rubro-negros e alvirrubros e os planos de cada.
Os sócios dos 56 clubes nacionais cadastrados no torcedômetro têm direito a benefícios em mais de 600 produtos e serviços de 37 marcas. Mais sete times já estão acertados para ingressar em 2015.
Quadro agregado dos três grandes clubes do Recife em dezembro:
2011 – 27.500
2012 – 26.800 (-700)
2013 – 45.018 (+18.218)
2014 – 39.057 (-5.961)
Variação: +11.557
O projeto do Santa é voltado para quatro categorias de sócio, de R$ 20 a R$ 100, os mesmo valores há dois anos. Há pacote com acesso integral aos jogos.
Dados finais em dezembro:
2011 – 10.000
2012 – 8.000 (-2.000)
2013 – 20.512 (+12.512)
2014 – 20.524 (+12)
Variação: +10.524
O projeto do Náutico tem quatro categorias, patrimonial (R$ 45), contribuiente (R$ 60), sócio-torcedor (R$ 40) e standard (R$ 20). De descontos em produtos a lugares reservados na Arena.
Dados finais em dezembro
2011 – 4.000
2012 – 5.800 (+1.800)
2013 – 2.991 (-2.809)
2014 – 3.364 (+373)
Variação: -636
Pelo terceiro ano consecutivo, Náutico e Sport estão presentes no game Pro Evolution Soccer. Na versão de 2015, as informações pré-lançamento davam conta de que apenas os times da primeira divisão nacional estavam garantidos. Assim, somente o Leão figurava na lista. Nas semanas que antecederam ao lançamento do PES, o Vasco foi o único time fora da Série A confirmado na nova temporada do jogo produzido pela Konami.
Com o lançamento mundial, os jogadores tiveram uma surpresa, sobretudo os pernambucanos. O Timbu também foi inserido. Explica-se.
A Copa Sul-Americana é um dos torneios licenciados no game, como Champions League e Libertadores. Ao contrário do Brasileirão, cuja versão observada foi a de 2014, na Sula a composição considerada foi a de 2013. O motivo é o recorrente atraso do torneio no anúncio de todos os participantes. Assim, os participantes da edição mais recente só podem ser adicionados via arquivo de atualização nos consoles. Playstation 3 e 4 e Xbox 360 e Xbox One.
Nesta temporada, para se ter uma ideia, os oito clubes brasileiros que participaram da copa internacional foram confirmados pela Conmebol somente no mês de agosto. Obviamente, muito tarde para o desenvolvimento do jogo, que já estava na fase de acabamento nesta época.
Diga-se de passagem que esse mesmo cenário ocorreu no PES 2014, quando o Rubro-negro, então perambulando na segunda divisão, apareceu por causa da presença na Sul-Americana do ano anterior. No entanto, na ocasião a sua presença havia sido divulgada previamente.
Com a presença dupla do futebol local, vamos às imagens e curiosidades dos respectivos times no game, devidamente narrados e comentados por Silvio Luiz e Mauro Beting, respectivamente. Os nomes dos clubes, seus distintivos e uniformes são originais, mas o mesmo não ocorre com os jogadores.
Com a confusão no licenciamento dos atletas profissionais do país – polêmica ocorrida também no Fifa Football, que acabou abrindo mão dos times brasileiros -, a Konami optou por nomes genéricos, como Bralnasen, Derdel e Magullaz no Alvirrubro e Merjamol, Petanic e Lucorum no Rubro-negro.
Confira as escalações genéricas de Náutico e Sport.
Outra curiosidade no novo Pro Evolution é o fato de o Sport ter duas marcas de uniforme. Caso o jogador opte pelo time da Ilha através da lista da Série A, a camisa será a da Adidas, sem patrocinadores.
Porém, se a versão escolhida foi o time da Sula, a camisa será a anterior, da Lotto, cheia de patrocínios. Abaixo, um vídeo com um amistoso virtual entre os rivais centenários. Peleja em pleno estádio da Juventus, até porque apenas três estádios do país foram recriados, Morumbi, Mineirão e Vila Belmiro.