Levando em conta a briga pelo G4, os resultados foram ruins para o Sport. No sábado, Grêmio e Atlético Mineiro venceram. No domingo, São Paulo, Corinthianse e Fluminense também ganharam. Logo, à noite, passou a existir a “obrigação” de vitória na Arena Pernambuco. O jogo até foi emocionante, com Sport e Palmeiras empatando em 2 x 2, mas, para a classificação atual, o placar acabou sendo frustrante. Além de manter o time fora da zona de classificação à Libertadores, agora são dois pontos de diferença, caindo mais uma posição. O Sport agora é o 6º lugar. Porém, pode voltar ao G4 já na próxima rodada. Desde que a rodada seja oposta. Ou seja, vencendo em casa e torcendo por uma derrota de Grêmio ou Corinthians.
A 14ª rodada do representante pernambucano
19/07 (16h00) – Sport x São Paulo (Arena Pernambuco)
Histórico no Recife pela elite: 7 vitórias leoninas, 6 empates e 4 derrotas.
Foi um jogão na Arena Pernambuco, que mereceu o público de 35 mil espectadores e vice-versa. O empate em 2 x 2 entre Sport e Palmeiras, com o goleiro Fernando Prass brilhando, manteve embolada a briga no pelotão de cima da Série A, com os dois times logo abaixo do G4. O Verdão veio ao Recife com quatro vitórias seguidas sob o comando de Marcelo Oliveira, técnico bicampeão brasileiro. Ele encorpou a equipe, que encararia o Sport com um sério desfalque, Rithely. E a mobilidade rubro-negra realmente não seria a mesma. Era algo esperado devido à ausência do volante. Mancha marca bem, mas a sua saída de jogo é muito inferior. Para tentar equalizar o problema, Eduardo optou por Neto Moura no lugar do vetado Maikon Leite, jogando mais recuado.
O primeiro tempo começou vem amarrado, com o time paulista adiantando bastante a suas linhas e com o árbitro controlando bastante as faltas dos dois lados. Na bola parada, o Leão abriu o placar aos 21, repetindo a dobradinha do Mineirão. Diego Souza cobrando, um escanteio desta vez, e Matheus Ferraz cabeceando para as redes. Como de praxe, houve um recuo do mandante, se limitando a marcar. Ainda assim, parecia conduzir a vantagem até o intervalo. Mas aos 43, numa baita jogada pelo lado direito, Gabriel driblou, foi à linha de fundo e cruzou para Leandro Pereira testar, apesar de todo o esforço de Danilo Fernandes. No intervalo, o treinador rubro-negro promoveu uma mudança, com Samuel no lugar de Neto. O time melhorou, mas cedeu mais espaços.
Foi pelo lado esquerdo da zaga leonina, um calo neste início de Brasileiro, que o Palmeiras virou. Amarelado pelo árbitro, Renê ficou batendo boca e o lance seguiu. Danilo Fernandes ainda fez duas grandes defesas, mas Leandro Pereira marcou de novo. Na base do tudo ou nada, Eduardo colocou Régis no lugar de Wendel, deixando apenas um volante. Já Diego Souza foi recuado, como nos primórdios de sua carreira, prendendo bem a bola e buscando os companheiros E o time batalhou, finalizou. Prass fez seis defesas incríveis em chutes, cabeçadas e rebotes. A derrota parecia encaminhada, até a última bola, lançada para André. Livre, bateu cruzado e deu justiça ao placar, mesmo quebrando a série 100% no Recife. Os aplausos da torcida no apito final embasam isso.
É uma cena recorrente no Recife, o embate entre membros de torcidas organizadas nas estações de metrô e até dentro dos trens em dia de jogo de futebol, sobretudo na Arena Pernambuco, cujo modal é o principal acesso via transporte público. Não é a primeira vez que o blog toca neste assunto, com textos, fotos e vídeos de outros episódios (basta clicar na tag “Violência”). Desta vez, porém, impressiona a gravação de um passageiro, através de um celular, registrando um verdadeiro cenário de guerra no Barro, com rojões atirados para todos os lados, por marginais vestidos com as camisas da Inferno Coral e da Fanáutico, com o trem parado, levando ao pânico o povo presente. Violência protagonizada antes da vitória do Náutico sobre o Santa pela Série B.