Um jogo bom, um jogo ruim e um cheque de R$ 80 mil para o Timbu

Supercopa do Maranhão 2015, final: Sampaio Corrêa 1x0 Náutico. Crédito: Gilson Teixeira /OIMP/OIMP/D.A P

A conquista da Supercopa do Maranhão não veio, mas o Náutico realizou um bom teste de pré-temporada em São Luís. Após a estreia com um futebol competitivo, vencendo o Vitória, o time comandado por Moacir Júnior perdeu para o time da casa, o Sampaio Corrêa. O placar magro na final, 1 x 0, deixou um gostinho de frustração, com a taça tão próxima.

O rendimento na segunda apresentação no Maranhão não foi boa, com o time dominado no primeiro tempo. Outra vez, Júlio César foi o destaque. Na segunda etapa, o Timbu se lançou ao ataque, muitos passes. Ainda assim, criou algumas chances, mas pecou demais nas finalizações.

Pior. Os pernambucanos ainda tiveram um gol anulado de forma polêmica, através de Renato, aos 27 minutos. Ficou a reclamação e o nítido nervosismo.

De toda forma, mesmo vice-campeão do torneio amistoso, o Timbu volta ao Recife com uma premiação de R$ 80 mil pela campanha. Mais do que isso. Retorna consciente de que o grupo atual somado às peças que ainda irão estrear pode resultar numa equipe competitiva. Que aprenda com os erros.

E o objetivo, claro, é o Pernambucano. A taça que realmente importa nos Aflitos.

Supercopa do Maranhão 2015, final: Sampaio Corrêa 1x0 Náutico. Crédito: Gilson Teixeira /OIMP/OIMP/D.A P

Central solta o grito de campeão após 13 anos, com outro governador na taça

Pernambucano 2015, 1º turno: Ypiranga 1x1 Central. Foto: Raniere Marcelo/divulgação

O Central confirmou o favoritismo e conquistou a Taça Eduardo Campos.

O título, que na verdade corresponde à primeira fase do Campeonato Pernambucano de 2015, foi garantido com uma rodada de antecedência.

E nada melhor que uma partida contra um grande rival, o Ypiranga. Um cenário com o devido apoio da torcida alvinegra, que percorreu os 56 quilômetros que separam Caruaru de Santa Cruz do Capibaribe.

No Limeirão, o empate em 1 x 1, sem aperreio (no campo), terminou com festa.

O último grito de “campeão” havia sido há 13 anos. Curiosamente, o troféu também teve nome de governador. No caso, a Copa Jarbas Vasconcelos, disputada em 2002 pelos intermediários enquanto os grandes participavam do Nordestão. Aquela volta olímpica também foi fora de casa, em Petrolina.

Em 2011, é verdade, a Patativa ganhou o ‘primeiro turno’ do Estadual. Porém, naquele ano a competição não foi dividida em turnos , o que tornou o triunfo em algo meramente simbólico. Agora não. Havia um troféu protocolado pela FPF.

Ou seja, a comemoração foi legítima por parte da fiel torcida alvinegra, que ainda sonha com o primeiro Campeonato Pernambucano.

Classificado para o hexagonal do título, o Central também ganhou a vaga na Série D do Brasileiro. Disputará pela terceira vez seguida.

E assim a Patativa vai ocupando o seu calendário com o mínimo de dignidade…

Pernambucano 2015, 1º turno: Ypiranga 1x1 Central. Foto: FPF/divulgação

Calendário recifense de 48 a 80 jogos

Calendário

O calendário de jogos oficiais dos grandes clubes pernambucanos será intenso em 2015. Contudo, as agendas são bem distintas, de 48 a 80 partidas.

A agenda mínima seria a do Santa, com 48 jogos, contando apenas com o Pernambucano e a Série B. Reflexo da 4ª colocação no último Estadual, quando perdeu para o Salgueiro as vagas na Copa do Brasil e Nordestão. Caso avance no hexagonal do Pernambucano, o Tricolor faria mais quatro partidas, e só.

Já Náutico e Sport têm números parecidos na quantidade de partidas. A diferença é a pré-vaga do Leão na Sul-Americana. Porém, o próprio Timbu poderia igualar, desde que conquiste a copa regional, que dá vaga à Sula.

Confira as projeções de campanhas mínimas e máximas de cada um.

Náutico
Mínimo: 56 jogos
Estadual (10), regional (6), Copa do Brasil (2) e Série B (38)

Máximo: 78 jogos*
Estadual (14), regional (12), Copa do Brasil (14) e Série B (38)
* O número pode chegar a 80 jogos, caso conquista a vaga na Sul-Americana

Santa Cruz
Mínimo: 48 jogos
Estadual (10) e Série B (38)

Máximo: 52 jogos,
Estadual (14) e Série B (38)

Sport
Mínimo: 58 jogos
Estadual (10), regional (6), Copa do Brasil (2), Série A (38) e Sul-Americana (2)

Máximo: 80 jogos
Estadual (14), regional (12), Copa do Brasil (6), Série A (38) e Sul-Americana (10)

A repercussão uruguaia sobre a passagem do Nacional no Recife

Jornais uruguaios em 25 de janeiro de 2015: Ovación e Tribuna

A passagem do Nacional no Recife teve destaque na imprensa uruguaia. A partida na Arena Pernambuco, a única do clube fora do país antes da estreia na Taça Libertadores, estampou a capa de dois periódicos da capital Montevidéu.

No esportivo Ovación, o destaque foi a queda de longa invencibilidade do campeão uruguaio. Eram 16 partidas. “E um dia perdeu”, frisou. O texto principal do jornal abre com a seguinte frase: “Em uma partida que de amistoso só teve o protocolo, o Nacional entrou no clima copeiro”.

Já o Tribuna, numa tradução direta, manchetou “Foi cortado”, também apontando a primeira derrota do Bolso no ano, para o “Sport Recife”. Nas caras abatidas das capas, o centroavante Ivan Alónso e o técnico Álvaro Gutiérrez.

Confira as capas em uma resolução maior: Ovación e Tribuna.

Essa foi a segunda vez que o Nacional veio ao estado. Em 1997, participou da Copa Renner, na Ilha, perdendo do Bahia e vencendo o Cerro Porteño.

O recomeço do atacante de R$ 20 milhões, agora no Arruda

Amistoso, 2015: Santa Cruz 3x0 Campinense. Foto: Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press Anderson Aquino tinha apenas 20 anos quando se apresentou no Sport. Emprestado pelo Atlético-PR, o jogador disputaria a Série B de 2006 para ganhar experiência. O atacante era grande aposta de mercado do Furacão, que avaliou os seus direitos econômicos em nada menos que R$ 20 milhões.

Na Ilha, nunca se firmou, apesar da velocidade. O faro de gol nunca foi dos melhores, mas o seu grande problema foi a rotina de lesões. Marca em sua carreira, Anderson Aquino acabou não explodindo no futebol. Nenhum clube jamais se prontificou a oferecer o valor da enorme pedida original. Nem 1/10.

Depois do Leão, o atleta foi emprestado a outros clubes. Passou por Goiás, Ituano, futebol da Geórgia e Paraná. Fechou o ciclo na capital paranaense ao firmar um acordo com o Coritiba, onde atuou de 2011 a 2014.

Novamente emprestado, agora para o Santa Cruz, Aquino tem mais uma chance. Historicamente, as coisas acontecem rapidamente em sua carreira, para o bem e para o mal. Aos 28 anos, foi apresentado no Arruda, vestiu a camisa e entrou no segundo tempo do amistoso contra o Campinense (3 x 0), precisando de apenas dois minutos para fazer um golaço, de fora da área.

Talento, tem. Não para provar que é um jogador de R$ 20 milhões, mas que é, sim, uma das principais revelações de uma das bases mais fortes do país. Anderson Aquino no Sport em 2007. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O goleiro que colocou o Náutico no Guinness Book

Time do Náutico em 1974

O Náutico entrou no Guinnes Book em 1974. Naquele ano, quando sagrou-se campeão pernambucano, o goleiro Neneca estabeleceu o recorde mundial de invencibilidade no futebol. Para entrar no famoso livro dos recordes, o camisa 1 passou incríveis 1.636 minutos sem sofrer um gol sequer pelo Alvirrubro.

Foram 18 partidas oficiais, todas pelo campeonato estadual, que marcou o “luxo” do hexa, com o triunfo na final sobre o então pentacampeão Santa Cruz. O recorde começou em 22 de agosto, na vitória por 4 x 1 sobre o América, sendo encerrado somente em 2 de novembro, no empate em 1 x 1 com o Santa.

A marca só foi superada somente uma vez, em 1978. Iniciando a série ainda no ano anterior, Mazaropi, do Vasco, ficou 1.800 minutos sem ser vazado, considerando as partidas pelo Brasileirão e pelo Carioca.

Portanto, Neneca, que faleceu aos 67 anos, ainda mantém os recordes do Nordeste e de Pernambuco. Guinness à parte, a sua marca só não foi reconhecida pela Federação Internacional de História e Estatística (IFFHS) porque apenas os estaduais de Rio de Janeiro e São Paulo, além do Brasileirão, entravam na conta. Azar o da IFFHS.

Goleiros que passaram mais tempo sem levar gol:

1º) Mazaropi (Vasco), 1.800 minutos (1977/1978)
2º) Neneca (Náutico), 1.636 minutos (1974)
3º) Van der Sar (Manchester United, Inglaterra), 1.472 minutos (2008/2009)
4º) El-Batal (Cairo, Egito), 1.442 minutos (1975/1976)
5º) Danny Verlinden (Brugge, Bélgica), 1.390 minutos (1990)