Vuvuzelada na freguesia

Copa do Mundo de 2010: Brasil 3 x 0 Chile

Essa La Roja é uma freguezaça mesmo…

Com autoridade, o Brasil está nas quartas de final da Copa do Mundo.

Se havia qualquer temor por alguma zebra, a Seleção tratou logo de anular o Chile. Jogou melhor, e da forma mais previsível possível: no contra-ataque. É letal.

No Ellis Park, nesta segunda, Canarinha foi precisa na defesa, com Lúcio e Juan. Uma dupla de zaga absoluta, possivelmente a melhor do Mundial da África. No meio-campo, um time mais leve, com uma ligação maior com o ataque. Foi eficiente.

Na frente, todo mundo balançando a rede… Luís Fabiano e Robinho.

Sempre que a situação aperta, o Brasil se mostra mais decisivo. Vem sendo assim há um bom tempo. Foi assim nesta própria Copa, diga-se.

Até então, o jogo jogo mais decisivo havia sido na primeira fase contra a violenta equipe da Costa do Marfim, de Drogba. Coincidência ou não, uma bom vitória por 3 x 1, na melhor apresentação do time do técnico Dunga na fase de grupos.

O confronto desta segunda foi a 6ª edição de Brasil x Chile na era Dunga, desde 2006. E aconteceu a 6ª vitória. Sendo, também, a 6ª goleada. Vitória justíssima por 3 x 0. A Seleção está entre os oito melhores time do mundo!

Nas últimas 11 Copas do Mundo, o time verde e amarelo chegou a até este nível em 10 oportunidades. Portanto, a Copa “começa” de fato agora…

Foto: Fifa

No satisfaction

Jornal Las Últimas Noticias do ChilePrimeiro, o roqueiro Mick Jagger foi até Rustemburgo, no sábado, para torcer pelos Estados Unidos nas oitavas de final.

Gana 2 x 1.

No domingo, o britânico, líder dos Rolling Stones, viajou para Bloemfontein, para acompanhar a sua querida Inglaterra.

Alemanha 4 x 1.

Nesta segunda, o vocalista estará em Joanesburgo, no estádio Ellis Park, “torcendo” pela Seleção Brasileira…

Pois é. Os chilenos sabem disso. Que o diga o jornal Las Últimas Noticias, de Santiago.

Pé frio não… Pé gelado. Tomara que Dunga não seja informado sobre a presença do ídolo do rock nas arquibancadas!

Post com a colaboração do blog Midia Mundo.

Jo’bulani, a prima rica da Jabulani

Jo'bulani, a bola da final da Copa do Mundo de 2010Jabulani, bola da Copa do Mundo de 2010A Jabulani já é a bola mais famosa da história da Copa do Mundo. Com o seu efeito pra lá de incomum e nome curioso, a redonda caiu no gosto popular na África do Sul.

Mas a Jabulani (à direita) não estará na decisão de 2010, no Soccer City. A bola, que será utilizada em 63 jogos da competição, vai dar lugar à Jo’bulani, à esquerda do post.

A nova bola, com o mesmo formato da prima famosa e que também foi produzida pela Adidas, mudou apenas o visual. A Jo’bulani mistura o dourado da Taça Fifa com o nome que é parecido com o apelido de Joanesburgo, conhecida também como “Joburgo”.

A ideia de uma bola especial para a decisão começou em 2006, quando foi utilizada a “Teamgeist Berlin”, também dourada, na disputa entre Itália e França.

Pelo bem do futebol

FifaCara Fifa,

Você segue à risca as determinações da antiquada International Board sobre as regras do futebol desde o distante 1913.

Durante esse tempo, o futebol foi se moldando aos poucos. Possibilidade de substituições, criação dos cartões, revisão da lei do impedimento, proibição do recuo de bola para as mãos do goleiro, entre outras.

Mas se tem algo que os patriarcas da regra da bola não aceitam de jeito algum a cada reunião anual é essa tal de tecnologia, que, sem pedir licença, vem se proliferando de maneira viral desde a década de 50 do século passado.

E sempre fez falta. Não havia chips eletrônicos em 1966, pelo menos não como conhecemos hoje, em plena era da nanotecnologia. A olho nu, o árbitro Gottfried Dienst validou um gol que não aconteceu. E que decidiu um título mundial…

A partir de 2000, a tecnologia chegou a um nível aceitável para ser implantado no esporte. Falta boa vontade, por causa da eterna desculpa de que “a utilização de recursos tecnológicos para decidir lances tiraria a graça do futebol, como discussões”.

Inaceitável. Que algum inglês diga como foi  “emocionante” ver o gol de Lampard ser invalidado. Ou então que apareça algum mexicano feliz com o gol de Tévez…

A Copa do Mundo de 2010 reacendeu a polêmica sobre a utilização de consultas a câmeras especiais, chips nas bolas etc. Por isso, a pergunta da nova enquete do blog:

Você é a favor da utilização da tecnologia pelos árbitros para marcar os lances em uma partida de futebol?

Participe! Em 2011, a resposta… com a International Board. Pelo bem do futebol.

A construção de um favorito

Brasil x Chile; Robinho x ValdíviaComo é de praxe, o Brasil chegou como favorito na Copa de 2010. Algo que sempre ocorre a cada quatro anos, numa análise “macro”, levando em conta todo o Mundial. Em alguns jogos, essa opinião é mais latente, com um favoritismo absoluto. E é inegável que esse é o cenário de Brasil x Chile, nesta segunda.

A Seleção vai encarar um freguezaço histórico em Joanesburgo. Desde 1916 foram 65 jogos, com 46 vitórias da Canarinha e apenas sete de La Roja. A situação é ainda mais favorável sob o comando de Dunga. Foram cinco jogos e cinco goleadas, com 20 gols a favor.

Pronto. Esses são alguns números que mostram a disparidade do confronto. Isso sem falar nas duas vitórias brasileiras em jogos eliminatórios do Mundial (1962 e 1998).

E como esquecer que o Chile terá nada menos que três desfalques no Ellis Park, enquanto o Brasil deverá ter a volta de Kaká e Robinho? O Chile costuma jogar aberto. Mas logo contra uma equipe conhecida pela contundência do contra-ataque?

No domingo, Alemanha e Argentina confirmaram o favoritismo e já estão entre os oito melhores do mundo. Nos últimos quatro anos, o time verde e amarelo só não ficou neste patamar uma vez, em 1990, quando o agora técnico Maradona passou pelo agora treinador Dunga, antes de tocar para o atacante Caniggia, que passou por Taffarel e marcou o gol dos hermanos. Faz tempo, hein? Pois é.

Para o Chile, a missão de vencer todos essas estatísticas. Parece impossível. Até seria, caso o esporte não fosse o futebol…

Quartas de final – Parte II

Independentemente do outros dois confrontos restantes para a próxima fase do Mundial de 2010, Argentina x Alemanha será, sem dúvida alguma, o jogo mais tradicional das quartas de final. Basta dizer que o duelo decidiu 2 Copas do Mundo.

AlemanhaArgentinaArgentina x Alemanha
Estádio Green Point
Cidade do Cabo, sábado (03/07), às 11h

Até hoje, as duas potências do futebol já se enfrentaram 18 vezes. Deste total, nada menos que cinco jogos foram realizados em plena Copa do Mundo (veja AQUI).

Em 1986, no México, um endiabrado Maradona (contrapartida ao “Dios” para eles) encantou o planeta e bateu a Alemanha na decisão. Quatro ano depois, Brehme marcou o gol germânico dando o troco na final. Há quatro anos, outra coincidência: confronto nas quartas de final. Decisão? Nos pênaltis (vídeo). Tensão pura.

El que no salta es un inglés

Copa do Mundo de 2010: Argentina x México

Não teve jeito. Os hermanos passaram.

O time azteca até começou pressionando, dando uma esperança para os milhões de secadores brasileiros. O México até tentou tocar a bola, mas a partir de um erro da arbitragem, em um gol ilegal do atacante Carloz Tévez, o time se perdeu.

E, paralelamante a isso, a Argentina mandou no jogo. Contou com um vacilo incrível do zagueiro Osorio no segundo gol e num chutaço de Tevéz aumentou novamente. Hernandez ainda diminuiu, mas não passou disso: 3 x 1.

Vitória categórica da Albiceleste neste domingo no Soccer City.

A seleção da Argentina chegou a 10 gols na Copa do Mundo. Assim, o time dirigido pelo poderoso chefão Maradona já tem o melhor ataque. O atacante Gonzalo Higuaín chegou a 4 gols. É o artilheiro isolado no Mundial da África do Sul.

E, assim, como há quatro anos, o país vizinho enfrentará o mesmo adversário na próxima fase da Copa. Nas oitavas, o México. Nas quartas, a Alemanha. Terá pela frente um time germânico ainda mais forte que o de 2006. Mais rápido e contundente.

ArgentinaCom o duelo, que decidiu os Mundiais de 1986 (Argentina) e 1990 (Alemanha), já tem barrabrava cantando forte por aí o tradicional grito de guerra, que ecoa nas arquibancadas há 28 anos, desde a Guerra das Malvinas:

¡Y ya lo ve, Y ya lo ve…el que no salta… es un inglés!

Foto: Fifa

Futuro escrito

Rooney, do Manchester United

Antes da Copa da África, a Nike lançou uma campanha espetacular com grandes craques patrocinados pela empresa (vídeo). O slogan era Escreva o futuro, numa superprodução que mostrava o possível desfecho da carreira dos jogadores diante uma boa atuação no Mundial. Ou de uma frustrante participação…

Entre outros, o italiano Cannavaro, o marfinense Didier Drogba, o francês Ribéry e o inglês Wayne Rooney. Todos eles já estão eliminados do Mundial. No caso do milionário atacante do Manchester United, ele ficaria gordo após a decepção da Copa, e moraria num trailer, como na foto acima…

O atacante de 24 anos chegou como candidato a craque da Copa de 2010. Mas, em 4 jogos, ele atuou durante 342 minutos, finalizou 13 vezes e deixa a Copa sem marcar um golzinho sequer! Como se diz na internet: FAIL.

Algo em comum

Artilheiros da da Copa de 2010 até 26/06, com 3 gols

O Mundial chegou à marca de 50 jogos realizados. Ao todo, foram marcados 107 gols. A artilharia, com 3 gols, está dividida entre seis jogadores: o argentino Gonzalo Higuaín, o eslovaco Robert Vittek, o espanhol David Villa, o uruguaio Luis Suárez, o americano Landon Donovan e o ganês Asamoah Gyan. Confira os perfis.

Higuaín: atacante, 22 anos (10/12/87), 1ª partida na seleção em 2009 (camisa 9) e 1,82m. Clube: Real Madrid (Espanha). Na Copa: 2 jogos, 161 minutos, 11 finalizações, 8 finalizações certas e 3 faltas sofridas.

Vittek: atacante, 28 anos (01/04/82), 1ª partida na seleção em 2001 (camisa 11) e 1,88m. Clube: Ankaragucu (Turquia). Na Copa: 3 jogos, 263 minutos, 7 finalizações, 4 finalizações certas e 5 faltas sofridas.

David Villa: atacante, 28 anos (03/12/81), 1ª partida na seleção em 2005 (camisa 7) e 1,75m. Clube: Valencia (Espanha). Na Copa: 3 jogos, 270 minutos, 12 finalizações, 7 finalizações certas e 6 faltas sofridas.

Suárez: atacante, 23 anos (24/01/87), 1ª partida na seleção em 2007 (camisa 9) e 1,81m. Clube: Ajax (Holanda). Na Copa: 4 jogos, 333 minutos, 15 finalizações, 9 finalizações certa, 13 faltas sofridas.

Donovan: meia, 28 anos (04/03/82), 1ª partida na seleção em 2000 (camisa 10) e 1,73m. Clube: Los Angeles Galaxy (EUA). Na Copa: 4 jogos, 390 minutos, 9 finalizações, 3 finalizações certas, 7 faltas sofridas.

Gyan: atacante, 24 anos (22/11/85), 1ª partida na seleção em 2003 (camisa 3) e 1,86m. Clube: Rennes (França). Na Copa: 4 jogos, 381 minutos, 23 finalizações, 10 finalizações certas e 3 faltas sofridas.

Curiosidade: Donovan é o único “não-atacante” da lista. E também o único eliminado.

Fotos: Fifa