A classificação nacional dos árbitros e assistentes da FPF para 2014/2015

Árbitros brasileiros para a temporada 2014/2015

Oito árbitros ligados ao futebol pernambucano contam agora com status CBF e Fifa. Neste 1º de maio entrou em vigor a nova classificação nacional de árbitros (CNA), árbitras e assistentes, válido para a temporada 2014/2015.

O acesso ou descenso na classificação leva critérios como conta faixa etária, tempo de arbitragem, perspectiva de aproveitamento em competições internacionais, avaliações físicas e teóricas e, claro, as atuações no ano anterior.

Abaixo, todos os árbitros e assistentes chancelados pela FPF, com as respectivas colocações na classificação brasileira

Qual é sua opinião sobre a classificação da turma local?

Árbitros
Fifa (9 árbitros) – 2º) Sandro Meira Ricci
Especial 2 (12) – 11º) Cláudio Mercante; 12º) Nielson Nogueira
CBF-1 (60 árbitros) – 21º) Gilberto Castro Júnior
CBF-2 (90 árbitros) – 4º) Sebastião Rufino Filho; 18º) Gilberto Freire; 37º) Emerson Sobral; 71º) Gleydson Leite

Assistente
Aspirante-Fifa (10 auxiliares) – 7º) Clovis Amaral
CBF-1 (75 auxiliares) – 49º) Elan Vieira; 51º) Ricardo Chianca; 57º) Alberto Júnior
CBF-2 (117 auxiliares) – 57º) Francisco Chaves; 62º) Marcelino Castro; 63º) Roberto José; 77º) Bruno Alcantra

Árbitras
Fifa (4 árbitras) – 3ª) Ana Karina Marques
Aspirante-Fifa (2 árbitras) – 2ª) Deborah Cecília

Assistentes
CBF-1 (40) – 18ª) Karla Renata Cavalcanti

Duas décadas imaginando o “e se”

Pintura de Ayrton Senna. Imagem: Oleg Konin/divulgação

Impossível não pensar na hipótese…

E se Ayrton Senna tivesse saído do carro da Williams após o acidente na curva Tamburello, no circuito de San Marino, em 1994, há exatamente 20 anos?

A imagem do artista lituano Oleg Konin é de arrepiar qualquer fã de Fórmula 1.

Dói na alma, na verdade.

A pintura foi feita em 2010, ano em que o piloto brasileiro teria completado 50 anos. Eterno tricampeão mundial da Fórmula 1, um dos maiores ídolos do esporte nacional.

A resposta estaria nas manhãs de domingo.

Senna mudou o domingo

Ayrton Senna

Dos 7 aos 13 anos de idade, morando no Janga, em Paulista, e no Bairro Novo, em Olinda, havia um costume na minha família em quase todas as manhãs de domingo. Eu, meus pais e meu irmão mais novo diante da televisão. Ansiosos.

Almoço na casa da avó? Só depois. Antes, eram duas horas de Fórmula 1.

Naquela época, o futebol, claro, já era a paixão nacional, mas a F1 era o grande orgulho nacional, com nome e sobrenome: Ayrton Senna, tricampeão mundial em 1988, 1990 e 1991.

Em 1º de maio de 1994, ele disputou o seu 162° Grande Prêmio, em San Marino.

Já era um mito, com 41 vitórias, 80 pódios, 65 pole positions, 19 voltas mais rápidas nas corridas, 2.987 voltas na liderança, 37.934 quilômetros percorridos, 13 poles em uma só temporada, entre outras marcas. Carisma e talento.

Com aquele capacete amarelo com uma listra azul e outra verde, Senna dirigiu os carros da Toleman, Lotus, McLaren e Williams. Tão tradicional quanto o capacete era vê-lo no alto do pódio, abrindo um champanhe, com a bandeira do país.

Mas se o orgulho nacional tinha nome, a tristeza também teve.

Tamburello, a curva fatal de Ímola. Onde Senna não conseguiu fazer parar o carro. Ainda chegou a reduzir de 300 km/h para 200 km/h. Insuficiente para evitar o pior.

Sem querer acreditar no que Galvão Bueno dizia, chorei muito naquele dia, ainda criança. Silêncio em casa, luto na vizinhança da Rua Cândido Pessoa. Um país inteiro, certamente.

Outros grandes pilotos surgiram nesse tempo todo, inclusive o maior campeão da história, mas é diferente pra mim. Não se trata de ufanismo. Se trata de um ídolo que realmente transformou o esporte, impondo a vibração como fator essencial num grande prêmio, sempre no limite.

Ainda assisto à Fórmula 1 pela televisão, aos domingos, mas com bem menos intensidade. Quase que por acaso. Ainda existem  belas ultrapassagens, mas não são mais as mesmas. É algo difícil de explicar, mas fácil sentir.

E assim, a corrida já não é mais um programa de família, ao menos da minha.

Deixou de ser há 20 anos.

O maior clássico da história de Madri acontecerá em Lisboa. Vale a Europa

Final da Liga dos Campeões da Uefa 2014: Real Madrid x Atlético de Madri. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

O maior clássico da capital espanhola… em Lisboa.

No dia 24 de maio, Real Madrid e Atlético de Madri disputarão o maior clássico da história do derby.

No Estádio da Luz, os rivais vão em busca do título da Liga dos Campeões.

O Real Madrid de Cristiano Ronaldo e sua obsessão, La Decima.

O time merengue já conquistou a Champions em 1956, 1957, 1958, 1959, 1960, 1966, 1998, 2000 e 2002..

É disparado o maior campeão do continente, mas os doze anos longe do pódio vêm incomodando a torcida do Bernabéu…

Terá pela frente o valente Atlético de Diego Costa, de volta à decisão quarenta anos depois. Em 1974, os colchoneros perdeu a taça num jogo extra, dramático.

Agora, nova e merecida chance…

Na semifinal, o Real destruiu o Bayern em Munique, 4 x 0. No dia seguinte, foi a vez do Atlético viajar e fazer a festa, com o 3 x 1 sobre o Chelsea.

A final emblemática é em todos os sentidos. O deca ou o triunfo inédito.

Desde 1906 foram 264 partidas, com 143 vitórias do Real, 64 do Atlético e 57 empates.

Sem dúvida alguma, o 265º jogo será o maior, na primeira final do maior torneio do continente envolvendo clubes da mesma cidade…

Tudo isso a apenas 503 quilômetros de casa.

Faturamento coral em 2013 foi de R$ 16,9 mi, com duas taças e média de 23 mil pessoas

Números do Santa Cruz. Arte: Maria Eugênia Nunes/DP/D.A Press

A temporada do Santa Cruz em 2013 foi vitoriosa. É inegável.

O Tricolor conquistou o Estadual, pela terceira vez seguida, e a Série C, enchendo o Arruda. Nos 27 jogos em casa, a média foi de 23.912 torcedores.

Entretanto, esse contexto não resultou em um grande faturamento…

O balanço financeiro do clube, publicado no Diario de Pernambuco em 30 de março, aponta uma receita operacional de R$ 16.955.711, muito abaixo dos rivais. O Sport teve 51 milhões no caixa e Náutico teve 48 mi.

Em relação aos dados de 2012, com R$ 13 milhões, o acréscimo foi de 29%. Contudo, o faturamento não deixa de ser baixo para o porte do clube.

Houve um superávit de 453.996 reais, fato. Outro ponto positivo, mas numa escala mínima (0,2%), foi a redução da dívida, a soma dos passivos circulante e não circulante. Caiu de R$ 71.536.863 para R$ 71.377.478. No papel, R$ 159.385.

Pesa bastante, ainda, as obrigações trabalhistas… de R$ 12 milhões.

Enquanto os dois principais rivais ganharam cotas de transmissão acima de dez milhões de reais, no caso coral a cota de televisão foi de apenas R$ 334 mil. O fato deve mudar no próximo balanço, com a participação na Série B – receberá, no mínimo, uma cota de R$ 3 milhões.

Balanço financeiro do Santa Cruz em 2013. Crédito: Diario de Pernambuco/reprodução

Timbu terminou 2013 com a maior receita da história e a maior dívida da história

Números do Náutico. Arte: Maria Eugênia Nunes/DP/D.A Press

A campanha do Náutico na Série A de 2013 foi a pior da história do clube.

Foram 28 derrotas em 38 jogos, culminando com o descenso.

Fora de campo, apesar dos salários atrasados e da crise administrativa, o Timbu teve o maior orçamento de sua história, segundo o balanço financeiro oficial.

O total de receitas operacionais de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2013 foi de R$ 48.105.068, ou 17% maior que a verba da temporada anterior, de R$ 41 milhões, até então o recorde na história do clube (veja aqui).

Apesar disso, a dívida de Rosa e Silva cresceu bastante, quase 16 milhões de reais (22%).

Somando os passivos circulante e não circulante, eis o aumento do buraco…

2011 – R$ 62.442.207
2012 – R$ 71.978.517
2013 – R$ 87.916.127

O exercício do ano terminou com um déficit de R$ 721.230.

Como costuma ocorrer, o Alvirrubro publicou o seu relatório no caderno executivo do Diário Oficial do Estado. No ano passado, em 28 de abril. Desta vez, na data limite, 30 de abril.

O que preocupa nesses dados é que eles foram contabilizados na elite nacional. Na última vez em que esteve na Segundona, em 2011, a receita foi de R$ 19 milhões.

Atualização:
Após a publicação do post, Paulo Wanderley, presidente timbu no biênio 2012/2013, entrou em contato com o blog. Ele rechaçou o relatório, que não contou com a sua assinatura. “Deixei o balancete de janeiro a novembro no conselho em 23 de dezembro. Só faltava o último mês, que não estava fechado. Mas eles (nova gestão) mudaram o regime contábil, de caixa para competência. Assim, em vez de somar só o que entrou no ano, pegaram todas as dívidas de todas as gestões e jogaram no meu balanço. Foi uma covardia. A dívida do Náutico subiu para 75 milhões de reais, e não 87. Vou processar Glauber Vasconcelos.”

Em seguida, o presidente Glauber também foi ouvido pelo blog. Justificou a posição de reunir as dívidas antigas. “Não estou dizendo que as dívidas são dele (Paulo). O que se fez foi o registro de dívidas do clube. O Clube Náutico Capibaribe não pode ficar na fantasia, as dívidas existiam. Pode processar à vontade. Talvez no processo fique mais claro. Estamos fazendo uma auditoria que vai até maio.”

Balanço financeiro do Náutico em 2013

Plano de divulgação de eventos na Arena

A Arena Pernambuco foi concebida com o formato multiuso.

Em seu primeiro ano de operação, porém, o empreendimento só recebeu um grande show. Outros eventos menores ocorreram nas dependências do estádio.

Agora há até um plano de divulgação do local… Confira o folder completo.

Sobre o calendário de shows, o objetivo é retomar a ideia de concertos internacionais em 2015 (veja aqui).

Na transição da A para B, Sport registra queda de R$ 28,3 milhões no faturamento

Números do Sport. Arte: Brenno Costa/DP/D.A Press

Em 2012, o Sport teve o maior orçamento de sua história no futebol.

A volta à primeira divisão do Brasileiro resultou num faturamento de R$ 79,8 milhões, com um forte incremento de R$ 20 milhões de luvas pela prorrogação do contrato com a Rede Globo até 2017. Números bem acima dos rivais (relembre aqui).

Com o rebaixamento no campo, porém, as finanças também despencaram em 2013. Para ser mais exato, uma redução de 35,5%. De 1º de janeiro a 31 de dezembro, o futebol rubro-negro teve R$ 51.428.086, com déficit de R$ 4.963.656.

O balanço foi publicado em 8 de abril, na Folha de Pernambuco, e agora divulgado no site oficial do clube, num documento produzido pelo contador Rosivaldo Justino da Silva.

Balanço financeiro do Sport em 2013. Crédito: Sport/reprodução

O descenso implicou em outros números. O fluxo de caixa na temporada foi de R$ 640 mil, bem abaixo dos R$ 10,3 milhões no exercício anterior.

Mas há algo a comemorar no relatório. A diminuição das dívidas do Leão.

A soma dos passivos circulante e não circulante foi de R$ 22.751.467, incluindo obrigações trabalhistas e sociais. Antes era de R$ 27.381.927. Ou seja, a queda registrada foi de 16,9%.

Já o patrimônio do Sport, considerando estádio, terrenos, sede social, ginásios, parque aquático, máquinas e veículos, corresponde a R$ 172.653.917

O próximo demonstrativo do clube será lançado em abril de 2015. Para quebrar o recorde, terá que superar suprir a lacuna das “luvas” de 2012…

Balanço financeiro do Sport em 2013. Crédito: Sport/reprodução

Comando leonino na seleção oficial do centésimo campeonato estadual

Festa do Troféu Lance Final 2014. Foto: FPF/twitter

O Sport dominou a 12ª edição do Troféu Lance Final, a premiação oficial dos melhores jogadores do Campeonato Pernambucano. Os leoninos, que conquistaram o 40º título estadual neste ano, ganharam sete prêmios na seleção principal. A festa aconteceu na noite desta segunda, no teatro Boa Vista.

Ao todo, mais de 100 jornalistas participaram da votação, com representantes de jornais, canais de televisão, rádios e internet, em mídias de todo o estado.

Por pouco o Leão não igualou o seu próprio recorde, com oito nomeações em 2003 e 2007. Em 2014, a armada rubro-negra foi composta por Magrão, Patric, Durval, Ferron, Renê, Ewerton Páscoa e Neto Baiano. O camisa 1 é um caso à parte, pois ganhou o prêmio pela sexta vez, num recorde absoluto da premiação.

Além da seleção, o Sport ainda recebeu mais dois prêmios especiais, com Eduardo Batista como melhor técnico e Neto Baiano como o craque.

Abaixo, a lista de vencedores desta temporada. Entre os onze principais, o blog acertou dez nomes (relembre aqui).

Goleiro: Magrão (Sport)
Lateral-direito: Patric (Sport)
Zagueiros: Durval e Ferron (ambos do Sport)
Lateral-esquerdo: Renê (Sport)
Volantes: Ewerton Páscoa (Sport) e Elicarlos (Náutico)
Meias: Pedro Carmona e Zé Mário (ambos do Náutico)
Atacantes: Neto Baiano (Sport) e Léo Gamalho (Santa Cruz)

Técnico: Eduardo Batista (Sport)
Revelação: Flávio (Náutico)
Craque: Neto Baiano (Sport)

Confira como o número de premiações na seleção oficial considerando os onze selecionados desde 2003: Sport 58, Santa Cruz 36, Náutico 21, Central 5, Itacuruba 3, Ypiranga 2, Salgueiro 2, Porto 2, América 1, AGA 1 e Vitória 1.

Craque do campeonato (12 prêmios) – Sport 5, Santa Cruz 4 e Náutico 3.

Confira todos os vencedores do Troféu Lance Final clicando aqui.

De Puskas a Riquelme, os sonhos internacionais dos recifenses

Craques estrangeiros especulados no futebol pernambucano: Salenko (1996), Petkovic (2005), Verón (2008), Puskas (1957), Riquelme (2014), Ortega (2008), Davis (2009) e Luca Toni (2012)

Uma contratação de peso, internacional.

Pense em algo bem raro no futebol pernambucano, até que alguém noticie a negociação de um astro veterano com um dos grandes clubes da capital.

Durante dias especulações do tipo ganham corpo, envolvendo a torcida. Artilheiro da Copa, meia da seleção holandesa, craque argentino etc. Perfis variados entre os gringos. Em alguns casos, a sondagem é até concreta, com proposta salarial. Obviamente, bem acima da realidade, travando o desfecho.

Quase sempre, o fim da história é frustrante, diga-se.

O primeiro caso emblemático aconteceu há bastante tempo, em 1957, quando o Sport tentou contratar Ferenc Puskas. Isso mesmo, o craque húngaro que hoje dá nome ao prêmio da Fifa para o gol mais bonito da temporada.

No registro do extinto Diario da Noite, o diretor Leopoldo Casado chegou a oferecer 100 contos de réis por mês ao craque, que estava parado.

Diário da Noite em 1957

No ano anterior, Puskas liderou um movimento para que os compatriotas não voltassem à Hungria, após a revolução comunista do país. Acabou suspenso pela Fifa. Ele não acertou com o Rubro-negro. No ano seguinte, o major galopante assinou com o Real Madrid, e conquistou a Copa dos Campeões.

Confira a histórica edição do jornal em alta resolução aqui.

Relembre alguns casos curiosos de especulações internacionais no Recife.

Sport
1996 – Salenko, 27, Rússia (Valencia) – O artilheiro da Copa do Mundo de 1994, que alcançou a marca com cinco gols em um jogo, já sem chances de classificação, teria sido oferecido no Brasileirão. Não estava bem fisicamente.

2005 – Petkovic, 33, Sérvia (Fluminense) – Havia um rumor nos bastidores, mas foi uma “pegadinha”. Em vez da chegada de um helicóptero com o meia, passou na Ilha um avião monomotor com a frase “hexa é luxo”.

2008 – Verón, 33, Argentina (Estudiantes) – O nome do meia surgiu em novembro, mirando a Taça Libertadores do ano seguinte. Juan Sebastián disputou a Liberta, mas pelo Estudiantes. E foi campeão…

2012 – Luca Toni, 35, Itália (Juventus) – Curiosamente, a informação surgiu na própria Itália, através do TuttoSport, que cravou a sua saída com destino ao Leão. A direção do Sport jamais admitiu sequer o contato com o empresário.

2014 – Riquelme, 35, Argentina (Boca Juniors) – A surreal bola da vez. O veterano ídolo da Bombonera vê o seu contrato perto do fim. A renovação parece natural, no Recife foi divulgada a possibilidade de um acerto para a Série A (!).

Náutico
1998 – Piekarski, 23, Polônia (Flamengo) – O jogador surgiu no país no Atlético Paranaense. As tratativas chegaram a ficar na “reta final”, inclusive com apoio financeiro da FPF, mas o Alvirrubro acabou não chegado a um acordo.

2009 – Edgar Davids, 36, Holanda (Ajax) – Já experiente, o ex-meia da Juventus e Ajax teria sido oferecido ao Timbu. Sua “vontade” era atuar no Brasil. A novela durou duas semanas, sem ter tido ao menos o primeiro capítulo.

Santa Cruz
2008 – Ariel Ortega, 34, Argentina (River Plate) – O talentoso jogador sofria de alcoolismo, que o tirou do futebol. A passagem no Santa seria um recomeço na carreira. Trocou o Arruda pelo pequeno Independiente Rivadavia.

Lembra de mais algum “sonho” internacional no futebol pernambucano?