Skunk, Coral Snakes e Island Lions, as versões NFL do futebol pernambucano

Os escudos de Náutico, Santa Cruz e Sport no estilo "futebol americano". Arte: Samir Taiar/instagram

Em abril de 2015, o ilustrador Samir Taiar resolveu redesenhar os distintivos de doze grandes clubes com os traços característicos do futebol americano. Inicialmente, fez versões de quatro paulistas, quatro cariocas, dois mineiros e dois gaúchos. As imagens fizeram sucesso na web e o designer recebeu pedidos em suas redes sociais para criar marcas de outros equipes do Brasil.

Samir acabou repaginando mais sete grandes times, os dois de Salvador, dois de Curitiba e o trio do Recife. Em todos os casos, o design ocorreu a partir dos mascotes e com a inclusão dos nomes das sedes, em inglês.

Em Pernambuco, pela ordem, surgiram versões de Sport, Náutico e Santa. O rubro-negro foi o único sem o nome da capital, chamado de Island Lions (Leão da Ilha) para se diferenciar dos Lions do Vitória. No Náutico, o timbu virou Skunk. Numa tradução literal, seria gambá. O marsupial alvirrubro seria “Opossum”. Em relação ao Tricolor, a curiosidade foi o fato de a descrição do projeto apontar o nome Coral Snakes. No distintivo, contudo, ficou Snakes Recife.

A ideia do mineiro cresceu e todas as marcas no estilo NFL viraram estampas em camisas masculinas e femininas (R$ 59). Confira aqui.

Confira os detalhes das camisas: Náutico, Santa Cruz e Sport.

Grafite já é realidade na terceira passagem no Arruda, com futebol e marketing

Grafite já é realidade no Arruda. A principal contratação do Santa Cruz no ano já participa dos treinamentos visando a Série B.

A camisa 23 já está reservada ao experiente atacante, que deverá integrar um projeto de marketing, viabilizando a captação de receitas (sócios, camisas, mídias sociais etc). Trabalho atrelado, claro, ao rendimento em campo.

Vale o registro do seu primeiro contato com a bola nesta terceira passagem no Tricolor, gravado por Brenno Costa.

Arruda, Aflitos e Ilha do Retiro inundados na cheia de 1975, no susto de Tapacurá

Arruda inundado em 1975. Foto: Arquivo/DP

Em 21 de julho de 1975, há 40 anos, o Recife viveu um dia de pânico, com o boato de que a barragem de Tapacurá havia estourado. Piorou o já dramático cenário, com a cidade sob intensa chuva há seis dias, com 107 mortos, muitos em deslizamentos nos morros, no maior aguaceiro já visto nessas bandas.

Na Avenida Caxangá, por exemplo, a água subiu quatro metros. Pois aí surgiu o nocivo boato de que a maior barragem da região metropolina havia rompido, elevando ainda mais o nível da enchente, tomando centenas de ruas. Houve correria, gente saindo de suas casas, pessoas liberadas de seus empregos. O boato tomou conta de norte a sul, com o susto matando três pessoas de infarto.

Aflitos inundado em 1975. Foto: Arquivo/DP

Com o Recife debaixo d’água, o campeonato estadual foi paralisado. Aliás, nem que a FPF quisesse teria sido diferente. Basta conferir a situação dos três estádios, em registros aéreos durante a cobertura do Diario de Pernambuco.

O canal do Arruda subiu até o gramado, a Ilha virou uma ilha de fato e os Aflitos ficou impraticável. A competição ficou suspensa por oito dias, com a final ocorrendo apenas em 10 de agosto. A bola voltou a rolar em campos precários, pois a recuperação levou semanas. Desde então, outros boatos surgiram, o último deles em 2011. E até hoje, ainda bem, Tapacurá se mantém firme.

Confira as fotos em uma resolição maior: Arruda, Aflitos e Ilha do Retiro.

Ilha do Retiro inundada em 1975. Foto: Arquivo/DP

Por qual razão o Sport deveria optar pela Copa Sul-Americana de 2015

Copa Sul-Americana

Reprodução da coluna publicada no Diario de Pernambuco neste 21 de julho.

Antes de mais nada, é preciso enfatizar que este debate só existe devido ao bizarro critério adotado pela CBF, obrigando um clube a abrir mão da Copa do Brasil caso queira ir à Sul-Americana. Justificação feita, vamos ao ponto principal: hoje, a “Sula” seria muito mais proveitosa para o Sport. Existem alguns pontos que fomentam essa (minha) visão. A começar pelo time, com três titulares da Série A vetados. Maikon Leite, Matheus Ferraz e Samuel Xavier já entraram em campo pela copa nacional defendendo outros clubes e não podem atuar no Leão. Por mais que a comissão técnica alegue que os últimos reforços podem suprir essas lacunas, não haveria banco – que pode ser o ponto forte do time, ofensivamente, neste segundo semestre.

Com o elenco completo na Sul-Americana, poderia haver a chance de formações mescladas nas primeiras fases, dando preferência ao Brasileiro. Em relação à logística, com o problema das “viagens”, no primeiro confronto da Sul-Americana o time pernambucano teria duas opções no chaveamento (Brasil 2 ou Brasil 3), contra Ceará (provavelmente) ou Brasília. As partidas serão apenas em 9 e 16 de setembro. Ou seja, haveria força máxima no Brasileirão no restante de julho, em agosto e na primeira semana de setembro (9 jogos). E sem o desgate excessivo de um duelo eliminatório de peso, como na Copa do Brasil, inevitavelmente – no pote 2 do sorteio das oitavas do torneio da CBF, o Rubro-negro poderia ter pela frente os times que disputaram a Libertadores. Numa eventual fase seguinte do torneio internacional (oitavas), teria um novo confronto brasileiro ou uma viagem para Buenos Aires. Neste segundo caso, já há voo direto a partir do Recife, com cinco horas de duração. Francamente, é mais fácil do que ir a Chapecó.

Segue mais um ponto, a premiação. A Conmebol ainda não anunciou as cotas de 2015. Mesmo que se compare a quantia da Copa do Brasil 2015 com a Sula 2014, há vantagem. A alta do dólar (R$ 3,2) transformou o título internacional mais rentável: R$ 7,1 milhões x R$ 6,5 milhões, considerando as cotas do mata-mata nacional a partir das oitavas, uma vez que o Sport já recebeu as premiações das três primeiras fases (R$ 1,33 milhão). Por último, a visibilidade. Nunca um clube nordestino foi campeão de uma copa internacional. Neste momento de reorganização estrutural do Sport, essa (tentativa de) mudança de patamar seria importante. Seria histórica.