Sem dúvida alguma, é a projeção mais próxima da realidade do que todos imaginam em relação à operação da Arena Pernambuco.
O vídeo produzido pela Squint Opera para o consórcio do estádio mostra toda a estrutura de hospitalidade do novo palco, com estacionamento exclusivo, lounge, bares, camarote, visibilidade excepcional…
Para que tudo isso vire realidade, a preparação dos serviços deve ser tratada como prioridade. No Castelão, em Fortaleza, a inauguração foi marcada por um estádio belíssimo e um serviço bem aquém do esperado.
O conceito multiuso irá diferenciar a arena, o futebol, o comportamento.
Usufruir ao máximo a infraestrutura multiuso, eis o verdadeiro lado “prime”.
Uma foto emblemática, dosada de uma importante carga de marketing.
Os dirigentes alvirrubros já haviam conhecido a Arena Pernambuco ainda nos primeiros módulos do milionário empreendimento, mas a ação teve repercussão.
Com a obra se aproximando dos 90% de avanço físico foi a vez do próprio time.
Visita devidamente agendada e comunicada à imprensa.
Os principais nomes marcaram presença. Kieza, Martinez, Elicarlos, Rogério…
Ao lado de outros vinte jogadores, já são nomes eternizados nesta pioneira visita, realizada nesta quinta, com a “primeira entrada” do time no palco, ainda sem gramado.
Em poucos meses, esse mesmo elenco estará bem no centro do campo, já verdinho. Agora, falta a própria torcida conhecer a sua nova casa pelas próximas três décadas.
Saiba mais sobre a visita do plantel timbu ao estádio em São Lourenço aqui.
Rodada dupla. Envolver quatro torcidas em um mesmo estádio, em um mesmo dia.
Para o público, uma proposta tentadora, com 180 minutos de bola rolando. Num passado já um pouco distante era algo até comum. Mais do que isso. Era rentável.
A insegurança nos jogos de futebol, potencializada nas duas últimas décadas, acabou travando ações do tipo, cada vez mais raras. Paralelamente a isso, a precária estrutura dos palcos foi diminuindo as possibilidades de acomodar públicos tão distintos.
O Engenhão no Rio, não por acaso um estádio relativamente novo, costuma abrigar rodadas duplas com os grandes clubes cariocas. Portanto, a reinauguração do Castelão, em 27 de janeiro, deve marcar esta retomada no Nordeste. Espera-se civilidade.
Estarão nas tribunas torcidas numerosas da região para o embates Fortaleza x Sport e Ceará x Bahia. Pernambucanos e baianos, em menos número, naturalmente.
Ao todo, 55 mil bilhetes para a tarde histórica. Para garantir a segurança, em um evento que será monitorado pela Fifa, serão mil policiais. Cada torcida terá seu caminho.
De fato, a acessibilidade do renovado estádio foi projetada para a entrada e saída de público nas mais variadas direções. De forma segura e rápida.
As próprias equipes contam com a infraestrutura para uma rodada dupla, pois as arenas da Copa do Mundo vêm sendo erguidas com pelo menos quatro vestiários cada.
Então, será possível aplicar na Arena Pernambuco a ideia adotada no Castelão?
Com uma grande demanda de público, do próprio consórcio responsável pela operação do empreendimento em São Lourenço da Mata, é pra lá de possível. Dividir os espaços entre os 46.214 lugares possíveis é a primeira tarefa para conseguir organizar uma rodada dupla de grande porte, seja em jogos festivos ou até oficiais.
Em Pernambuco vale relembrar a abertura do Estadual de 1996 com duas partidas na Ilha do Retiro. Na primeira, Santa Cruz 2 x 1 Central. Depois, Sport 2 x 2 Náutico.
O raio de influência no teste na capital alencarina é bem maior do que se imagina…
O futebol em Pernambuco tem mais de 100 anos de história. Os primeiros registros vêm do amistoso entre Sport e English Eleven na campina do Derby, em 1905.
O avanço estrutural nesse tempo todo passou por campos abertos, campos murados, as primeiras arquibancadas em 1919, ainda de madeira, na Avenida Malaquias, e os primeiros degraus de concreto, na década de 1930, na embrionária Ilha do Retiro.
E o que dizer do gigantismo a partir de 1972, com o Arruda? Com as multidões nos anos 80, na ampliação do Colosso, passando a abrigar até 90 mil torcedores.
Épocas nas quais a quantidade de gente presente era o objetivo. A qualidade da estrutura não era algo pensado no contexto local. Até que vieram as primeiras normas internacionais de segurança, no fim do século XX, sob imposição da Fifa.
O tamanho dos assentos, de 30 centímetros de largura, evoluiu para 50 centímetros. Cadeiras obrigatórias. Torcedores em pé, esmagados, não teriam mais lugar.
Ao menos no papel. Pois, na prática, essa transformação demorou para chegar em Pernambuco, onde setores de cadeiras sempre foram redutos dos mais abastados, ocupando uma parcela menor da capacidade dos maiores estádios da capital.
Por isso, por mais que sejam apenas algumas cadeiras, as fotografias da instalação dos primeiros assentos na arena em São Lourenço da Mata é algo emblemático.
Pela primeira vez um estádio de futebol de grande porte no estado será totalmente tomado por cadeiras numeradas. Serão 46.214, espalhadas nos aneis inferior e superior.
Nenhum setor terá torcedores em pé ou mesmo sentados no cimento.
O que um dia foi um sonho está bem perto de virar realidade…
Falta menos de um ano para o futebol do Nordeste passar por uma revolução estrutural.
Até o fim de 2013 nada menos que quatro estádios inseridos no mais alto padrão do caderno de encargos da Fifa estarão funcionando na região.
Palcos espalhados em Recife, Salvador, Fortaleza e Natal, que abrigam os nove maiores clubes nordestinos. As quatro arenas do Mundial irão disponibilizar 202.426 cadeiras.
Para isso, um investimeno bilionário. Ao todo, uma despesa de 2,059 bilhões de reais. O financiamento federal para as quatro obras corresponde a 71% do gasto total.
A tendência é um avanço no comportamento das torcidas, paralelamente ao conforto e aos serviços oferecidos. Espera-se que os clubes consigam crescer no mesmo ritmo, tanto na questão técnica quanto na governança. O Nordestão pode ser a força motriz.
Abaixo, a situação atual de cada um e os projetos originais. Saindo do papel…
Uma das chamadas principais na página oficial do governo de Pernambuco na web se refere à confirmação da nova arena em São Lourenço na Copa da Confederações.
A construção exibida no site não é a da Arena Pernambuco.
Na imagem, além de não haver módulo algum da cobertura metálica, a única faixa do anel superior incompleta está na lateral. Na arena localizada na região metropolitana faltam apenas alguns degraus na ala norte, atrás de de um dos gols.
Dentro da matéria sobre o estádio, porém, as imagens estão corretas.
Ainda assim, qual seria então o misterioso estádio? Pela quantidade de guindastes e gruas, não deve ter sido a obra mais barata do mundo…
Cultivado há quase dois meses no centro de treinamento do Náutico, na Guabiraba, o gramado que será utilizado na Arena Pernambuco começa a ganhar a sua cor definitiva.
O trabalho com irrigação, adubação e inseticidas chegou a 53 dias com o verde vivo.
Acima, o registro de 6 de janeiro de 2013, mas o plantio começou em 15 de novembro de 2012, após a terraplenagem e a colocação de areia e fertilizantes. Só depois foram colocadas as mudas da Bermuda Celebration, a grama mais utilizada pela Fifa.
Ao todo foram 68 sacos com mudas, com 60 quilos cada um, o suficiente para ocupar toda a área de 120m x 160m, com um total de 19.200 metros quadrados. Isso equivale uma área superior a dois campos oficiais de futebol.
O campo da arena terá dimensões de 105m x 68m, ou 7.140 metros quadrados. Em breve, o gramado será retirado em rolos para a ser transferido para o estádio em São Lourenço, cujo trabalho na drenagem do futuro campo ainda será executado.
Metade do gramado plantado ficará no próprio CT na Guabiraba, para que o Náutico possa treinar no campo semelhante ao que irá jogar pelas próximas trinta temporadas.
As imagens de divulgação da iluminação especial da fachada da Arena Pernambuco, que poderá mudar de cor de acordo com os times em campo, acabaram ofuscando uma outra importante mudança no design final do estádio.
As membranas em formato de almofadas de etileno tetrafluoretileno combinadas com LED irão substituir a fachada original, revestida com uma manta azul e verde (veja aqui).
Obviamente, essa mudança só será percebida com luz natural, em jogos à tarde. No post, a nova versão (em cima) e o projeto pioneiro (abaixo).
Importado de uma empresa alemã por 12 milhões de euros, o material será o mesmo utilizado na Allianz Arena, em Munique. Na Arena Pernambuco, a área da membrana terá 25 mil metros quadrados, com 11 toneladas de aço.
Na sua opinião, qual seria a fachada mais bonita para a Arena Pernambuco?
Foi na Coreia do Sul e no Japão, em 2001, que a Fifa passou a utilizar a Copa das Confederações como um “teste” para os organizadores da Copa do Mundo.
A competição, criada em 1992, já havia passado por Arábia Saudita e México, quando houve a mudança no foco do torneio, cuja marca foi sendo consolidada.
No Brasil, em 2013, o Festival de Campeões deverá registrar a segunda maior média de público da história e a maior entre os países que estavam se preparando para o Mundial no ano seguinte – abaixo, o ranking. Preparação à parte, o brasileiro está empolgado.
Ao todo, os seis estádios selecionados pela entidade receberão 16 partidas entre 15 e 30 de junho. Considerando todos os lugares disponíveis para eventos da Fifa, que geralmente reduzem a capacidade total, o número de assentos chegaria a 961.640.
Contudo, por questão de segurança nesta edição preparatória, a Fifa só autorizou 829.286 lugares, ou 86,2% da capacidade prevista para o Mundial. Desta forma, caso todos sejam comercializados, a média brasileira chegaria a 51.830 pessoas.
A venda antecipada de entradas surpreende até o momento. Na pré-venda foram 132 mil. Em seguida, no primeiro dia oficial de venda, mais 186 mil.
Outros 50 mil já estão reservados para torcedores de baixa renda. Somando esses dados preliminares o índice de ocupação já estaria em 23 mil pessoas por partida.
Que adquirir um ingresso? A venda segue até o dia 15 de janeiro no site da Fifa.