Num jogo equilibrado, o Náutico abriu o placar no segundo tempo, aos 12 minutos, através do paraguaio Ortigoza – que já chegou mostrando oportunismo e poder de decisão, um reforço de fato. O time pernambucano até sofreu o empate, mas reagiu e fez o segundo gol, com o também atacante Tharcysio, aos 32. Entre as edições de 1989 e 2017, haveria uma diferença considerável, nesta fase, em relação ao 1 x 0 e ao 2 x 1. No entanto, com a exclusão do qualificado para o visitante como critério de desempate na Copa do Brasil, o timbu conseguiu um bom resultado diante do Cuiabá.
Pode não ter sido elástico, mas a possibilidade do empate na Arena Pantanal, em 14 de março, dá o mínimo de tranquilidade à equipe. E é algo necessário considerando a cifra em jogo, de R$ 1,8 milhão, que seria a maior premiação já obtida pelo alvirrubro num mata-mata – lembrando que o clube já acumulou R$ 2,5 milhões no torneio. Em caso de revés pelo placar mínimo na volta, o que anteriormente seria fatal, desta vez resultaria numa disputa de pênaltis.
Ainda sobre o jogo de ida da 3ª fase – que também pode ocorrer no mata-mata da Série C deste ano – há um ponto a ser criticado, mas sem relação com o Náutico propriamente dito. O horário da partida foi um contrassenso, começando às 19h30 mesmo sem transmissão na TV. É uma escala de difícil acesso à Arena Pernambuco. Embora tenha registrado a presença de 5.302 torcedores, muitas pessoas chegaram com a bola rolando devido ao trânsito de sempre. A valorização do espetáculo precisar partir, sobretudo, de quem organiza. Neste caso, da CBF. Só estádio de Copa do Mundo não adianta.
O Náutico na Copa do Brasil (1989-2018)
93 jogos
42 vitórias (45,1%)
21 empates (22,6%)
30 derrotas (32,2%)
Obs. A partida marcou o primeiro confronto da história entre Náutico e Cuiabá.