Os Combinados improváveis entre Náutico, Santa Cruz e Sport

Edição do Diario de Pernambuco de 5 de janeiro de 1961

Imagine a cena. A diretoria do seu clube acerta um amistoso com o maior rival. Não para enfrentá-lo, mas para formar uma aliança contra um outro adversário. Um combinado especial durante noventa minutos, com torcidas misturadas.

Hoje seria impossível. Num passado distante, vez por outra as agremiações se uniam para a realização de amistosos, rivalidade à parte, sobretudo contra equipes de nível técnico superior. Acredite, isso já foi realidade para alvirrubros, rubro-negros e tricolores. No imenso arquivo do historiador Carlos Celso Cordeiro, com 20.200 jogos, seis partidas tiveram nomes bem curiosos…

Eis as nomenclaturas: Náutico-Sport, Sport-Santa e Santa Cruz-Náutico.

A última vez que isso aconteceu foi em 8 de janeiro de 1961, na união entre Timbu e Cobra Coral. No estádio dos Aflitos, com o povão no “Balança mas não cai”, o combinado foi goleado pelo Dínamo de Bucareste, 4 x 1. Por sinal, o clube romeno conquistaria o campeonato nacional da temporada 1961/1962. No DP, após o amistoso: “Dínamo demonstrou que não veio fazer turismo”.

Os rivais das multidões também se juntaram uma vez, em 9 de julho de 1950. Na Ilha do Retiro, com cazá-cazá, o Combinado Sport-Santa enfrentou a Iugoslávia, perdendo por 5 x 2. A fortíssima seleção havia sido eliminada da Copa do Mundo uma semana antes. Derrota para o Brasil, no Maracanã, com gols de Ademir e Zizinho. Na ocasião, o empate teria dado a vaga aos europeus.

O amistoso no Recife foi organizado pela Federação Pernambucana de Desportos, atual FPF, que pagou 70 mil cruzeiros à federação sérvia. A bilheteria da partida bancou o investimento, com um apurado de 124.850 cruzeiros. Sobre o jogo, o Diario destacou: “Os visitantes apresentaram um futebol de primeira que satisfez ao grande público recifense”.

O combinado que há mais tempo não entra em campo envolve os rivais centenários. Por outro lado, o Combinado Náutico-Sport é o de maior histórico.

13/08/1911 – Náutico-Sport 0x1 Western Telegraph (British Club)
13/11/1932 – Náutico-Sport 7×2 Torre (Campo da Avenida Malaquias)
08/12/1932 – Náutico-Sport 2×3 Bahia (Campo da Jaqueira)
24/11/1959 – Náutico-Sport 2×0 América-RJ (Ilha do Retiro)

Na primeira atuação em conjunto da história, nos primórdios do futebol local, houve um curioso acordo. Em vez de um uniforme distinto, o combinado jogou cada tempo com o padrão de um clube. Na primeira etapa, “encarnado e branco”. Na segunda, “encarnado e preto”. Em 1959, no triunfo sobre o Mequinha do Rio de Janeiro, os dois técnicos sentaram juntos no banco de reservas… Não se tem registro se houve discussão no comando do time.

Edição do Diario de Pernambuco de 11 de julho de 1950

Podcast 45 minutos (111º) – Salgueiro e Sport avançam no regional, Náutico fora

Foi eletrizante a última rodada do Nordestão, com dez jogos ao mesmo tempo, com a lista de classificados às quartas de final mudando até os 49 minutos do segundo tempo do último jogo em andamento. Pior para o Náutico, que acabou fora. Essa é a pauta da 111ª edição do 45 minutos, gravado logo após o desfecho da fase de grupos do regional. Claro, o destaque ficou para as classificações de Sport e Salgueiro e o futuro dos dois.

No podcast de 1h23min, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Os primeiros campos de futebol do Recife

Hoje, se discute a transição de “estádio” para “arena”. Num passado distante houve um debate semelhante, entre “campo” e “estádio”. A antiga denominação fazia mais sentido, com campos murados, quase sem assentos, como os campos de várzea que conhecemos na atualidade.

Com registros históricos, incluindo o Blog do Roberto, o Blog do Mequinha e o Santa Cruz, a História e a Glória, foi possível apresentar os primeiros estádios dos grandes clubes pernambucanos na era amadora. Em ordem cronológica de abertura, Náutico, Sport, América e Santa. Até o Íbis teve um campo, onde hoje funciona o Hospital Oswaldo Cruz, em Santo Amaro, sem registro.

Voltando ainda mais no tempo, vale destacar que o primeiro jogo de futebol na cidade, Sport 2 x 2 English Eleven, em 1905, ocorreu no Campo do Derby.

Saiba mais sobre os primeiros estádios do Recife aqui.

Aflitos (Náutico, 1918)
Em 1917, a Liga Sportiva Pernambucana, atual FPF, arrendou um terreno nos Aflitos para construir um campo de futebol. Segundo o historiador Carlos Celso Cordeiro, o objetivo era utilizá-lo nos jogos oficiais do campeonato estadual de futebol, que havia começado dois anos antes. No entanto, apenas um ano após a inauguração da cancha, a Liga desistiu do terreno e o Náutico assumiu o arrendamento do campo murado cercado por árvores (foto de 1926). Pouco tempo depois, o Alvirrubro compraria toda a área, hoje ocupada pelo estádio Eládio Barros Carvalho e a sede tombada. A arquibancada dos Aflitos como conhecemos hoje começaria a ser construída na década de 1930.

Campo dos Aflitos, em 1926. Foto: robertoblogdo.blogspot.com/

Campo da Avenida Malaquias (Sport, 1918)
Antes da Ilha do Retiro, o Sport teve outro estádio, o primeiro com esse status no Recife, onde atuou 235 vezes. Entre 1918 e 1937, o Campo da Avenida Malaquias – logo na esquina com a Avenida Rosa e Silva – foi o principal praça esportiva da cidade, recebendo até oito mil espectadores. Tudo por causa da estrutura, de 75 metros de comprimento e 40 metros de largura, trazida de navio para a capital pernambucana. Sim, a arquibancada de madeira e ferro foi comprada. No Rio de Janeiro, o Fluminense se desfez de seu antigo estádio após construir as Laranjeiras, na época o maior palco do Brasil. Na Malaquias, a Seleção Brasileira jogou cinco vezes, perdendo uma vez, para o Santa Cruz. O Leão ganhou o seu primeiro tricampeonato, em 1925, na Malaquias.

Campo da Avenida Malaquias

Campo da Jaqueira (América, 1920)
O América teve três campos na era amadora do nosso futebol. Em 1918, o Mequinha passou a tomar conta do histórico British Club, num terreno atrás do Museu do Estado, hoje tomado por edifícios. Em 1920 o Alviverde teve a sua principal casa, o Campo da Jaqueira. Como o nome sugere, ficava onde atualmente existe o Parque da Jaqueira, mais precisamente no circuito de bicicross, pertinho da Rua do Futuro. O campo (foto de 1931) também era chamado de “América Parque”. Devido a uma crise financeira – já naqueles tempos -, o clube perdeu a praça esportiva para o Tramways. No último ano do amadorismo, o América assumiu o Campo da Avenida Malaquias, após a mudança do Sport para a Ilha.

Campo da Jaqueira. Foto: http://blogdomequinha.blogspot.com.br

Campo de Afogados (Santa Cruz, 1928)
O Santa Cruz perambulou bastante na cidade até chegar no Arruda, em 1943. Muito antes do “Alçapão do Arruda”, o avô do Mundão, existiu o Campo de Afogados. O primeiro campo da história coral, na Rua São Miguel, ficava ao lado de sua antiga sede social. Na inauguração, em 8 de dezembro de 1928, o Tricolor realizou um torneio com times suburbanos, num evento com muita gente presente, com ingressos disponibilizados para “cavalheiros”, “crianças” e “carros ocupados”. No fim da festa, registrada nos jornais da cidade (reprodução abaixo), o Santa venceu o Marvelo por 2 x 1, como relata o livro História do Futebol em Pernambuco, de Givanildo Alves. Em Afogados, o clube chegou a disputar um Clássico das Multidões.

Campo de Afogados. Foto: http://santacruzdorecife.blogspot.com.br

A bola especial da final pernambucana em 2015

Bola das finais do Pernambucano de 2015. Foto: Hildo Neto/FPF

A ideia de confeccionar uma bola especial para a final surgiu na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, quando a Adidas criou a dourada Teamgeist Berlin, exclusiva para a partida entre Itália e França. Desde então, inúmeros torneios copiaram a ideia, inclusive o Campeonato Pernambucano.

A 101ª edição da competição promovida pela FPF terá uma bola especial para a decisão pelo terceiro ano consecutivo. Em todos os casos, as pelotas de oito gomos foram produzidas pela Penalty, a marca local desde 2008 (veja aqui).

Nesta temporada, a bola será utilizada nas semifinais e na final. É o mesmo modelo dos hexagonal do título e da permanência, a Campo 11 Pró. A nova versão tem as cores marrom, amarelo e preto, em vez de laranja, vermelho e azul. Além disso, virá com o emblema especial sobre o centenário da federação e os escudos dos clubes envolvidos na fase decisiva.

Em 2013, a bola foi chamada de Duelo Final. Em 2014, Gorduchinha, o nome dado pela fabricante a todas as bolas das finais estaduais. Em 2015, sem nome.

2015 (turno e final)

Bolas oficiais do Pernambucano de 2015 (turno e final). Crédito: Penalty/FPF

2014 (turno e final)

Bolas oficiais do Pernambucano de 2014 (turno e final). Crédito: Penalty

2013 (turno e final)

Bolas oficiais do Pernambucano de 2013 (turno e final). Crédito: Penalty

Resgate do maior público do Lacerdão, com vitória do Central sobre o Flamengo

Série A 1986: Central 2x1 Flamengo. Crédito: Central/facebook

Nunca se viu tanta gente em um jogo de futebol no interior pernambucano quanto no dia 22 de outubro de 1986.

As arquibancadas do Pedro Vitor de Albuquerque, em Caruaru, balançaram com os 24.450 torcedores presentes em uma partida histórica.

Central 2 x 1 Flamengo, pela primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Com dois gols do atacante Ronaldo, o Alvinegro fez a alegria da maioria absoluta no estádio, apesar da numerosa torcida flamenguista na região.

Hoje chamado de Luiz Lacerda, o estádio pode receber no máximo 19.478 pessoas, ainda com o status de maior palco do interior.

Há quase três décadas o “PV” foi um caldeirão, que agora pode ser visto na íntegra, num resgate da TV Patativa sobre a transmissão daquela partida. Um vídeo de quase duas horas com todos os detalhes da peleja disputada à noite.

Central, Flamengo e Série A na mesma frase… um dia foi realidade.

Hexagonal da permanência puxa para baixo a média de público do Estadual

Pernambucano 2015, 8ª rodada: Santa Cruz 1x0 Central, Serra Talhada 0x2 Náutico e Sport 3x1 Salgueiro. Imagens: TV Globo/reprodução (Arruda), FPF/divulgação (Pereirão) e twitter.com/jonathantutim (Arena)

O hexagonal da permanência terminou, com Ypiranga e Vera Cruz rebaixados à segundona estadual de 2016. Com 30 jogos, sendo três de portões fechados, a fase puxou muito para baixo os índices de público e renda do Campeonato Pernambucano de 2015, com vários borderôs com menos de 500 presentes. A média absoluta nesta disputa paralela à briga pelo título foi de apenas 1.242 torcedores, com uma arrecadação de R$ 9.358 a cada partida.

No geral, o índice da competição voltou a cair, agora para 3.377, que seria a pior na era do subsídio do governo do estado, desde 1998. Nem o campeonato das multidões consegue empolgar o público na arquibancada. No fim de semana, que correspondeu à 8ª rodada do hexagonal do título, Santa Cruz e Sport não atraíram nem dez mil espectadores ao Arruda e à Arena. Na disputa particular, 14 mil x 10 mil, restando ainda um clássico para os rubro-negros.

Em relação à arrecadação, a bilheteria após os 98 jogos “abertos” foi de R$ 4,13 milhões. A FPF, como se sabe, fica com 8% da renda bruta. Logo, a federação já abocanhou R$ 330.775.

Confira abaixo os dados de público e renda atualizados após cinco rodadas dos hexagonais do título e do rebaixamento, de acordo com o borderô oficial da FPF. Confira todas as médias de 1990 a 2014 clicando aqui.

1º) Santa Cruz (4 jogos como mandante, 3 no Arruda e 1 na Arena)
Total: 57.389 pessoas
Média: 14.347
Taxa de ocupação: 25,35%
Renda: R$ 1.045.157
Média: R$ 261.289
Presença contra intermediários (2): T: 18.532 / M: 9.266

2º) Sport (4 jogos como mandante, 2 na Arena e 2 na Ilha)
Total: 40.450 pessoas
Média: 10.112
Taxa de ocupação: 25,53%
Renda: R$ 727.882
Média: R$ 181.970
Presença contra intermediários (3):T: 26.931 / M: 8.977

3º) Salgueiro (4 jogos como mandante, no Cornélio)
Total: 25.392 pessoas
Média: 6.348
Taxa de ocupação: 64,01%
Renda: R$ 191.365
Média: R$ 47.841

4º) Central (11 jogos mandante, no Lacerdão)
Total: 56.990 pessoas
Média: 5.180
Taxa de ocupação: 26,59%
Renda: R$ 568.025
Média: R$ 51.638

5º) Náutico (4 jogos como mandante, na Arena)
Total: 17.019 pessoas
Média: 4.254
Taxa de ocupação: 9,20%
Renda: R$ 347.845
Média: R$ 86.961
Presença contra intermediários (3): T: 12.393 / M: 4.131

6º) Serra Talhada (11 jogos como mandante, no Nildo Pereira)
Total: 43.577 pessoas
Média: 3.961
Taxa de ocupação: 79,23%
Renda: R$ 335.676
Média: R$ 30.56

As capacidades (oficiais) dos estádios usadas para calcular a taxa de ocupação: Arruda (60.044), Arena Pernambuco (46.214), Ilha do Retiro (32.983), Lacerdão (19.478), Cornélio de Barros (9.916) e Nildo Pereira (5.000).

Geral – 107 jogos (1ª fase, hexagonais do título e da permanência e mata-mata)*
Público total: 361.440
Média: 3.377 pessoas
TCN: 281.562 (77,90% da torcida)
Média: 2.631 bilhetes
Arrecadação: R$ 4.134.698
Média: R$ 38.642
* Foram realizadas 110 partidas, mas 3 jogos ocorreram de portões fechados.

Fase principal – 24 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 190.588
Média: 7.941 pessoas
TCN: 121.363 (63,67% da torcida)
Média: 5.056 bilhetes
Arrecadação total: R$ 2.821.524
Média: R$ 117.563

Ranking dos pênaltis e dos cartões vermelhos (8)

Pela segunda vez seguida, o hexagonal do título do Campeonato Pernambucano de 2015 passou em branco tanto em pênaltis quanto em expulsões. Portanto, os rankings levantados pelo blog nesta edição continuam com os mesmos números, mas agora com 24 partidas disputadas.

Pênaltis a favor (6)
2 pênaltis – Sport e Salgueiro
1 pênalti – Santa Cruz e Serra Talhada
Sem penalidade: Náutico e Central

Salgueiro desperdiçou um pênalti
Santa desperdiçou um pênalti

Sport evitou uma penalidade
Náutico evitou uma penalidade

Pênaltis cometidos (6)
2 pênaltis – Serra Talhada
1 pênalti – Santa Cruz, Sport, Náutico e Salgueiro
Sem penalidade: Central

Cartões vermelhos (4)
1º) Santa Cruz – 2 adversário expulsos, 2 cartões vermelhos
2º) Sport – 1 adversário expulso, 1 cartão vermelho
2º) Salgueiro – 1 adversário expulso, 1 cartão vermelho
Nenhum cartão: Náutico, Central e Serra Talhada

Confira os rankings anteriores, completos: 2009, 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014.

Podcast 45 minutos (110º) – Trio de Ferro ocupa o G4 e encaminha o Estadual

O 45 minutos debateu toda a 8ª rodada do Campeonato Pernambucano, que marcou a volta de Santa Cruz e Náutico à zona de classificação à semifinal. Espantaram as zebras? O futebol ainda irregular das equipes deixa a pergunta a no ar. Além do Estadual, também entrou na pauta do podcast a rodada final do Nordestão, com as chances dos três pernambucanos rumo às quartas de final.

Na gravação de 1h26min, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Pernambucano em 2 linhas – 8ª/2015

Pernambucano 2015, 8ª rodada: Sport 3x1 Salgueiro, Santa Cruz 1x0 Central e Serra Talhada 0x2 Náutico. Fotos: Marlon Costa/FPF (Arena e Arruda) e Vandinho Dias/Supramax (Pereirão)

A duas rodadas do fim, a classificação do hexagonal traz os três grandes clubes na zona de classificação, o mesmo cenário desde a implantação do formato com semifinal, em 2010. Sport, Santa e Náutico ganharam na 8ª rodada e colocaram o previsível torneio nos eixos. Só um time do interior segue no G4, o Central – afinal, é regra que um intermediário avance. Nas próximas rodadas, alvirrubros e tricolores terão clássicos contra o Sport. Já temos o quarteto que disputará o título pernambucano ou o cenário ainda pode ser modificado?

Saíram 51 gols nos 24 jogos desta fase do #PE2015, com média de 2,12. Em relação à artilharia oficial, na qual a FPF considera os dois hexagonais e o mata-mata. Portanto, Kiros, do Porto, tem 10 gols é o líder, mesmo atuando apenas no hexagonal do rebaixamento. Curiosamente, o centroavante já havia marcado outros 9 gols no 1º turno, que não entram na conta.

Hoje, as semifinais seriam: Sport x Náutico e Central x Santa Cruz.

Sport 3 x 1 Salgueiro – Ambos com times mistos. Melhor para o Leão, cujo elenco é bem mais qualificado. Elber, oscilando, chegou a 4 gols no torneio.

Santa Cruz 1 x 0 Central – Futebol paupérrimo, com mais de 80 passes errados. O resultado, porém, condicionou o Tricolor à zona de classifificação.

Serra Talhada 0 x 2 Náutico – O ataque funcionou (na base dos contragolpes), e o Timbu se recompôs. O resultado minou a campanha do Cangaceiro.

Destaque: Felipe Azevedo. Um dos 3 titulares acionados por Eduardo, na Arena. Fez gol, tabelou e se esforçou como se tivesse tendo a sua 1ª chance.

Carcaça: Waldison. O atacante tricolor teve uma atuação pífia no 1º tempo no Mundão, lento e sem mira. Betinho entrou na vaga e até de bicicleta levou perigo.

Próxima rodada:
21/03 (19h30) – Santa Cruz x Serra Talhada (Arruda)
22/02 (16h00) – Náutico x Sport (Arena Pernambuco)
22/03 (16h00) – Central x Salgueiro (Lacerdão)

Classificação do hexagonal do título do Pernambucano 2015 após a 8ª rodada. Crédito: FPF

Santa Cruz alcança a óbvia colocação privilegiada no Estadual, dentro do G4

Pernambucano 2015, 8ª rodada: Santa Cruz 1x0 Central. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O plano estratégico apresentado pelo presidente coral, Alírio Moraes, apontou a meta no Estadual de 2015 com uma “colocação privilegiada”, ao contrário dos dois anos seguintes, quando a palavra “campeão” foi a escolhida.

A situação causou mal estar nas redes sociais entre inúmeros torcedores do Santa. No time, não. Ao menos publicamente. Porém, o rendimento abaixo do esperado batia com as palavras do mandatário. Mesmo fora do Nordestão, o time comandado por Ricardinho não vinha se destacando nem no aspecto físico.

Nas sete primeiras rodadas do Pernambucano, um 5º lugar. Contra o Central, no Arruda, era vencer, entrar na zona de classificação à semifinal e mostrar que o clube, claro, está na briga pelo título. Nem em estado pior esteve fora.

O futebol ainda está longe do ideal – na partida truncada, os dois times erraram mais de 80 passes! – , mas a vitória tricolor por 1 x 0, com Anderson Aquino mandando para as redes quase sem espaço, deixou o time vivíssimo para chegar à fase decisiva. Nos últimos dois jogos, duas apresentações no Recife.

Caso o Santa cumpra o mínimo que se espera dele, com a presença no mata-mata, a “colocação privilegiada” poderá se tornar muito mais do que aquele papel A4 entregue aos jornalistas na coletiva de Alírio.

Pernambucano 2015, 8ª rodada: Santa Cruz x Central. Foto: Marlon Costa/FPF