A 1ª classificação do Brasileirão 2012

Classificação da Série A de 2012 após 1 rodada

Fim da primeira rodada na divisão de elite do Brasileirão. Apesar dos resultados, Sport e Náutico encerraram o primeiro passo “fora” da zona de rebaixamento…

A 2ª rodada da Série A para os pernambucanos:

26/05 (21h00) – Náutico x Cruzeiro
27/05 (16h00) – Santos x Sport

A seriedade dos jogadores estrangeiros com a TV brasileira

Já virou uma tradição na maior emissora do país. O jogador de futebol que marcar três gols no domingo, em qualquer campeonato profissional do Brasil, tem direito a “pedir a música” no programa Fantástico. A tal música vira a trilha da apresentação dos gols…

Mas não é que coube a um estrangeiro, no caso, o atacante argentino Herrera, do Botafogo, recusar tal homenagem após alcançar a meta?

E olhe que outra brincadeira da emissora, o Inacreditável Futebol Clube, já havia sido rechaçada por outro gringo do time carioca, o uruguaio Loco Abreu (veja aqui).

Outro episódio, em uma reportagem na véspera do jogo, mas também com a veia humorística, foi brecada pelo argentino Barcos, do Palmeiras (veja aqui).

Nos três casos, os gringos não deram qualquer espaço para brincadeirinhas nas entrevistas, em um comportamento bem diferente ao dos jogadores brasileiros.

Exemplos de conduta para um jogador profissional ou mau humor? Comente.

DM9 junto e misturado no Arruda, com ou sem amistoso

Amistoso 2012: Santa Cruz 0x1 CSA. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Esperava-se uma arrecadação mínima de R$ 400 mil. O apelo era enorme.

Nada mais nada menos que manter o atacante Dênis Marques no elenco coral para a disputa da Série C, o grande objetivo do clube nesta temporada.

Com o título estadual acompanhado da artilharia isolada, mesmo estreando apenas na 8ª rodada da competição, o centroavante se credenciou no mercado.

Aquele atleta que havia ficado 600 dias sem atividade alguma cedia espaço para um jogador de renome e revigorado fisicamente.

Chegaram propostas da Série B. Sondagens até mesmo da elite nacional.

Afinal, o salário de R$ 15 mil, atrelado àquela incógnita, não cabia mais.

O esforço da diretoria do Santa Cruz, com direito a um amistoso festivo com o CSA apenas para segurar o ídolo DM9, se fez necessário.

No entanto, a renda neste domingo não correspondeu ao plano. Os 6.021 tricolores presentes no Arruda proporcionaram uma bilheteria de R$ 115.820.

Não seria suficiente para aumentar o contracheque do jogador de maneira “substancial”, como havia planejado o presidente coral, Antônio Luiz Neto.

Calejado, o dirigente não esperou o jogo para concluir a negociação.

Antes da partida, almoçou com Dênis Marques. Garantiu uma receita justa, incluindo luvas, e deverá contar com patrocinadores para equalizar o orçamento.

O salário deverá ficar próximo de R$ 40 mil, abaixo de outras propostas. Para o Santa, seria próximo ao recorde absoluto, de Iranildo, que recebeu este valor em 2004.

Assim, o mandatário recebeu o sinal positivo do atacante. Acordo selado.

O contrato, regularizado no Boletim Informativo Diário da CBF em 1º de fevereiro, valeria até 31 de outubro deste ano. Segue vigente. Até o fim da Terceirona…

E o amistoso? Pois é. Na insossa partida, o time alagoano venceu por 1 x 0, com um belo gol aos 43 minutos do segundo tempo, numa falta cobrada por Ronaldo.

Amistoso 2012: Santa Cruz 0x1 CSA. Foto: Antônio Carneiro/Especial para o Diario de Pernambuco

Castigo timbu no último lance em Santa Catarina

Série A 2012: Figueirense 2 x 1 Náutico. Foto: ANTÔNIO CARLOS MAFALDA

Com Araújo isolado à frente, o Náutico entrou em campo na estreia na Série A com uma postura bastante precavida, disposto a ver de fato qual seria a proposta de jogo do Figueirense, ainda abalado com a perda do título catarinense, em casa.

Com um clima de 18 graus e chuva fina, na noite desta sábado, a torcida local não se fez presente em bom número, reduzindo a pressão da partida em Florianópolis.

Se coordenação, o Figueira se lançou poucas vezes ao ataque no primeiro tempo. Nos dois casos, lances individuais, com Roni e Guilherme Santos.

No primeiro lance, o atacante assustou Gideão, mas o chute foi pra fora. No segundo, o jogador driblou a zaga timbu e bateu firme, de for a da área. Sem sucesso.

Enquanto isso, o Alvirrubro praticamente não contragolpeava, tentando não se exceder na partida. Em compensação, marcou bem, fechando os espaços.

Na etapa final, já consciente de que o adversário não assustava tanto assim, o Náutico até se arriscou algumas vezes. Não muitas, é verdade. Mas pelo menos contra-atacou.

Com apenas 22 segundos, o estreante Araújo perdeu uma chance incrível, num chute cruzado. Aos 28, cara a cara com o goleiro, Araújo desperdiçou de novo.

Quem não faz, leva… Fernandes, com cinco alvirrubros só observando, abriu o placar.

Apesar do baque, a quinze minutos do fim, o Timbu ainda reuniu forças para tentar trazer um ponto de Santa Catarina. Pênalti aos 33, com Ronaldo Alves sendo empurrado.

Com personalidade, Araújo foi para a cobrança. Dessa vez, eficiente.

O empate parecia sacramentado, até que após uma confusão na área o também estreante Caio empurrou para as redes, fazendo o gol da vitória catarinense, 2 x 1.

No Recife, no próximo sábado, o Náutico jogará no mesmo ingrato horário das 21h, mas dessa vez com o calor da torcida nos Aflitos, conta o Cruzeiro. Bola pra frente, Timbu.

Série A 2012: Figueirense 2 x 1 Náutico. Foto: Rubens Flores / Fotoarena

Alta definição no placar eletrônico

Placar eletrônico da Ilha do Retiro em 2012. Foto: Sport/divulgação

Ainda em caráter experimental, o Sport estreou o seu novo placar eletrônico na Ilha do Retiro, que é, na verdade, um telão de LED, em alta definição.

É um novo estágio nos estádios do Recife. Daquelas plaquinhas manuais na década de 1960 ao primeiro placar eletrônico do estado, no Arruda, com lâmpadas amarelas com os nomes dos times, em 1980. Agora, um modelo que transmite a partida e os bastidores.

Um pouquinho de avanço eletrônico não faz mal ao futebol local…

O Náutico inaugurou o seu placar eletrônico (só texto) em 2007. O Santa teve um telão em 2001, na primeira geração, e deverá instalar um modelo semelhante ao da Ilha.

Até porque, além de informações, o equipamento exibe os patrocinadores… Cash.

Um pontinho na tabela e muita raça na camisa

Série A 2012: Sport 1 x 1 Flamengo. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Era uma partida cercada de desconfiança.

O cenário, com a perda do título estadual em casa, no aniversário, a saída do técnico e do camisa 10, além da ausência de reforços de impacto, não era animador para o Sport.

Foi uma uma semana inteira assim, imaginando a postura do Leão na volta à Série A.

Uma conversa aqui e outra ali e nada de otimismo. Os dias foram passando, o novo técnico não chegou a tempo de comandar um treino sequer. Assim, o Rubro-negro foi para a estreia na base do improviso, contra o Rubro-negro carioca, há quase um mês sem jogar e também em uma temporada turbulenta.

Mas, ainda assim, um adversário municiado de atletas como Ronaldinho Gaúcho, Vágner Love, Léo Moura e Kleberson. Time experiente. Ilha do Retiro vazia? Os flamenguistas vieram em peso. A massa do Sport não deixou por menos e o estádio recebeu 28.636 pessoas. Clima quente na noite deste sábado.

E uma surpreendente atuação dos donos da casa, com o time no limite técnico. No primeiro tempo, o goleiro Paulo Victor fez três ótimas defesas. Paulo Victor, o goleiro do Flamengo. Sim, o Sport apresentou um bom futebol.

Parecia disposto a esquecer o revés estadual. Por mais que o time apresentasse algumas lacunas, como Thiaguinho na criação e Rithelly na cabeça de área. Na etapa final, o volume em campo se transformou em gol. Um belo gol.

Num contragolpe pelo lado direito, aos 12 minutos, Moacir bateu cruzado. Acabou acertando o zagueiro, mas a bola sobrou para Marquinhos Gabriel, que dominou e bateu com muita categoria, no ângulo direito do goleiro.

Só não havia gás para tudo isso. Com o passar do tempo a postura agressiva foi virando uma cadência e no fim acabou com o desgaste em campo, seguido de desatenção.

Vágner Love, que havia perdido um gol feito aos 20, não perdeu a segunda chance, aos 28. Se aproveitou de uma falha de marcação do Sport e tocou no cantinho de Magrão. Depois, o Fla evoluiu. O Sport até acertou o travessão, mas ficou nisso, 1 x 1.

Falta bastante para o Sport se tornar competitivo no Brasileirão de 2012. Fato.

Mas pelo menos em um critério o time parece ter se superado: raça. Já é alguma coisa.

Série A 2012: Sport 1 x 1 Flamengo. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Começa a dura batalha na elite nacional

Leão e Timbu na luta d Série A. Arte: Jarbas Domingos/DP

19 de maio de 2012.

Começa o Campeonato Brasileiro da Série A.

Será uma longa temporada com 38 difíceis rodadas para os pernambucanos, com adversários bem mais qualificados, em um resultado direto da disparida financeira.

Futebol é negócio. Faz parte do jogo.

Sem chororô, é encarar a disputa mirando um futuro melhor.

Financeiramente, claro.

Então, basta evitar o Z4 em 2 de dezembro de 2012, na jornada final.

Sob desconfiança, Leão e Timbu largam com um objetivo simples. No papel…

À dupla centenária, boa sorte!

Confira a arte de Jarbas Domingos em uma resolução maior aqui.

Todos com a Nota, nem todos no TCN e R$ 7 milhões no caixa

Todos com a Nota

Como acontece desde 1998, o governo do estado vai subsidiar parte dos ingressos dos clubes pernambucanos no Campeonato Brasileiro.

Abaixo, os valores acordados para a campanha Todos com a Nota visando o Nacional de 2012, em todas as suas divisões. No entanto, segue uma pendência…

O Santa Cruz não aceitou o valor do bilhete abaixo dos dois rivais na elite (veja aqui).

Os valores devem ser diferentes de acordo com a divisão? Comente.

Ao todo, o governo estadual poderá gastar até R$ 7.024.000 apenas no Brasileiro…

Série A – Valor pago pelo governo por bilhete: R$ 13

Sport e Náutico
Ingressos do TCN: 8 mil (cada)
Renda por jogo: R$ 104 mil
Total nas 19 partidas: R$ 1,976 milhão

Série C – Valor pago pelo governo por bilhete: R$ 8

Santa Cruz
Ingressos do TCN: 20 mil
Renda por jogo: R$ 160 mil
Total: R$ 1,44 milhão (1ª fase, 9 partidas) ou R$ 1,92 milhão (até a final, 12)

Salgueiro
Ingressos do TCN: 8 mil
Renda por jogo: R$ 64 mil
Total: R$ 576 mil (1ª fase, 9 partidas) ou R$ 768 mil (até a final, 12)

Série D – Valor pago pelo governo por bilhete: R$ 6

Ypiranga e Petrolina
Ingressos do TCN: 4 mil (cada)
Renda por jogo: R$ 24 mil
Total: R$ 96 mil (1ª fase, 4 partidas) ou R$ 192 mil (até a final, 8 )

O valor de mercado dos elencos da Série A

Valor de mercado da Série A 2012. Crédito: Pluri/Consultoria

Uma avaliação time por time, considerando um critério simples: cash.

Os elencos vão mudar bastante até o fim do Campeonato Brasileiro, considerando a valorização (ou desvalorização) dos atletas, além das inúmeras contratações.

Porém, confira o valor de mercado dos 20 times, de acordo com a Pluri Consultoria, antes da abertura da maior competição do país.

Os números do estudo só levam em consideração a avaliação dos jogadores em 2012. O estudo foi feito a partir de um sistema eletrônico com 55 critérios.

Ao todo, uma projeção de R$ 2,6 bilhões, um dado 6,3% maior em relação ao Brasileirão de 2011. Na média por estados, Pernambuco tem o menor valor de mercado…

Valor médio dos elencos, estado por estado, na Série A de 2012. Crédito: Pluri Consultoria

A idolatria de Ronaldinho, desproporcional ao gás em campo

Ronaldinho Gaúcho chega no Aeroporto dos Guararapes. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Melhor jogador do mundo em 2004 e 2005, eleito pela Fifa, Ronaldinho Gaúcho foi apontado como um dos maiores craques do futebol brasileiro em todos os tempos.

O ponto alto da carreira, contudo, se tornou uma fração de tempo entre tantos episódios à parte do que o profissionalismo exige, sobretudo na questão física.

E vieram os (maus) resultados, tomando a Seleção Brasileira como exemplo.

Apagado no Mundial de 2006, mais ainda nos Jogos Olímpicos de 2008.

Na Copa do Mundo de 2010 acabou fora da lista. O mesmo ocorre na Olimpíada de 2012.

Ou seja, a curva se apresenta de forma descendente na Canarinha.

Financeiramente, não. O seu salário no Flamengo é de R$ 1,8 milhão. Um cash potencializado pelo gigantesco poder de mídia do meia-atacante, centro dos holofotes.

É um dos principais focos de torcedores, pautas e polêmicas no país.

Em campo, ainda procura corresponder a expectativa depositada pelo clube carioca. Passividade para cair na marcação, poucas arrancadas e finalizações.

Uma ou outra pedalada, firula e só. Bem abaixo do potencial de um atleta de 32 anos.

A chegada de Ronaldinho no Recife para a abertura da Série A, com dois seguranças particulares do time carioca, não foi força de expressão. Era questão de necessidade…

A idolatria ainda existe, como ficou claro com a presença dos torcedores do Fla aqui no Nordeste. Resta saber até quando o futebol terá gás para acompanhar esse nível.

Ronaldinho Gaúcho chega no Aeroporto dos Guararapes. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco