Quadrangular da morte

Íbis, o "pior" de fato e de direitoO folclórico Íbis Sport Club completará 70 anos no próximo sábado. O clube, que recentemente lançou o seu site oficial (veja AQUI), planeja se remodelar, prevendo até a construção de um centro de treinamento orçado em R$ 15 milhões.

Mas não tem jeito de a história “mudar”, pois o Pássaro Preto continuará ostentando o “título” de pior time do mundo.

Mas até para esse título o combalido Íbis já sofre concorrência. O time pernambucano acompanha a ruindade no futebol brasileiro à distância, vendo outros times bizarros se esforçando para alcançar o posto que perte ao clube há quase 30 anos. O concorrente atual (e mais “forte”) é o Cruzeiro de Rondônia, apresentado no Jornal Nacional, da Rede Globo. Mas outros times já lutaram muito por esse feito… Confira.

Recorde do Íbis
3 anos e 11 meses sem vencer um jogo oficial
20/07/1980 – Íbis 1 x 0 Ferroviário do Recife
17/06/1984 – Íbis 3 x 1 Santo Amaro

Jejum: 55 jogos
7 empates e 48 derrotas; 25 GP (média: 0,45), 231 GC (média: 4,2) e saldo negativo de 206.
Maior goleada sofrida: Santa Cruz 13 x 0 Íbis (05/08/1981)

Cruzeiro de RondôniaCruzeiro (Rondônia)
3 anos e 5 meses sem vencer um jogo oficial
Última vitória – Cruzeiro 1 x 0 Pimentense (26/05/2005)

Jejum: 22 jogos
4 empates e 18 derrotas; 18 GP (média: 0,81), 70 GC (média: 3,1) e saldo negativo de 52.
Maior goleada sofrida: Ji-Paraná 10 x 0 Cruzeiro (07/05/2005)

Curiosidade: o Cruzeirinho vem levando ferro até nos amistosos. Desde a última vitória oficial, foram 14 amistosos, com 5 empates e 9 derrotas. “Só grito para reclamar do time, nunca para comemorar. Daqui a pouco vamos bater o recorde do Íbis”, diz o presidente Domingos Machado.

PerilimaPerilima (Paraíba)
3 anos e 2 meses sem vencer um jogo oficial
27/02/2005 – Perilima 1 x 0 Nacional de Cabedelo
27/04/2008 – Perilima 2 x 1 Paraíba

Jejum: 28 jogos
2 empates e 26 derrotas; 16 GP (média: 0,57), 120 GC (média: 4,28) e saldo negativo de 104.
Maior goleada sofrida: Treze 11 x 0 Perilima (31/01/2007)

Curiosidade: o time foi vice-campeão da segunda divisão local em 2004 e 2006. Nas duas ocasiões, porém, o torneio teve apenas dois clubes. O Perilima foi derrotado 4 vezes nessas finais (sendo duas por 5 x 0 e um por 7 x 0). Aos 59 anos, o fundador e presidente Pedro Ribeiro Lima (perceberam!?) é o jogador profissional mais velho em atividade no mundo, reconhecido pela Fifa.

GAS - Grêmio Atlético SampaioGAS (Roraima) (Grêmio Atlético Sampaio)
2 anos e 11 meses sem vencer um jogo oficial
08/05/2004 – GAS 5 x 1 Rio Negro
03/04/2007 – GAS 4 x 3 Rio Negro (!)

Jejum: 20 jogos
20 derrotas; 12 GP (média: 0,6), 93 GC (média: 4,65) e saldo negativo de 81.
Maior goleada sofrida: Atlético/RR 10 x 0 GAS (21/05/2005)

Curiosidade: o GAS chegou a vencer um jogo durante o jejum, em 8 de abril de 2006, mas a vitória sobre o Progresso foi por W.O. (oficialmente, 1 x0 para o Atlético Sampaio). Em 2007, o time terminou o Estadual sem marcar um golzinho sequer.

Já pensou em uma competição envolvendo os 4 clubes acima?

824 km de desperdício

Semi-leito...Sport e Náutico irão percorrer, de forma desnecessária, 824 quilômetros no Estadual de 2009.

Nas 2ª e 3ª rodadas do próximo Pernambucano, o Leão e o Timbu enfrentarão Salgueiro e Serrano.

Mas ao contrário do segundo turno deste ano, quando os confrontos foram “casados”, com dois jogos seguidos no Sertão e depois mais dois no Recife, na próxima temporada a fórmula será bem mais desgastante (e mais cara).

No dia 14 de janeiro, o Sport enfrentará o Carcará na noite de uma quarta-feira. A 100 quilômetros dali, o Náutico jogará contra o Serrano, em Serra Talhada.

Três dias depois, o Alvirrubro volta a campo, contra o Salgueiro, num sábado à tarde, já nos Aflitos. No dia seguinte, o Sport recebe o Serrano, na Ilha do Retiro.

Desgaste para os 4 times…

1.856 km, a soma das viagens de ida e volta para Salgueiro e Serra Talhada, alternadamente.

1.032 km, a soma das viagens para Salgueiro e Serra Talhada na mesma “turnê”.

No entanto, provavelmente não irá adiantar reclamar, pois o secretário geral da FPF, João Caixero, já mandou o seu recado.

“A tabela não será mexida. Será essa mesmo que foi apresentada. A única coisa que poderá mudar é o horário de um jogo por rodada, que será transmitido pela Rede Globlo. E nós ainda temos 10 dias para divulgar essa modificação”.

Distâncias entre o Recife e…

…Serra Talhada: 412 km 😐
…Salgueiro: 516 km 🙁

Estadual/2009 (1º turno)

14/01 – Salgueiro x Sport
14/01 – Serrano x Náutico
17/01 – Náutico x Salgueiro
18/01 – Sport x Serrano

Falta pouco

Arquibancadas tubulares do Gileno de CarliCom mais de 40 anos de história, o estádio Gileno de Carli, no Cabo de Santo Agostinho, voltará a receber jogos da 1ª divisão do Campeonato Pernambucano em 2009.

O estádio onde a Cabense mandará as suas partidas foi vistoriado por uma comitiva da Federação Pernambucana de Futebol (FPF) no último sábado. Curiosa foi a declaração do secretário geral da entidade, João Caixero, sobre a atual situação do Gileno de Carli.

“Já demos o aval positivo. Só faltam alguns detalhes, como aumentar a arquibancada e trocar o gramado”.

SÓ…!? 😯

Gramado do Gileno de CarliA ação para ampliar a capacidade será idêntica àquela de 2007, quando foram colocadas arquibancadas tubulares em uma lateral do campo e atrás de um dos gols. O Gileno de Carli tem capacidade para apenas 2.500 torcedores, metade do mínimo exigido pela FPF. Com a reforma, porém, o número chegará a 5.500 pessoas sentadas.

A prefeitura local também está finalizando um projeto para ampliar o estádio de vez (com arquibancadas de concreto mesmo), e logo para 10.000 lugares.

Uma medida correta, pois a população do Cabo vem aumentando bastante (já passa de 168 mil moradores), até mesmo porque o município é um dos principais pólos de investimentos do estado. Caso seja aprovado, o projeto só deverá ser colocado em prática em 2010.

Fotos: arquivo do site da Prefeitura do Cabo

Ippon de Marokinha

Por Ana Paula Santos*

Mariana Barros (de branco) venceu a primeira seletiva de judô para os Jogos de 2012A judoca Mariana Barros (na foto com o kimono branco) foi a única pernambucana a vencer a primeira seletiva que irá formar da seleção brasileira no novo ciclo olímpico (ela compete na categoria até 57 quilos).

A competição foi realizada neste domingo, em Vitória-ES. Mais 13 atletas se classificaram para a próxima fase do processo que definirá a equipe do Brasil, já de olho nos Jogos de 2012.

Faltam 2 fases, e a próximas no começo do ano que vem. Marokinha – como é chamada pelos amigos – foi treinada pelo mestre Nagai e seu filho, Sérgio Nagai, enquanto treinava no Recife. Há três anos em São Paulo, Mariana faz parte do Projeto Futuro, cujos treinamentos são feitos no Ibirapuera.

Quem também se destacou foi Carlos Honorato, de 33 anos (prata em Sydney, em 2000), que vinha sofrendo com a má fase nos últimos tempos.

* Ana Paula é repórter da editoria Esporte Total do Diario, e colaboradora do Blog

Tabocas, Guararapes e Confederação do Equador

Náutico reverte a vantagem e coral, faz 3 x 0 no Arruda e ganha o Pernambucano de 2004A forma como o regulamento do Pernambucano foi modificado foi bastante controversa. Apesar de horrível, a fórmula deste ano deveria ser adotada em 2009 também, seguindo as normas do Estatuto do Torcedor. Essa mudança antecipada me parece apenas a primeira das muitas brechas que os dirigentes encontrarão na cartilha que regula o futebol nacional. Após a ressalva, vamos ao post de fato.

Já que o formato com turno e returno foi aprovado, vou listar aqui algumas curiosidades deste modelo, que foi implantado pela FPF entre 2004 e 2007 (com 10 clubes, ao invés dos 12 no próximo ano). Em 4 temporadas, Sport, Santa Cruz e Náutico foram campeões (com o Leão vencendo 2 vezes). Os clubes do interior bateram na trave, chegando em 2º lugar em 4 oportunidades. Números que mostram um certo equilíbrio.

Santa Cruz vence o Petrolina por 2 x 1, no Sertão, e conquista o Estadual de 2005Taça Tabocas e Guararapes (1º turno)
2004 – Santa Cruz (7v, 1e, 1d; 22 pontos)
Vice: Náutico (5v, 2e, 2d; 17 pontos)
2005 – Santa Cruz (6v, 2e, 1d; 20 pontos)
Vice: Serrano (4v, 5e, 0d; 17 pontos)
2006 – Santa Cruz  (6v, 1e, 2d; 19 pontos)
Vice: Ypiranga (5v, 3e, 1d; 18 pontos)
2007 – Sport (8v, 1e, 0d; 25 pontos)
Vice: Porto (5v, 1e, 3d; 16 pontos)

Sport, campeão pernambucano de 2006Taça Confederação do Equador (2º turno)
2004 – Náutico (7v, 1e, 1e; 22 pontos)
Vice: Santa Cruz (5v, 1e, 2d; 16 pontos)
2005 – Santa Cruz (9v, 0e, 0d; 27 pontos)
Vice: Náutico (6v, 2e, 1d; 20 pontos)
2006 – Sport (6v, 3e, 0d; 21 pontos)
Vice: Santa Cruz (5v, 3e, 1d; 18 pontos)
2007 – Sport (8v, 0e, 1d; 24 pontos)
Vice: Central (5v, 2e, 2d; 17 pontos)

  • Títulos dos turnos: Santa Cruz (4), Sport (3) e Náutico (1)
  • Vices: Santa (2), Náutico (2), Serrano (1), Ypiranga (1), Porto (1) e Central (1)
  • Melhor campanha vencedora: Santa (2º turno de 2005), com 27 pontos (100%)
  • Pior campanha vencedora: Santa (1º turno de 2006), com 19 pontos (70,37%)
  • Melhor vice: Náutico (2º turno de 2005), com 20 pontos (74,07%)
  • Pior vice: Porto (1º turno de 2007) e Santa (2º turno de 2004), com 16 pontos (59,25%)

Fotos: Arquivo/DP (ordem abaixo)
1) Santa 0 x 3 Náutico (final do Estadual de 2004, Timbu campeão), em 18 de abril.
2) Petrolina 1 x 2 Santa (Tricolor campeão de 2005, antecipadamente), 31 de março.
3) Sport (5) 0 x 1 (4) Santa Cruz (Leão campeão de 2006 nos pênaltis), em 9 de abril.

Campeonato da FPF

Carlos Alberto Oliveira, presidente da FPFA imprensa passou cerca de 10 dias especulando sobre qual modelo seria adotado no Pernambucano de 2009.

A fórmula apresentada pelo Sport ou a do Santa Cruz?

Em um Conselho Arbitral pra lá de animado nesta quinta, o regulamento aprovado foi o da… Federação Pernambucana de Futebol! O mandatário da FPF, Carlos Alberto Oliveira (foto), mostrou mais uma vez quem manda no futebol local. Com o apoio maciço dos clubes do interior (como sempre), a eleição foi uma barbada.

Diga-se de passagem que o modelo da federação foi, na verdade, idêntico ao do Rubro-negro, que oficialmente não apresentou fórmula alguma.

Votação:

  • 61 pontos (Sport e todos os 9 clubes do interior)
  • 17 pontos (Santa Cruz e Náutico)

Obs. Os votos são distribuídos de acordo com as colocações dos times na última edição (os recém-promovidos Vitória  e Cabense foram considerados o 11º e 12º). O primeiro ganha 12, o 2º recebe 11… Até o 12º, que tem apenas 1 ponto.

Dirigentes de Náutico e Santa saíram revoltados do Arbitral, já que a votação na sede da FPF não foi unânime, como havia decidido o juiz Ailton Alfredo, do Juizado Especial do Torcedor. Conversei com Ailton na quarta-feira sobre o assunto (após a audiência com os clubes), no Fórum Thomaz de Aquino, e ele disse, na ocasião, que a unanimidade era necessária apenas para autorizar a mudança do regulamento do Estadual (que de acordo com o Estatuto do Torcedor só poderia ocorrer em 2009).

Na tarde desta quinta, porém, o juiz acabou informando (após a votação do Arbitral) que deveria haver o consenso nas duas votações (tanto na autorização da mudança, como no novo formato). E assim, é claro, embaralhou tudo no próximo Pernambucano, que já tem cara de tapetão.

E olhe que ainda faltam 73 dias para começar o Estadual! Imagine a confusão até lá…

PS. O regulamento aprovado (o mesmo adotado entre 2004 e 2007, com dois turnos) é bem superior ao disputado nesta temporada. O curioso é que até para melhorar a situação a confusão se faz presente no futebol local.

Foto: Jaqueline Maia/DP

Arenas 1971 – Arruda

Arruda

Santa CruzEstádio José do Rêgo Maciel
Localização: Arruda
Capacidade: 64 mil pessoas
Área total: 7 hectares
Lançamento: 1965
Construtora: Corrêa Loyo Engenharia
Projeto: Reginaldo Esteves
Inauguração: 4 de julho de 1972
Presidente do Santa Cruz: James Thorp

Finalmente, um projeto que saiu da maquete. O Arruda vinha sendo erguido aos poucos desde 1965, com sucessivas ampliações. Em 1971, o então governador do estado, Eraldo Gueiros, liberou um empréstimo ao Tricolor de US$ 850 mil, através do Bandepe (junto ao grupo financeiro Campina Grande S/A), para a conclusão das obras. O craque Pelé assinou o documento como testemunha do financiamento. O objetivo era transformar o Recife em subsede da Copa da Independência (Minicopa) de 1972, que teve a participação de 20 seleções.

Sport e Náutico também tentaram obter o investimento, mas uma comissão do governo apontou o Arruda como o projeto mais viável, uma vez que já estava em andamento. O Arruda recebeu sete jogos da competição, que marcou os 150 anos da independência do Brasil. O estádio José do Rêgo Maciel seria ampliado novamente em 1980, quando a sua capacidade aumentou para 85 mil pessoas, após a construção do anel superior, dando origem ao apelido “Colosso do Arruda”.

Foto: Arquivo/DP

Arenas 1971 – Guararapes

Estádio dos Guararapes, projeto do Náutico em 1971

NáuticoEstádio dos Guararapes
Localização: Macaxeira
Capacidade: 60 mil pessoas
Área total: 40 hectares
Lançamento: 1 de dezembro de 1971
Construtura: Ribeiro Franco Engenharia S/A
Projeto: Artur Lima Cavalcante
Inauguração: prevista para 36 meses
Presidente do Náutico: Luiz C. de Albuquerque

Hoje em dia, o terreno de 40 hectares na Macaxeira, às margens da BR-101, abriga o centro de treinamento do Náutico, que vem crescendo paulatinamente desde 1999. A área foi comprada em 20 de julho de 1971 por Cr$ 800 milhões. Para adquirir a propriedade, o Alvirrubro sorteou 28 carros, além de 300 prêmios em dinheiro, arrecadando Cr$ 500 milhões (62,5% do total). A ideia, porém, não era fazer um CT, mas sim um moderno estádio, o Guararapes, com traços inspirados no Olímpico de Munique, que receberia os Jogos no ano seguinte.

O estádio timbu seria erguido nos moldes da Fonte Nova, utilizando os morros como suporte da arquibancada, diminuindo o custo da obra. Segundo Salomão, ex-coordenador do CT e craque alvirrubro nos anos 60, o lançamento do estádio visava mesmo era arrecadar dinheiro. “Conhecendo a estrutura do futebol, acho que o projeto foi para arrumar dinheiro para pagar dívidas. No final, foi melhor mesmo construir um CT”, disse. Assim como o o Sport, o Náutico chegou a vender cadeiras do novo estádio. Porém, sem apoio do governo na época, o projeto foi deixado de lado.

Foto: Arquivo/DP

Manobra

No post anterior, o assunto foi o novo regulamento do Estadual/2009. Segundo o Estatuto do Torcedor, uma nova fórmula só poderia ser adotada em 2010, já que o modelo deste ano foi utilizado apenas uma vez (e o estatuto exige pelo menos 2 anos).

Mas o próprio presidente da FPF, Carlos Alberto Oliveira, acionou o Juizado Especial do Torcedor para mudar o seu campeonato (reconheceu o erro?). O Pernambucano de 2008 foi uma competição muito criticada. Um dos motivos abaixo.

Sport x Santa Cruz = nenhuma vez
Sport x Salgueiro = 6 vezes

Em 29 de setembro, o juiz Ailton Alfred de Souza autorizou a tutela antecipada para FPF.

Veja abaixo a última página do documento (você pode ler a íntegra clicando AQUI).

Juizado do Torcedor

Arenas 1971 – Presidente Médici

Estádio Presidente Médici, projeto do Sport em 1971

SportEstádio Presidente Médici
Localização: Joana Bezerra
Capacidade: 140 mil pessoas
Área total: 26 hectares
Lançamento: 6 de agosto de 1971
Construtora: Hofmann Bosworth Eng. S/A
Projeto: Oscar Niemeyer
Inauguração: prevista para 36 meses
Presidente do Sport: Ivan Ruy de A. Oliveira

Uma obra inacreditável, apontada como a “mais bela praça de desportos do mundo” e assinada pelo mais renomado arquiteto brasileiro, Oscar Niemeyer, que pela primeira vez apresentava um projeto para o Nordeste. E logo o segundo maior estádio do mundo, inferior apenas ao Maracanã. O projeto – cujo nome foi autorizado pelo então presidente da República, general Emílio Garrastazu Médici – ficaria a menos de um quilômetro da Ilha do Retiro. O estádio seria completamente coberto, dividido pelos seguintes setores: arquibancada (90 mil lugares); popular (25 mil); cadeiras (24 mil) e camarotes (1 mil).

Duas rampas de acesso de 120 metros de largura foram elaboradas para escoar todos os torcedores em apenas 12 minutos. Já o estacionamento teria vaga para 5 mil carros. Cerca de 3 mil cadeiras chegaram a ser vendidas. Mas o sonho parou na maquete e na terraplanagem da área. O motivo? Dívidas, muitas dívidas, como lembrou Sílvio Pessoa, que presidiu o Sport em 1973 e 1974, na época na qual o projeto foi abortado. “O Sport estava devendo dinheiro a Deus e ao mundo. Até o terreno, cedido pela família Brennand, foi negociado para amortizar o débito”, disse o ex-dirigente.

Obs. O projeto do estádio dos Guararapes (Náutico) será publicado na quarta-feira, enquanto o do Arruda (Santa) será postado na quinta.

Foto: Arquivo/DP