A colocação é bem modesta. Um 9º lugar após nove partidas. Doze pontos.
Nesta quarta-feira, um confronto contra o líder e a chance de tentar encostar no G4.
Jogo em casa, às 20h30.
“Que raio de campeonato é esse…?!”
Trata-se do Campeonato do Nordeste, com as suas rodadas intermitentes. A última delas, por exemplo, foi há 18 dias, sempre numa brechinha do calendário.
O jogo descrito acima é o do Santa Cruz, contra o Treze, no Arruda.
Logo após a dramática vitória sobre o Potiguar, no domingo, o técnico Givanildo Oliveira mandou o recado, ainda em Mossoró:
“O próximo passo é o Confiança no domingo que vem. Eu sei que tem um jogo no meio da semana contra o Treze (pelo Nordestão). Mas hoje estamos falando de Série D.”
Decisão correta? Sem dúvida alguma. Sair do buraco da 4ª divisão é questão de sobrevivênvia. Ainda mais com dois jogos seguidos contra o time sergipado pelo Brasileiro, que podem definir a classificação tricolor à segunda fase.
Quanto ao jogo desta quarta, cabe ao fiel torcedor coral decidir se ainda vale sonhar com o título regional neste ano. Faz ideia do time que vai jogar? Veja AQUI.
Veja a classificação atualizada do Nordestão AQUI.
Qual caminho…? Em direção à luz no fim do túnel, na Série D.
Goleadores. Faro apurado. Ambos marcaram época no futebol de Pernambuco.
Apesar dos 39 anos, Kuki brilhou na década vigente.
Três títulos estaduais com a camisa do Náutico e três artilharias do Campeonato Pernambucano.
O Baixinho dos Aflitos é o 4º maior artilheiro do Alvirrubro, com 179 gols.
Aos 36 anos, Leonardo foi um dos maiores ídolos do Sport na década de 1990.
Foram cinco títulos estaduais pelo Leão e duas artilharias do Pernambucano. O Baixinho da Ilha do Retiro é o 3º maior artilheiro da história do Rubro-negro, com 136 gols.
Ambos deixaram os gramados. A hora de parar realmente chegou para os dois ídolos. O limite físico impôs o fim da carreira profissional. O dia do adeus.
Primeiro, Kuki, que chegou em Rosa e Silva como uma aposta, já aos 29 anos. Venceu toda a desconfiança e cravou o seu nome no clube. Em abril deste ano, quando assinou um novo contrato com o Náutico – agora como coordenador técnico das categorias de base -, Kuki recebeu a garantia de um jogo de despedida (veja aqui).
Leonardo, que há alguns anos vem perambulando pelos times do interior, também resolveu pendurar as chuteiras. Quer virar técnico de futebol. Ele revelou o desejo durante o amistoso Gol Pela Vida. Leonardo também disse que gostaria de ter um jogo de despedida com a camisa do Sport, onde surgiu em 1994, aos 20 anos.
Na memória das duas torcidas, golaços e mais golaços. Foram 315 com as duas camisas agregadas. No domingo, eles atuaram juntos pela primeira vez.
As arquibancadas do Recife tremeram durante anos com os dois. Quase duas décadas. A ideia pode até ser surreal, mas bem que o jogo de despedida de Kuki e Leonardo poderia ser em um Clássico dos Clássicos pra lá de especial.
E lá estava o SantaCruz dando sequência à sua odisseia na 4ª divisão nacional, desta vez contra o Potiguar. E olhe que a noite deste domingo poderia ter sido o último capítulo coral em caso de novo revés na Série D.
Mas o técnico Givanildo Oliveira apagou mais um incêndio. Antes disso, a luz chegou a ir embora. Aos 28 minutos de jogo, acabou a energia do estádio.
Acredite se quiser, mas o jogo foi paralisado porque roubaram 40 metros de fio de uma das torres de refletores do estádio Nogueirão.
Foram 40 minutos com a bola parada, no “breu”, logo no momento em que o Tricolor era melhor. Como o torcedor não ficaria nervoso? Mas logo quando a Cobra Coral joga uma bolinha decente acontece isso?!
Mas a partida voltou. Deram um jeito na fiação, nesse surreal episódio. O Santa jogou o segundo tempo inteiro com um a mais em campo. No últimos minutos a situação ficou ainda mais favorável, após a segunda expulsão no Potiguar. Mas nada de sair gol…
Até que, aos 40 minutos da etapa final, Jadilson levantou a bola para Brasão, que matou no peito e mandou para as redes. Santa Cruz 1 x 0. Aleluia!
Em 9 de abril de 2006, o meia Lecheva caminhou do círculo central do gramado da Ilha do Retiro até a marca do pênalti sob os olhares de 33.282 torcedores.
Caso ele convertesse a cobrança, o SantaCruz seria bicampeão pernambucano. Conquistaria o título em cima do Sport, na casa do rival. A “Casa dos Festejos”.
Lecheva, que havia convertido todas as 29 cobranças durante a sua passagem no Paysandu, bateu fraco, no canto esquerdo do goleiro Gustavo, que espalmou. Depois, a série continuou e o Leão faturou o título. O primeiro do atual pentacampeonato.
Após a sucessão de rebaixamentos, Romerito Jatobá, presidente coral naquele ano, disse: “Se Lecheva tivesse feito aquele pênalti, a situação seria diferente”.
Muitos torcedores da Cobra Coral pensam o mesmo…
Então, nada como ouvir a versão do protagonista, Lecheva. Em entrevista exclusiva ao repórter Diego Trajano, do Diario, o agora assistente-técnico do Paysandu, de 36 anos, comentou sobre o episódio. E avisa que não é o culpado.
“Eu não sou o culpado. Romerito tirou a culpa dele e colocou em mim. A verdade é que houve uma irresponsabilidade financeira muito grande e o time começou a desandar. Ele tem responsabilidade nisso. O clube afundou pelos erros dele.”
“Ninguém lembra do escanteio que eu bati para que a gente fizesse o gol da vitória naquele dia (1 x 0, gol de Neto). Ninguém lembra que no primeiro jogo da final (no Arruda) Carlinhos Bala perdeu um pênalti para a gente.”
“Giba (técnico tricolor no Estadual de 2006) me botou por último entre os cinco cobradores porque sabia que eu era melhor cobrador. Não bati bem, mas também foi uma grande defesa de Gustavo. Pelo menos eu mandei dentro do gol, e Gustavo tem mérito na história. Fiquei muito mal. Chorei copiosamente nos vestiários.”
“Futebol é assim. Qualquer um pode perder pênalti. Três perderam naquela decisão. Eu, Marco Brito e Neto. E não fui o último a perder, mas só falam de mim.”
Carlos Celso Cordeiro. Pernambucano de Tabira, 66 anos. Morador do Recife.
Um alvirrubro fanático, da época do hexa. Mas, sobretudo, um apaixonado pelo futebol pernambucano. Um abnegado em resgatar a história do nosso futebol, perdido nas páginas amareladas dos jornais da capital.
Pesquisador nato, Carlos Celso sempre colecionou todos os dados possíveis sobre os resultados dos times do Recife. Primeiro em cadernos, depois no seu computador. E assim, mesmo sem apoio, passou a publicar livros em série sobre Náutico, Sport e Santa.
O primeiro, em 1996, com um levantamento estatístico de todos os jogos do Timbu entre 1909 e 1969 (foto). Depois foram mais dois volumes, até 1999. Os dois rivais também têm três livros com as partidas até 1999.
Saíram ainda, com esforço, o livro dos 100 anos do Clássico dos Clássicos, a história do Estadual (dois volumes) e o retrospecto dos atacantes alvirrubros Bita e Kuki.
Agora, chega o 5º livro no período de um ano. O 15º da carreira, com o 4º volume da história do Náutico, compilando resultados de 2000 a 2009, com destaque para os três títulos pernambucanos do Timbu na década vigente. Colaborador do blog, Carlos Celso escreveu a série Futebol Pernambucano – Ano Zero, dividida em seis capítulos.
Um dia após assumir a liderança isolada da Série A, comandando o Fluminense, o técnico Muricy Ramalho foi chamado para uma reunião com a cúpula da CBF, ali mesmo no Rio de Janeiro, num clube de golfe na Barra da Tijuca.
Tema: convite para assumir a missão de conduzir a Seleção Brasileira até a Copa do Mundo de 2014. A missão de ganhar o hexa no dia 13 de julho de 2014, no Maracanã.
Será que ele toparia essa “bronca”?
O paulista disse sim nesta sexta-feira e será o 78° técnico da Seleção desde 1914.
“A bola pune”. É o que costuma dizer Muricy quando um time vacila durante a partida. Desta vez, a bola foi o prêmio, pelo histórico vencedor. Digno de outra frase famosa de sua autoria: “Isso aqui é trabalho, meu filho!”
Aos 54 anos, o treinador chega ao auge de uma carreira que começou de fato em 1994, quando comandou o expressinho do São Paulo na conquista da extinta Copa Conmebol, à somba do técnico principal do Tricolor Paulista, o mestre Telê Santana.
Para ser efetivado mesmo, teria que esperar um pouco. Foi em 1996, no próprio clube. Não deu certo. Aí, começou a rodar o país em busca de espaço.
Sem medo de errar, é possível afirmar que o primeiro grande trabalho de Muricy foi no Náutico, em 2001. Assumiu um clube completamente endividado, com uma folha que não poderia passar dos R$ 200 mil e na Série B, ao contrário dos rivais, que estavam na elite nacional. Fora o jejum de 11 anos sem títulos e o temor de ver o hexa do Sport.
Muricy atropelou tudo isso. Ganhou o Pernambucano. Um não. Dois! Um bicampeonato histórico para o Alvirrbro, no início da Era Kuki. Tamanha dedicação o transformou em conselheiro vitalício do clube. No meio desta passagem, ele ainda arrumou tempo para treinar o Santa Cruz no Brasileirão.
Depois, ganhou o Paulista com o modesto São Caetano, reergueu o Internacional e finalmente voltou a ter uma chance no seu São Paulo.
Ganhou “apenas” três vezes o Campeonato Brasileiro: 2006, 2007 e 2008. Sempre com a mesma postura séria, mas competente. Muricy realmente consegue montar boas equipes, eficientes. Se ele será conseguirá trazer o futebol arte à Canarinha é outra conversa, mas o time será agressivo. Fato.
“Faz uns 20 anos que estou com. É muita sorte para um cara só. Fica em casa para ver se a sorte vai te ajudar. Tem que trabalhar”
Prepara-se, pois essa ironia vai dominar a Seleção Brasileira agora.
Abertura da Copa do Mundo de 2014. Domingo, céu nublado no Recife. Coisa rara num mês marcado pelas pancadas de chuva. Mesmo com algumas avenidas alagadas, o clima na capital pernambucana é de festa. O aguardado primeiro jogo do Mundial vai acontecer às 17h, a dezenove quilômetros do Marco Zero, na recém-inaugurada Cidade da Copa, diante de 46.214 torcedores.
Ao redor da arena o visual é espetacular, com canhões de luzes amarelas e verdes apontando para a cobertura de policarbonato, dando vida ao estádio. Cores que condizem com a presença no gramado da Seleção Brasileira, a anfitriã, pronta para enfrentar a Ucrânia. Enquanto Neymar e Ganso lutam para furar a muralha ucraniana, uma multidão de repórteres tem o aporte do centro de imprensa ao lado do estádio mais caro da Copa. A suada vitória brasileira acaba sendo transmitida em 3D em sinal aberto para algumas cidades do Brasil.
Argentina x Gana, Arena do Sport
Dia seguinte. Chega a vez da estreia dos hermanos argentinos. Após 15 dias de isolamento em um resort no litoral sul de Pernambuco, o time que idolatra Maradona encara Gana na arena do Sport. Estádio que um dia abrigou a Ilha do Retiro, sede do único jogo da Copa do Mundo de 1950 no Nordeste. A chuva fina na arena não mudou a marra de El Diez, que adotou mais uma vez a postura de “Poderoso Chefão”, de terno bem apertado e gravata.
Com um forte esquema de segurança, e sob os olhares de alguns integrantes da Torcida Jovem, a torcida argentina invadiu o estádio, comprovando a expectativa de que a hinchada de Buenos Aires seria mesmo o maior contingente de gringos no país. Com muito barulho e centenas de faixas nas arquibancadas, a Argentina vence por 2 x 0. Após oito anos, Lionel Messi voltou a marcar um gol no Mundial.
Itália x Suécia, Arena Recife
Na mesma tarde, mas em Engenho Uchôa, a Itália dava largada ao temível grupo da morte, contra a Suécia, que não disputava a Copa desde 2006. O estádio do Náutico foi o último a ser entregue pelo comitê organizador, porém, recebeu elogios da Fifa pela estética ousada, a única comparada ao Mundial da África do Sul. Em campo, uma Azzurra renovada. Mesmo assim, os jogadores, muitos deles desconhecidos do grande público, foram bastante assediados pelas tietes pernambucanas em frente ao hotel cinco estrelas na Avenida Boa Viagem.
Em campo, o time recuperou a péssima imagem deixada pela prematura eliminação anterior e venceu a Suécia por 2 x 1. Na saída da partida, muitas torcedoras suecas foram “consoladas” pelos pernambucanos de plantão. E a primeira fase do Mundial seguiu com dois ou três jogos diários no estado.
Holanda x Uruguai, Arena Recife-Olinda
Uma das partidas mais aguardadas acabou acontecendo apenas na última rodada do Grupo F, entre a atual vice-campeã Holanda e o Uruguai, que perdeu a emocionante semifinal de 2010 justamente para a Laranja Mecânica. Como não foi escolhida como cabeça-de-chave, a Celeste Olímpica acabou na mesma chave do algoz, numa dessas ironias do mundo da bola. O jogo foi marcado para a Arena Recife-Olinda, a poucos metros da Cidade Patrimônio, tão marcada pela cultura holandesa. E o que dizer dos uruguaios, cujo consulado fica no próprio Sítio Histórico?
Aos 35 anos, o Bola de Ouro da Celeste, o meia Diego Forlán, não apresentara o mesmo futebol até então, mas num lampejo de genialidade, acertou um chutaço de fora da área e empatou o jogo aos 44 minutos do segundo tempo, com a cara da garra charrúa. O resultado classificou os dois países para a fase seguinte. Com a paz selada entre as duas torcidas, a festa aconteceu logo depois, pertinho dali, no Alto da Sé.
Brasil x Espanha, Arena Coral
Mesmo com alguns problemas no sistema de transporte, com a capacidade insuficiente do Corredor Norte-Sul e o excesso de passageiros transitando no Aeroporto Internacional dos Guararapes, apontado antes da competição como um dos cinco melhores do mundo, o Mundial seguiu dentro dos padrões da Fifa, chegando à mesma nota 9 dada ao país-sede quatro anos atrás. No último dia, o duelo que deveria ter acontecido na África do Sul: Brasil x Espanha. A Fúria e o passo final para consagrar a geração de Iniesta e Xavi contra a Seleção e a chance de apagar de vez o Maracanazo. Ou seria Arrudazo? Final da Copa de 2014, 13 de julho, na Arena Coral.
Foi o mais polêmico de todos os projetos. O estádio tricolor chegou a ser vetado pelo secretário geral da Fifa, Jerome Valcke, por causa dos problemas estruturais e as apertadas vias de acesso. Mas Pernambuco não abriu mão do Arruda e costurou a entrada do estádio, o único com capacidade para receber a finalíssima do 20º Mundial. Um dia histórico no Recife, um “Galo da Madrugada” nas ruas em pleno inverno.
A torcida caminhou desde os principais pontos de concentração, como Encruzilhada, Campo Grande e Casa Amarela. Como todos os 68.500 bilhetes foram vendidos cerca de um ano antes (sendo 40% deles para os estrangeiros), uma multidão de 30 mil pessoas se concentrou no Fifa Fan Fest no Recife Antigo. A decisão acabou às 22h. Soberano em campo, o Brasil ganhou a sexta estrela. Em uma Copa 100% pernambucana.
Ao todo, os cinco estádios custariam R$ 1,692 bilhão, com 235.514 assentos. Acredite se quiser, mas esse texto fictício também está no Diario (veja aqui).
O futuro está chegando ao Clube dos 13, fundado em 11 de julho de 1987.
No novo hotsite da entidade, um sistema de navegação com abas em 3D. Versões em português e inglês (confira AQUI).
No texto sobre oSport, o clube é descrito pela sua estrutura (“a maior do N/NE”). O Leão também “teria” dois centros de treinamento bem equipados. Na verdade, tem apenas um, o de Paratibe, que ainda está longe de ser considerado de ponta. O outro, de Igarassu, já foi vendido.
Você já deve ter se perguntado: e o título brasileiro de 1987? A primeira estrela dourada do Leão não é citada no texto do clube, que fala da supremacia em Pernambuco e da vitória na Copa do Brasil de 2008.
Mas na mesma página é possível encontrar a relação de campeões brasileiros entre 1971 e 2009… De forma surpreendente, o Clube dos 13 respeitou a posição da CBF, colocando o Sport como o único campeão de 1987.
É… Após duas décadas, o futuro (moralização) parece mesmo estar chegando à entidade que congrega os maiores times do país. Neste ano, a assembleia geral deve votar sobre o aumento de filiados, para 40. O dobro.
Náutico e Santa Cruz aguardam ansiosos por este futuro, que, caso seja aprovado, fará parte do futebol brasileiro a partir de setembro de 2011. Alvirubros e tricolores, preparem-se para o mosaico 3D.
Esta data pode se tornar emblemática para o futebol pernambucano.
Nesta terça-feira, o presidente do Sport, Silvio Guimarães, deixa a rivalidade de lado para se reunir na sede flamenguista da Gávea com outros sete mandatários, de Atlético-MG, Atlético-PR, Flamengo, Fluminense, Internacional, Palmeiras e São Paulo.
Reunião do Clube dos 13.
Na pauta do encontro, a negociação por novas cotas pela transmissão da TV, a moribunda Timemania e a reforma do sistema de reeleição para a presidência. Ainda resta um, vital para a continuidade da associação: a entrada de novos filiados.
Em abril deste ano foi lançada a ideia de aumentar o número de clubes de 20 para até 40 sócios. Entre eles, Náutico e Santa Cruz, à margem desse grupo milionário.
Por causa da atual situação na Série D, o Tricolor corre por fora. Porém, o Alvirrubro aparece com boas chances de receber um convite. Nos bastidores, a articulação timbu já ocorre há quase dois anos, como revelou o blog (veja AQUI).
Apesar de não ter obtido sucesso mesmo durante os três anos em que disputou a elite nacional, o Náutico tem neste aumento significativo a sua maior esperança.
A diretoria timbu já não esconde a animação. André Campos, principal cacique do clube e presidente do Conselho Deliberativo, já mandou o seu recado (dica?) no Twitter:
Existe uma grande possibilidade do Náutico entrar para o Clube dos 13. Aguardem
A tuitada foi escrita na segunda-feira (veja o perfil dele AQUI).
Como o próprio Silvio Guimarães já se posicionou de forma favorável sobre o possível ingresso dos rivais, é bom ficar de olho nesta reunião em solo carioca. Nela pode acontecer, quem sabe, o ponto de partida para a mudança. E que mudança! Filiado desde junho de 1997, o Sport já recebeu cerca de R$ 100 milhões da entidade…
Ao rubro-negro: Você é a favor da entrada dos rivais no Clube dos 13?
Ao alvirrubro e ao tricolor:
A possível entrada na associação seria suficiente para mudar o clube?
Ele estava curtindo um bom e merecido descanso em Casa Caiada, na sua amada Olinda, onde encontra o seu cantinho a cada trabalho realizado Brasil afora.
Aos 61 anos, ele sabe que a saúde vem em primeiro lugar. Pensamento de quem tem uma vida inteira dedicada ao esporte.
Por isso, caminhadas diárias pela manhã, no calçadão da orla da Cidade Patrimônio. E até costumava dizer, em tom desafiador:
“Vamos lá correr um dia para ver se você acompanha o meu ritmo…”
Frase dita ao blogueiro quando ainda comandava o time rubro-negro, num raro momento de descontração após o treino. Eu não encarei a parada. Sei que não conseguiria mesmo!
E assim, na base da tranquilidade, foram dois meses com a família, sem o aperreio da famigerada área técnica. Sem os xingamentos eternos para a profissão.
Mas o telefone tocou na noite de domingo. Inicialmente, o convite não era dos melhores. A missão seria ultraindigesta. Mas o dever de recuperar a bandeira encarnada, branca e preta foi superior a qualquer outro desejo…
Foram inúmeros títulos como volante, dos bons. Franzino e gigante. Cansou de levantar taças na Avenida Beberibe.
Depois, passou a ser treinador. Com ele, o último sorriso do povo mais sofrido do Brasil.
Foi há cinco anos. Felicidade no ano inteiro. Primeiro, com o título pernambucano em pleno centenário do maior rival. Depois, o acesso à Série A do Brasileiro. Algo surreal para quem convive atualmente nas repúblicas independentes.
Mas ele está de volta. Pendurou as “sandálias” na ventilada varanda do seu apartamento. Já deve estar calçando as chuteiras e colocando aquele calção de número muito maior que o necessário.
Se era para tentar a salvação, pelo menos o último tiro foi respeitando a história.