Os vestiários dos principais estádios de futebol do Recife contam com espaços exclusivos para o aquecimento dos atletas, em gramados artificiais. A Arena Pernambuco inaugurou um local amplo, no padrão da Copa do Mundo, obviamente. Confira o espaço do time mandante no novo estádio e também nos palcos mais tradicionais da cidade, Aflitos, Arruda e Ilha do Retiro. Vale ressaltar que o único vestiário com a mesma infraestrutura para o visitante é o da arena.
O campo de futebol dos Aflitos foi aberto em 1917, sob a posse da liga pernambucana. No ano seguinte o Náutico arrendou o local por quatro anos ao custo de 250 mil réis. Gostou do bairro e acabou comprando o terreno.
Os primeiros degraus, apenas três, surgiram apenas em 25 de julho de 1939, na inauguração do estádio. O ocasião, goleada por 5 x 2 sobre o Sport.
O palco em Rosa e Silva foi sendo ampliado até a década de 1950. Ganhou a sua cara tradicional, como na imagem acima, do arquivo do Diario de Pernambuco, em 1968, ano do hexacampeonato estadual.
Só voltaria a ser ampliado em 1996, numa profunda transformação que durou até 2002, quando o Eládio de Barros Carvalho ganhou a sua versão final.
Em 2013, o ato final da casa alvirrubra, após 74 anos de história…
Mensurar o valor dos terrenos dos maiores clubes do estado é uma conta difícil de fazer de forma exata, principalmente se for agregado o peso imaterial de cada agremiação, sobre o que elas representam. No entanto, é possível medir o tamanho das áreas pelos valores aplicados no mercado imobiliário.
Em agosto de 2011 o blog ouviu diretores de construtoras do Recife e chegou a um valor aproximado, sem considerar o modelo de futuros imóveis, residenciais ou comerciais. Na ocasião, os dados agregados de Ilha, Aflitos e Arruda, com 208 mil metros quadrados, foi de R$ 842,5 milhões. Em 2013, a especulação teria elevado o dado para R$ 845 milhões, mas oscilando bastante nos bairros.
É o que aponta a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), num novo e polêmico indicador, baseado nos preços dos imóveis disponíveis somente na internet, em 16 cidades do país, como mostra o blog de economia do Diario de Pernambuco, assinado por Tatiana Nascimento (veja aqui).
A jornalista alerta que vários imóveis não entram na web, o que pode gerar uma distorção. Os novos índices apresentam uma grande diferença, com ampla e surpreendente valorização da propriedade coral, dobrando a estimativa anterior, uma queda acentuada do imóvel leonino e o mesmo patamar na sede timbu.
Baseado nesse estudo, confira os valores e a suposta variação em 21 meses.
O mercado no Recife vive com cifras bem distintas dessas da Fipe…
Santa Cruz
Área: 57 mil metros quadrados
M² do Arruda: R$ 5.034 (Fipe 2013) e R$ 2,5 mil (construtoras 2011)
Valores da sede: R$ 286,9 mi / R$ 142,5 mi (variação de +101,3%)
Sport
Área: 110 mil metros quadrados
M² da Ilha: R$ 3.371 (Fipe 2013) e R$ 4,5 mil (construtoras 2011)
Valores da sede: R$ 370, 8 mi / R$ 495 mi (variação de -25,0%)
Náutico
Área: 41 mil metros quadrados
M² dos Aflitos: R$ 4.569 (Fipe 2013) e R$ 5 mil (construtoras 2011)
Valores da sede: R$ 187,3 mi / R$ 205 mi (variação de -8,6%)
A direção da Federação Pernambucana de Futebol só discutirá o local do possível terceiro jogo da final do Estadual caso seja necessária esta partida.
A FPF pode até não querer debater o tema agora, mas na verdade já deveria ter se planejado faz tempo. A inclusão de um terceiro jogo, a “negra”, foi idealizada com a previsão de estabelecer o duelo final na Arena Pernambuco.
O regulamento da competição aponta que o mando de campo será determinado pela FPF, não necessariamente num campo neutro. Contudo, nota-se que a entidade se antecipou à conclusão de uma obra que ainda não acabou.
O estádio em São Lourenço está na fase final e dificilmente terá condições de ser liberado para 19 de maio, data do terceiro extra. Ainda que fosse liberado às pressas, a carga de ingressos seria limitada a 30 mil, ou 65% da capacidade. Nos bastidores, a escolha seria pelo Arruda, mas não resolveria o problema.
Detalhe: a FPF, segundo o secretário da Secopa, Ricardo Leitão, não fez sequer, até o momento, uma solicitação para utillizar a arena.
Portanto, vamos ao dilema, considerando o Sport na virtual decisão.
Sport x Náutico – O Arruda, campo neutro e com a disponibilidade de até 60 mil ingressos, não traria problemas aos rivais centenários. Na Arena Pernambuco, o Náutico precisa “inaugurar” o estádio, de acordo com o contrato.
As autoridades locais são contra a ideia de que o primeiro jogo no novo estádio seja logo uma partida oficial, pois o cronograma já está definido. O temor não se justifica, pois Castelão, Mineirão e Fonte Nova foram abertos com jogos oficiais.
Sport x Santa Cruz – Esse é provavelmente o grande nó da competição, caso a disputa pelo título se estenda a mais de 180 minutos. Atendendo aos requisitos mínimos, o estádio dos Aflitos poderia comportar a partida, ainda que distribuir 10 mil ingressos para rubro-negros e 10 mil para tricolores seja uma tarefa difícil – em termos de segurança, sobretudo.
A direção leonina já adianta que não aceita jogar no Arruda. Tampouco os tricolores acatarão a ideia de atuar duas vezes seguidas na Ilha. Arena? Só se o Náutico antecipasse o seu amistoso, hoje marcado para 22 de maio. O dia 15, também uma quarta, está vago. Abriria caminho para a decisão no dia 19.
Na sua opinião, qual deveria ser o local do terceiro jogo?
Para acabar com todas as dívidas, ficar com dinheiro em caixa imediatamente e ganhar uma renda vitalícia com o aluguel de imóveis, você aceitaria que o seu clube negociasse toda a sede?
Apenas a torcida alvirrubra se mostrou favorável à transação do seu patrimônio. Entre rubro-negros e tricolores, o povão coral parece mais disposto a não ceder à ideia.
Confira os detalhes, sobre tamanho e valor das sedes dos times, clicando aqui.
Definitivamente, não será fácil vencer as guerras na Ilha do Retiro, Aflitos e Arruda.
Sport
Não – 58,6%
Sim – 41,4%
Total de votos: 428
Náutico
Não – 17,3%
Sim – 82,7%
Total de votos: 277
Santa Cruz
Não – 66,8%
Sim – 33,2%
Total de votos: 196
Há tempos, as torcidas costumam ser tratadas como “gado” nos estádios pernambucanos.
A situação é ainda pior quando o torcedor vai apoiar o seu clube na torcida visitante…
Nos clássicos locais, quando a carga de ingressos para os visitantes sobe de 10% para 20% por causa de uma determinação da FPF, a situação se torna crítica!
Nos três clássicos deste ano, queixas de todos os tipos das três torcidas.
Nos Aflitos, a torcida tricolor se queixou da única e apertada entrada na Rua Manuel de Carvalho. Estrutura? Quase nenhuma, como banheiros. Complica também a carga enxuta de ingressos, com apenas 3.960 bilhetes.
No Arruda, os rubro-negros reclamaram do acesso ao estádio, ainda mais porque em todos eles há o choque com a torcida da casa. O acesso ao anel superior, no lado da Rua das Moças, é um corredor estreito. O estacionamento é precário.
Na Ilha do Retiro, apenas um portão para o tobogã do placar eletrônico, o que atrapalhou bastante a entrada e saída de torcedores alvirrubros, no empurra-empurra, sem contar que a visibilidade é prejudicada nos primeiros degraus desta arquibancada.
Vale lembrar que no segundo turno, os rubro-negros irão aos Aflitos, enquanto os tricolores irão para a Ilha do Retiro e os alvirrubros visitarão o Arruda. Portanto, responda a enquete abaixo e comente!
Qual é o pior estádio para assistir a um clássico na torcida visitante no Recife?
Aflitos, 20% = 3.960 ingressos (49%, 507 Votes)
Ilha do Retiro, 20% = 6.400 ingressos (38%, 400 Votes)
Céu nublado durante todo o domingo e pancadas de chuva no Recife.
Logo num dia marcado para uma partida beneficente nos Aflitos para as vítimas das enchentes que castigaram a mata sul de Pernambuco. E foram muitas. Milhares. Mais de 82 mil desabrigados e desalojados em 68 municípios.
A população do Grande Recife atendeu ao pedido de solidariedade.
Foram 8 toneladas de alimentos arrecadados no jogo, que contou com craques de um passado recente, conscientes do dever de ajudar.
No fim, uma goleada daquelas.
Amigos de Juninho Pernambucano 6 x 0 Amigos de Ricardo Rocha.
O placar não importa. Valeu o show de Pig, que marcou 2 gols. Pig?! Sim. Fez parte da geração do Sport de Juninho, Chiquinho e Leonardo de 1994, mas não deslanchou.
Como curiosidade, vale dizer que o time da imprensa pernambucana venceu a equipe dos artistas locais por 6 x 3, na preliminar.
Colaboradores do blog como Fred Figueiroa (goleiro mandake), Lucas Fitipaldi, Celso Ishigami e Alexandre Barbosa participaram dessa legítima pelada!
Mesmo jogando com um público razoável em casa, apesar do sábado chuvoso no Recife, o Náutico foi surpreendido com um Bahia agressivo nos primeiros minutos. O gol do tricolor de Salvador, marcado por Vander, que encheu o pé, foi bem justo.
Uma dose a mais de pressão no líder da Série B. Era a hora de jogar com esse status. Eficiente e com volume de jogo. O suficiente para encurralar o adversário.
Pressionado pela própria torcida, o time do técnico Alexandre Gallo foi buscar o resultado. E foi exatamente assim, na base da pressão, que o Alvirrubo virou o placar ainda no primeiro tempo, com gols de Giovanni e Geilson.
Aos 31 e 35. Em dois lampejos individuais. No fim, Cristiano ainda ampliou, escorando um cruzamento rasteiro. Foram 45 minutos emocionantes em Rosa em Silva.
Ávine diminuiu no comecinho do 2º tempo. Jogo tenso! O Tricolor passou a acreditar no empate, já sem o seu técnico. Renato Gaúcho havia sido expulso.
Com dez em campo, o Náutico passou pelo último estágio para provar a liderança na partida. Conseguiu, invertendo o nervosismo no gramado.
Nos descontos, no desespero, o Bahia ainda teve dois jogadores expulsos.
Fim do clássico nordestino, com vitória timbu por 3 x 2.
O Náutico mantém a liderança isolada, pela terceira rodada seguida. Agora, com 23 pontos. O que parecia passageiro vai se consolidando em Rosa e Silva.
10h30 – Praia, piscina? Feijoada na casa do tio? Tanto faz.
13h30 – A primeira “lembrança” de que haverá clássico.
14h – Contato com os amigos, para articular a ida ao jogo. Camisa do clube separada, ingresso na mão (melhor comprar antes…), chave do carro (ou o cartão VEM) etc.
15h/16h – Um dia todos os caminhos levaram até Roma. Na tarde deste domingo, no Recife, os caminhos levarão até o estádio dos Aflitos. Ou então para os bares da cidade, com telas de LCD de 40 polegadas. Ou quem sabe ainda para a casa de parentes e vizinhos. Há quem queira torcer sozinho, com as suas figas. O Clássico dos Clássicos vai passar ao vivo na TV…
15h50 – Saberemos, finalmente, as escalações de Sport e Náutico. Leandrão ou Ricardinho (3-5-2 ou 3-6-1)? O volante Nílson no lugar do meia Dinda, com marcação individual em Eduardo Ramos? A conferir.
Uma certeza: 11 x 11, devidamente escalados e numerados.
16h – Salvo alguma exceção, o árbitro carioca Marcelo de Lima Henrique (da Fifa) irá autorizar o início do jogão. Da primeira final.
16h47 – Final do primeiro tempo (já com os descontos). Festa de um lado. Silêncio do outro. Qual lado festeja? Não importa. As gozações já estão 50% garantidas.
18h – Seguindo a mesma regra da exceção, a partida acaba. Para evitar confusão, a Polícia Militar irá liberar primeiro a torcida derrotada.
18h15 – Buzinaço na cidade. Título estadual encaminhado? A vitória que importa.
(Mas se o clássico for empate? Se isso acontecer, marque um horário na sua agenda na próxima quarta-feira, na Ilha do Retiro)