Buenos Aires – Ainda em tempo de fazer um registro após assistir in loco a uma atuação de Lionel Messi. Sim, aquele craque do Barcelona, eleito o melhor jogador de futebol do mundo nas últimas duas temporadas, é realmente genial.
Nunca fui à Europa. Obviamente, nem cheguei perto do Camp Nou. Exibições de gala do craque argentino, só mesmo pela televisão.
Mas tive a chance em Santa Fé, a 476 quilômetros da capital argentina, no superclássico de seleções do Rio da Prata. Seria uma oportunidade daquelas…
Messi é, de fato, melhor que nos videogames. Primeiro porque ele parece se mexer em campo sempre com o comando de “velocidade” apertado, o tempo todo, sem desgaste e com a bola colada no pé. O popular “quadrado”, para o chute, sai sempre calibrado, direcionado. É como se Alguém lá em cima estivesse com o joystick na mão…
A Argentina não passou das quartas de final? Messi não balançou as redes uma vez sequer? Futebol não se resume só a isso. Não mesmo.
No Cemitério dos Elefantes, com uma técnica muito acima da média – principalmente na sua própria seleção – , La Pulga deu o melhor de si em campo diante do Uruguai, com passes genais (“x” ou “triângulo”), lançamentos, como o que resultou no gol de Higuain, apertando a “bola” do controle”, e dribles incríveis.
Durante quase toda a partida, e foram 120 minutos de futebol, é bom lembrar, Lionel foi cercado e caçado por dois ou até três uruguaios. Cáceres, Pérez e Lugano tiveram muito trabalho. Quase sempre, parando o camisa 10 da albiceleste com falta. Na maioria das vezes, porém, viram o argentino passar voando.
No fim, cabisbaixo, frustrado, destruído, Messi ainda foi aplaudido. Com companheiros à altura, como os do Barça, ele chega perto de se tornar imparável.
Basta que a bateria do controle não acabe…