Acima do escudo do Náutico, na camisa oficial, há o seguinte texto:
“Edição especial. Camisa Timbu 2014 autografada pelo torcedor Alvirrubro.”
Este é o uniforme que o Timbu utilizará na decisão do Estadual desta temporada.
A ideia de marketing, que partiu da própria torcida, consiste na presença do nome de 785 torcedores nas listras vermelhas. Para isso, cada torcedor pagou uma taxa de adesão de R$ 55 (saiba mais aqui).
O padrão continua sendo produzido pela marca Garra, até o anúncio da nova fornecedora do clube, após a quebra de contrato com a Penalty.
Até lá, duas decisões, na Ilha do Retiro e na Arena Pernambuco, com o autógrafo do próprio torcedor timbu na camisa especial…
O título estadual não era decidido em um Clássico dos Clássicos desde 2010.
Nos últimos vinte anos, aliás, a decisão de 2014 será apenas a segunda entre rivais do clássico centenário, o terceiro clássico mais antigo do país.
Ao todo foram 16 finais desde 1951, com vantagem rubro-negra. O time da Ilha do Retiro só conseguiu ultrapassar o clube dos Aflitos após do hexacampeonato timbu, em 1968, que foi também a última final vencida pelo Náutico. Até ali, o placar era 6 x 2 a favor do Náutico. Desde então, o Sport venceu oito finais seguidas no Clássico dos Clássicos, fazendo 10 x 6.
No centésimo Campeonato Pernambucano outro diferencial será a presença da Arena Pernambuco na finalíssima, algo inédito.
16/04 (22h) – Sport x Náutico (Ilha do Retiro)
23/04 (22h) – Náutico x Sport (Arena Pernambuco)
O regulamento, vale lembrar, é o mesmo das semifinais, desconsiderando o saldo de gols ou o gol qualificado, fora de casa. Vale apenas a soma de pontos. Em caso de igualdade (2 pontos, em dois empates, ou três pontos, com uma vitória para cada lado), pênaltis.
Confira o retrospecto dos três clássicos nas finais do campeonato estadual:
Clássico das Multidões (23)
Sport (12) – 1916, 1917, 1920, 1949, 1953, 1962, 1980, 1996, 1999, 2000, 2003 e 2006
Santa Cruz (11) – 1940, 1957, 1969, 1971, 1973, 1986, 1987, 1990, 2011, 2012 e 2013
Clássico dos Clássicos (16) Sport (10) – 1955, 1961, 1975, 1977, 1981, 1988, 1991, 1992, 1994 e 2010
Náutico (6) – 1951, 1954, 1963, 1965, 1966 e 1968
Clássico das Emoções (16)
Náutico (9) – 1934, 1960, 1974, 1984, 1985, 1989, 2001, 2002 e 2004
Santa Cruz (7) – 1946, 1959, 1970, 1976, 1983, 1993 e 1995
Ao todo, onze finais diferentes já decidiram o Pernambucano. Em 34 edições o campeão saiu de forma direta. Chegou a hora de escrever mais um capítulo…
Observação: As estatísticas contam somente as decisões entre os rivais. Em alguns anos o campeão e o vice disputaram o último jogo do campeonato, no “jogo do título”, mas em partidas de turno ou decisões de fase, sem ser uma final propriamente dita. Em 1964 e 1968, por exemplo, o Timbu foi campeão e o Leão vice, mas sem decisão. Em 2008 e 2009, o Rubro-negro foi o campeão e o Alvirrubro o vice, também sem a necessidade de uma final.
Foi com sofrimento, nos pênaltis… Com o coração na boca do torcedor.
O Sport é o finalista do centésimo Campeonato Pernambucano. Pela segunda vez no ano, o time despachou o rival das multidões em um mata-mata, em pleno centenário. Primeiro no Nordestão e agora no Estadual.
Neste domingo, a classificação veio com uma vitória por 5 x 3 nos tiros livres diretos, após o 1 x 0 no tempo normal, numa partida na qual o mandante atuou bem melhor, finalizando mais e com 62% de posse de bola.
Na verdade, Vica armou time fechado, que praticamente abdicou do ataque, sendo sufocado do começo ao fim, apesar da forma afobada da equipe de Eduardo Batista, ainda no embalo da conquista regional.
O confronto na Ilha do Retiro só se estendeu às penalidades por causa do gol de Leonardo aos 42 minutos, completando uma falta cobrada por Renan Oliveira – ambos haviam entrado no segundo tempo. Àquela altura, os jogadores rubro-negros demonstravam irritação em campo, com o dois gols anulados por Sebastião Rufino Filho – o primeiro duvidoso e o segundo de forma correta.
De tanto insistir, o Leão marcou, levantou o público e depois viu Magrão defender uma penalidade pela 19ª vez em dez anos de clube. Finalizando a série, Neto Baiano, o personagem da semana, encheu o pé de novo, nas redes.
Com a sua classificação, diante de 23.721 torcedores, agora terá o Náutico na decisão, em busca de seu 40º título pernambucano.
A nova disputa pelo título pernambucano, as finais nos dias 16 e 23 de abril, com a segunda partida na Arena Pernambuco. É a nova seguida que o Rubro-negro fica entre as duas primeiras colocações na competição, nona seguida do clube, as finais nos dias 16 e 23 de abril, com a segunda partida na Arena Pernambuco.
Portanto, teremos um clássico daquele. Se repetir a emoção vista neste domingo…
No fim, os rubro-negros ainda deixaram o campo corrigindo um absurdo da organização nacional, ao confirmar a sua presença na Copa do Nordeste de 2015. Acredite, o campeão nordestino não tem vaga direta no ano seguinte.
Inaugurada há quase um ano, a Arena Pernambuco receberá enfim uma grande final.
A primeira decisão profissional na história do milionário estádio em São Lourenço da Mata será emblemática, justamente na centésima edição do Campeonato Pernambucano.
Curiosamente, a primeira finalíssima da competição fora do Recife.
Com mando de campo do Náutico, dono da melhor campanha na primeira fase, o empreendimento, erguido ao custo de R$ 650 milhões, entrará em cena no último ato do Estadual.
Com isso, a Arena Pernambuco será o 10º estádio a receber uma volta olímpica local, somando finais e títulos diretos desde o pioneiro certame estadual, no distante ano de 1915. O último cenário inédito havia sido o Paulo Coelho, em Petrolina, em 2005.
Em relação ao palcos que abrigaram decisões, se tornará o 8º local.
Abaixo, as estatísticas de voltas olímpicas pernambucanas…
Ao centésimo campeão estadual, a primeira taça no estádio da Copa do Mundo.
Voltas olímpicas (99 campeonatos)
Ilha do Retiro (36)
Sport (21, com 58%) – 1942, 1943, 1948, 1956, 1958, 1961, 1962, 1981, 1988, 1991, 1992, 1994, 1996, 1998, 1999, 2000, 2003, 2006, 2007, 2008 e 2010
Santa Cruz (9, com 25%) – 1940, 1946, 1957, 1971, 1973, 1986, 1987, 2012 e 2013
Náutico (5, com 13%) – 1945, 1952, 1954, 1964 e 1965
América (1, com 2%) – 1944
Aflitos (19)
Náutico (8, com 42%) – 1950, 1951, 1960, 1963, 1966, 1967, 1968 e 1974
Sport (6, com 31%) – 1941, 1949, 1953, 1955, 1975 e 2009
Santa Cruz (5, com 26%) – 1947, 1959, 1969, 1972 e 1978
Arruda (17)
Santa Cruz (8, om 47%) – 1970, 1976, 1979, 1983, 1990, 1993, 1995 e 2011
Náutico (6, com 35%) – 1984, 1985, 1989, 2001, 2002 e 2004
Sport (3, com 17%) – 1977, 1980 e 1982
Jaqueira (13)
América (3, com 23%) – 1919, 1922 e 1927
Santa Cruz (3, com 23%) – 1931, 1933 e 1935
Sport (3, com 23%) – 1920, 1928 e 1938
Tramways (2, com 15%) – 1936 e 1937
Torre (1, com 7%) – 1929
Náutico (1, com 7%) – 1939
Avenida Malaquias (8)
Sport (3, com 37%) – 1923, 1924 e 1925
América (2, com 25%) – 1918 e 1921
Torre (1, com 12%) – 1930
Santa Cruz (1, com 12%) – 1932
Náutico (1, com 12%) – 1934
British Club (2)
Flamengo (1, com 50%) – 1915
Sport (1, com 50%) – 1916
Aflitos Liga (2)
Sport (1, com 50%) – 1917
Torre (1, com 50%) – 1926
Antônio Inácio, Caruaru (1)
Sport (1, com 100%) – 1997
Paulo Coelho, Petrolina (1)
Santa Cruz (1, com 100%) – 2005
Finais do Estadual (65 edições)
Ilha do Retiro (27) Sport (15, com 55%) – 1948, 1961, 1962, 1981, 1988, 1991, 1992, 1994, 1996, 1998, 1999, 2000, 2003, 2006 e 2010
Santa Cruz (9, com 33%) – 1940, 1946, 1957, 1971, 1973, 1986, 1987, 2012 e 2013
Náutico (2, com 7%) – 1954 e 1965
América (1, com 3%) – 1944
Arruda (15) Santa Cruz (7, com 46%) – 1970, 1976, 1983, 1990, 1993, 1995 e 2011
Náutico (6, com 40%) – 1984, 1985, 1989, 2001, 2002 e 2004
Sport (2, com 13%) – 1977 e 1980
Aflitos (14)
Náutico (7, com 57%) -1950, 1951, 1960, 1963, 1966, 1968 e 1974
Sport (4, com 28%) – 1949, 1953, 1955 e 1975
Santa Cruz (3, com 21%) – 1947, 1959, 1969
Jaqueira (3)
Sport (1, com 33%) – 1920
Santa Cruz (2, com 66%) – 1933 e 1935
Avenida Malaquias (3)
América (1, com 33%) – 1921
Santa Cruz (1, com 33%) – 1932
Náutico (1, com 33%) – 1934
British Club (2)
Flamengo (1) – 1915
Sport (1) – 1916
“¡Nos volvemos a ver por segundo año consecutivo! Sport Recife estará en la Copa Sudamericana 2014. ¡Bienvenidos!”
A conta no twitter da Copa Sul-Americana deu as boas vindas ao Leão pela participação no torneio desta temporada.
O perfil no facebook também atualizou a lista de clubes, agora com 26 dos 47.
Campeão da Copa do Nordeste, o Rubro-negro conquistou a vaga internacional. Na verdade, trata-se de uma pré-vaga, apesar das mensagens oficiais…
Para confirmar a participação no torneio, o Sport precisa ser eliminado na Copa do Brasil até a terceira fase, com o mesmo formato absurdo às outras sete vagas do país. Assim, teria a sua presença assegurada na fase nacional da “Sula”.
Eduardo Batista não ficou em cima do muro e diz preferir jogar a Sul-Americana.
Assim, o futebol pernambucano chegaria a sua sexta campanha internacional. Podem ser até sete, se uma combinação de resultados ajudar o Náutico – foi desta forma que o Sport jogou em 2013. Veja como está a “fila de espera” aqui.
Em termos de resultados internacionais, o máximo local foi chegar nas oitavas.
Taça Libertadores da América
1968 – Náutico (fase de grupos, 1ª fase – 6 jogos)
1988 – Sport (fase de grupos, 1ª fase – 6 jogos)
2009 – Sport (oitavas de final, 3ª fase – 8 jogos)
Copa Sul-Americana
2013 – Náutico (fase nacional, 2ª fase – 2 jogos)
2013 – Sport (oitavas de final, 3ª fase – 4 jogos)
O Campeonato Pernambucano chegou a cem edições nesta temporada.
O interior do estado estreou apenas em 1937, com o Central de Caruaru.
Desde então, as melhores campanhas foram três vice-campeonatos, em 1997 e 1998 com o Porto e 2007 com o Central.
Outros clubes, como Vitória, Ypiranga, Sete de Setembro, AGA e Serrano tiveram seus momentos.
Contudo, a taça nunca passou nem perto de deixar a capital, sem uma disputa direta de título…
Das 27 unidades da federação, apenas Pernambuco e Rio de Janeiro jamais consagraram um campeão interiorano.
Contra tudo isso, uma multidão de torcedores sertanejos tomou conta do estádio Cornélio de Barros, em Salgueiro.
Foram instalados dois telões, com a transmissão direta do canal Premiere, que exibiu a semifinal disputada na Arena Pernambuco.
A classificação esteve pertinho… Escapou nos pênaltis.
A decepção da torcida do Carcará foi enorme, evidente.
Ao deixar a arquibancada vazia, após a partida num sábado à noite, esses torcedores completaram um longo ciclo para as equipes distantes do Grande Recife.
Em cem anos, o troféu não veio. Será que um dia essa sina acabará?
Um time remendado, na enésima formação nesta temporada, com Lisca se virando como pôde para definir uma escalação competitiva.
A necessidade de vencer no tempo normal e nos pênaltis para avançar. A pressão de sua própria torcida, com 16.502 torcedores presentes e ansiosos por uma conquista há quase dez anos…
A pressão sobre o Timbu neste sábado, contra o Salgueiro, era considerável.
Sem jogar bem, mas com muita determinação em campo, o Alvirrubro está de volta à decisão estadual após quatro anos.
Mais do que isso. Terá o direito de jogar a segunda partida da final na Arena Pernambuco, pela primeira vez. Espera o vencedor de Sport x Santa Cruz.
Na final, o Timbu terá o 17º Clássico dos Clássicos ou 17º Clássico das Emoções na disputa pelo título, longe de Rosa e Silva desde 2004
Tudo por causa do magro 1 x 0 no tempo normal, num golaço de Vinícius. Na disputa de pênaltis, a terceira do clube em menos de um ano com mando no estádio, triunfo por 5 x 3.
Em campo, o Náutico sofreu inúmeras mudanças, devido às lesões. Sem Carmona, sem Marcos Vinícius. Zé Mário assumiu a responsabilidade na criação no time de Lisca.
Elicarlos, mais avançado que o normal – e do que a sua qualidade técnica -, também tentou ajudar.
Aos 4 minutos, o Carcará teve um gol anulado – cabeçada de Ranieri – por impedimento, corretamente marcado. O susto foi grande, num lance para acordar o time da casa.
Paulo Júnior perdeu uma chance claríssima para o Alvirrubro aos 12. Outras viriam, deixando claro o nervosismo. Ao todo, 8×2 nas finalizações na primeira etapa, que terminou mesmo em branco.
Ao Salgueiro o cenário estava excelente. Não por acaso a sua pequena torcida presente no anel superior norte fez bastante barulho.
O restante da partida seria de nervosismo para o Timbu. De fato, o time piorou no segundo tempo, tendo dificuldades para avançar.
Enquanto isso, a equipe treinada por Cícero Monteiro procurou gastar o tempo, rodar o campo. O jogo estava amarradíssimo, complicado para o mandante. Que acabou saindo na frente em um belo lance individual de Vinícius, acertando o ângulo de Luciano.
Num chute de primeira, de fora da área, Kanu obrigou Alessandro a fazer uma defesaça.
Nas penalidades, os alvirrubros foram perfeitos. E Alessandro, que na quarta-feira já defendera duas penalidades contra o Sergipe, na Copa do Brasil, nesta foi espalmou mais uma.
Finalista, o Náutico também já garantiu as vagas na Copa do Brasil e na Copa do Nordeste de 2015. A classificação valeu bastante…
Agora centenário, o América está bem distante do seu passado de glórias…
Por outro lado, é essa riquíssima história que mantém viva a aura do clube, há anos lutando para se firmar na elite do campeonato estadual.
Hoje conhecido como “Mequinha”, o Alviverde da Estrada do Arraial já fez frente aos grandes clubes da capital. Na verdade, o América disputava clássicos. Também era grande.
Neste 12 de abril de 2014, o América chega ao seu centenário.
Relembre, então, os 899 duelos contra os velhos rivais, também centenários, com dados do pesquisador Carlos Celso Cordeiro. Venceu 168 vezes, ou 18,68% jogos. Nada mal para quem não é campeão há 70 anos…
Campeão pernambucano em 1918, 1919, 1921, 1922, 1927 e 1944. A última agremiação a quebrar a hegemonia dos três grandes clubes da capital.
Com uma torcida diminuta, o Mequinha segue lutando por espaço no Recife. Continua sendo o amor de um público fiel… Que não o deixa só, jamais.
Neste 12 de abril de 2014, o América Futebol Clube completa um século. Tornou-se o quinto time do estado a alcançar o centenário, em plena atividade.
O Superesportes preparou uma reportagem especial sobre a data (veja aqui).
Abaixo, o emocionante webdocumentário “América, por ti eu serei capaz”, produzido por Breno Costa, resgatando imagens da época dourada, depoimentos de dirigentes e pesquisadores e um resumo do que é o Alviverde hoje em dia, em sua saga no campeonato estadual…
Parabéns ao segundo time de todos os pernambucanos!
Nova competição, novos kits para os voluntários. E mais fiscalização em 2014.
Os produtos que serão entregues aos 14 mil voluntários do Mundial foram apresentados. O conjunto básico inclui boné, camisa, calça que vira bermuda, tênis e meia. Em Porto Alegre, Curitiba e São Paulo, serão dados gorro, luvas e casaco de inverno. Nas demais subsedes, um casaco mais fino.
A Adidas, patrocinadora do evento, irá produzir todo o material.
Contudo, há a preocupação com o possível “desfalque”. É comum, após o treinamento e a entrega dos materiais, que alguns voluntários abandonem as tarefas, levando os produtos. O kit está avaliado em cerca de R$ 1.000.
Na Copa das Confederações de 2013, também no país, o blog denunciou o sumiço os voluntários no Recife após a entrega na area (veja aqui).
Dois dias depois da publicação, em 15 de junho, a Fifa respondeu o blog, através de uma nota. Vale recordar o texto, certamente válido para a Copa.
“É comum, em qualquer grande evento, ocorrerem casos isolados como esse. Por esse e outros motivos como eventuais desistências por motivos pessoais de força maior, o Comitê Organizador Local (COL) trabalha com contingência de uniformes e um número maior de voluntários que o necessário para garantir o sucesso operacional do evento. Com o objetivo de reduzir ao máximo a ocorrência de desistências, o COL, como é de praxe por parte de qualquer comitê organizador de grandes eventos, implementa ainda um programa motivacional durante todo o processo de seleção até o fim do torneio.”
Há um ano foram 5.652 inscritos no programa. Agora será quase o triplo. Logo…