Torcidas organizadas do Recife, 8 ou 80

Confira abaixo um vídeo sobre a ação das torcidas organizadas dos grandes clubes do Recife (boas e ruins), produzido pelo programa “Pé na rua”, da TV PE.

A peça conta com entrevistas com integrantes das organizadas, torcedores sem relação com essas uniformizadas, autoridades e até jogadores, com Carlinhos Bala. Fica a ideia para um cadastro de todos os membros dessas torcidas.

Confira o site oficial do programa, produzido pela Ateliê Produções, clicando AQUI.

Spínola volta para a última missão

Sálvio Spínola, árbitro Fifa. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Figurinha repetida no Recife.

Sálvio Spínola, com status Fifa, será o árbitro da final do Campeonato Pernambucano de 2011, em 15 de maio, no estádio do Arruda.

O baiano de 41 anos, cadastrado na federação de São Paulo, já havia sido indicado para a semifinal entre Sport e Náutico, nos Aflitos, quando teve uma atuação elogiada.

Nesta sexta-feira, ele estava mais uma vez no sorteio – realizado na sede da FPF -, juntamente com o paraguaio Carlos Torres, da Fifa. Assim como ocorreu em outros jogos decisivos, haverá o “quinteto”, com dois assistentes e dois árbitros assistentes.

Saiba mais detalhes sobre a carreira de Sálvio Spínola AQUI.

Este será o 144º jogo do Estadual. É para fechar a competição com apito de ouro…

Torcedores tricolores e rubro-negros, o que vocês acharam da escolha?

A bola final em Pernambuco

Bola oficial da final do Pernambucano 2011. Foto: Penalty/divulgação

Esta é a bola oficial lançada exclusivamente para as duas partidas finais do Campeonato Pernambucano de 2011. A Penalty acaba de divulgar a Bola 8 S11 Pró.

Durante 180 minutos, apenas rubro-negros e tricolores poderão chutá-la.

Ao contrário da bola de todo o Estadual, na cor preta, essa ganhou um tom laranja, além do selo “Campeonato Pernambucano – Final 2011”, diferenciando a peça dos outros 14 campeonatos estaduais patrocinados pela Penalty.

Saiba mais sobre a S11 Pró, que também será utilizada na Série B, clicando AQUI.

Confira a bola anterior, que vinha marcando as partidas do Pernambucano e chamada apenas de “Bola 8”, clicando AQUI.

Essa ideia de confeccionar uma bola exclusiva para uma decisão começou na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, quando a Adidas criou a dourada Teamgeist Berlin.

Então, ponto para o Campeonato Pernambucano.

Clássico das Multidões e da Solidariedade

Solidariedade

Sem combinar, mas focadas no mesmo espírito, as diretorias de Sport e Santa Cruz iniciaram campanhas para arrecadar donativos para as vítimas das enchentes.

Em Pernambuco, vítimas na Região Metropolitana do Recife e na Zona da Mata.

As duas sedes viraram ponto de arrecadação para alimentos não perecíveis, água mineral em garrafões de dez litros, materiais de higiene e roupas.

Os dois estádios (Ilha e Arruda) também serão pontos de entrega nos dias das finais.

As doações serão entregues no Quartel do Derby no dia 16 de maio, a segunda-feira seguinte à finalíssima do Estadual mais acirrado, e solidário, dos últimos tempos.

Rivalidade e solidariedade. Sim, é possível.

Veja outros pontos de arrecadação, inclusive nos Aflitos, clicando AQUI.

Nova camisa rubro-negra, bem vestida

Camisa do Sport para a temporada 2011. Imagem: Sport/divulgação

Camisa nova, finalmente.

O Sport vai lançar o seu novo uniforme no dia 12 de maio, no salão nobre do clube. Não será uma apresentação qualquer, mas uma festa cuja entrada vai custar R$ 250.

O valor inclui bebidas (uísque, cerveja e refrigerante) e buffet do La Cuisine, além de uma camisa inédita do Leão, é claro.

No desfile com o uniforme para restante da temporada 2011, a presença de Nicole Bahls, uma das lindas modelos do programa Pânico na TV.

Saiba mais detalhes do lançamento clicando AQUI.

Assim como ocorre desde 2008, a camisa será produzida pela italiana Lotto.

Abaixo, uma foto de Nicole Bahls. Veja mais fotos no site oficial da modelo AQUI.

Nicole Bahls. Foto: Playboy/divulgação

Quando o Recife ficou inundado

Ilha do Retiro em 1975, durante a enchente na cidade. Foto: Arquivo/DP

Ilha do Retiro e Arruda, 19 de julho de 1975.

Registros do arquivo fotográfico do Diario de Pernambuco.

Veja as imagens aéreas em alta resolução clicando AQUI, AQUI e AQUI.

Nesta quinta-feira, 36 anos depois, um novo boato sobre a barragem de Tapacurá assustou a população, com medo de uma enchente de grandes proporções.

Em 1975, em um verdadeiro dilúvio, a capital pernambucana ficou debaixo d’água, paralisando, inclusive, o campeonato estadual.

A Ilha virou uma ilha de fato. A final do Pernambucano só aconteceu em 10 de agosto. O Arruda, palco da decisão em 2011, também ficou completamente alagado.

A recuperação dos dois gramados levou semanas…

Mas Tapacurá não estourou.

Arruda em 1975. Foto: Arquivo/DP

Plano B para massa coral na final

Telão do Santa Cruz

Para o povão que ficar de fora do setor destinado ao Santa Cruz na Ilha do Retiro, o clube tricolor confirmou que irá disponibilizar um telão na sede no Arruda.

Preço do “ingresso”: R$ 5,00. A entrada dá direito a uma feijoada…

Para a torcida, o gosto mais saboroso será mesmo o do título, o do fim do jejum.

Serão 6.500 seguidores corais no estádio leonino e mais quantos diante do telão?

Achei a ideia interessante. Por sinal, deveria ser de praxe quando o clube joga fora de casa. A medida poderia adotada pelos rivais também, de forma permanente.

Cambista, o estudante de “bigode”

Filme: A fantástica fábrica de chocolate

Segundo o Dicionário Houaiss da língua portuguesa, a palavra cambista se originou do latim cambiar. Até o século XVI, significava trocar, mudar e substituir. No século XVII, já influenciado pelo italiano, o termo evoluiu para troca de dinheiro, sobretudo moedas.

Em pleno século XXI, a expressão é compreendida de uma só forma: criminoso.

No futebol, parece ser uma praga impossível de combater.

O “parece” empregado na frase anterior é justificado pela falta de ações corretivas dos organizadores. Se é possível controlar 50 mil pessoas em um jogo, então qual é o motivo para não conseguir organizar uma simples venda de ingressos?

A cena é clássica. Não só em Pernambuco mas em todo o país. A venda de bilhetes para o jogão que vai parar a cidade começará às 9h da manhã.

O guichê começa a fucionar com algum atraso… Estamos no Brasil, lembre-se.

Cerca de 15 minutos depois, o aviso: “não há mais ingressos para estudantes”.

Historicamente, apenas 10% da carga é destinada à meia entrada.

Eis que, instantes depois, homens de bigode, corrente de prata e fala desconfiada começam a se aproximar daqueles torcedores que seguem na fila, já impacientes com a eterna falta de estrutura e, naquele momento, de entradas.

“Ingresso de estudante a R$ 30! Sobrando eu compro”.

Como é possível? O preço era R$ 20. Na mão do cidadão – afinal, ele está livre -, dezenas de ingressos. De todos os tipos, inclusive de estudantes.

Quantas vezes ele passou na fila? Ele é mesmo estudante? Ele pode comprar tantos ingressos assim para um mesmo setor? Aliás… Ele realmente teve acesso ao guichê?

E, para a polícia, é algo tão difícil de identificar? Devem precisar de uma lupa.

As perguntas sempre ficam no ar.

Os clubes se mantêm omissos, há décadas. Alguns porque são incompetentes para acabar com a irregularidade e outros porque a ação deliberada dos cambistas, a tal palavra odiada, faz parte do ” jogo”, da circulação clandestina de dinheiro.

Mas de vez em quando aparece algum diretor anunciando um novo e moderno sistema de vendas, é bom não esquecer. Porém, o prazo sempre foge do habitual.

O jogo seguinte sempre chega antes. A confusão também.

Com os mesmos bigodes, as mesmas correntes de prata, a mesma fala desconfiada…

A atividade do cambista é definida como crime no artigo 2, inciso IX, da Lei 1251/51, sujeita a pena de detenção de seis meses a dois anos.

21ª final das multidões

Leão e Cobra Coral decidem o título estadual de 2011. Arte: Greg/Diario de Pernambuco

Historicamente, o clássico Sport x Santa Cruz sempre exalou um clima de decisão.

O primeiro Clássico das Multidões, aliás, foi logo em uma final do Pernambucano.

No antigo campo do British Club, diante de quase quatro mil recifenses, o Rubro-negro goleou o Tricolor por 4 x 1, em 24 de dezembro do longíquo ano de 1916.

Os gols de Mota, duas vezes, Asdrúbal e Vasconcelos deram, também, o primeiro título ao Leão – Pitota descontou. Desde então, muitas finais inesquecíveis. Ao todo, 20.

Abaixo, as conquistas de cada um nas finais. Até 1996, quando o Sport iniciou o seu primeiro pentacampeonato estadual, a vantagem era coral (8 x 7). Hoje, Sport 12 x 8.

Considerando apenas a era profissional do futebol local (pós-1937), o placar a favor do Leão fica em 9 x 8. Vale lembrar que 1990 marcou o último vice rubro-negro.

A finalíssima desta temporada será no Arruda. Lá, o Sport só ganhou em 1980.

Sport: 1916, 1917, 1920, 1949, 1953, 1962, 1980, 1996, 1999, 2000, 2003 e 2006.

Santa Cruz: 1940, 1957, 1969, 1971, 1973, 1986, 1987 e 1990.

Curiosidade: o Leão conquistou 30,7% dos seus títulos locais sobre a Cobra Coral, que, por sua vez, ergueu 33,3% de suas taças sobre o rival da Ilha.

Se neste domingo teremos Cláudio Mercante na arbitragem do 380º clássico pelo Estadual, em 1916, na primeira final das multidões, o juiz foi “Mister Bold”.