Liga dos Campeões no Esporte Interativo pode libertar o Nordestão nas operadoras

Lampions League

A negociação dos direitos de transmissão da Liga dos Campeões da Uefa de 2015/2016 a 2017/2018 poderá influenciar diretamente na exibição da Copa do Nordeste na televisão. Pois é. O processo não deve ser tão rápido, mas é difícil achar que o Esporte Interativo seja ignorado a partir de agora.

Turbinado pelos investimento do Grupo Turner, o canal adquiriu com exclusividade os direitos da Champions na televisão paga. É hora de lembrar do velho pleito da empresa, há tempos tentando entrar nas principais operadoras do país, Sky e Net, que detêm cerca de 80% do mercado, ou 15,1 milhões dos 18,9 milhões de assinantes brasileiros, segundo dados da Anatel.

Desde 2013, quando retornou, o Nordestão tem todos os seus jogos transmitidos somente no canal, sendo ignorado nas principais grades. Neste ano houve uma pressão maciça nas redes sociais por causa do veto (veja aqui).

Talvez, com um torneio de porte bem maior no pacote, a negociação esquente – e este deve ser a principal carta dos executivos do EI, formando uma junção bem aleatória, remetendo ao apelido “Lampions League”.

Em 2012 ocorreu algo semelhante com o Fox Sports. Iniciando na época a transmissão exclusiva da Taça Libertadores, com seis clubes brasileiros envolvidos, o canal estreante estava alijado das principais operadoras. Com a pressão dos assinantes e após uma negociação com a divisão das partidas com o Sportv, chegou-se a um acordo. Cenário semelhante?

Enquanto isso, voltando ao presente, o Esporte Interativo sequer confirma o acerto. Em contato com o blog, não desmentiu. De toda forma, o anúncio deve ocorrer ainda em outubro, a dez meses do novo contrato, em agosto de 2015. Aos nordestinos – com 2,27 milhões de assinantes -, vale a expectativa sobre a exibição das 74 partidas anuais do regional, cujo contrato vai até 2022.

Quanto maior a cobertura, maior a valorização da Lampions…

Assinantes de TV no Nordeste*
1º) Bahia – 662.240
2º) Pernambuco – 408.287
3º) Ceará – 385.733
4º) Rio Grande do Norte – 228.671
5º) Maranhão – 158.452
6º) Paraíba – 150.079
7º) Alagoas – 124.168
8º) Sergipe – 78.629
9º) Piauí – 73.890

* Considerando todos os grupos, com dados da Anatel de junho de 2014.

Podcast 45 minutos (74º) – No meio da discussão “Nordeste Independente”, como ficaria o nosso futebol?

As primeiras horas após a reeleição de Dilma Rousseff marcaram também uma enxurrada de xingamentos a nordestinos por causa da maciça votação na petista. O mesmo cenário ocorreu nas redes sociais em 2010. Tirando de letra o assunto – que não entrará na pauta do congresso, uma vez que é inconstitucional -, debatemos no 45 minutos a hipotética situação por um viés: futebol. A região teria anualmente três vagas na Libertadores.

A gravação, num tom bem humorado, se estendeu à possível capital do “novo país”, bandeira, seleção para a Copa do Mundo, economia…

Estou neste podcast (57 minutos)) ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.

Ouça agora ou quando quiser!

Dilma Rousseff e o Proforte, com um mandato a mais para o projeto

Dilma Rousseff com as bandeiras de Santa Cruz, Náutico e Sport. Fotos: Diario de Pernambuco

A presidente Dilma Rousseff foi reeleita para um novo mandato, de 2015 a 2018.

Nesse período deverá ser votada, enfim, a Lei de Responsabilidade Fiscal, já apelidada de Proforte. Trata-se de um sistema de refinanciamento das dívidas tributárias dos clubes, que teria como contrapartida para quem não cumprir com a suas obrigações até a perda de pontos e punição aos dirigentes.

As dívidas tributárias dos clubes brasileiros estão na casa dos R$ 2,7 bilhões. A bola de neve vem rolando há três décadas, ainda sem destino final.

Numa tentativa de “ajudar” os clubes, a lei vem sendo articulada há tempos. A presidente está ciente do projeto. Em 25 de julho, no Palácio do Planalto, em Brasília, Dilma recebeu 12 presidentes de clubes brasileiros, entre eles Antônio Luiz Neto, do Santa Cruz, um dos mais interessados neste pleito.

Os ministérios da Fazenda e do Planejamento já realizaram relatórios sobre o tema. A pauta deveria ter sido votada na Câmara dos Deputados em 5 de agosto. Entre os pontos ainda em discussão, há sobretudo o percentual de correção das dívidas. O projeto prevê atualização de 5% ao ano, enquanto o governo federal exige a taxa Selic, de aproximadamente de 12%.

De toda forma, havia a expectativa de que o Proforte retornasse à pauta após as eleições. No Brasil, o pós-eleição costuma ser de marasmo. E em 2015?

Abaixo, as dívidas tributárias do trio pernambucano e o peso no passivo geral, incluindo dívidas trabalhistas, financiamentos, acordos etc.

Náutico – R$ 54,2 milhões (61,6% do total, R$ 87,9 mi)
Santa Cruz – R$ 34,4 milhões (48,2% do total, R$ 71,3 mi)
Sport – R$ 16,5 milhões (72,6% do total, R$ 22,7 mi)

Todos os 782 estádios de futebol do país devidamente catalogados

Arruda, Ilha do Retiro, Aflitos e Arena Pernambuco. Fotos: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press, Sport e Arena Pernambuco

A quinta atualização do cadastro nacional de estádios foi divulgado pela Confederação Brasileira de Futebol, desta vez com 782 praças registradas. A última revisão apontava 739 estádios. Ou seja, houve um aumento de 5,8%.

Além de listar todos os palcos e seus detalhes de forma separada por estados e regiões, o documento apresenta gráficos de capacidade de público e iluminação.

Considerando todos os estádios catalogados nas 27 unidades da federação, 238 estão no Nordeste, sendo 38 particulares, 3 federais, 17 estaduais e 180 municipais. Na região, 160 palcos têm iluminação, ou 67,2% do total.

Em Pernambuco são 39 estádios de futebol reconhecidos pela entidade, sendo o mais recente a Arena Pernambuco – o 40º deverá ser o Grito da República, em Olinda, no cadastro de 2015. Aqui, são 36 locais com refletores e 3 sem sistema de iluminação – na temporada passada eram sete sem iluminação.

Uma curiosidade no levantamento é a capacidade de público no cadastro e a “capacidade oficial” de cada um, após novas medições. Ambos os dados são reconhecidos pela CBF para eventuais competições sob sua chancela.

Arruda, Ilha do Retiro, Aflitos e Lacerdão, por exemplo, aparecem com dois dados no levantamento – a última medição da FPF foi feita em 2013.

Entre as principais mudanças no estudo de 2014 estão o aumento do Ademir Cunha (de 9,8 mil para 12 mil pessoas) e a redução da Arena Pernambuco (de 45.500 para 44.300). Já o status de menor praça esportiva do estado segue com o Agamenon Magalhães, em Goiana, com apenas 1.300 lugares. Inclusive, já foi utilizado na elite do Pernambucano na década de 1990. Na ocasião, arquibancadas tubulares ampliaram a capacidade.

Abaixo, a lista completa dos estádios pernambucanos.

Estádios pernambucanos presentes no Cadastro Nacional de Estádios da CBF, versão 2014. Crédito: CBF/reprodução

Podcast 45 minutos (73º) – Crise na Ilha e expectativa do Santa em Fortaleza

A 73ª edição do programa 45 minutos traz uma análise sobre a crise do Sport após sofrer mais uma derrota em casa, desta vez para o Goiás. Além disso, um debate sobre a prévia do importantíssimo jogo Ceará x Santa Cruz, que pode colocar o Tricolor na rota do acesso à Série A. Falando em acesso, como fica o caminho do Náutico após a derrota em Varginha? Também entrou na discussão.

Estou neste podcast (de 1 hora) ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.

Ouça agora ou quando quiser!

Classificação da Série A 2014 – 30ª rodada

Classificação da Série A 2014, na 30ª rodada. Crédito: Superesportes

O jogo na Ilha do Retiro começou as 22h30 da quarta-feira, no horário de Brasília. Ou seja, acabou somente no dia seguinte em Goiânia, presente no horário de verão. Portanto, foi já na quinta-feira que saiu o gol da vitória dos visitantes, afundando o Sport. Há mais de um mês sem vitórias (32 dias, para ser mais exato), o time pernambucano agora tem apenas seis pontos acima do Z4. Há bem pouco tempo eram 12.

No Mineirão, na briga pela liderança. o Cruzeiro marcou no último minuto e evitou a derrota para  Palmeiras. Acabou beneficiado (de novo) pelo empate do São Paulo em Chapecó.

A 31ª rodada do representante pernambucano
25/10 – Atlético-MG x Sport (17h30)

Jogos em BH pela elite: 2 vitórias rubro-negras, 5 empate e 8 derrotas.

Cafofas de Ibson, trocas injustificáveis de Eduardo Batista e outra derrota do Sport

Série A 2014, 30ª rodada: Sport 0x1 Goiás. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O Sport foi derrotado pelo Goiás, na Ilha, sofrendo um gol aos 45 minutos do segundo tempo. O pernambucano Esquerdinha bateu firme e foi comemorar no alambrado, afundando o Leão na Série A, 1 x 0. Já são sete rodadas sem vitória.

A zona de rebaixamento, que em algum momento do campeonato foi quase uma miragem, hoje já aparece no horizonte. E a má sequência rubro-negra parece sem data para terminar, uma vez que o próximo compromisso será contra o Atlético-MG no caldeirão do Independência.

Chegará ainda mais pressionado, sobretudo pela incapacidade de fazer gols. Que o diga o meia Ibson, que perdeu três grandes chances na noite desta quarta. Duas delas ainda no primeiro tempo, somadas à bola na trave de Diego Souza em uma cobrança de falta. Só aí o time pernambucano jogou bola.

Na volta do intervalo foi engolido pelo adversário goiano, numa postura estranha. E aí entra um personagem recorrente, o técnico Eduardo Batista, que mexeu muito mal. Tirou Felipe Azevedo, justamente na noite na qual o atacante vinha bem. Colocou o quase inútil Érico Júnior, que nada produziu, como se esperava, e ainda terminou mais uma partida machucado, fazendo número em campo.

Além da troca de Ibson por Neto Baiano (um chute e priu), o treinador colocou Danilo no lugar de Ananias. Àquela altura, o time carecia de saída de bola, com dois volantes de contenção (Mancha e Ronaldo). Única opção para ligar o setor com o ataque, Rithely acabou preterido.

Sem saber como sair jogando, a não ser no chutão, o time – que hoje pratica um péssimo futebol – foi cedendo espaço ao Goiás, mais organizado. No fim, acabou punido. E chegou a 32 dias sem uma vitória sequer…

Série A 2014, 30ª rodada: Sport 0x1 Goiás. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Campeões brasileiros de Pernambuco

Bola de vôlei, futsal e basquete

A representatividade do esporte pernambucano no país em modalidades coletivas é escassa. A falta de investimentos e de uma base mais forte para a formação de novos atletas estão entre as causas. Até mesmo a localização geográfica do estado, que limita a participação em ligas nacionais importantes. É uma vida de verdadeiros abnegados nas quadras.

Mesmo assim, a galeria de títulos nacionais de Pernambuco no nível adulto se faz presente, considerando competições oficiais de primeiro nível como Campeonato Brasileiro, Taça Brasil, Copa do Brasil e Liga Nacional.

Nas cinco modalidades coletivas listadas (tanto no masculino quanto no feminino), os clubes locais já conquistaram 31 títulos brasileiros. Na soma geral, três agremiações: Clube Português 19, Sport 9 e Náutico 3.

Obs. Como o histórico de competições nas modalidades olímpicas não é tão bem definido, essa postagem poderá ser atualizada sistematicamente.

Post atualizado em 20 de outubro de 2014

Hóquei sobre partins

Masculino
Português – 1966, 1967, 1980, 1981, 1998 e 2000
Sport – 1993, 1997, 2010, 2013 e 2014

Feminino
Português – 2003, 2005 e 2014
Náutico – 2010 e 2012
Sport – 2004

Handebol

Masculino
Português – 2008, 2009, 2010, 2011 e 2014

Feminino
Português – 2007, 2008, 2009, 2010 e 2014

Futsal

Masculino
Náutico – 1976

Basquete

Feminino
Sport – 2013

Futebol

Masculino
Sport – 1987 e 2008

Obs. Considerando os campeonatos brasileiros de seleções, Pernambuco tem o histórico título no futsal, em 1993, quando venceu o Paraná na decisão.

Classificação da Série A 2014 – 29ª rodada

Classificação da Série A 2014, na 29ª rodada. Crédito: Superesportes

Enquanto vencia o Botafogo, o Sport subiu para o 9º lugar e aumentava para nove pontos a distância em relação ao Z4. O gol sofrido custou caro. Derrubou o Leão para o 12º lugar e reduziu a vantagem para sete pontos. Apesar de enfim ter pontuado longe de Pernambuco, o time volta pressionado ao Recife, pois já não vence há seis jogos. E precisa de ao menos três vitórias para apagar qualquer risco de descenso.

Já na briga pelo título, o Cruzeiro voltou aos trilhos, vencendo em Salvador. No Barradão, palco onde foi campeão brasileiro em 2013, o time mineiro venceu com um gol a seis minutos do fim. Quando os concorrentes vencem, o Cruzeiro não deixa por menos.

A 30ª rodada do representante pernambucano
22/10 – Sport x Goiás (21h30)

Jogos no Recife pela elite: 7 vitórias rubro-negras, nenhum empate e 2 derrotas.