A maior Série A2 da história do Estadual

Ofício de inscrição do Campeonato Pernambucano da 2ª divisão de 2013. Crédito: FPF/divulgação

A pioneira edição da segunda divisão do Campeonato Pernambucano, nos moldes atuais, foi em 1977. O torneio parou ali mesmo. Só voltou em 1995 com a interiorização do futebol no estado. Desde então, uma sequência ininterrupta.

Em 2013, portanto, a Federação Pernambucana de Futebol irá organizar a vigésima edição da Segundona, oficialmente chamada de “Série A2”.

O número de times poderá ter um recorde neste ano. Foram 8 equipes em 2011 e 15 em 2012. Segundo Evandro Carvalho, presidente da FPF, o total de inscritos poderá checar a 30. Sim, trinta clubes. A princípio, utópico.

A entidade, apesar do ofício para os interessados, ainda não divulgou a lista.

O campeonato desta temporada deve marcar ainda uma série de novidades estruturais, com a formação de elencos Sub 23, visando a revelação de atletas, com limite para três (ou cinco) jogadores sem limite de idade.

Além disso, justamente para movimentar a base, Náutico, Santa Cruz e Sport deverão competir. Porém, com o time “B”, sem a possibilidade de acesso, conforme já informado no blog (veja aqui).

Você é a favor da inscrição do time "B" dos três grandes clubes do Recife na segunda divisão Pernambucano?

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Camisas históricas dos grandes clubes pernambucanos. Raridades à disposição

Exposição de Camisas Históricas de Náutico, Santa Cruz e Sport, no Plaza Casa Forte

Uma exposição com camisas históricas do futebol pernambucano, desde a década de 1970, está armada no Plaza Shopping, em Casa Forte.

Os 24 uniformes de Náutico, Santa Cruz e Sport, de títulos históricos e craques inesquecíveis, foram reunidas num trabalho que certamente contou com a colaboração de colecionadores e seus acervos movidos pela paixão clubística.

No post, algumas imagens dos três stands dos grandes clubes do Recife, com a colaboração do alvirrubro Fernando Guerra e dos tricolores Juliana Nobre e João Cruz, entre outros torcedores. A exposição, aberta, vai até 4 de abril.

No Náutico, destaque para o uniforme de Baiano, campeão em 1985, a camisa de goleiro de 1981, dos títulos estaduais mais recentes, entre outras.

Fotos dos padrões das campanhas no Pernambucano de 1981 e 1985.

Stand do Náutico na Exposição de Camisas no Plaza Shopping, em Casa Forte. Foto: Fernando Guerra/divulgação

No Santa Cruz, a camisa do título estadual de 1993, uma das últimas produzidas com malha. Há, claro, modelos dos anos 70, época mais vitoriosa dos corais.

Camisas do Brasileiro de 1977 e do tri-supercampeonato estadual de 1983.

Stand do Santa Cruz na Exposição de Camisas no Plaza Shopping, em Casa Forte. Foto: Juliana Nobre/divulgação

No Sport, camisas das últimas duas décadas, com o domínio local. Também estão as camisas dos dois títulos nacionais e da participação na Libertadores

Uniforme do Brasileirão de 1987 e da participação na LIbertadores de 2009.

Stand do Sport na Exposição de Camisas no Plaza Shopping, em Casa Forte. Foto: Fernando Guerra/divulgação

Com o foco retomado, mais uma goleada alvirrubra na conta

Pernambuco 2013, 2º turno: Central 0x4 Náutico. Foto: Bernardo Dantas/DP/D.A Press

O Náutico entrou no Lacerdão na liderança do campeonato estadual e ampliou a vantagem na classificação após os noventa minutos, agora com 18 pontos, garantindo a ponta até o dia 31 de março. Serão onze dias até a próxima partida.

Até o próximo clássico, o das emoções.  Na noite desta quarta-feira, no jogos isolado que abriu a oitava rodada, goleada sobre o lanterna Central por 4 x 0. O início do Alvirrubro, disposto a apagar imagem do domingo, foi avassalador.

Espanando de todo jeito, a Patativa, numa má fase técnica e física que assusta, manteve a igualdade até os 28 minutos. Melhor em campo, Martinez esbanjava categoria, no passe e no senso tático. Iniciou a jogada do primeiro gol, acertando o travessão. O lance seguiu num bombardeio e Marcos Vinícius completou.

Em todo o jogo o Central só teve duas oportunidades para reagir. Ambas com Tavares, na pequena área. Uma em cada tempo. O atacante desperdiçou as duas. Eficiente, o Timbu consolidou a vitória no segundo tempo, diminuindo os espaços no meio campo e contragolpeando. Chegou várias vezes e marcou.

Aos 17, Vinícius Pacheco, que acabara de entrar. Aos 28, Rogério, pela 12ª vez no Pernambucano. Ficaria a um do também alvirrubro Elton. Mas segue a dois tentos, pois Elton não deixou por menos e também mandou pro gol, aos 33.

Neste turno são seis vitórias do Timbu e cinco goleadas. Sem abatimento, mas com a pressão do próximo de jogo, novamente de grande porte. Outro clássico.

Pernambucano 2013: Porto 0x4 Central. Foto: centralsc.com.br

Caminho da luz até a Arena Pernambuco

Arena Pernambuco e o projeto de energia solar. Crédito: Odebrecht

A ideia de transformar a Arena Pernambuco em um “projeto verde” na Copa do Mundo passa sobretudo pela energia solar. Ou seja, energia limpa. Um dos braços da companhia responsável pela obra, a Odebrecht Energia firmou uma parceria com a Neoergia para a implantação dos painéis solares.

O portal da construtora divulgou um gráfico sobre o processo. A luz captada pelas células fotovoltáicas, num área próxima, irá resultar na geração de energia para operar o próprio estádio. A usina terá capacidade para 1MW de potência.

A redução no consumo de energia convencional, da rede da Celpe, poderá ser de até 85%. Quando não abastecer o estádio, a energia deverá ser destinada às moradias previstas para a futura Cidade da Copa, em São Lourenço.

Que o sol reduza a possibilidade de apagões no futuro do futebol do estado…

Saiba mais sobre os tópicos autosustentáveis da arena aqui.

Recorde de público no Pernambucano sem motivos para comemorar

Pernambucano 2013, 2º turno: Sport 2x1 Náutico. Foto: Youtube/reprodução

O Clássico dos Clássicos na Ilha, o primeiro deste Estadual, proporcionou o maior público e a maior renda da competição até aqui. No entanto, os dados não foram satisfatórios. Foram apenas 18.607 pessoas e R$ 301.580 no borderô.

Curiosamente, o primeiro clássico na edição passada também foi entre rubro-negros e alvirrubros na Ilha do Retiro. Na ocasião, 24.617 torcedores e uma arrecadação de R$ 430.900. E olhe que a própria média no preço do ingresso foi maior em 2012, com R$ 17,50, contra R$ 16,20 do último domingo

E assim segue o Campeonato Pernambucano de 2013, agora com 78 partidas realizadas. Ao todo, um público de 420.111 pessoas, com média de 5.386.

Em relação à renda bruta da competição, o montante é de R$ 2.954.163, com média de R$ 37.873. Confira abaixo as cinco maiores médias de público.

1º) Santa Cruz (4 jogos como mandante)
Total: 52.893
Média: 13.223
Contra intermediários (4) – T: 52.893 / M: 13.223

2º) Sport (4 jogos como mandante)
Total: 44.033
Média: 11.008
Contra intermediários (3) – T: 25.426 / M: 8.475

3º) Salgueiro (4 jogos como mandante)
Total: 32.534
Média: 8.133

4º) Náutico (8 jogos como mandante)
Total: 58.217
Média: 7.277
Contra intermediários (8) – T: 58.217 / M: 7.277

5º) Central (7 jogos como mandante)
Total: 44.927
Média: 6.418

Dados da FPF. Confira os dados do Campeonato das Mutidões de 2012 aqui.

Pernambucano 2013, 2º turno: Sport 2x1 Náutico. Foto: Youtube/reprodução

A pesquisa de torcida da vez no Recife

A pesquisa da vez sobre torcidas foi produzida pelo Instituto Maurício de Nassau, do portal Leia Já. Com 624 entrevistados nos dias 7 e 8 de fevereiro deste ano, no Recife, o material traz um questionário amplo, com 32 páginas (veja aqui).

Abaixo, alguns quadros do estudo selecionados pelo blog. No primeiro, um aumento no número de desinteressados por futebol. Em 2011, numa pesquisa local realizada pelo Instituto Plural, o índice foi de 26%. Agora, 32%.

Já no número de torcedores dos times pernambucanos, destaque para a distância entre Sport e Santa Cruz, num dado acima de pesquisas anteriores, e a proximidade de Santa e Náutico, incomum.

Por outro lado, os corais, que lideram a média de público do Estadual há quatro anos, registraram a maior proporção entre aqueles que vão a campo efetivamente. Os rubro-negros ficaram atrás inclusive dos alvirrubros.

Confira as últimas pesquisas de torcida no estado clicando aqui.

Pesquisa de torcidas do Instituto Maurício de Nassau em 2013

Pesquisa de torcidas do Instituto Maurício de Nassau em 2013

Pesquisa de torcidas do Instituto Maurício de Nassau em 2013

Pesquisa de torcidas do Instituto Maurício de Nassau em 2013

As bolinhas secretas no sorteio de Sandro Meira Ricci entre FPF, comissão e clubes

Sorteio na sede da FPF. Foto: FPF/divulgação

Os sorteios de arbitragem no futebol pernambucano são públicos, alguns deles até mesmo na frente da sede da FPF, no bairro da Boa Vista. Passando na calçada do tradicional prédio é possível assistir ao sorteio sem problemas.

Diante dos representantes dos clubes, as duas opções possíveis são sorteadas. Tudo para evitar qualquer desconfiança de bolinhas “frias” e bolinhas “quentes” nos nomes indicados para as partidas do campeonato estadual.

Digamos, portanto, que é uma das maiores coincidências já vistas no futebol local a escalação de Sandro Meira Ricci, do quadro da Fifa, para a disputa entre Central e Náutico, no Lacerdão, na quarta-feira.

Curiosamente, um dia depois de o presidente timbu, Paulo Wanderley, desafiar a federação a escalar o árbitro nos próximos jogos do Alvirrubro após a atuação de Ricci no Clássico dos Clássicos na Ilha do Retiro, com vitória leonina.

Desafio público e resposta velada no sorteio da comissão estadual de arbitagem. Coincidências do centenário futebol local. A confusão continuaria.

Autônoma, a comissão teve uma atitude de “pirraça de criança”, nas palavras do presidente da FPF, Evandro Carvalho, ao blog. Ele revelou uma regra interna da federação que impossibilita um árbitro apitar jogos seguidos de um mesmo time.

Ou seja, o sorteio desta segunda está anulado. Com ou se bolinhas frias, Gilberto Freire é o novo nome. Sobre Ricci, Evandro encerrou a polêmica…

“Sandro Meira Ricci estará em todos os sorteios dos clássicos e das finais do Estadual. Podem reclamar 24 horas por dia. Não adianta.”

Por sinal, a nota atribuída a Ricci no ranking interno da FPF foi 9,0.

Atualizações: à noite, os integrantes da comissão entregaram os cargos. No dia seguinte, terça-feira, a integrantes da Ceaf voltaram atrás…

Sorteio na sede da FPF. Foto: FPF/divulgação

O mistério da ajuda mensal da FPF aos clubes

Sherlock Holmes

Superavitária e com patrimônio líquido de R$ 3,7 milhões, a Federação Pernambucana de Futebol tem o papel de fomentar os clubes do estado.

Seja organizando a competição, o calendário e, por que não, com ajuda financeira aos clubes. Verba para reforma de gramado, pagamento de folha etc.

Nesta segunda-feira o Sport “denunciou” uma ajuda mensal da entidade no valor de R$ 180 mil a um “coirmão” para viabilizar os salários (veja aqui).

O texto não cita nominalmente Náutico ou Santa Cruz, o que é até pior, pois só deixa no ar a nuvem de dúvidas. Ao blog, o presidente coral, Antônio Luiz Neto, negou veemenente a antecipação dita pelo site rubro-negro.

“De jeito nenhum que recebemos esse dinheiro. E mais. Se existisse essa verba não haveria problema algum, porque a FPF sempre ajudou os clubes quando possível. Já socorreu várias vezes o próprio Sport.”

O presidente timbu, Paulo Wanderley, também em entrevista por telefone, foi ainda mais duro ao negar a informação.

“Não tem nada, nada, nada. Da FPF nós só recebemos o repasse do Todos com a Nota. O Sport tem que cuidar da vida dele. Soube dessa nota e o débito (trabalhista) é menor. E sobre essa ajuda da federação é um absurdo. O Sport tem que parar com isso e se preocupar com só ele.”

Nota-se que há um impasse no episódio.

E o que é pior… Uma rusga entre as diretorias. Absolutamente desnecessário.

Contatado pelo blog, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, comentou sobre a existência de um fundo de investimentos que antecipa receitas aos clubes, com crédito de R$ 1 milhão. Empréstimos sem periodicidade mensal.

Atualmente, a entidade libera até R$ 300 mil por mês, somando a ajuda a todos os clubes. O Santa Cruz já fez parte dessa lista, sem ilegalidade alguma.

O rombo trabalhista dos grandes clubes pernambucanos

Carteira de trabalho no Brasil

As dívidas trabalhistas, com a possibilidade de execuções sumárias, há anos comprometem as receitas dos clubes do futebol no país, envolvidos num histórico de gestões pouco apegadas aos plenos direitos do trabalhador.

Uma hora a conta a chega. Em Pernambuco, o rombo é milionário.

Chegou ao ponto de ser necessário costurar um acordo na Justiça do Trabalho. Envolveu alvirrubros, rubro-negros e tricolores. A articulação em 2003 destinou 20% das receitas do trio, desde então, para reduzir as dívidas trabalhistas.

Posteriormente, outros acordos foram feitos, parcelando o rombo. Mas pagam uma, surge outra. Pagam uma parcela, deixam de pagar duas. A história segue.

Em quatro anos, a dívida trabalhista dos três clubes caiu de R$ 62 milhões para R$ 60,5 milhões, mas longe de uma distribuição uniforme.

Em 2009, as dívidas eram as seguintes:

Santa Cruz, R$ 25 milhões. Sport, R$ 20 milhões. Náutico, R$ 17 milhões.

Em 2013, os dados foram “revelados” em uma nota oficial do Sport. Ainda que os coirmãos tenham sido citados como times “A” e “B”, não é muito difícil elencar as equipes, analisando em cima desses supostos números.

Porém, o blog questionou os presidentes de Santa e Náutico sobre as informações. O tricolor Antônio Luiz Neto confirmou o dado divulgado no site leonino, uma vez que havia julgamentos em curso antes de sua gestão.

Já o alvirrubro Paulo Wanderley disse que o montante seria “bem menor”, com tempo de pagamento três anos mais curto. Em vez de R$ 18 milhões, como na nota, o balanço mais recente apresenta R$ 300 mil a menos (veja aqui).

Portanto, após a apuração dos dados, vamos aos possíveis números.

Santa Cruz, R$ 40 milhões. Náutico, R$ 17,7 milhões. Sport, R$ 2,8 milhões.

Considerando isso, nos últimos quatro anos os corais tiveram um preocupante aumento de 60%. O Timbu elevou a dívida em 4%, quitando várias e administrando novas pendências. O Leão, por sua vez, registrou queda de 86%.

Surpreende esse quadro até porque o acordo judicial está completando uma década. Mesmo com 1/5 da receita para esse objetivo, ainda há um aumento?

Eis os prazos para quitas os débitos, devidamente equacionados:

Sport em julho de 2015. Náutico em 2018. Santa Cruz em 2031.

Até zerar essa conta organizar o futebol não será uma tarefa fácil.

As manchetes pós-clássico no Recife

Capas do Diario de Pernambuco e do caderno Superesportes do dia 18 de março de 2013

As capas do Diario de Pernambuco pós-clássico no futebol do estado.

Nas bancas desta segunda, a vitória do Sport sobre o Náutico por 2 x 1, no Clássico dos Clássico na Ilha do Retiro, estampa a manchete do jornal e também do caderno Superesportes.

Confira as capas em uma resolução maior aqui e aqui.