A um mês do formigueiro humano na arena

Capacete de obra

Segundo o cronograma oficial, a execução da Arena Pernambuco chegou a 20%.

A Odebrecht, através do seu portal para a Copa do 2014, uma vez que a construtora está erguendo quatro arenas para a competição, divulgou um vídeo de cinco minutos sobre o andamento das obras (veja aqui).

Atualmente, o número de trabalhadores na área em São Lourenço da Mata é de 1.420. Dentro de um mês, o número vai saltar para 2.150, no pico do planejamento.

No vídeo abaixo, destaque também para as declarações de Bruno Dourado, diretor de contrato da Arena Pernambuco, e Marcos Lessa, diretor-presidente do consórcio que irá operar o estádio e construir, posteriormente, a Cidade da Copa.

O formigueiro humano, após o período turbulento de ameaça de greve, deverá acelerar de uma vez por todas a construção da futura arena multiuso.

As discussões não vão parar até 2014

Jerôme Valcke, secretário-geral da Fifa. Foto: Fifa/divulgação

Não foi por falta de aviso…

A Copa do Mundo de 2014 sempre pareceu um megaprojeto pronto para atrair todos os tipos de polêmica, de atraso até o limite da paciência até negócios mal explicados.

A Fifa, com seu histórico de problemas internos, também parecia colaborar para esse cenário turbulento no Brasil.

Assim, a 17 meses da Copa das Confederações, o governo brasileiro e a cúpula da Fifa, na figura do secretário-geral Jerôme Valcke, ainda articulam a “Lei Geral da Copa”.

Trata-se de um calhamaço de regras para o período das duas competições, com a poderosa marca construída desde 1930.

Nesta sexta, Valcke publicou um artigo no site oficial da Fifa, em português. Veja aqui.

Abaixo, um dos parágrafos.

“A realização de um evento da magnitude de uma Copa do Mundo da FIFA vai além da construção de estádios de primeiro nível. O segredo do sucesso é a infraestrutura global, caso dos transportes públicos, da capacidade dos aeroportos e das acomodações para hospedagem. Temos de garantir que todos os torcedores e torcedoras tenham a oportunidade de acompanhar sua seleção e de se divertir e não precisem passar por pesadelos logísticos durante o Mundial — e isto vale tanto para o público brasileiro quanto para o estrangeiro.”

A visibilidade do Brasil estará em jogo. Além do público presente (local eestrangeiro) e dos milhões de telespectadores, o evento contará com 18 mil profissionais da imprensa.

Ainda há tempo de organizar a Copa do Mundo em grande estilo. Ainda…

O dia do batismo olímpico do escanteio

Primeiro gol olímpico da história, em 1924. Foto: Fifa/divulgação

Imagem rara…

A Fifa divulgou uma foto do primeiro gol olímpico da história.

Mérito de um argentino, em 2 de outubro de 1924.

Curiosamente, o chute direto do escanteio para a meta só passou a ser válido justamente naquele ano, com algumas mudanças na regra do futebol.

Durante um amistoso em Buenos Aires, com a presença do cantor de ango Carlos Gardel na arquibancada, Cesáreo Onzari ajudou o seu país a vencer a Celeste por 2 x 1.

Como o Uruguai havia conquistado a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris em 1924, o argentinos ironizaram o lance e batizaram de “gol olímpico”.

Tempo depois, Onzari comentou sobre o incrível lance:

“Acho que o goleiro acordou mal naquele dia ou estava irritado por algum motivo, porque nunca mais consegui acertar de novo”.

Objetivo pernambucano alcançado para 2014?

Cronograma da Copa do Mundo de 2014

Eis o cronograma completo da Copa do Mundo de 2014. Confira mais detalhes aqui.

Abaixo, a opinião do blog sobre o anúncio da Fifa.

É impossível não enxergar o Recife abaixo de Fortaleza e Salvador na estrutura da Copa do Mundo de 2014.

As outras duas metrópoles nordestinas terão seis jogos, um a mais que Pernambuco, além de uma participação estendida até as quartas de final da competição.

Por aqui, o maior torneio de futebol do planeta chegará até as oitavas de final. Mas aí vale fazer um questionamento sobre essa disparidade…

Por mais que o torcedor pernambucano quisesse ver a Arena Pernambuco com um pouco mais de destaque na Copa do Mundo, será mesmo que o projeto local (estado e iniciativa privada) estava apto tecnicamente para ir além disso?

O estádio em São Lourenço da Mata terá capacidade para 46.154 pessoas, contra 50.223 da Fonte Nova – com possibilidade de ampliação – e 67.037 lugares do Castelão. Assim, a disputa regional parecia mais virtual que real.

Aqui, um novo estádio construído a partir do zero, ao custo de R$ 532 milhões. Em Salvador, um investimento de R$ 786 milhões, reconstruindo a Fonte a Nova.

Na capital alencarina, um estádio quase pronto. Mesmo assim, a necessidade de injetar R$ 519 milhões na modernização do maior estádio do Ceará e também da região.

Vale informar que Fonte Nova e Castelão eram estádios pertencentes aos respectivos governos do estado, com mais de 30 anos de uso, algo que o Recife jamais teve.

Por sinal, isso ainda é um entrave em relação ao futuro, uma vez que os grandes clubes baianos e cearenses devem aderir aos novos estádios, enquanto aqui apenas o Náutico sinalizou positivamente (e já está no papel, diga-se).

Sobre o custo benefício de um novo palco pernambucano, com capacidade modesta em relação aos “rivais” na disputa pelo mapa da Copa, o fato está se mostrando aceitável, ainda mais devido à grande chance de receber jogos da Copa das Confederações.

Para “antecipar” a sua participação na festa da Fifa, Pernambuco briga consigo mesmo. Basta não falhar na execução dos planos de mobilidade. Se não conseguir isso, vexame.

Essa sim é a maior missão do projeto. Em 27 de setembro, é bom recordar, o secretário estadual para a Copa, Ricardo Leitão, enumerou um ranking de quatro a sete jogos do estado nas duas competições da Fifa (2013 e 2014), indo de regular a ótimo (veja aqui).

Se receber pelo menos um jogo da Copa das Confederações, Pernambuco ficará no nível “bom”. Se forem dois jogos, chegará ao máximo desejado, sete, ou “ótimo”.

Para ser “ótimo”, basta não não ser comparado a Salvador ou, sobretudo, Fortaleza.

Portando, fica nítido que o estado alcançou o que buscou nessa emaranhada disputa, que foi iniciar de uma vez por todas uma nova centralidade urbana. Nem mais nem menos. Se isso é bom (ou suficiente), cabe a você decidir. Comente!

Palco das piores lembranças de 1998

Paris – Mais um grande estádio europeu desbravado na rota das férias.

Confira algumas fotos da visita ao Stade de France, cuja opção de passeio, ao contrário do Real Madrid e do Barcelona, é realizada necessariamente com uma guia. Em francês…

Confira os detalhes do Stade de France em outra postagem, com vídeo, clicando aqui.

Stade de France, sozinho e auto-suficiente

Vestiário do Stade de France. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Paris – O Stade de France custou uma fortuna. Em 1995, o governo francês começou a gastar o orçamento de 290 milhões de euros para construir o moderno e belíssimo palco da final da Copa do Mundo que ocorreria três anos depois.

Localizado no subúrbio da capital do país, na região de Saint-Denis, o estádio jamais foi adotado pelos clubes locais…

O Paris Saint-Germain, o principal da cidade, segue jogando no Parque dos Príncipes.

Desta forma, o Stade do France recebe, basicamente, a seleção nacional (de futebol e rugby), as decisões das Copas da França e da Liga Francesa e shows musicais…

Teoricamente, um prejuízo? Acredite, nem só de futebol vive uma arena.

Um estudo sobre a Arena Pernambuco, por exemplo, mostra que caso nenhum time mandasse seus jogos por lá, o faturamento anual seria de R$ 5,7 milhões, contra R$ 86,2 milhões com os três. Com o Náutico certo, o valor está em R$ 27,3 mi (veja aqui).

Voltando ao Stade de France, obviamente seria melhor ter um clube de ponta mandando as suas partidas por lá, mas, ainda assim, o estádio é auto-suficiente.

A sua agenda já está praticamente pronta até o fim de 2013. Em junho do próximo ano, por exemplo, haverá o show da banda de rock Red Hot Chili Peppers.

Outros esportes, como corridas de superbikes e patinação no gelo, também tem espaço por lá, com a montagem de pistas especiais.

Dinheiro e estrutura à parte, a verdade é que é impossível pisar no Stade de France e não lembrar dos gols de cabeça de Zidane em 1998… O nosso abandono foi o da taça.

Cegueira no Barça

Camp Nou, estádio do Barcelona. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Barcelona – Com 98.787 assentos, o Camp Nou é o maior estádio de futebol da Europa.

Essa capacidade máxima só é liberada no campeonato espanhol, uma vez que o número é reduzido para os jogos da Liga dos Campeões da Uefa.

Nas fotos deste post, um “ponto cego” da arquibancada inferior do campo do Barça, de onde não é possível enxergar todo o campo por causa das pilastras de concreto.

Um cobrança de escanteio vira uma jogada secreta… Dribles de Messi, só pela TV.

Que essas cadeiras sejam algumas daquelas “eliminadas” na Champions, pois na liga espanhola o prejuízo para o torcedor é quase certo por ali.

No Brasil, alguns estádios também têm pontos cegos, como São Januário, do Vasco. Provavelmente, as semelhanças entre as canchas param por aí.

Camp Nou, estádio do Barcelona. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Registro às avessas no Camp Nou

Camp Nou, estádio do Barcelona. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Barcelona – Uma praça abandonada? O subúrbio mais tenebroso possível?

Ou, quem sabe, um corredor de acesso aos torcedores no estádio Camp Nou…? Pois é.

O cenário acima também é o caminho utilizado para conectar o ponto mais alto da visita ao estádio do Barcelona com o gramado, para as inúmeras sessões de fotos.

Com tantos turistas, nas visitas e nos jogos, alguns aproveitam o vacilo na segurança para “escrever” na parede os seus nomes, além do verdadeiro time do coração.

Acima, no destaque, o Fenerbahce, da Turquia.

Olhei rapidamente, mas não encontrei nenhum clube pernambucano. Ainda…