Após o recorde de público no sertão pernambucano logo na estreia, o estádio Cornélio de Barros registrou uma nova marca, com os 9.044 torcedores no jogo em que o time da casa bateu o Sport e permaneceu na liderança.
Com isso, alcançou, também, a 4ª média de público do Estadual. Assim, passa agora a fazer parte da lista do blog, atualizada a cada rodada da competição.
Surpreende o fato de a cidade de Salgueiro ter apenas 55 mil habitantes. Caruaru, sede do Central e maior cidade do interior pernambucano, tem 300 mil.
A 6ª rodada teve 55.322 pessoas nos seis jogos, sendo dois na capital. A média foi de 9.220. No Mundão, o público coral foi superior ao clássico de domingo, na Ilha.
O Pernambucano de 2012 acaba de ultrapassar a barreira dos 300 mil torcedores. Os 36 jogos registraram 310.332 pessoas, com índice de 8.620.
Para superar a marca do último ano é preciso chegar a 8.549 pessoas/jogo. Faltam 869.430 torcedores nos próximos 102 jogos.
Em relação à arrecadação do PE2012, a cifra passou de dois milhões e meio de reais. No geral, a bilheteria gerou R$ 2.658.199, com um índice de R$ 73.838. De toda a renda bruta da competição, a FPF fica com 6%. Então, a federação já garantiu R$ 159.491.
1º) Santa Cruz (3 jogos)
Total: 78.449
Média: 26.150
Contra intermediários (3) – T: 78.449 / M: 26.150
2º) Sport (3 jogos)
Total: 61.864
Média: 20.621
Contra intermediários (2) – T: 37.247 / M: 18.623
Apenas uma penalidade na 6ª rodada do Estadual, convertida por Juninho, do Petrolina. Deu a vitória à Fera Sertaneja. Valeu o lugar provisório no G4. Curiosamente, o Araripina, que cometeu a infração, é o líder em pênaltis cometidos. Está, também, na zona de rebaixamento. Coincidência? Eis a atualização do ranking.
Pênaltis a favor (14)
4 pênaltis – Santa Cruz
3 pênaltis – Petrolina
2 pênaltis – Serra Talhada e Porto
1 pênalti – Central, Náutico e América
Nenhum pênalti – Sport, Ypiranga, Belo Jardim, Salgueiro e Araripina
Pênaltis cometidos
4 pênaltis – Araripina
3 pênaltis – Belo Jardim
2 pênaltis – Ypiranga
1 pênalti – Salgueiro, Petrolina, Santa Cruz, Central e Serra Talhada
Nenhum pênalti – Sport, Náutico, Porto e América
Observações
Porto perdeu 1 pênalti
Serra Talhada desperdiçou 1 pênalti
Ypiranga defendeu 2 cobranças
Central defendeu 1 cobrança
Santa Cruz perdeu 2 pênaltis
Araripina defendeu 1 pênalti
Belo Jardim defendeu 1 pênalti
América perdeu 1 pênalti
Cartões vermelhos (só para os grandes)
1º) Santa Cruz – 4 adversários expulsos; 1 jogador recebeu o vermelho
2º) Sport – 2 adversários expulsos; 2 jogadore receberam o vermelho
3º) Náutico – 1 adversário expulso; 1 jogador expulso
Uma noite para os mandantes nesta 6ª rodada do #PE2012. Dos seis jogos, cinco tiveram o time da casa como vencedor. Somente no Arruda o dono amargou um tropeço. A quarta foi bem raquítica nos gols, com apenas 11, com média de 1,83.
Caiu o índice geral, com com 97 gols em 36 partidas. A média passou de 2,86 para 2,69.
Hoje, as semifinais seriam Salgueiro x Petrolina e Náutico e Sport.
Na artilharia, novo empate. A artilharia isolada de Joelson, do Porto, durou apenas uma rodada. O alvirrubro Souza marcou o seu 4º gol e também divide a ponta.
Santa Cruz 0 x 0 Central – A Patativa, mesmo em má fase, provou novamente que complica bastante a vida coral. Causou estrago até em Zé Teodoro, fora do G4.
Porto 2 x 0 América – Após a goleada no clássico, o técnico Laelson Lima deu uma bronca grande na meninada. Não por acaso, o G4 está perto da realidade do Gavião…
Petrolina 1 x 0 Araripina – Um pênalti decidiu o clássico sertanejo, colocando a Fera Sertaneja no G4, no lugar do Santa. Em casa, o time tem três vitórias em três jogos.
Belo Jardim 2 x 0 Serra Talhada – De lanterna a uma recuperação surpreendente. Leivinha assumiu o time, ganhou duas partidas e o Calango, enfim, respira.
Salgueiro 2 x 0 Sport – Impossível no campeonato, o Salgueiro começa a mostrar o que pode fazer num futuro mata-mata em casa, com muita pressão no Sertão.
Náutico 3 x 1 Ypiranga – O Alvirrubro quebrou a Máquina de Costura ainda no primeiro tempo. Não assumiu a liderança, mas festejou a derrota do rival rubro-negro, a 500 km.
Se no clássico o Alvirrubro sofreu três gols em 13 minutos, desta vez o aproveitamento foi inverso, assinalando dois tentos em 11 minutos.
Início forte, decidindo logo a partida, sim, pois não houve qualquer reação. E olhe que o Timbu ainda marcou mais um no finzinho da primeira etapa.
Souza, em mais uma belíssima cobrança de falta, e Derley, duas vezes, na raça. Fica nítido que os volantes trabalharam bem nesta noite…
Com o ataque desfalcado de Rogério e buscando uma nova identidade, a turma de trás acabou exercendo o papel.
Se a quarta-feira marcou uma partida com papéis invertido, o que dizer de Eduardo Ramos como um verdadeiro ala pelo lado esquerdo, no segundo gol?
Lance de técnica e força. Se redimiu do futebol apagado no domingo.
Nos Aflitos, o Náutico enfrentou um Ypiranga completamente esfacelado. Seis dispensas na véspera, com direito à saída do rodado Wilson Surubim.
Matou o jogo no primeiro tempo e utilizou o segundo para apertar a marcação, mas com o pé no freio, consciente de que a preparação para o Clássico das Emoções já havia iniciado no intervalo.
Ludemar ainda descontou, mas não impediu a boa vitória timbu, 3 x 1.
O dia começou com a especulação sobre a saída de Waldemar Lemos, com suposta insatisfação com a diretoria, e acabou em recuperação, diante de 11 mil presentes…
Na Ilha do Retiro, a formação do Sport até agradou a torcida…
No Cornélio de Barros, não.
Na verdade, não haveria como, uma vez que o time foi reformulado.
O técnico Mazola Júnior precisou mexer na zaga, suspensa. Mas acabou optanto por mudanças no setor ofensivo, onde teoricamente não precisava.
Embalado, o Salgueiro queria manter a liderança do campeonato a todo custo.
A torcida entendeu e apoiou, com 9.044 pessoas tomando o estádio, novo revorde no sertão do estado. Os adeptos rubro-negros ficaram em uma pequena fração do campo.
A pressão da casa foi, sem dúvida alguma, enorme. Deixou claro o que poderá acontecer no decorrer do Estadual e fez muita gente lamentar a lacuna na última Série B…
Em campo (em bom estado), o Sport tentou. Perdeu chances com Marcelinho e Jheimy, que entrou com a bola rolando, mas tropeçou sozinho, cara a cara com o goleiro.
O Salgueiro, por sua vez, não cansou de mirar o atacante Fabrício Ceará, isolado na frente. Municiado por Élvis e Clbéson, o centroavante deu muito trabalho a Magrão.
Tamandaré já havia tido um gol legítimo mal anulado, quando Fabrício desviou de cabeça, aos 9 minutos do segundo tempo, após escanteio cobrado por Élvis.
Aos 33, o atacante cobrou uma falta com força, a bola desviou e marcou de novo.
Salgueiro 2 x 0 Sport. Caiu o último invicto do ano em Pernambuco, com justiça.
Foi a 5ª vitória consecutiva do Salgueiro no Campeonato Pernambucano, que segue na liderança com uma equipe encaixada, sob a batuta de Neco.
Mais… Conta agora com um reforço além das quatro linhas. Um caldeirão.
Em alguns cantos do Mundão, um pouco mais, com o coro de “burro, burro!“.
Foi uma noite indigesta para Zé Teodoro, algo raro.
Na verdade, foi algo inédito para o treinador, há mais de um ano no Tricolor, acumulando título estadual e acesso à Série C.
As mudanças na equipe nas últimas partidas, com substituições pouco eficientes e atletas preteridos no banco de reservas, como o volante Léo, acabaram tirando a paciência da torcida. Taticamente, o time não agradava.
As vitórias em casa neste ano estavam evitando as manifestações. Mas o time seguia inconstante em campo. Sufocando o adversário em um jogo, apagadíssimo em outro.
O limite, portanto, seria alcançado no primeiro tropeço em casa. Fato que ocorreu na noite desta quarta-feira, diante de 25.274 torcedores.
Um empate em 0 x 0 com o Central. Vazio no placar com a Patativa, capengando…
Os corais chegaram a ficar em vantagem numérica em campo, com a expulsão do zagueiro Ricardo aos 22 minutos do segundo tempo.
Porém, o que poderia ter instigado a equipe para a vitória resultou em um futebol pouco articulado, com o ataque inoperante, mais uma vez.
Bala, Luciano Henrique, Caça-Rato. Média baixa. E olhe que o time caruaruense ainda acertou a trave nos minutos finais e teve um pênalti não assinalado.
Aí, foi a senha para a revolta geral da torcida, até porque em três dias as emoções vão acontecer no primeiro clássico para os tricolores.
Há pressão no Arruda. E isso pode ser positivo. Com mudanças objetivas…
Nas mesas redondas nacionais em programas de televisão, quase sempre um comentarista no cantinho da bancada solta a seguinte pérola na hora da exibição dos gols dos campeonatos estaduais do Nordeste:
“As torcidas nordestinas são um espetáculo. Sempre lotam os estádios!”
Afirma de forma efusiva. Soa como um elogio…
No fundo, é a limitação do conhecimento do cidadão sobre o futebol jogado na região.
Uma área gigante, com 1,5 milhão de quilômetros quadrados, ocupada por nada menos que 53 milhões de habitantes. Se fosse um país, o Nordeste teria o 19º território do mundo, a 24ª população e a 35ª economia.
Ainda assim, a região parece viver em eterna luta por (re) conhecimento. Externo.
O post, obviamente, vai tratar do viés esportivo. Futebol, para ser mais exato.
Apenas três clubes da região vão disputar a primeira divisão do Campeonato Brasileiro de 2012. Bahia, Náutico e Sport. Isso corresponde a míseros 15%. Mas nada muito distante da região Sul, que terá um time a mais.
Pernambuco, aliás, terá o mesmo número de equipes de dois estados do “eixo”, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Então, não cabe qualquer “coitadismo” nessa discussão.
Na teoria, o times do Nordeste têm como primeiro objetivo seguir na elite. Nada muito diferente de Coritiba, Figueirense, Portuguesa e Ponte Preta, diga-se de passagem. O título, a princípio, é uma utopia. As três torcidas têm consciência disso.
Mas isso não muda em absolumente nada a tendência de estádios cheios na elite. E não é por que Neymar, Vagner Love e Adriano vão jogar em Pituaçu, Aflitos e Ilha do Retiro. Longe disso. Os adversários podem jogar com juniores se for o caso.
Uma pesquisa indica que o direito econômico de Neymar é superior ao dos 337 jogadores inscritos no Pernambucano de 2012. Na lógica de alguns, então, isso prova por A+Z que o valor de mercado local é irrisório. Mas Neymar, como qualquer jogador, passa. Tem um tempo de validade. Sport e Náutico, por exemplo, estão aí há mais de cem anos.
Não chega a ser menosprezo de alguém abaixo de Porto Seguro, mas pura falta de conhecimento mesmo.
Os maiores clubes do Nordeste, com pelo menos sete times com mais de um milhão de torcedores, têm um público consumidor cativo, ávido por novos produtos.
Não vão disputar títulos nacionais em breve? Mas… quantos vão brigar por conquistas, de verdade? Todos os grandes do Sudeste?
Atlético-MG, em jejum de títulos nacionais há mais de 40 anos? Como surpresa, talvez.
O Botafogo, que em 39 anos só participou 1 vez da Libertadores? À margem dos 3 rivais.
São dois integrantes do chamado G12, grupo virtual com os maiores clubes do país, apesar de ser formado por agremiações longe de um padrão semelhante de títulos, torcida e orçamento. Sua sustentação baseada na tradição beira a incoerência.
Mas, de fato, o orçamento deste bloco é maior que a soma dos demais e continuará assim com toda certeza até 2015, no mínimo.
Trata-se do prazo do novo contrato da TV, com as supercotas. Nesse acordo, Flamengo e Corinthians, os mais populares do país, deverão ganhar R$ 100 milhões, cada.
Sport e Náutico, somando todas as receitas, vão faturar R$ 55 mi e R$ 40 mi este ano. O contrato de patrocínio do Leão é de R$ 6 milhões, ou 1/5 de um clube top no G12.
O PIB do país está concentrado no Sudeste-Sul. Portanto, a disparidade seguiu o foco do mercado. Se uma análise dita como fria aponta que os clubes dessas regiões seguiram o ritmo da aceleração econômica, por que não enxergar que há pelo menos cinco anos o Nordeste cresce mais que a média nacional (8,3% x 7,5%, em 2010)?
Por qual motivo esse mesmo processo não pode se estabelecer nos clubes locais?
Trata-se de uma questão de investimentos, ponto. Organização é outro departamento. O que dizer do Flamengo, que em um dia despeja milhões em um jogador e no dia seguinte não sabe como resolver uma pendência não menos milionária com outro? Não é modelo de gestão para ninguém.
Dentro de um ano, contudo, as três maiores cidades do Nordeste vão contar com arenas no “padrão” Copa do Mundo. Correndo contra o tempo, os clubes investem milhões em centros de treinamento de padrão elevadíssimo para a preparação de jovens valores. Torcedores estão sendo fidelizados, como sócios. Ninguém está parado, ocioso.
Enquanto esse processo de evolução não se torna 100% concreto, o que não se pode mais aceitar é a cegueira coletiva sobre algo inteiramente ligado ao Nordeste: os seus clubes como instituições sólidas, indiferentes a manejos da mídia.
Existem milhares (milhões) de torcedores da região que torcem por clubes de outros estados. Se foram turbinados pela era do rádio em 1900 e antigamente ou pela antena parabólica da TV, é outra (antiga) conversa.
O que importa é que os milhões que não arredam o pé dos times locais não vão mudar.
As médias de público vão continuar acima de 20 mil pessoas sem muito esforço. Talvez a falta de compreensão para esse fenômeno enxergue o Santa Cruz atolado em uma Série D com 40 mil pessoas no Arruda como “folclore”.
Ou o Sport ter colocado 2 mil torcedores em Santiago numa estreia de Libertadores como algo exótico. Difícil é imaginar torcedores do Botafogo fazendo algo do tipo.
Também não é fácil explicar um dado como esse olhando para o próprio umbigo, com o campeão da Libertadores, o Santos, empacado com 8.892 pessoas por jogo na Série A. Antes que alguém diga que isso foi pontual, basta checar as médias históricas do Peixe…
O único jeito talvez seja afirmar de forma efusiva mesmo…
“As torcidas nordestinas são um espetáculo. Sempre lotam os estádios!”
Tirando lampejos de glória, os representates regionais não alcançam feitos de grande magnitude. Daí, a conclusão de que seria melhor torcer por outras equipes?!
Mas, então… Não seria melhor ter logo um país dividido entre Barcelona e Real Madrid?
Se é para torcer por algo tão distante de você, sem o mínimo contato com uma arquibancada das antigas com sol na testa, é melhor atravessar logo o Atlântico…
Lá, pelo menos eles têm um ponto em comum com o Nordeste. Eles também lotam os estádios… E como.
Um ano depois do primeiro teste local, o possível fim do quinteto de arbitragem…
Pernambuco ganhou o direito de utilizar dois assistentes de linha de fundo em 21 de julho de 2010. Apenas sete torneios no mundo foram selecionados pela Fifa.
O primeiro jogo com cinco membros da arbitragem foi em 30 de janeiro de 2011, nos Aflitos, no Clássico das Emoções, pelo Estadual.
O quinteto foi liderado por Nielson Nogueira, tendo Jossemar Diniz e Pedro Wanderley como assistentes e Ubirajara Ferraz e Alcides Lira como assistentes de linha de fundo.
Foi a primeira experiência no Nordeste… Polêmica desde a estreia.
O Náutico venceu por 3 x 1 e Nielson acabou na geladeira. No entanto, a experiência seguiu no estado. Mas apenas nos clássicos e na fase final.
E aí está o X da questão.
A Fifa autorizou o Campeonato Pernambucano com a condição de que todos os jogos fossem contemplados com a novidade (veja aqui).
Só a federação paulista vem cumprindo as exigências à risca.
Portanto, a validade do teste local, até o fim de 2012, poderá ser antecipada…
Após análise dos resultados mundo afora, o Congresso da Fifa vai deliberar sobre a oficialização do quintetopara 2014.
Se depender do futebol pernambucano, o quinteto de árbitros está aprovado?
Cada equipe de antidoping em um jogo de futebol é formada por três médicos.
O custo do trabalho por partida no Recife é de R$ 3.040.
Geralmente, o exame é solicitado em jogos de muita tensão, como clássicos e decisões de campeonato. Ou em partidas que envolvam interesses de vários clubes…
No Pernambucano de 2012, os seis clássicos da fase classificatória entre Náutico, Santa Cruz e Sport e as seis partidas da fase final (mata-mata) vão contar com antidoping.
Tudo bem que os próprios clubes poderiam solicitar o serviço, mas a diretoria da FPF optou por confirmar o exame com antecedência nesta temporada.
A entidade vai bancar os custos desses 12 casos. Um gasto de R$ 36.480.
É o preço para acabar com qualquer suspeita de adversário a 200 km/h. Na base da empolgação, os times deverão chegar a no máximo 100 km/h…