Os presidentes do Trio de Ferro que já conquistaram títulos oficiais no futebol

Camisas retrô de Santa Cruz, Sport e Náutico. Crédito: camisasdefutebolretro.com

Atualizado até 28/03/2018

Centenários, os três grandes clubes pernambucanos somam 100 títulos oficiais no futebol, sendo 48 do Sport, 31 do Santa e 21 do Náutico. Neste levantamento do blog, considerando as conquistas mais expressivas, entraram as seguintes competições: Estadual (1915-2017), Nordestão (1994-2017), Torneio Norte-Nordeste (1968-1970), Série C (1981-2017), Série B (1971-2017), Série A (1959-2017) e Copa do Brasil (1989-2017), com a discussão aberta sobre outros torneios, claro. Aqui, porém, o viés é sobre o presidente à frente em cada um desses títulos. Até hoje, 60 mandatários conseguiram títulos em suas gestões, à parte da análise administrativa, com ampliação estrutural e redução de dívidas (ou o contrário!). Alguns múltiplos campeões se beneficiaram de vários mandatos, enquanto outros conseguiram uma taça expressiva para a respectiva galeria mesmo com apenas um ano.

No Náutico está o maior campeão pernambucano. O nome não traz surpresa alguma: Eládio de Barros Carvalho, que há tempos empresta o nome ao estádio dos Aflitos. Foram seis campeonatos, e não exatamente o “hexa”, embora tenha comandado o timbu no início da sequência exclusiva. No Santa, curiosamente os presidentes executivos com mais títulos são os da década mais recente, quando o clube engatou uma série de cinco estaduais em seis anos e ainda conquistou os seus primeiros títulos oficiais fora do âmbito local. Sem contar o fato de ALN e Alírio terem tido mandatos maiores, uma vez que num período de 40 anos (1973-2013) somente um tricolor teve uma gestão superior a dois anos – José Neves, com três mandatos.

Já no Sport, quatro presidentes tem um histórico superior a três títulos, com o polêmico Lucano Bivar, que renunciou em 2011 e se licenciou em 2013, sendo o maior vencedor (entre todos listados abaixo), embora não tenha conquistado nenhuma das duas estrelas douradas – na verdade, ganhou a prateada.

Sport – 25 presidentes campeões

7 títulos
Luciano Bivar (PE em 1997, 1998, 1999, 2000 e 2006, NE em 2000 e Série B em 1990)

5 títulos
Wanderson Lacerda (PE em 1991, 1992, 1994 e 1996, NE em 1994)

3 títulos
Adelmar da Costa Carvalho (PE em 1955, 1956 e 1958) e Milton Bivar (PE em 2007 e 2008, Copa do Brasil em 2008)

2 títulos
Manoel José Guimarães (PE em 1916 e 1917), Hermenegildo da Silva Loyo (PE em 1923 e 1924), Luiz da Rosa Oiticica (PE em 1941 e 1942), Severino Pereira de Albuquerque (PE em 1961 e 1962), Jarbas Guimarães (PE em 1975 e 1977), José Antônio Alves de Melo (PE em 1981 e 1982), Homero Lacerda (Série A em 1987 e PE em 1988), Silvio Guimarães (PE em 2009 e 2010) e João Humberto Martorelli (PE em 2014 e NE em 2014)

1 título
Arnaldo da Silva Loyo (PE em 1920), Roberto Rabello (PE em 1925), Raphael Addobati (PE em 1928), José de Andrade Médicis (PE em 1938), Renato Silveira (PE em 1943), João Elysio de Lauria (PE em 1948), José Lourenço Meira de Vasconcelos (PE em 1949), José Dhália da Silveira (PE em 1953), Eduardo Cardoso (N-NE em 1968), José Moura (PE em 1980), Severino Otávio (PE em 2003) e Arnaldo Barros (PE em 2017)

Santa Cruz – 21 presidentes campeões

4 títulos
Antônio Luiz Neto (PE em 2011, 2012 e 2013, Série C em 2013)

3 títulos
Alírio Moraes (PE em 2015 e 2016, NE em 2016)

2 títulos
Carlos Afonso de Melo (PE em 1931 e 1932), Odivio Duarte (PE em 1957 e 1959), Aristófanes de Andrade (PE em 1969 e 1970), James Thorp (PE em 1971 e 1972) e José Neves (PE em 1986 e 1987)

1 título
Alcides Lima (PE em 1933), Virgílio Borba Júnior (PE em 1935), Jaime Galvão (PE em 1940), José Fulgino (PE em 1946), Edgar Beltrão (PE em 1947), Gastão de Almeida (PE em 1973), José Nivaldo de Castro (PE em 1976), Mariano Pedro Mattos (PE em 1978), Rodolfo Aguiar (PE em 1979), Vanildo de Oliveira Ayres (PE em 1983), Dirceu Menelau (PE em 1990), Alexandre Mirinda (PE em 1993), Luiz Arnaldo (PE em 1995) e Romerito Jatobá (PE em 2005).

Náutico – 14 presidentes campeões

6 títulos
Eládio de Barros Carvalho (PE em 1950, 1951, 1952, 1954, 1960 e 1963)

2 títulos
Luiz Carneiro de Albuquerque (PE em 1967 e 1968) e Josemir Correia (PE em 1984 e 1985)

1 título
Victorino Maia (PE em 1934), Aroldo Fonseca (PE em 1939), Neto Campelo Júnior (PE em 1945), Wilson Campos (PE em 1964), Fernando Wanderley (PE em 1965), Manuel Cesar de Moraes (PE em 1966), João de Deus (PE de 1974), Antônio Amante (PE em 1989), André Campos (PE em 2001), Sérgio Aquino (PE em 2002) e Ricardo Valois (PE em 2004)

Santa Cruz acerta com o técnico Marcelo Martelotte pela 3ª vez em 5 anos

Marcelo Martelotte comando o Santa Cruz na Série B de 2015. Foto: Ricardo Fernandes/DP

O técnico Marcelo Martelotte volta ao Santa Cruz mais uma vez. Nesta década, a sua presença tem sido recorrente, alternando bons e maus momentos. Na primeira vez, em 2013, assumiu o comando logo no início da temporada, conquistando o tricampeonato pernambucano com duas vitórias sobre o Sport na decisão. Por sinal, doze dias depois, o treinador acabou trocando o Arruda pela Ilha do Retiro, numa rusga só aparada em 2015.

Foi quando pegou o tricolor na zona de descenso da Série B. Rapidamente, armou o Santa de forma agressiva, com Grafite e João Paulo em grande fase. Terminou como vice-campeão, com o retorno à elite após uma década. Só seria demitido após as fracas atuações no Estadual e no Nordestão de 2016, com Milton Mendes tocando o barco e ganhando as duas competições. Agora em 2017, passados 17 meses desde a sua última saída e já com 73 partidas em seu histórico no Santa Cruz, o ex-goleiro assume novamente com o time no Z4, na mesma 18ª colocação. Entretanto, num estágio bem mais avançado. Em vez da 8ª rodada, assume na 23ª! Tanto que o acesso beira a utopia, sobretudo quando atrelado ao momento financeiro. Evitar o rebaixamento já seria grande passo para Martelotte, técnico coral pela 3ª vez em cinco anos.

2013 (27 jogos)
16 vitórias
5 empates
6 derrotas
65% de aproveitamento
1 título pernambucano

2015-2016 (46 jogos)
25 vitórias
9 empates
12 derrotas
60% de aproveitamento
1 acesso à Série A

Total (73 jogos)
41 vitórias
14 empates
18 derrotas
62% de aproveitamento

Confira o post sobre a demissão de Givanildo Oliveira clicando aqui.

Com 27% de aproveitamento, Givanildo deixa o Santa após a 6ª derrota seguida

Givanildo Oliveira em sua último jogo pelo tricolor em 2017 (Santa 1 x 2 CRB). Foto: Roberto Ramos/DP

O início foi até promissor, com uma goleada sobre o Brasil de Pelotas, reaproximando o Santa do G4 da Série B. E a missão de Givanildo Oliveira, o treinador com o maior número de acessos na competição, era recolocar a equipe nos trilhos após os trabalhos de Eutrópio e Adriano. Porém, o time não encaixou. O experiente técnico, de 69 anos, até promoveu mudanças, na escalação e na parte tática, mas os resultados não vieram, com o clube caindo na classificação rodada a rodada. Potencializado pelo atraso salarial, uma queixa constante (e justa) de Giva, o Santa acabou no Z4, com seis derrotas seguidas. O remédio da direção acabou sendo a troca de comando, numa tentativa de choque de gestão. Naturalmente, o objetivo é evitar outro descenso. Por isso, quatro horas após o revés diante do CRB, o presidente Alírio Moraes confirmou a demissão, através do twitter oficial do clube.

“A diretoria do Santa Cruz se reuniu, na noite deste sábado, e ficou definido que o técnico Givanildo Oliveira não continua no clube. O Santa Cruz reconhece o empenho do treinador e agradece ao mesmo pelos serviços prestados no comando do elenco”

Em sua sexta passagem no clube, Givanildo somou apenas 27% dos pontos. Assumiu na 11ª rodada, com o Santa em 12º lugar, a cinco pontos do G4 e a dois pontos do Z4. Onze rodadas depois, entregou na 18ª colocação, a 14 pontos da zona de classificação e a dois do primeiro time fora da degola.

Os 11 jogos sob o comando de Givanildo Oliveira*
07/07 – Santa Cruz 3 x 0 Brasil
11/07 – Luverdense 2 x 2 Santa Cruz
15/07 – Náutico 0 x 0 Santa Cruz
18/07 – Santa Cruz 1 x 0 Vila Nova
21/07 – Santa Cruz 1 x 1 Boa
29/0
7 – Paraná 4 x 0 Santa Cruz

01/08 – Santa Cruz 1 x 2 Paysandu
05/08 – Juventude 2 x 1 Santa Cruz
08/08 – Santa Cruz 1 x 2 Criciúma
19/08 – Guarani 2 x 0 Santa Cruz
26/08 – Santa Cruz 1 x 2 CRB

* 27% de aproveitamento (2V-3E-6D)

Balanço do Santa em 2016, com a maior receita da história e redução do passivo

O balanço financeiro do Santa Cruz de 2011 a 2016. Arte: Cassio Zirpoli/D

Havia a certeza de que o Santa Cruz teria a maior receita de sua história em 2016. Apenas a cota de televisão pela participação na Série A, de R$ 23 milhões, já seria suficiente para superar todos os faturamentos anuais na década. Então, some a isso as premiações obtidas pelo clube no Nordestão (campeão), na Copa do Brasil (3ª fase) e na inédita participação na Sul-Americana (oitavas), além de patrocínios, sócios e bilheteria. Ao todo, R$ 36,8 milhões de receita operacional, num aumento de 143% em relação à temporada anterior, quando conquistou o acesso à elite nacional – o relatório foi publicado no Diario de Pernambuco. No histórico tricolor, foi muito dinheiro, mas num comparativo local, a cifra acabou abaixo do esperado.

E não se trata de uma comparação com o Sport, cuja receita em 2016 foi superior à soma dos últimos seis anos do Santa (129 mi x 115 mi), mas sim em relação ao Náutico, também na condição de “não cotista” da tevê. Em 2012 e 2013, em seus últimos anos na elite, o alvirrubro faturou 41 e 48 milhões, respectivamente. Desconsiderando o segundo dado, turbinado pelo contrato com a Arena Pernambuco, o primeiro já mostra uma captação maior.

Sobre o último exercício, o gasto com o futebol subiu consideravelmente, chegando a 31,1 milhões de reais, ou 84% de toda a receita – o rival leonino, por exemplo, gastou 45% com futebol. E justamente por isso surpreende o fato de o passivo ter caído tanto. A redução foi de 15 milhões de reais, a maior no Arruda desde que o blog passou a detalhar os balanços do Trio de Ferro. Via Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro), cujo parcelamento dobrou, chegando a R$ 29 milhões. Quadro importantíssimo, devido ao longo tempo de pagamento, desde que o clube honre o compromisso estabelecido.

Administrativamente, o clube ajustou o quadro de exercícios (anos) anteriores e quitou um empréstimo bancário de R$ 8,7 mi. Por outro lado, as obrigações tributárias seguem pesadas, tanto que não conseguiu todas as certidões negativas, a exigência da Caixa Econômica Federal para firmar patrocínios esportivos. Por isso, acabou sem o acordo previsto de R$ 3,6 milhões, estampando posteriormente a marca da MRV, por R$ 1,08 mi. Ou seja, é uma das explicações para o faturamento abaixo do esperado. Nesta equação com o futebol (custo alto e rebaixamento no fim), o Santa terminou com um déficit de R$ 3,8 milhões, empurrando o débito para a segunda divisão, onde tende a voltar ao patamar financeiro dos cinco anos anteriores.

Receita operacional
2011 – R$ 17.185.073
2012 – R$ 13.133.535 (-23%)
2013 – R$ 16.955.711 (+29%)
2014 – R$ 16.504.362 (-2%)
2015 – R$ 15.110.061 (-8%)
2016 – R$ 36.854.071 (+143%)

Passivo
2011 – R$ 69.775.333 
2012 – R$ 71.536.863 (+2%)
2013 – R$ 71.377.478 (-0,2%)
2014 – R$ 72.727.047 (+1%)
2015 – R$ 77.728.805 (+6%)
2016 – R$ 62.604.879 (-19%)

Superávit/déficit
2011 (+1.443.869)
2012 (-692.408)
2013 (+453.996)
2014 (-1.766.461)
2015 (-3.388.522)
2016 (-3.861.281)

Confira a postagem sobre o balanço anterior do tricolor aqui.

O balanço financeiro do Santa Cruz em 2016

Comissão do Santa Cruz encomenda reavaliação do Arruda: R$ 274 milhões

Estádio do Arruda. Foto: Peu Ricardo/DP

O Arruda é o maior patrimônio do Santa Cruz, erguido (1972) e ampliado (1982) para comportar o povão. Ao quantificá-lo, o dado geralmente serve em relação à capacidade de público, hoje limitada a 50.582 espectadores. Por isso, a curiosidade sobre outro dado de grande porte, o valor de mercado do empreendimento. A pedido da comissão patrimonial do clube, o escritório AC Avaliação LTDA produziu um estudo sobre o valor do estádio.

Atualizado à parte do portal do tricolor, o site oficial da comissão patrimonial divulgou o laudo, feito em julho de 2012. A própria comissão, presidida por Antônio Luiz Neto (ex-mandatário do executivo em 2011-2014), destaca que a vistoria foi exclusiva no estádio José do Rego Maciel, numa área de 58 mil², não incluindo a sede nem os terrenos do CT Waldomiro Silva, em Beberibe, e do CT Ninho das Cobras, na Guabiraba. Segundo o documento de quatro páginas (abaixo), a finalidade era um ‘levantamento patrimonial’. Portanto, apenas o Arruda valeria R$ 274.674.870, somando o terreno (R$ 128 mi), a área construída (R$ 145 mi) e as quatro torres de iluminação (R$ 1 mi).

A atualização é importante, até para dimensionar o patrimônio real do clube, uma vez que a cifra presente no balanço oficial está defasada. Somando todos os bens, segundo o último demonstrativo financeiro, o patrimônio social seria de R$ 63,7 milhões. Como os clubes não são obrigados a atualizar os valores, muitos congelam os imóveis nos relatórios. No tricolor, o aumento é de 330% – mesmo comparando o patrimônio absoluto e o estádio reavaliado.

Patrimônio social*
1º) Sport, R$ 165.480.870 (Ilha do Retiro e clube)
2º) Náutico, R$ 134.489.197 (Aflitos e clube)
3º) Central, R$ 96.400.000 (Lacerdão e terreno)
4º) Santa Cruz, R$ 63.739.000 (Arruda e clube)
* A partir dos balanços oficiais dos clubes em 2016

O relatório da FPF sobre a arbitragem no primeiro Clássico das Multidões de 2017

Pernambucano 2017, 4ª rodada: Santa Cruz 1 x 1 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Em termos de classificação à semifinal do campeonato estadual, o primeiro Clássico das Multidões de 2017 pouco acrescentou. No entanto, na maior rivalidade de Pernambuco, em um jogo com 12.408 torcedores no Arruda e centenas de milhares assistindo na televisão, as polêmicas dominaram, até pela falta de futebol de ambos os times. Na manhã seguinte ao empate, a FPF fez um balanço da arbitragem, através do delegado especial da comissão nacional da CBF, Nilson Monção, com o auxílio de Erick Bandeira. A atuação da arbitragem foi considerada “boa”, mesmo com 6 (seis!) observações.

A seguir, em itálico, a íntegra do texto enviado aos presidentes Alírio Moraes, do Santa Cruz, e Arnaldo Barros, do Sport:

Caro presidente, bom dia. Dentro da nova diretriz vigente com audiência pública ou sorteio para a indicação dos árbitros no Pernambucano A1 – 2017, também disponibilizaremos o relatório dos delegados e assessores da arbitragem. O relatório é elaborado até 4 horas após o término do jogo e, para esse jogo entre o Santa x Sport (Arruda, 18/02/2017 às 16:30h), solicitamos a observação do Delegado Especial da Comissão Nacional da CBF, Monção. Para seu conhecimento estamos encaminhando o relatório elaborado pelo mesmo e com o auxílio do Erick Bandeira. 

Santa Cruz 1 x 1 Sport
Árbitro: Sebastião Rufino Filho
Assistente 1: Marlon Rafael
Assistente 2: Bruno Chaves

1º tempo
Aos 45 segundos, cartão amarelo p/ Sport.
4′ Dúvida na vantagem ou não, apito fraco
7′ Mal posicionado, bola bate no árbitro e gera ataque do Santa Cruz
8′ Copo arremessado no campo
13′ Cartão amarelo p/ o Santa Cruz
15′ Mão na bola sem cartão
19′ Marca falta equivocadamente, jogador do santa vai sozinho.
21′ Cartão amarelo para o Santa Cruz, que poderia ter sido evitado. Jogador joga a bola para cima de forma não acintosa
23′ Impedimento ajustado, corretamente marcado pelo AA2
25′ Controlou uma situação de princípio de conflito
27′ Pedra arremessada no campo
28′ Fez boa advertência verbal em dois jogadores… Preventiva
32′ Boa interpretação, não houve falta dentro das área penal
33′ Cartão amarelo bem aplicado para jogador do Santa Cruz
38′ Cartão amarelo bem aplicado para jogador do Sport
40′ Gol do Sport… Normal
44′ AA1 ajuda, marcando falta
Deu 2 min de acréscimo. Pela quantidade de paralisações, poderia ter sido mais…

2° tempo
No início do 2° tempo, expulsou os dois técnicos. Pelos acontecimentos narrados, sem necessidade
2′ Cartão amarelo por simulação para o N°11 (era o segundo cartão… expulso)
6′ Cartão amarelo para Sport por segurar
10′ Jogador do Santa Cruz chuta sem bola jogador do Sport. Seria cartão amarelo.
12′ Impedimento do ataque do Sport , concluído em gol. Correto
14′ Gol do Santa Cruz. Normal
19′ Defensor do Santa faz falta em atacante do Sport. Ataque promissor, para amarelo e o árbitro não dá. Goleiro do Santa reclama acintosamente e recebe o amarelo
25′ Impedimento bem marcado pelo AA1
30′ Impedimento bem marcado pelo AA1
36′ Impedimento bem marcado pelo AA2
37′ AA2 ajuda marcando falta
40′ Cartão amarelo para jogador do Santa Cruz.
42′ Demorou mais de um minuto para autorizar a cobrança de uma falta
43′ Demorou muito tempo para cobrar um tiro de canto
44′ Jogador do Santa Cruz, n°20 mata jogada de forma temerária e não recebe o cartão amarelo.
45′ Tempo de acréscimo de 4 min, compatível com as paralisações do 2° tempo 

Partida de grau alto de dificuldade, com arbitragem boa, porém necessitando melhorar alguns aspectos, como:

1) Intensidade do som do apito;
2) Interpretação de faltas;
3) Posicionamento;
4) Dinamizar a reposição de bola;
5) Aplicação de alguns cartões;
6) Diferenciar uma reclamação de uma ofensa. 

Assistentes:
Estiveram em ótimo nível. Principalmente o AA2, que marcou corretamente um Impedimento muito ajustado.

4° Árbitro (Luiz Cláudio Sobral):
Foi muito bem no controle das áreas técnicas.

Ao final da partida, não houve contestações das equipes. Deixando o estádio sem nenhum tipo de problema.

Pernambucano 2017, 4ª rodada: Santa Cruz 1 x 1 Sport. Foto: Peu Ricardo/DP

A nova versão do CT do Santa Cruz, com três campos oficiais em 10,5 hectares

O projeto original (à esquerda) e o novo projeto (à direita) do Centro de Treinamento do Santa Cruz. Crédito: divulgação

À esquerda, o projeto original; à direita, a nova versão

O terreno de 10,5 hectares na estrada Mumbeca, no bairro da Guabiraba, foi comprado pelo Santa Cruz em 7 de julho de 2011. O clube quitou o terreno, num investimento de R$ 1 milhão, três anos depois, já com a pedra fundamental lançada, em 3 de março de 2012. Na ocasião, o projeto do CT Ninho das Cobras – Rodolfo Aguiar contemplava apenas um campo oficial, com mais dois em dimensões menores, para a base. Já na época, parecia (na visão do blog) um erro claro em termos de estruturação do futebol. Foi devidamente corrigido, como é possível conferir no site da comissão patrimonial do clube.

Agora, o projeto tem três campos oficiais (105m x 68m, Padrão Fifa), mantendo uma área reservada à mata local. No blog, quatro imagens comparando pontos semelhantes das duas versões. No nova, nota-se uma redução da instalação administrativa, em prol dos gramados. Com a terraplenagem concluída, há a expectativa de preparar um desses campos até maio de 2017. 

Localizado a 13 quilômetros do Arruda, o empreendimento está orçado em R$ 5 milhões, com a primeira etapa na casa de R$ 2,5 mi, o suficiente para que o time principal deixe de treinar no estádio, preservando o gramado. No CT, o projeto final ainda tem quatro unidades funcionais: administrativa, médica, esportiva e alojamento, com 55 quartos (23 para os profissionais e 32 para a base).

A execução deste projeto é, hoje, definitiva para a reestruturação coral…

O projeto original (à esquerda) e o novo projeto (à direita) do Centro de Treinamento do Santa Cruz. Crédito: divulgação

O projeto original (à esquerda) e o novo projeto (à direita) do Centro de Treinamento do Santa Cruz. Crédito: divulgação

O projeto original (à esquerda) e o novo projeto (à direita) do Centro de Treinamento do Santa Cruz. Crédito: divulgação

Mandante, Santa enfrentará o Corinthians na Arena Pantanal, a 2.456 km do Arruda

Arena Pantanal, em Cuiabá (MT). Foto: copa2014.gov.br

Na condição de mandante, o Santa Cruz jogará contra o Corinthians em Cuiabá, a 2.456 quilômetros do Recife, num contexto jamais visto na história coral. Em situação quase irreversível no Brasileirão, em penúltimo lugar, o clube acabou aceitando a proposta de um empresário brasiliense, que levou a partida para a Arena Pantanal. Difícil não lembrar da estreia na Série D de 2011, quando os corais viveram o oposto, com o Alecrim de Natal levando o jogo a João Pessoa, contando com a presença maciça do povão. Dito e feito, com 16.022 pagantes.

Pressionado pelas dívidas e sem perspectiva de bons públicos no Arruda, indo de encontro à trajetória que o levou à elite, o clube espera retorno financeiro como andarilho. No José do Rego Maciel, na campanha vigente, arrecadou R$ 2,3 milhões em 13 jogos, com média de 10.174 torcedores. O jogo contra o atual campeão nacional será o segundo em Cuiabá nesta edição. Em 3 de agosto, o Santos “recebeu” o Flamengo, com 21.814 presentes e R$ 1,8 milhão de renda. Agora, se ocorrer algo parecido, será com a torcida corintiana, visitante.

O valor pago ao clube pernambucano ainda não foi revelado, mas a mudança foi confirmada, com a data mantida em 12 de outubro, feriado nacional, já na grade de tevê aberta para São Paulo e Pernambuco. Se financeiramente pode ser uma decisão válida, moralmente é um golpe na torcida, na visão do blog, sobretudo pela imagem construída nos últimos anos. Desde que a CBF passou a autorizar trocas de mando para este fim, esta é a primeira vez do Trio de Ferro.

Torcedor, o que você acha da decisão da diretoria coral?

Registro da mudança no site da CBF

Santa Cruz enfrenta o Independiente em Medellín, no 1º jogo oficial no exterior

Distância entre o Recife e Medellín. Arte de Cassio Zirpoli sobre imagem do Google Maps

As cidades do Recife e Medellín são separadas por 4.788 quilômetros. E essa distância será a maior já percorrida pelo Santa Cruz para uma partida oficial em toda a sua história. Na cidade colombiana os corais disputarão o jogo de ida da Copa Sul-Americana de 2016, após a confirmação da classificação do Independiente diante do Sportivo Luqueño – já havia feito 3 x 0 em casa. Conhecido como DIM (Deportivo Independiente Medellín), o clube é o atual campeão nacional e rival do atual campeão da Libertadores, do Atlético Nacional. Ambos mandam seus jogos no mesmo palco, o estádio Atanasio Girardot.

Confira o chaveamento das oitavas de final clicando aqui.

Tecnicamente, o adversário do tricolor é um dos mais qualificados nesta fase da Sula, investindo para tentar alcançar o rival numa possível Recopa em 2017. Ao Santa, que avançou à fase internacional após eliminar o Sport, o duelo estará no meio de uma verdadeira maratona – e não deve preterir nenhum torneio. Participando de duas de duas fases, o tricolor já assegurou 675 mil dólares em cotas, ou R$ 2,2 milhões. Uma eventual classificação às quartas, que seria inédita no futebol nordestino, renderia mais US$ 450 mil (R$ 1,5 milhão). Onde enfrentaria Santa Fé, também da Colômbia, ou Cerro Porteño, do Paraguai.

Agenda coral, com 5 jogos em 16 dias
18/09 – Santos x Santa Cruz (São Paulo)
21/09 – Independiente x Santa Cruz (Medellín)
25/09 – Figueirense x Santa Cruz (Florianópolis)
28/09 – Santa Cruz x Independiente (Recife)
03/10 – Santa Cruz x Palmeiras (Recife)

Pela logística montada, o elenco segue para a Colômbia a partir da cidade São Paulo, onde enfrentará o Santos, domingo, no Pacaembu. O voo deve durar de 8h a 9h30, com a possibilidade de escala no Panamá ou no Peru.

Ao torcedor coral, confira as passagens aéreas Recife/Medellín clicando aqui.

Rotas de viagem de São Paulo até Medellín. Crédito: Google

A repercussão no Trio de Ferro sobre a entrada do Ceará na Primeira Liga

Os presidentes de Náutico (Ivan Brondi), Santa (Alírio Moraes) e Sport (Martorelli) em 2016. Fotos: Náutico/site oficial e arquivo/DP

Após o anúncio da entrada do Ceará na Primeira Liga, a organização formada inicialmente por clubes da região Sul e do estado do Rio de Janeiro, o blog repercutiu a notícia junto aos dirigentes do Trio de Ferro, com a colaboração dos repórteres Daniel Leal, Yuri de Lira e João de Andrade Neto. A filiação do alvinegro cearense poderia ser repetida por alvirrubros, tricolores ou rubro-negros? Foram feitos os seguintes questionamentos a cada presidente local…

1) Como o seu clube enxerga essa decisão do Ceará em relação à Liga do Nordeste? O seu clube foi consultado?

2) Se o seu clube fosse convidado para a Primeira Liga, qual seria a posição da instituição? Sobretudo se tiver que escolher qual torneio jogar.

De cara, a revelação de que o Sport também foi convidado para a Primeira Liga, além da percepção de que uma possível não classificação no Nordestão poderia resultar numa consideração sobre o torneio concorrente.

Ivan Brondi, presidente em exercício do Náutico

1) “Não sabemos muitos detalhes sobre a entrada do Ceará. Pelo Náutico, eu não soube (antes do anúncio). Acho que não atrapalha (a entrada do Ceará na Primeira Liga), mas é algo que precisa ser discutido com a direção, sobre situação da competição (Nordestão).”

2) “Precisaríamos saber detalhes do que a Primeira Liga ofereceu ao Ceará, para ver o motivo do caminho tomado. É algo que precisa ser estudado, mas o acho que o trabalho (dos clubes) deveria ser em conjunto.”

Alírio Moraes, presidente do Santa Cruz

1) “Em relação à entrada do Ceará na Primeira Liga não temos nada a acrescentar, porque a tal decisão se insere dentro da competência de cada clube de avaliar tal adesão. Penso que o fator determinante no caso dele foi a não classificação para o campeonato da Liga do Nordeste em 2017.”

2) “Com relação ao Santa, estando o Mais Querido classificado para o torneio do próximo ano, não aceitaríamos o convite, se formulado fosse. Até porque o calendário do próximo ano já será bem exaustivo e é preciso pensar também na qualidade do espetáculo e na saúde dos atletas.”

João Humberto Martorelli, presidente do Sport

1) “O Ceará se filiou à Primeira Liga porque está fora (do Nordestão) em 2017, mas estamos conversando muito entre nós (clubes). Se alguns clubes saírem (da Liga NE), pode ser que atrapalhe, sim. Porém, isso só ocorrerá se não houver um entendimento entre os clubes pelo formato da Copa do Nordeste. Sport e Bahia entendem que o formato não deva privilegiar os estaduais, e que deveria haver duas divisões (no Nordestão). Isso robusteceria o torneio, ficando altamente rentável.”

2) “O Sport também foi convidado (para a Primeira Liga) e ainda não respondemos porque estamos discutindo o formato da Copa do Nordeste (de 2018). Se (o Nordestão) ficar do jeito que achamos necessário, não precisaríamos de outra liga. Queremos privilegiar a Copa do Nordeste, colocando em segundo plano os estaduais, mas está havendo uma pressão grande das federações (por datas). Esse calendário atual prejudica a disputa de outros campeonatos (como o Brasileiro). Prejudicando o Sport, aí iremos para a Primeira Liga, Segunda Liga, Terceira Liga, o que for. Estamos refletindo.”