Mandante, Santa enfrentará o Corinthians na Arena Pantanal, a 2.456 km do Arruda

Arena Pantanal, em Cuiabá (MT). Foto: copa2014.gov.br

Na condição de mandante, o Santa Cruz jogará contra o Corinthians em Cuiabá, a 2.456 quilômetros do Recife, num contexto jamais visto na história coral. Em situação quase irreversível no Brasileirão, em penúltimo lugar, o clube acabou aceitando a proposta de um empresário brasiliense, que levou a partida para a Arena Pantanal. Difícil não lembrar da estreia na Série D de 2011, quando os corais viveram o oposto, com o Alecrim de Natal levando o jogo a João Pessoa, contando com a presença maciça do povão. Dito e feito, com 16.022 pagantes.

Pressionado pelas dívidas e sem perspectiva de bons públicos no Arruda, indo de encontro à trajetória que o levou à elite, o clube espera retorno financeiro como andarilho. No José do Rego Maciel, na campanha vigente, arrecadou R$ 2,3 milhões em 13 jogos, com média de 10.174 torcedores. O jogo contra o atual campeão nacional será o segundo em Cuiabá nesta edição. Em 3 de agosto, o Santos “recebeu” o Flamengo, com 21.814 presentes e R$ 1,8 milhão de renda. Agora, se ocorrer algo parecido, será com a torcida corintiana, visitante.

O valor pago ao clube pernambucano ainda não foi revelado, mas a mudança foi confirmada, com a data mantida em 12 de outubro, feriado nacional, já na grade de tevê aberta para São Paulo e Pernambuco. Se financeiramente pode ser uma decisão válida, moralmente é um golpe na torcida, na visão do blog, sobretudo pela imagem construída nos últimos anos. Desde que a CBF passou a autorizar trocas de mando para este fim, esta é a primeira vez do Trio de Ferro.

Torcedor, o que você acha da decisão da diretoria coral?

Registro da mudança no site da CBF

CBF projeta G5 para Libertadores, Copa do Brasil encurtada e vaga direta na Sula

Manoel Flores, diretor de competições da CBF, comentando a reforma no calendário brasileiro de 2017. Imagem: CBF/youtube (reprodução)

Dois dias após o anúncio da Conmebol, esticando a Libertadores até dezembro, agora paralela à Copa Sul-Americana, o diretor de competições da CBF, Manoel Flores, comentou, no Rio de Janeiro, sobre as primeiras mudanças no futebol brasileiro em 2017. Com o calendário oficial divulgado em 6 de julho, a mudança sul-americana tornou a agenda inócua (uma nova de ser anunciada na primeira quinzena de outubro). Confira as novidades, com consequências no Recife.

1) Uma possível sexta vaga na Libertadores. Além dos quatro primeiros da Série A, o 5º lugar também seria contemplado (além do campeão da Copa do Brasil, claro). Ou seja, G5 já em 2016. Definição em 2 de outubro, em Bogotá.

2) Fim do bizarro critério de classificação à Sul-Americana atrelado à eliminação precoce na Copa do Brasil. Os representantes do país serão os times colocados no Brasileirão em seguida aos classificados à Libertadores. Manoel Flores não comentou sobre a possibilidade de redução de vagas (hoje, oito) ou a situação das copas regionais (Nordestão e Copa Verde). Lembrando que Santa e Paysandu têm pré-vagas na Sula de 2017. A partir de 2018, cenário nebuloso.

3) Qualquer clube poderá disputar o Campeonato Brasileiro, a Copa do Brasil e os torneios internacionais (Libertadores ou Copa Sul-Americana). Ou seja, até três torneios simultâneos. A última temporada sem restrições foi a de 2000!

4) Redução da Copa do Brasil. Atualmente composta por 86 clubes e disputada de março a novembro, o torneio será encurtado no número de datas. Exemplo: em vez de quatro semanas para definir uma fase, como costuma ocorrer nas primeiras etapas, apenas duas, otimizando a competição e dando fôlego ao calendário. Ou seja, finalizada em menos de nove meses – e possivelmente concentrada no primeiro semestre, pois a Sula começará em junho.

5) As datas dos campeonatos estaduais devem ser mantidas, indicando a eterna força política das federações. Ou seja, até 18 datas.

6) Férias em dezembro e pré-temporada em janeiro mantidas, assim como a pausa nas competições interclubes para as Eliminatórias da Copa.