Nova Fonte Nova antes do Ba-Vi dos velhos tempos

Arena Fonte Nova em 6 de abril de 2013. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Salvador – Mais um estádio nordestino abre as portas com o mais alto padrão de infraestrutura no futebol. Repaginada, remodelada, reconstruída. Tanto faz a denominação. A verdade é que a arena soteropolitana tem tudo para fazer o festeiro torcedor baiano esquecer a antiga Fonte Nova, outrora o maior estádio da região. A capacidade de público foi superada pelo Castelão, com 64 mil. Na Bahia, a arena, que mantém a abertura na ala sul, associando a sua composição ao Dique do Tororó, foi erguida com 51 mil lugares.

Assim como ocorreu em Fortaleza, o blog esteve presente nos preparativos finais para a abertura de fato e de direito, com bola rolando, em vez de atos políticos. Como parece ser de praxe na organização brasileira para a Copa do Mundo, operários ainda davam os últimos ajustes a 24 horas do Ba-Vi, agendado para o domingo. Pequenos detalhes. Cadeiras, limpeza, iluminação, testes no placar eletrônico, som, para os shows de Ivete Sangalo e Claudia Leitte. Tudo isso numa tarde de sábado.

Confira algumas imagens da rápida visita liberada para a imprensa. No clássico, com 41.500 ingressos liberados pela Fifa, serão 58% para os tricolores e 42% para os rubro-negros da Boa Terra. Será que na Arena Pernambuco também teremos uma divisão fora do padrão 80%/20% em vigor nos clássicos recifenses? Um bom desempenho na Fonte Nova pode viabilizar a ideia.

Saiba mais sobre a Arena Castelão e a Arena Pernambuco.

Harlem Shake da Sulanca

Harlem Shake do Ypiranga, de Santa Cruz do Capibaribe. Crédito: Youtube/reprodução

Brigando por uma vaga na semifinal do Estadual, os jogadores do Ypiranga surpreendem na competição e demonstram isso com o clima no vestiário.

Foi o primeiro time do interior a entrar na onda do Harlem Shake. O vídeo da Máquina de Costura foi produzido pelo goleiro do time Cley Raguzoni.

Desde que o Campeonato Pernambucano passou a adotar a fórmula da semifinal, os representantes do interior foram Central (2010), Porto (2011) e Salgueiro (2012). Chegou a vez do clube da Capital da Sulanca?

Confira outros harlem shakes do futebol clicando aqui.

Pernambuco triplamente representado na Série D com fórmula pouco ortodoxa

Química

O futebol do estado terá três clubes na Série D de 2013. O primeiro já é conhecido, o Salgueiro, que acumulou o segundo rebaixamento seguido na temporada passada. As outras vagas serão alcançadas via Pernambucano.

Sim, duas. O regulamento do Estadual reserva apenas “uma”. Isso porque a quarta divisão nacional sofreria uma reformulação neste ano.

Reduziria de 40 para 32 clubes, com o objetivo de alavancar o torneio, que faz jus ao status de “porão” do futebol nacional, com pouco incentivo.

Contudo, a ideia ficou para depois e em 2013 a Série D terá o mesmo formato.

Assim, Pernambuco, que perderia uma vaga na mudança, se mantém com dois times à parte dos quatro rebaixados da terceirona. Vamos, então, aos critérios de classificação. Como de praxe em Pernambuco, pouco ortodoxos.

A primeira vaga irá para o 4º colocado local, desde que o time não seja um dos grandes do Recife ou o Salgueiro, já garantidos nas divisões acima.

O regulamento é claro: tem que ser, necessariamente, o 4º lugar.

Se for além e ficar entre os três primeiros lugares, esta equipe perderá a vaga na Série D, trocando pelas vagas na Copa do Brasil e Copa do Nordeste.

Eis o segundo passe na fórmula.

Considerando que um time intermediário seja o 4º lugar, a segunda vaga será para o melhor time do octogonal, com os eliminados do segundo turno e que definirá os dois rebaixados à segunda divisão local.

Se um time do interior, fora o Carcará, ficar entre os três primeiros colocados, então as vagas na Série D serão destinadas aos dois melhores do octogonal.

Entendeu?

Segundo o presidente da FPF, Evandro Carvalho, o pedido para a vaga direta apenas ao 4º lugar do Estadual, sem acumular vaga em outros torneios, foi um pedido dos dirigentes dos times do interior, para “ratear” as participações.

Conseguiu entender tudo mesmo?

O mico do mascote escolar

Mascote dos Jogos Escolares de Pernambuco 2013. Crédito: governo do estado

Confira o mascote dos Jogos Escolares de Pernambuco desta temporada.

O sagui-de-tufo-branco.

O tal símio representará o torneio de 2013, com a participação de 60 mil jovens atletas de mil escolas públicas e particulares.

Ainda sem nome, o mascote já foi apelidado de Kimico.

Sobre o evento, surgido no estado na década de 1950, são treze modalidades: futsal, handebol, vôlei, basquete e futebol de campo, xadrez, tênis de mesa, natação, judô, atletismo, taekwondo, ginástica rítmica e ciclismo.

Ao todo, um investimento de R$ 2,5 milhões para a realização dos JEPs.

Arena Pernambuco na contagem regressiva, a doze dias da abertura

Arena Pernambuco em abril de 2013. Foto: Eduardo Martino/Odebrecht

A abertura oficial da Arena Pernambuco será em 14 de abril.

Sem um jogo de futebol oficial, mas com uma cerimônia pública.

A doze dias da entrega da obra, com os dados sobre o avanço físoco próximos a 100%, os operários correm para as última etapas do empreendimento.

Cobertura finalizada, gramado plantado, instalação de cadeiras na reta final, refletores e placar eletrônico sendo montados.

Resta, ainda, a moderna e milionária fachada. A estrutura metálica está pronta.

Falta colocar ao redor do estádio as membranas em formato de almofadas de etileno tetrafluoretileno combinadas com LED. Gasto de 12 milhões de euros.

Faltam menos de duas semanas para que o público conheça a versão definitiva do projeto. Hora de correr, mais do que nunca…

Arena Pernambuco em abril de 2013. Foto: Eduardo Martino/Odebrecht

Tecnologia da linha do gol a caminho da arena pernambucana

Tecnologia do gol da Fifa. Crédito: Fifa/divulgação

Os 16 jogos da Copa das Confederações de 2013 terão o monitoramento de um moderno sistema de câmeras no gol.

Entre as quatro tecnologias oficializadas pela Fifa, para este torneio foi escolhido o sistema de câmeras posicionadas para as traves (veja aqui).

Ao todo, serão 14 câmeras espalhadas no estádios, posicionadas no alto, direcionadas para as traves. Mediante consulta dos árbitros, os jogos poderão ser paralisados para a avaliação se a bola entrou ou não.

Em breve, portanto, a Arena Pernambuco contará com a tecnologia da linha do gol (TLG), produzido pela empresa alemã GoalControl GmbH.

O uso de tecnologia nos jogos de futebol foi aprovado em uma decisão histórica em 5 de julho de 2012 pela International Football Association Board (IFAB).

Se o equipamento for mantido posteriormente, as futuras decisões do campeonato estadual poderão ser menos polêmicas…

Borderô do clássico nos Aflitos evita vexame na média de público do Timbu

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico 0x2 Santa Cruz. Foto: Daniel Leal/DP/D.A Press

O primeiro clássico nos Aflitos no estadual reuniu 15.677 torcedores. Foi o maior público na casa alvirrubra neste ano. Esse dado associado ao borderô no Cornélio de Barros, com 6.544 pessoas em mais uma derrota do Salgueiro, enfim eleva o Náutico à terceira colocação no campeonato das multidões.

Um indício para evitar um vexame em relação à presença de público do Timbu, que ainda terá a garantia da semifinal em casa para aumentar o índice. A participação no apagado primeiro turno só fez piorar a estatística.

Mesmo sem ter jogado um clássico no Arruda, onde terá o Clássico das Multidões no dia 14 de abril, o Santa segue na confortável primeira colocação. Em relação à renda bruta do Pernambucano, o montante é de R$ 3.595.864, com média de R$ 39.954. Confira abaixo as cinco maiores médias de público após a 9ª rodada do segundo turno.

1º) Santa Cruz (5 jogos como mandante)
Total: 66.202
Média: 13.240
Contra intermediários (5) – T: 66.202 / M: 13.240

2º) Sport (5 jogos como mandante)
Total: 51.937
Média: 10.387
Contra intermediários (4) – T: 33.330 / M: 8.332

3º) Náutico (9 jogos como mandante)
Total: 73.894
Média: 8.210
Contra intermediários (8) – T: 58.217 / M: 7.277

4º) Salgueiro (5 jogos como mandante)
Total: 39.078
Média: 7.815

5º) Central (8 jogos como mandante)
Total: 49.048
Média: 6.131

Dados da FPF. Confira os dados do Campeonato das Mutidões de 2012 aqui.

Por uma Copa do Brasil sem fantasmas para os pernambucanos na primeira fase

Copa do Brasil 2013. Crédito: CBF/divulgação

Pausa no campeonato estadual para os primeiros voos da revigorada Copa do Brasil. Teoricamente, as primeiras fases são usadas pelos clubes mais tradicionais para “aclimatar” os elencos ao formato do torneio.

Rápido, sem espaço para erros, com mais pressão da arquibancada.

Obviamente, nem sempre isso acontece. Há espaço para surpresas, todos os anos. No caso pernambucano, há um rombo histórico nesta etapa.

Das 57 campanhas pernambucanas na Copa do Brasil desde 1989, em 11 oportunidades os representantes locais não passaram sequer da primeira fase.

Eis os fantasmas: Sergipe (1992), Treze (1999), América-MG (1999), América de Natal (2000), ABC (2001), Corintíans-RN (2003), Ulbra-RO (2007), Fast-AM (2008), Americano-RJ (2009), Sampaio Corrêa (2011) e Penarol-AM (2012).

Com seis eliminações precoces, o Santa Cruz já tem um certo temor. Com duas eliminações, Náutico e Sport também já viveram noites constrangedoras. O Porto, em 1999, lembra ao estreante Salgueiro que a missão do interior na primeira rodada é um tanto indigesta, devido ao menor poder econômico.

Santa e Sport vão estrear nesta quarta, 3 de abril. Náutico e Salgueiro no dia 10.

Entre os rivais, Guarani de Juazeiro-CE, Vitória da Conquista-BA, Crac-GO e Boa Esporte-MG, respectivamente. Qual deles será o fantasma da vez?

Confira um post com todas as campanhas dos times locais na copa aqui.

As manchetes pós-clássico no Recife

Capas do Diario de Pernambuco e do caderno Superesportes do dia 1º de abril de 2013

As capas do Diario de Pernambuco pós-clássico no futebol do estado.

Nas bancas desta segunda-feira, a vitória do Santa Cruz sobre o Náutico por 2 x 0, no Clássico das Emoções nos Aflitos, estampa a manchete do jornal e também do caderno Superesportes.

Confira as capas em uma resolução maior aqui e aqui.

A semifinal pernambucana proibida para estádios menores

Regulamento do Pernambucano 2013.

O regulamento foi assinado pelos doze clubes. Portanto, os dirigentes não têm o direito de reclamar. Os torcedores, que em momento algum participaram da discussão sobre o Pernambucano, acabam ficando com ônus das decisões.

No Estadual de 2013 a capacidade mínima é de cinco mil espectadores, nos turnos regulares. Na fase decisiva, com a semifinal e afinal, no entanto, o número sobe para dez mil lugares. De cara, quantas torcidas ficam alijadas?

Do interior, apenas Central e Porto, no Lacerdão, e Salgueiro, no Cornélio de Barros, têm a disposição estádios com a capacidade de público necessária.

Chã Grande, Pesqueira, Belo Jardim, Petrolina, Serra Talhada e Ypiranga jogam em palcos menores. Chã Grande e Pesqueira, por falta de condições estruturais, sequer disputam o turno em suas cidades.

Hoje, o 4º lugar é o Ypiranga. Vale a reflexão sobre o fato de a Máquina, em caso de classificação, ter que se deslocar até Caruaru para a semifinal…