Americão

Projeto do estádio do América/PE

Sport, Náutico e Santa Cruz vivem sonhando com projetos de novos estádios. É arena para cá, para lá… Por que não, então, o América?

Exatamente. Aquele “Ameriquinha cada vez menor”, recém promovido à elite de Pernambuco. E o Periquito já quer reverter a história.

Para isso, uma negociação bem articulada e “quase” sigilosa…

O clube está sediado na Estrada do Arraial, em Casa Amarela, desde 16 de dezembro de 1951. Hoje, o imóvel – onde funciona o colégio NAP, alugado – valorizou bastante.

A sede deverá servir como moeda de troca para o desejo quase centenário de possuir um estádio particular. O projeto acima foi desenvolvido em 18 de março deste ano pelo escritório Carreiro & Amancio Arquitetos Associados.

O custo deve ficar próximo de R$ 1 milhão. Seria uma “venda casada”. Assim, o América só liberaria a sua velha casa após a conclusão da obra.

O estádio do América teria capacidade para 5 mil torcedores. É o mínimo exigido pela FPF para a disputa da 1ª divisão. E ainda sobraria espaço para alguma ampliação.

O local? Segredo mantido a sete chaves. Uma certeza: seria (será) na região metropolitana, tirando o Recife da lista. Simples, compacto e possível. Vale o sonho.

Confira um blog inteiramente dedicado ao América AQUI.

Estamos de olho

Placa anunciando obra da Cidade da Copa, em São Lourenço da Mata. Foto: Gil Vicente/Diario de Pernambuco

Esta segunda-feira, 30 de agosto de 2010, marca o primeiro mês de obras na Cidade da Copa. Por enquanto, o trabalho ainda é tímido, com a instalação do canteiro de obras.

Serão mais 24 meses até a conclusão da Arena Pernambuco, a principal obra do estado para a Copa do Mundo de 2014. Até porque o orçamento é de R$ 532 milhões…

O Diario de Pernambuco inicia hoje a série mensal “Diario de uma Arena”, sobre a evolução da empreitada, sempre no dia 30 de cada mês até dezembro de 2012.

A edição impressa sempre trará uma foto do local exato do estádio (já mapeado), além das principais ações executadas nos últimos 30 dias.

A reportagem vai contar ainda com uma serviço multimídia, com um hotsite especial, com vídeos produzidos no local e fotos exclusivas, além de outras reportagens sobre a arena, como a viabilidade econômica e as medidas socioambientais, por exemplo.

Para conferir o hotsite “Diario de uma Arena”, clique AQUI.

Expansão do mercado do Estadual

Petrolina

Boa Viagem, Piedade, Casa Caiada ou Barra de Jangada…? Longe do mar. Petrolina.

Em 2001, o maior município do Sertão de Pernambuco tinha uma população de 220 mil moradores. Já era há um bom tempo o principal polo econômico do Rio São Francisco.

Em 2010, o IBGE estima que a população de Petrolina seja de 285 mil habitantes.

Tanto no primeiro quanto no último ano da década, a cidade não esteve representada na elite do Estadual. A ausência de Petrolina no Pernambucano é uma grande lacuna.

Fica a 734 quilômetros do Recife? Sim, e daí? Um dia o Estadual pode ter sido um “campeonato citadino”. Era, de fato, até os anos 50. Se hoje defendemos a interiorização da competição, é preciso contar com os grandes mercados do estado.

E Petrolina é, sem dúvida alguma, um dos principais, com um PIB de R$ 1,77 bilhão.

Mas se 2001 e 2010 ficaram marcados por esse vazio no certame, os anos seguintes contaram com a cidade nas melhores pelejas do nosso futebol.

No próximo dia 11 de novembro, o Petrolina Social Futebol Clube vai completar 12 anos de fundação. Novo ainda, mas, neste domingo, a Fera Sertaneja já chegou ao seu 2º título da segunda divisão. Repetiu o feito de… 2001.

O time foi treinado por Neco, o que já demonstra de certa forma o tamanho do investimento para o acesso. O Petrolina participou da Série A2 com uma folha de R$ 100 mil, altíssima para o padrão da deficitária competição profissional.

Não por acaso, o time goleou o Belo Jardim por 5 x 1 na última rodada e ficou com o título. Na classificação geral, abriu uma vantagem de 10 pontos. Acesso merecido!

Aos grandes do Recife, a certeza: agendem passagens para o Aeroporto Nilo Coelho.

Saiba mais sobre o desfecho da Série A2 clicando AQUI.

Veja mais fotos aéreas de Petrolina AQUI.

O time de todos subiu

América Futebol ClubeUm domingo histórico para o futebol pernambucano.

Como é possível…? Sport, Náutico e Santa Cruz folgaram na data magna do futebol. É verdade, mas…

Jogando nas entranhas do futebol do estado, quase escondido, uma das forças mais tradicionais ressurgiu.

Na última rodada da Série A2, atuando fora de casa, em Chã Grande, o América venceu o Decisão por 4 x 1 e ficou com uma das duas vagas à elite do Estadal de 2011.

O time precisava tirar 2 gols de saldo na rodada decisiva da competição. Era meio caminho andado para mais uma frustração do Mequinha, conhecido há anos pela simpatia e tido como o “segundo clube de todos os pernambucanos”.

Mas o América se superou e ficou com o festejado vice. Petrolina foi o campeão.

Longe da 1ª divisão desde 1995, o América Futebol Clube está de volta! Próximo do seu centenário (que será realizado em 12 de abril de 2014), o clube da Estrada do Arraial vem jogando no Ademir Cunha, em Paulista. Andarilho com a raiz no Recife.

O clube volta com o peso de 6 títulos estaduais: 1918, 1919, 1921, 1922, 1927 e 1944. A sexta conquista foi a última vez que a taça não ficou com o Trio de Ferro.

O time ainda tem 9 vices do Pernambucano (último em 1952) e 11 títulos do extinto Torneio Início… Fora os antigos clássicos: Náutico (Clássico da Técnica e da Disciplina), Sport (Clássico dos Campeões) e Santa Cruz (Clássico da Amizade).

É ou não é um domingo histórico? Torci muito pelo América, admito…

De forma modesta, o time já tenta faturar. As camisas oficiais do Alviverde estão sendo vendidas na sede, na Ceasa. Fone: (81) 3468-1000 (veja o site oficial AQUI).

Batismo secreto da arena

Diário Oficial de Pernambuco, 20/08/2010, criando a Arena Pernambuco Investimentos

Arena Capibaribe? “Não.”
Arena Maracatu? “Não!”
Arena Pernambuco? “Não…”

De fato, a terceira resposta era a mais evasiva, segundo os envolvidos.

Desde que a arena inserida no projeto Cidade da Copa foi lançada, muito se falou da estrutura, viabilidade (ou não), localização etc.

Mas o nome – essa palavra quase “desnecessária” – acabou passando batido. Desde 15 de janeiro de 2009, quando o projeto foi apresentado, os nomes acima (entre outras ideias) foram divulgados. Pelo governo do estado, é bom ressaltar.

O Diario Oficial de Pernambuco oficializou a SPE (Sociedade de Propósito Específico) do estádio, chamada de Arena Pernambuco Negócios e Investimentos S.A..

Uma placa da Odebrecht com o nome “Arena Pernambuco” também foi colocada no canteiro de obras. Agora vai ser difícil alguém afirmar que “não existe nome oficial”.

Existe sim! O que poderá acontecer (e é bem provável) é a assinatura de um contrato de naming rights, com a concessão do nome a alguma empresa.

No fim das contas, eu acho é que os torcedores vão acabar chamando o estádio é de Cidade da Copa mesmo… A conferir.

Uma ação e uma dúvida

O Juizado Especial do Torcedor (Jetep) funciona em Pernambuco desde 2006.

Foi um passo importante dado pelo estado, principalmente em relação à segurança. Existem falhas, é óbvio, mas já foi um começo.

O Juizado, que funciona nos três estádios da capital e também no Lacerdão, em Caruaru, já se articula para a Copa do Mundo de 2014.

Estatuto do TorcedorDe acordo com o juiz Ailton Alfredo, serão instaladas duas unidades durante o Mundial.

Uma no Porto do Recife e outra no Aeroporto Internacional dos Guararapes.

Sem dúvida, será um suporte importante para os torcedores/turistas, gringos ou não.

O atendimento vai focar os torcedores que tenham problemas como atraso de voo, perda de mala ou overbooking. Saiba mais clicando AQUI.

Certa vez, conversando com o juiz Ailton Alfredo, ele me disse qual era a sua única ressalva em relação à futura Arena da Copa.

“Sei que vai ser algo moderno e tal, mas espero que deixem um espaço lá para o Jetep.”

Durante o processo burocrático do estádio, ele conseguiu a garantia de uma sala fixa.

Desde já, uma dúvida: o Jetep vai coordenar alguma ação em relação à venda de bebida alcoólica durante os jogos da Copa no estádio? É proibido por aqui…

O U2 ainda não achou o Recife. Ainda

Bono Vox, vocalista do U2

Pausa no futebol. Vamos falar de música…

Começando com Black Eyed Peas, Amy Winehouse e Iron Maiden.

Todos com o shows agendados para o Recife, nos dias 17 de outubro, 17 de janeiro e 27 de março. Shows internacionais com expectativa de públicos de 20 mil pessoas.

A polêmica Amy foi a última a acertar um show na capital pernambucana, segundo a coluna de João Alberto desta terça-feira (veja AQUI).

Uma particularidade: todos os shows vão acontecer na área central da pista do Jóquei Clube. Onde ocorreu o primeiro show de Iron Maidon, em 2009, diga-se.

Local com estrutura bem limitada, apesar do amplo espaço.

E com poucas opções de ingresso: pista ou camarotes armados.

Mas, ainda assim, o Jóquei Clube vem se consolidando como o palco dos grandes shows internacionais de qualidade. Das FMs para as raias dos cavalos.

Numa conversa com @fredfigueiroa sobre o assunto, acabou ficando uma dúvida…

Considerando o alto interesse do público mesmo com os ingressos salgados, o que falta, então, para o Recife atrair algum dos três ícones da música pop/rock mundial: Rolling Stones, U2 e Madonna?

Além do cash (muito), falta uma estrutura de ponta para o nível dessas atrações, que não aliviam nas exigências. Não mesmo.

A bolsa para uma apresentação do U2, por exemplo, seria de cerca de US$ 3 milhões, ou R$ 5,2 milhões. Vamos somar mais R$ 300 mil com “gastos extras” dos astros.

Mesmo com 30 mil pessoas, seria difícil cobrir essa cota da banda irlandesa. Fora o custo para trazer o megapalco, quitado apenas durante uma grande turnê pelo país.

Ok. Agora, vamos saltar o número para 65.000 pesssoas em uma apresentação.

Esta é a capacidade máxima para shows da arena da Cidade da Copa.

Num ensaio de “viagem” mesmo, vamos calcular um show do U2 em Pernambuco:

50 mil ingressos a R$ 200, dentro do padrão que vem sendo cobrado pelas grandes atrações internacionais na cidade, e outros 15 mil para estudantes, por R$ 100.

Renda máxima: R$ 11,5 milhões.

Descontando o “faz-me rir” do U2, a receita local seria de 6 milhões de reais.

Porém, ainda não estamos no mapa dos verdadeiros titãs da música, mas fica a ideia para o show de abertura do futuro estádio em São Lourenço… Potencial, tem!

Não é Winning Eleven. É aqui

Arena virtual, desenvolvida pela Soft.Zone

Esqueça bilheterias, longas filas, aborrecimento…

E, acima de tudo, a falta de um lugar marcado no estádio.

A arena pernambucana para o Mundial de 2014 deverá contar com um sistema moderno para a comercialização de entradas. Um salto para o futebol pernambucano.

Venda em 3D.

Os 46.214 assentos do estádio em São Lourenço deverão ser digitalizados pela Soft.Zone, empresa pernambucana de software que negocia com a Odebrecht para fornecer o I.I. (Imóvel Interativo) à arena. O programa custou R$ 220 mil!

Detalhe: a venda em 3D também será acessível em celulares.

A Soft.Zone desenvolveu uma versão de uma arena virtual com exclusividade para o blog, com uma ideia do que vem por aí. Confira AQUI.

O estádio, em 2014, terá a mesma modelagem da arena do estado.

Confira a reportagem completa neste domingo, no Diario.

Arena Iate Clube

Projeto da Arena Recife-Olinda no bairro do Cabanga

Um estádio com marina. Era mesmo um sonho…

O projeto da Arena Recife-Olinda foi o primeiro a ser apresentado oficialmente pelo governo de Pernambuco, em 29 de maio de 2007. O estádio ficaria no bairro de Salgadinho, em Olinda. O entrave foi o alto valor para as desapropriações, com R$ 100 milhões do orçamento total de R$ 335 milhões apenas para este destino.

Antes de ser deixado de lado, o projeto desenvolvido pelo arquiteto Múcio Jucá, do escritório PTZ, ainda foi estudado para ser implantado em Jiquiá ou no Cabanga.

Cabanga…? Exatamente. Como na imagem acima, ainda exposta no site oficial da PTZ (veja AQUI). A ideia era que a arena multiuso fosse erguida onde hoje funciona o 14º Batalhão Logístico e Depósito Regional de Subsistência da 7ª Região Militar.

Esta arena não vai sair do papel. Mas não dá para negar que o visual seria belíssimo.

Já o trânsito na região ficaria além do caótico.

Estamos a 2.977 km do sucesso

Mapa, com a distância entre Recife e Porto Alegre: 2.977 quilômetros

Internacional, o clube de maior transformação do país nesta década. Um time que, apesar da tradição, estava à margem do Grêmio. O Colorado cansou de ver o maior rival conquistar títulos nacionais e internacionais na década de 90. O campeonato estadual era o único consolo. Então, como sair daquela mesmice e voltar a ser rolo compressor dos anos 70, quando o Inter conquistou nada menos que três edições do Brasileirão?

Começou com uma gestão voltada à fidelidade do seu torcedor. Acima de tudo, com a fidelidade do seu sócio. Finalmente um programa de sócio-torcedores saía do papel de forma sustentável, com medidas comuns em nossa economia. Como o uso do cartão de crédito para pagar mensalidades. Débito automático. Medidas simples que estenderam o número de sócios para o interior gaúcho.

Não é por acaso que o número de sócios do Internacional ultrapassou a barreira dos 100 mil cadastrados, em dia. Gente suficiente para proporcionar uma renda mensal de R$ 3,5 milhões. Dinheiro reinvestido no time profissional e nas categorias de base. Uma engrenagem que rendeu ainda mais dinheiro.

De acordo com a consultora financeira Crowe Horwath, o Inter foi o clube brasileiro que mais arrecadou com a negociação de atletas para o exterior entre 2003 e 2008. O clube ganhou R$ 250 milhões no período – R$ 33 mi a mais que o segundo colocado, o São Paulo. Com um futebol se fortalecendo como bola de neve, chegaram os títulos.

O apelido de “Interregional”, por causa da falta de títulos além da fronteira, sumiu do mapa. Libertadores e Mundial em 2006, Recopa em 2007 e Copa Sul-americana em 2008. Nesta quarta, o time vermelho entrará num Beira-Rio com lotação esgotada precisando de um simples empate para conquistar o bi da Libertadores. Em cinco anos, o clube saiu do ostracismo para se tornar uma potência.

Há quem considere tudo isso coincidência. Eu considero consequência. Fica a dica para que este modelo implantado em Porto Alegre seja trazido para o Recife. Estamos a 2.977 quilômetros do sucesso. Não é tão longe quanto parece.