Contra o descenso, Sport joga contra sua própria defesa

Série A 2012: Sport 2x4 São Paulo. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Em 33 partidas na elite nacional, o Sport sofreu 53 gols. Média de 1,6 por jogo.

O time briga com o Bahia para tentar sair da zona de rebaixamento. O rival de Salvador, agora com quatro pontos de vantagem e uma colocação acima, sofreu 37 tentos.

São 16 gols de diferença entre as duas defesas. No ataque, empate, com 32 gols cada.

O hiato na zaga é altíssimo, mas infelizmente não surpreende.

Poucas vezes o Rubro-negro contou com zagueiros tão fracos no seu elenco. Bruno Aguiar, Ailson, Edcarlos, Diego Ivo e Welton (lembram dele?).

Não houve uma dupla titular no Brasileirão até aqui, já em sua reta final.

O critério para jogar ou ir para o banco é basicamente a confiança. A do técnico, não a do jogador. Confiança é algo bastante ausente no Sport.

Na noite deste sábado, quando voltou a ter uma chance de deixar o Z4, o time comandado por Sérgio Guedes teve uma atuação catastrófica na zaga.

Com 31.599 torcedores na Ilha, o Sport tentou encarnar o espírito de decisão. Abriu o placar com Gilberto aos 13 minutos e por pouco o atacante não ampliou logo depois.

Aí, aos 17, começou a série de lambanças. Craque e já negociado por R$ 108 milhões, Lucas avançou desmarcado e arriscou a 33 metros de distância. Saulo não foi bem.

Em seguida, ainda com a torcida tentando empurrar a equipe, o goleiro Saulo cometeu uma falha incrível. Soltou uma bola dominada na frente de Lucas. A virada.

No fim do primeiro tempo, após mais uma mal sucedida subida de Bruno Aguiar ao ataque, ficou o rombo na defesa e, para completar, Rivaldo marcou contra…

Cabisbaixo, o jovem Saulo acabou recebendo apoio de Rogério Ceni, no intervalo.

Na etapa complementar, já com a Ilha fria, Lucas completou o seu hat-trick numa troca rápida de passes do qualificado São Paulo diante de uma zaga plantada.

No fim, Hugo diminuiu o vexame cobrando uma penalidade, 2 x 4. Foi a segunda goleada do visitante na Ilha na Série A. No ano, a terceira. O Paysandu também fez a festa.

Matematicamente, o Sport ainda tem condições de lutar para escapar do descenso.

Com uma defesa tão frágil, o Leão terá que se superar bastante…

Série A 2012: Sport 2x4 São Paulo. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Escolha de Sofia entre Copa do Brasil e Copa Sul-americana

Copa do Brasil / Copa Sul-americana

Uma verdadeira escolha de Sofia no futebol…

A fórmula escolhida pela CBF para definir os representantes do país na Copa Sul-americana criou um grande impasse nos clubes, sobretudo àqueles de menor potencial na disputa para as vagas na Taça Libertadores da América.

A participação no segundo torneio mais importante do continente só será assegurada, necessariamente, em caso de eliminação precoce na Copa do Brasil.

Ou seja, o clube precisa deixar o torneio no máximo até as oitavas de final. Só aí a classificação na “zona da Sul-americana” na Série A, do 5º lugar ao 12º, faria sentido…

Tudo para não chocar as datas das duas competições, diga-se.

Considerando a presença do seu clube na reta final do mata-mata nacional ou a estreia na primeira fase internacional, qual seria a melhor opção? Participe da nova enquete.

Caso ainda não tenha entendido a fórmula de classificação, clique aqui.

Se você pudesse escolher, qual torneio seria prioridade para o seu clube?

  • Náutico - Copa Sul-americana, na primeira fase (29%, 398 Votes)
  • Sport - Copa Sul-americana, na primeira fase (24%, 330 Votes)
  • Sport - Copa do Brasil, nas oitavas de final (19%, 258 Votes)
  • Santa Cruz - Copa Sul-americana, na primeira fase (12%, 168 Votes)
  • Santa Cruz - Copa do Brasil, nas oitavas de final (11%, 155 Votes)
  • Náutico - Copa do Brasil, nas oitavas de final (6%, 78 Votes)

Total Voters: 1.387

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Classificação por estrelas nos estádios brasileiros

Estrelas nos estádios da Uefa. Crédito: Uefa/divulgação

Uma prática tradicional na rede hoteleira é classificar a instalção de uma a cinco estrelas, de acordo com o nível do local.

A avaliação conta número de quartos, estrutura para o hóspede, luxo a disposição…

São dezenas de critérios. Alguns hotéis alcançaram níveis tão altos que criaram uma “sexta” estrela num ranking internacional.

De fato, sempre foi uma tabela importante para qualquer viajante.

Há alguns anos, a ideia foi implantada no futebol europeu, focando os estádios. No Velho Mundo, Wembley, Stade de France e Santiago Bernabéu estão na categoria máxima.

A lista engloba capacidade de público, estacionamento, infraestrutura geral, conforto, iluminação, tecnologia, mobilidade etc.

Agora, o projeto também será executado no futebol do Brasil.

O órgão à frente é justamente o Ministério do Esporte, que irá avaliar todos os estádios do país com capacidade para pelo menos dez mil torcedores.

De acordo com o Cadastro Nacional de Estádios de Futebol, produzido pela CBF, existem 168 locais dentro deste patamar, de um total de 661 estádios (veja aqui).

Considerando o orçamento de R$ 5,4 milhões para o estudo, a média por instalação esportiva será de aproximadamente R$ 32 mil. O resultado será divulgado em 2013.

Em Pernambuco, 7 dos 37 estádios poderão entrar na lista.

Arruda (60.044), Ilha do Retiro (34.200), Aflitos (19.800), Lacerdão (18.000), Gigante do Agreste (12.000), Ademir Cunha (12.000) e Cornélio de Barros (10.300).

Se der tempo, a Arena Pernambuco (46.214) também fará parte.

Na sua opinião, quantas estrelas os estádios locais receberiam?

Assim como nos hotéis, o nível irá de uma a cinco estrelas…

Timbu octogenário e repaginado

Versões do mascote do Náutico, o timbu

Perto de completar 80 anos, o mascote alvirrubro será modernizado.

O Timbu foi criado de forma pejorativa em 1934, num jogo entre Náutico e América, no Campo da Jaqueira. Chovia bastante. Com frio, os alvirrubros beberam uma garrafa de cinzano, gerando a provocação da torcida do Mequinha, chamando o rival de “timbu”.

O marsupial, na cultura popular, gosta bastante do teor alcoólico. De fato, o frio foi atenuado, o Náutico venceu por 3 x 1 e a torcida alvirrubra adotou o apelido.

Agora, o clube abriu inscrição para que o mascote seja repaginado. Na disputa, designers, publicitários, ilustradores, chargistas, cartunista,  desenhistas etc.

No post, seis versões que já circulam na web. Uma delas é a imagem clássica que ilustra revistas e jornais desde a década de 1960 (veja aqui).

O desenho deve ser enviado para marketing@nautico-pe.com.br. Prêmio de R$ 2 mil. Qual é a sua preferência para o estilo do novo mascote? Um Timbu novo à vista…

Cores berrantes de volta às bolas de futebol

Bolas da Nike (Mxim Hi-ViS) e Adidas (Katlego) para a temporada 2013

As regras do futebol foram firmadas em 1863, na Inglaterra. As bolas eram feitas de couro inflado e a cor marrom durou anos. Um século, na verdade.

Até a Copa de 1966, essa cor predominava nas pelotas produzidas mundo afora. Depois disso, o branco se popularizou de maneira incrível nos gramados.

O motivo? Por causa da televisão, literalmente. A introdução da bola branca com detalhes pretos foi uma exigência das emissoras de TV para a transmissão das partidas do Mundial de 1970, uma vez que parte do planeta só tinha acesso a imagens P&B.

Depois, formou-se uma tradição com a “bola branca” durante 40 anos (veja aqui).

A exceções, na prática, eram um jogos na neve. Para não competir com o branco, a bola podia ter uma cor alternativa, geralmente vermelha.

Atualmente, com exibições em HD ou 3D, a cor não é mais uma “necessidade”. Ou seja, campo livre para a fábricas de material esportivo, com tons berrantes.

Em 2013, Nike e Adidas apostam num amarelo que lembra, ainda que vagamente, as bolas de um passado já distante, como os modelos abaixo, de 1924 e 1935.

Bola branca e futebol já não são mais sinônimos…

Deveria haver uma cor específica para bolas oficiais ou é válida a mudança?

Bolas de futebol em 1924 e 1935

Alvirrubro volta a pontuar fora, mesmo sem inspiração

Série A 2012: Santos x Náutico. Foto: RICARDO SAIBUN/AGIF/ESTADÃO

Eram seis derrotas seguidas como visitante.

O último ponto conquistado fora de casa havia sido no próprio Recife, no clássico contra o Sport, no duelo que encerrou o primeiro turno.

Desde então, a soma na tabela ocorreu apenas no estádio dos Aflitos.

As várias vitórias em casa deixaram o Náutico numa situação confortável. No entanto, havia o desgaste por acumular tantos insucessos fora da fronteira pernambucana.

Na noite desta quinta-feira, abrindo a 33ª rodada do Brasileirão, o Alvirrubro ficou no empate sem gols com o Santos e enfim brecou essa sequência.

Nem Neymar nem Kieza, 0 x 0.

Com 42 pontos, o Alvirrubro está a apenas um pontinho da margem de segurança imposta pela atual classificação geral para aniquilar qualquer chance de descenso.

Outrora um caldeirão, desta vez apenas 6.256 torcedores foram à Vila Belmiro. Não assistiram ao melhor dos jogos. Não havia inspiração alguma nas duas esquipes.

O Náutico, na verdade, jogava no erro do Santos. Aos 32 minutos, o atacante Rogério, substituindo Araújo, entrou na área e ao fintar o zagueiro acabou derrubado. Pênalti.

Uma grande chance para Kieza chegar a 13 gols em 16 jogos na Série A. Na cobrança, na melhor das chances, acertou a trave. A bola acertou o poste e foi pra fora.

Susto à parte, Neymar mal chutava a gol. Preferiu o cai-cai. Até os dribles foram escassos, apesar do nervosismo do zagueiro Alemão. Coube a Elicarlos a proteção.

Numa situação normal de temperatura e pressão, o resultado na primeira etapa teria sido bom para o Náutico. Naturalmente, poderia ter sido melhor…

No segundo tempo, o jogo fraco continuou. Aos 21 minutos, Gideão, outra novidade na noite, salvou o Timbu duas vezes no mesmo lance. O pontinho estava garantido.

Série A 2012: Santos 0x0 Náutico. Foto: GUSTAVO EPIFANIO/FOTOARENA/ESTADÃO

Probabilidades da Série A 2012 – A 6 rodadas do fim

Projeções dos sites Infobola e Chance de Gol sobre o rebaixamento na Série A 2012 a 6 rodadas do fim

Os rivais centenários seguem de olho nas contas para evitar o descenso. Confira as projeções após a 32ª rodada da Série A, a favor dos Aflitos e desforável na Ilha.

Os cálculos “anti-rebaixamento” são do Infobola e Chance de Gol, respectivamente.

Confira também a classificação atualizada do Brasileirão e a projeção anterior.

Tomando por base a pontuação do atual 16º colocado, o Bahia (36 pontos), hoje a pontuação mínima para escapar seria de 43 pontos. A projeção se manteve em relação à rodada passada, arredondando os dados para cima, na margem de segurança.

No Náutico, os percentuais de risco variam de 1% a 2,4%. Em tese, o time precisa somar mais 2 pontos. Dois empates. O Timbu ainda terá três jogos nos Aflitos.

Após duas vitórias seguidas, o Sport reduziu o seu índice, agora entre 76% e 85,6%. Necessita de 10 pontos, ou 3 vitórias e 1 empate. Restam três jogos na Ilha e três fora.

Uma ressalva. Segundo o Chance de Gol, com 43 pontos, a margem atual, o risco de queda é considerável, em 15,5%. Com 44, índice de 3,7%. Com 45, um dado de 0,6%.

Além dos sites de probabilidades em campeonatos de futebol, há os cálculos do departamento de matemática da UFMG. Nesta, Náutico em 3,8% e Sport em 67,8%.

A 32ª classificação do Brasileirão 2012

Classificação da Série A de 2012 após 32 rodadas. Crédito: Superesportes

Fim da trigésima segunda rodada da Série A, com uma vitória e um empate do estado. A rodada só acabou nesta quarta por causa do reagendado duelo Figueirense x Botafogo.

A participação pernambucana começou na tarde de domingo, com o empate do Náutico. Desta vez, o poder dos Aflitos não foi suficiente e o Timbu ficou no 0 x 0 com a Lusa.

Na noite do mesmo dia, jogando as suas últimas fichas, o Sport venceu o Atlético-GO por 1 x 0, no Serra Dourada. Saulo, que pegou um pênalti, e Hugo foram os nomes.

A 33ª rodada para os pernambucanos e os retrospectos no Brasileirão:

25/10 (20h00) – Santos x Náutico

Em São Paulo (11 jogos): 3 vitórias alvirrubras, 2 mpates e 6 derrotas

27/10 (17h30) – Sport x São Paulo

No Recife: (15 jogo): 6 vitórias rubro-negras, 6 empates e 3 derrotas

Os caminhos digitais para a pior das práticas no futebol

Denúncia do Águia. Crédito: Roberto Ramalho/Águia

Num passado não muito distante, teriam sido 200 horas de gravação. Com direito a imagens captadas em uma câmera de celular.

Tudo sobre a suposta “compra” de um jogador por parte do rival. Não deu em nada.

Agora, uma nova denúncia de suborno. Mais uma vez com supostas provas através de mídias digitais. Confira a reportagem do Superesportes sobre o caso aqui.

Vivemos na modernização do futebol no pior sentido, com supostos aliciamentos de jogadores, árbitros etc. Da Itália, com um longo histórico de corrupção, ao Recife.

No entanto, ao mesmo tempo em que o avanço tecnológico parece abrir o campo para possíveis atos ilícitos, o combate se torna cada vez mais fácil.

As redes sociais, celulares de banda larga com grande área de atuação e câmeras de alta resolução, entre outras ferramentas, também têm as suas brechas.

Deixam pistas ou até provas sobre ações do tipo…

Ou contraprovas, na verdade, quando a denúncia se mostra vazia.

No esporte, isso é uma prática odiosa desde 1900 e preto e branco. Aos clubes, é preciso resguardar o nome da agremiação. Assegurar a imagem.

Terceiros no caminho, sem papel legal algum, tornam-se peças desnecessárias na engrenagem difícil (e cara) que é o futebol profissional.

O time que hoje é alvo de denúncia até pouco tempo atrás era o queixoso da história.

À justiça (comum e desportiva), o papel de decidir se existem culpados ou não, se as provas são suficientes ou não. É preciso investigar, sempre.

À parte disso, o estrago no planejamento já está feito, com o desvio no foco. Partindo de um pequeno texto por SMS, de uma foto amadora ou um vídeo de poucos segundos.

Enquanto a Fifa não aprova o uso de recursos tecnológicos no futebol, há quem procure utilizá-los da pior forma possível, antidesportiva.

Ainda sobre o complexo assunto, com um debate bem amplo, confira o post “Das denúncias de suborno no futebol à difícil comprovação” clicando aqui.

Qual é a sua opinião sobre o polêmico assunto? Comente, prove, defenda…

As 100 maiores médias de público. Um recifense, coral

Torcida do Santa Cruz. Foto: Paulo Paiva/Esp. DP/D.A Press

No Arruda, a maior média de público na América do Sul em 2011. Foram 36.916 corais.

Os primeiros dados do estudo sobre a presença na arquibancada haviam sido divulgados em junho deste ano, com as colocações de Santa Cruz, Corinthians e Bahia (veja aqui).

Agora, a pesquisa completa da Pluri Consultoria com os 100 clubes que registraram as maiores médias de público na temporada passada.

O bicampeão pernambucano, em 39º, é o primeiro dos três representantes do país na lista, que conta só o público pagante. Mais. É o único do planeta que entrou sem disputar as duas primeiras divisões nacionais. Paixão que não se mede.

Além da quantidade absoluta, há um outro importante dado, com o percentual de ocupação. No caso do Bayern de Munique, o incrível número de “100,1%”.

As 100 maiores médias de público em 2011. Crédito: Pluri Consultoria