Não só no futebol como em qualquer função profissional, diga-se.
E o assunto não é o valor do contracheque mensal, pois isso cabe a cada trabalhador, independentemente de sua função.
De R$ 510 a R$ 1,3 milhão por mês, como ocorre no futebol brasileiro.
O post é centrado, na verdade, sobre o pagamento em dia, que é algo necessário (e obrigatório) em cada empresa/empregador. E em cada clube.
No esporte, um atraso de salário pode ser atrelado ao desempenho do time em campo. Uma suspeita antiga, muitas vezes infundada.
Outras, não. Como, por exemplo, mostra a célebre frase do ex-volante Vampeta, durante a sua passagem no Flamengo:
“Eles fingem que me pagam, e eu finjo que jogo.”
Se o time vence com salários atrasados, o resultado é tido como “superação” da equipe. Mas se a equipe sai derrotada na partida com os vencimentos atrasados, o grupo fica sob a suspeita de corpo mole, desatenção, descaso…
Foi o que aconteceu com o Náutico, na última semana, em Curitiba.
Se o clube vai jogar sob essa condição de atraso, aí a situação fica ainda pior, com a expectativa sobre o desempenho de cada atleta.
De fato, jogar com qualquer preocupação deve atrapalhar.
É nesse cenário que está o Santa Cruz, na Série D.
E há também o outro lado da moeda. Com salários rigorosamete em dia e um desempenho muito além do que espera qualquer torcida.
Aí, entra o Sport. Há anos com a folha quitada, mas irregular na tabela.
Dinheiro e futebol. Equação difícil… Mas a primeira soma é clara: tem que pagar.
Confira os 50 maiores salários do mundo do futebol AQUI.
O Diario de Pernambuco teve acesso exclusivo ao estudo encomendado pelo governo do estado junto à consultoria inglesa Comperio Research para saber a viabilidade econômica da arena pernambucana para o Mundial de 2014. O relatório, de 66 páginas, foi incluído no edital de licitação. Veja a reportagem completa AQUI.
Abaixo, as receitas do primeiro ano nos oito cenários possíveis no estádio. Os valores agregam as receitas dos clubes e do consórcio liderado pela Odebrecht, que vem erguendo a arena com 46 mil lugares. Na opção sem clube algum, apesar do baixo valor, a receita não deixaria a arena inviável segundo a pesquisa.
Os valores vão de R$ 5,7 milhões a R$ 86,2 milhões, número 15 vezes maior…
O estádio da Cidade da Copa começou a ser erguido no último dia 30 de julho, mas, até o momento, nenhum clube assinou o contrato para jogar lá. Porém, as negociações seguem sob o “contrato de confidencialidade” de todas as partes envolvidas.
R$ 86,2 milhões– Sport, Santa e Náutico
R$ 64,4 milhões – Sport e Santa Cruz
R$ 60,4 milhões – Santa Cruz e Náutico
R$ 60,1 milhões – Sport e Náutico
R$ 31,6 milhões – Sport
R$ 30,1 milhões – Santa Cruz
R$ 27,3 milhões – Náutico
R$ 5,7 milhões – Nenhum clube
Todas as possibilidades acima levam em conta a possibilidade da realização a cada dois anos de cinco grandes shows e um jogo da Seleção Brasileira.
Anualmente, segundo o próprio estudo, o número dessa projeção seria “2,5” e “0,5” eventos, respectivamente.
Curiosidade: apesar do Sport ter a maior receita jogando sozinho, o conjunto entre Santa Cruz e Náutico seria maior que a concessão com rubro-negros e alvirrubros.
Enquete: Você gostaria que o seu clube mandasse os seus jogos na arena?
Pela primeira vez na história, o Clássico dos Clássicos será transmitido ao vivo pela TV aberta para todo o Brasil, exceto para o Recife.
O acirrado confronto entre Náutico e Sport já passou antes na televisão, obviamente. Em nível local, pelas emissoras pernambucanas, e também nacional, mas apenas na TV por assinatura, e ainda por cima com sistema pay-per-view, com um gasto extra.
Jogo com sinal aberto? Inédito. Quase surreal.
É uma responsabilidade a mais para o clássico centenário de Pernambuco, que terá o seu 497º capítulo válido pelo Campeonato Brasileiro da Série B.
Sábado, às 16h10, nos Aflitos. Transmissão da Rede TV (veja AQUI).
Fica a expectativa por um bom futebol das duas equipes, uma partida bem disputada, comportamento ordeiro das torcidas, organização da Polícia Militar e casa cheia.
Durante 90 minutos, neste sábado, o futebol pernambucao ficará em evidência. Ciro valorizado? O Brasil vai poder ver como está o atacante. Alexandre Gallo promovendo nó tático mais uma vez? Eis a chance.
É uma oportunidade rara de mostrar a nossa qualidade em 100% do campo.
Alvirrubros e rubro-negros, o Brasil está de olho!
Todo o complexo da Ilha do Retiro tem mais de 100 mil metros quadrados.
Estádio, ginásios, parque aquático, centro administrativo, bosque, campos society, alojamentos, estacionamento, quadas de tênis…
Agora, imagine tudo isso em ruínas. Exatamente. O clube reduzido a pó.
Em seguida, injete R$ 400 milhõese reconstrua tudo, com o mais alto padrão de modernidade, com arena multiuso com capacidade para 45 mil torcedores, duas torres comerciais, estacionamento subterrâneo e novo clube social.
Esse é o teto da proposta apresentada pela Plurisport ao Sport. As conversas para a construção de um novo estádio para o clube já duram dois anos.
Existe a contraproposta mínima, de R$ 250 milhões. Nesse caso, apenas a Ilha do Retiro será reconstruída, com condições de negócio bem inferiores. Receitas limitadas.
Abaixo, trechos das entrevistas ao blog com os três representantes do grupo privado que pretende recomeçar a história do Sport. Marco Zero.
“A conta é simples. É a equação dos interesses do clube com o interesse do investidor. Temos condições de gerar receitas em todo o clube. Essa é a realidade econômica deste usuário (Sport)”, diz Vladimir Rioli, diretor da Plurisport.
“É um projeto que vai trazer um fluxo enorme de pessoas ao clube. Isso sim é uma arena multiuso. O outro projeto (se referindo à Cidade da Copa) é apenas um estádio. Um shopping ali demoraria muito para ter demanda”, afirma Joaquim Rondon, diretor do escritório de arquitetura DBB/Aedas.
“Durante o tempo em que o estádio estiver sendo construído, a empresa bancará os custos do Sport em outros estádio. Ou alugando algum no Recife ou no interior”, completa João Mansur, da TAG Investimentos.
O que você prefere: reconstruir só a Ilha do Retiro ou todo o clube?
O suposto sumiço da “taça das bolinhas” retomou a antiga polêmica do Brasileirão de 1987. Então, nada como publicar mais um causo da histórica conquista do Sport. Veja o primeiro causo publicado no blog, sobre um dos personagens do título, o ex-ministro da Educação Hugo Napoleão, clicando AQUI. Confira outra surpreendente história:
Dois advogados defenderam o Leão na batalha jurídica pela homologação do título nacional daquele ano. Ambos torcedores do Náutico. Mais. Ambos são conselheiros do Alvirrubro. Renato Rocha, hoje com 60 anos, e José Henrique Wanderley Filho, 63.
Em 1988, antes da realização do quadrangular final, o Flamengo conseguiu uma liminar na Justiça Estadual do Rio de Janeiro que invalidava a fase final do Brasileiro.
Com o documento salvador em mãos, o Flamengo não precisaria enfrentar o Sport na Ilha do Retiro, em 27 de janeiro.
O que fazer, então? Em mais uma das dezenas de reuniões que ocorreram na sede do clube pernambucano por causa do imbróglio, ficou decidido que Renato Rocha viajaria até a capital carioca para tentar derrubar a liminar.
Ele viajou acompanhado de um diretor do Sport. Voo com escalas. Quase três horas.
Pousaram no Aeroporto Santos Dumont, a poucos minutros do centro da Cidade Maravilhosa. Missão: Palácio da Justiça na Avenida Erasmo Braga. Centro.
Chegando lá, a surpresa. Indigesta. A juíza plantonista estava descansando em sua casa na paradisíaca Angra dos Reis. A 150 quilômetros de distância…
Bastou um rápido telefonema para ter a verba liberada para alugar um carro. Trajeto pela rodovia BR-101, com trechos sinuosos na orla fluminense.
A chuva, porém, era intensa no Rio. Visibilidade ruim e trânsito lento. Pior. Mais à frente, eles encontraram a pista interditada.
A Polícia Rodoviária Federal havia bloqueado a estrada após um deslizamento. Os tratores levariam algumas horas para limpar o asfalto.
E agora, qual seria a solução? O relógio começava a acelerar rumo ao fim do prazo possível para derrubar a liminar.
Com a situação já batendo o desespero nas entranhas da justiça, Renato Rocha ligou para o então presidente do Sport, Homero Lacerda.
“Presidente, a pista está bloqueada. Não temos como chegar até Angra…”
“Então, alugue um helicóptero.”
“Mas Homero, estamos longe e somente a juíza é que poderia assinar.”
“Então, alugue logo o helicóptero…”
“É sério isso? É caro e não deve ser fácil. A distância é grande.”
“Então alugue a porra do helicóptero! Estou sendo claro? O Sport paga.”
Ainda desconfiado da seriedade da declaração, Renato foi até uma empresa de táxi aéreo. Havia um helicóptero disponível. O contrato foi firmado em nome do clube.
Rapidamente, o piloto chegou até Angra dos Reis. Logo depois, finalmente, a mansão da magistrada. A incredulidade dela estava clara.
Ela estava acompanhada do marido. Torcedor do… Flamengo. Apesar do tom de brincadeira sobre a situação, a legalidade jurídica falou mais alto.
Ela acatou os argumentos leoninos e derrubou a liminar do Flamengo.
O jogo foi confirmado. Apesar da certeza de que o Fla não apareceria, 38 torcedores do Leão pagaram ingresso para a partida na Ilha do Retiro. Após aguardar durante meia hora, o árbitro Ulisses Tavares deu a vitória ao Sport por WO, pontualmente às 22h. A sirene da Ilha (hoje desativada) tocou.
Os portões sempre fecham. Câmeras proibidas. Acesso mínimo.
Treinos táticos sob poucos olhares, com esquemas táticos indefinidos (ou não). Bola parada treinada a exaustão sem pista alguma do desfecho do lance.
Jogadores orientados a não falar. E aqueles que falam acabam arcando com as consequência. Bronca garantida. Mesmo que seja após frases batidas como “Vamos buscar a vitória”, “Queremos a liderança” etc.
Os treinadores, no topo dessa organização secreta antes de um clássico, também mudam o perfil. Colocam em prática as táticas de “guerrilha”.
Alguns, adotam o silêncio absoluto, com sorrisos misteriosos a cada pergunta em entrevistas coletivas pasteurizadas durante este período.
Outros, não controlam os nervos. O discurso vai para o choque, pressionado e pressionando (veja AQUI).
Acontece isso em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba, Campina Grande, Maceió, Natal… E, sobretudo, no Recife.
A bola da vez é o centenário clássico entre Náutico e Sport.
Nos bastidores dos rivais, o discurso é inflamado. A vitória parece valer muito mais do que três pontos. Na prática, vale mesmo. Para muitos, vale o emprego.
Essa tensão pré-clássico (TPC) acaba sábado. A cura está nos Aflitos.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) começou nesta segunda-feira o recenseamento de toda a população do Brasil. Trabalho pesado! Veja AQUI.
Estima-se que somos mais de 192 milhões de brasileiros. Em breve, teremos esse dado exato.
O censo demográfico, que é feito a cada dez anos no país, chega à sua 12ª versão. Em 2010, a novidade será a utilização de aparelhos digitais, substituindo as antigas pranchetas.
Uma compilação de dados em altíssima velocidade, reduzindo bastante o tempo para o processamento das informações. Como ocorreu nas eleições a partir de 1996, com a implantação das urnas eletrônicas. Ok. E o esporte, onde entra no post…?
O post entra como “protesto”. Se a planilha dos recenseadores mudou, entrando na era digital, bem que poderia se pensar em colocar a velha pergunta:
“Para qual clube de futebol você torce?”
Em abril, fiz um post sobre o assunto, chamado “A culpa é sua, IBGE”, falando sobre as polêmicas pesquisas de torcida, feitas por amostragem. Veja o comentário AQUI.
Agora, não há mais o que fazer nesta década. O jeito, então, é esperar até 2020.
Metade das discussões de futebol poderiam ser encerradas com essa pergunda…
O Clássico dos Clássicos chega ao seu capítulo 497 no próximo sábado, nos Aflitos.
“Mas eu achava que o clássico entre Sport e Náutico já tinha passado de 500 jogos…”
A polêmica é antiga. Em 21 de outubro de 2006, o Leão e o Timbu se enfrentaram na Ilha do Retiro, também pela Série B. Parte da imprensa considerou aquela partida como o 500º clássico da história. O Leão venceu por 2 x 0, gols de Fumagalli.
Baseado nos números do pesquisador Carlos Celso Cordeiro (veja AQUI), o Diario de Pernambuco não considerou os confrontos válidos pelo Torneio Início, pois os jogos festivos (disputados de forma intermitente entre 1919 e 1981) duravam entre 15 e 40 minutos, longe do que se considera uma partida oficial de futebol.
Dois dias antes daquela partida em 2006, o Diario ‘recontou’ o clássico. Assim, foram retirados 21 jogos do extinto Torneio Início. Houve também uma vitória do Timbu que foi anulada, em 1934. Desta forma, o jogo de número 500 deverá acontecer no returno do Pernambucano de 2011. Aí sim, de fato e de direito.
496 jogos
193 vitórias do Sport (688 gols)
167 vitórias do Náutico (638 gols)
135 empates
1 jogo de placar desconhecido (disputado em 1931)
Vale lembrar que o centenário Clássico dos Clássicos é o 3º confronto mais antigo do país. Reveja os clássicos brasileiros mais antigos AQUI.
A velha prática de formar um colegiado… Quase sempre durante um incêndio nos três grandes clubes do Recife. O último a recorrer para o botão de alerta foi o Sport.
E a coisa realmente estava pegando fogo a Ilha do Retiro.
Praticamente isolado, o presidente Silvio Guimarães cedeu e abriu espaço para rubro-negros renomados, como os ex-presidentes Wanderson Lacerda e Serverino Otávio, além de Gustavo Dubeux, uma liderança influente dentro do clube.
As contratações começaram a aparecer (quase sempre, também, a toque de caixa). O time ocupa o péssimo 16º lugar, com apenas 11 pontos em 11 jogos, e só está um pontinho acima da zona de rebaixamento. Esse será o tema da nova enquete do blog.
Com a formação de um colegiado, o Sport volta a brigar pelo acesso na Série B?
Sim. Reforços de qualidade vão chegar e ainda faltam 27 jogos
Talvez. O time está muito longe na classificação. A primeira meta é não cair
Não. O grupo atual é muito fraco e os reforços não serão suficientes
Participe! Volte na enquete no lado direito da página do blog.
Veja a matéria sobre o histórico de colegiados no futebol pernambucano, assinada pelo repórter José Gustavo, do Diario de Pernambuco, clicando AQUI.
Abaixo, um trote que passaram para o mandatário leonino e que caiu na web.
A CBF lançou o seu novo site no fim do ano passado, com um layout mais moderno. No entanto, não houve cuidado algum com a história dos clubes. As listas de campeões nacionais (Séries A, B e C e Copa do Brasil) estavam completamente erradas, conforme denúncia do blog em fevereiro deste ano (veja AQUI).
Na Série B de 1990, por exemplo, o campeão Sport aparecia como vice, no lugar do Atlético-PR, vencido na decisão daquele ano. Em 1991 aparecia como “não disputado”! Vá dizer isso para a torcida do Paysandu…
Mas a Confederação Brasileira de Futebol finalmente corrigiu a série de erros na lista de campeões, como mostra o print screen acima, com o gráfico atualizado. Já era tempo! Nota-se que o nome do Sport permanece escrito de forma errada (Clube em vez de Club). Paciência, paciência…