Após 81 jogos realizados, de um total de 95, finalmente a arrecadação do Campeonato Pernambucano ultrapassou a barreira de R$ 1 milhão. Hoje, esta cifra é até comum em partidas únicas nos principais centros do futebol nacional. E também há exemplos no próprio histórico local, onde onze jogos envolvendo o Trio de Ferro já tiveram bilheterias milionárias. No Estadual de 2017, isso representa uma média de R$ 15 mil. Descontando as taxas de arbitragem, segurança, aluguel de campo, entre outros, sobra pouco. A própria FPF vem sendo sentindo no bolso. Como a federação tem direito a 8% da renda bruta de todas as partidas, a entidade só arrecadou R$ 88.879.
Arrecadação do Estadual na era do hexagonal*
2014 – R$ 9.391.936 (média de R$ 67.085, em 140 jogos)
2015 – R$ 7.656,893 (média de R$ 63.280, em 121 jogos)
2016 – R$ 4.737.772 (média de R$ 52.063, em 91 jogos)
2017 – R$ 1.110.998 (média de R$ 15.219, em 73 jogos)
* Excluindo os jogos de portões fechados
Em relação ao público, o índice melhorou um pouquinho, de 1,2 mil para 1,3 mil, por causa do segundo Clássico das Multidões. Mesmo esvaziados, no Arruda e na Ilha do Retiro, foram os únicos jogos acima de dez mil pessoas. Em ambos, a presença foi turbinada pelas torcidas organizadas, mesmo sem as camisas, suspensas (!). Basta ver a ocupação nas duas gerais.
Hoje, a média seria a pior da história, desde que a FPF passou a contabilizar esses dados em 1990. Para não ficar atrás da edição de 1997, com 2.080, é preciso somar ao menos 83.203 pessoas nos 14 jogos restantes, sendo oito em mata-matas – com isso, terminaria com 2.081. Possível.
Os 5 maiores públicos no Pernambucano 2017
12.408 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (Arruda, 18/02)
10.221 – Sport 1 x 1 Santa Cruz (Ilha, 26/03)
6.419 – Náutico 2 x 1 Sport (Arena, 05/03)
5.015 – Santa Cruz 1 x 2 Salgueiro (Arruda, 02/03)
4.622 – Náutico 1 x 1 Santa Cruz (Arena, 29/01)
Dados até a 8ª rodada do hexagonal do título e a 10ª rodada da permanência:
1º) Santa Cruz (4 jogos como mandante, no Arruda)
Público: 22.801 torcedores
Média de 5.700
Renda: R$ 225.130
Média de R$ 56.282
2º) Sport (4 jogos como mandante, na Ilha do Retiro)
Público: 19.687 torcedores
Média de 4.921
Renda: R$ 308.240
Média de R$ 77.060
3º) Náutico (4 jogos como mandante, na Arena Pernambuco)
Público: 13.917 torcedores
Média de 3.479
Renda: R$ 220.085
Média de R$ 55.021
4º) Salgueiro (7 jogos como mandante, no Cornélio de Barros)
Público: 15.840 torcedores
Média de 2.262
Renda: R$ 76.671
Média de R$ 10.953
5º) Central (7 jogos como mandante; 3 no Antônio Inácio, 2 no Lacerdão, 1 na Arena e 1 no Carneirão)
Público: 7.957 torcedores
Média de 1.136
Renda: R$ 114.460
Média de R$ 16.351
6º) Belo Jardim (7 jogos como mandante; 5 no Antônio Inácio e 2 no Arruda)
Público: 2.202 torcedores
Média de 314
Renda: R$ 20.597
Média de R$ 2.942
Geral – 73* jogos (1ª fase, hexagonal do título e hexagonal da permanência)
Público total: 97.844
Média: 1.340 pessoas
Arrecadação: R$ 1.110.998
Média: R$ 15.219
* Mais 8 jogos ocorreram de portões fechados
Fase principal – 24 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 71.509
Média: 2.979 pessoas
Arrecadação total: R$ 881.842
Média: R$ 36.743
O PE deveria ser disputado pelos juniores, de maneira simbólica. Seria muito bom para a base dos times e uma boa maneira de o campeonato continuar existindo sem prejudicar os times principais com excesso de jogos. E, além do mais, é uma atitude que os próprios clubes podem tomar, independentemente da vontade da mafiosa FPF!