O Sampaio está numa condição quase irreversível na zona de rebaixamento. Para ter ideia, a vitória no Castelão, a primeira após nove rodadas, deixou o clube a dez pontos do 16º colocado. Lanterna, o time maranhense justificava em campo a situação, com um futebol paupérrimo, com extrema dificuldade para marcar gols. Em 22 jogos até então, apenas 13, com média de 0,59. Por sinal, após 71 minutos de bola rolando contra o Náutico, seguia da mesma forma. Diante da fragilidade do mandante, com erros de marcação, os alvirrubros faziam 2 x 1, com dois gols de Vinícius, enfim titular. O primeiro foi um golaço, é verdade, mas no segundo, escorando um cruzamento, contou com a estática dupla de zaga da Bolívia Querida. Vamos, então, ao apagão pernambucano.
Ao torcedor timbu, a explicação sobre uma panelinha, com o grupo querendo derrubar Gallo (que fez SEIS mudanças no time), parece o caminho mais fácil. Por outro lado, o empenho aconteceu durante boa parte do jogo, com o time abrindo o placar, sofrendo o empate e desempatando. Quem entrou dificilmente abriria mão da chance, ainda mais diante do lanterna, onde, teoricamente, teria uma maior probabilidade de efetividade. Por que Rodolpho não daria o seu máximo para tomar o lugar de Júlio César? Vinícius, por exemplo, rendeu mais que Renan Oliveira. E Negretti acabou de chegar! Prefiro a versão sobre a falta de concentração de um time já pressionado pelos maus resultados na Série B.
Afinal, três gols sofridos em quatro minutos vão além da explicação tática – cobrança também necessária, pois a equipe vem perdendo padrão. A derrocada começou com dois pênaltis atabalhoados. Após a virada, o Timbu se lançou ao ataque e tomou um contragolpe com três contra dois. Pimentinha escorou e decretou uma noite inacreditável. Igor Rabello ainda descontou, 4 x 3, na terceira vitória do Sampaio Corrêa em 23 rodadas. Essa derrota expõe o time, Gallo e a passividade da direção em relação ao trabalho. E começa a deixar o sonho do acesso distante. Antes, é preciso acordar do pesadelo em São Luís.