O mata-mata da Série A2, com o caminho até a taça e a vaga na elite pernambucana

O mata-mata da 2ª divisão do Campeonato Pernambucano de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Está definido o caminho para a última vaga no Campeonato Pernambucano de 2018, que terá onze participantes e um novo regulamento.

Na rota do acesso, foram 40 jogos na primeira fase da Série A2 de 2017, passando oito dos dez times. Sobraram apenas Ferroviário do Cabo e Chã Grande. A partir de agora, cruzamento olímpico entre os dois grupos, com 1A x 4B, 2A x 3B, 1B x 4A e 2B x 3A – classificação abaixo. Portanto, quartas, semi e final, em ida e volta, com jogos de 25 de outubro até 12 de novembro.

Cabense x Porto, Vera Cruz x Sete, Pesqueira x Centro e Decisão x Íbis.

Qual o confronto mais equilibrado? E o mais fácil? Na torcida por qual time?

A grande surpresa da fase classificatória, sem dúvida, foi o Íbis, que chegou a ficar seis jogos invicto, a sua maior sequência. Também seguem na disputa nomes tradicionais como Porto, vice-campeão estadual em 1997 e 1998, e Sete de Setembro de Garanhuns, com o segundo maior estádio particular do interior. Outra curiosidade envolve outro time conhecido do futebol local. O centenário alvirrubro de Limoeiro avançou sem vencer um jogo sequer.

Como a FPF decidiu reduzir o número de clubes na primeira divisão, apenas o campeão irá obter a vaga na elite, ao contrário do que ocorria desde 1995, com dois promovidos. O esquema deve se manter na próxima temporada (caindo 2 e subindo 1), com o Estadual voltando a ter dez times em 2019.

A tabela básica do mata-mata da Segundona de 2017
Quartas de final: 25/10 (quarta, ida) e 29/10 (domingo, volta)
Semifinal: 01/11 (quarta, ida) e 05/11 (domingo, volta)
Final: 08/11 (quarta, ida) e 12/11 (domingo, volta)

A classificação final da 1ª fase da Série A2 do Estadual 2017. Crédito: FPF/site oficial (reprodução)

Após 312 dias, o Íbis volta a perder. A sequência recorde durou 6 jogos oficiais

Pernambucano 2017, Série A2: Íbis 0 x 2 Cabense. Foto: Íbis/twitter (@ibismania)

Demorou além da conta, mas o Íbis voltou a sentir o gostinho da derrota, inerente à sua história. Afinal, a Cabense impôs o 639º revés do pássaro preto desde a sua fundação. Isso corresponde a 68,2% de todas as apresentações oficiais do clube. Um scout digno do “Pior time do Mundo”, ao contrário da marcante invencibilidade construída nesta temporada.

Após a derrota de virada no jogo de volta das quartas de final da Série A2 do Estadual de 2016, quando foi eliminado pelo Flamengo, a equipe principal do Íbis só voltou aos gramados em 10 de setembro de 2017, num amistoso com o Ipojuca, valendo a Taça Mauro Shampoo. Após o empate sem gols, veio o calendário oficial, com a maior série invicta já registrada pelo clube. Com quatro vitórias e dois empates, conseguiu a classificação antecipada às quartas da segundona local, onde busca o acesso após 18 anos.

Porém, esbanjando confiança (ou não), o time acabou perdendo da Cabense no Ademir Cunha. Ou seja, sofreu a primeira derrota após incríveis 312 dias! Esse time do Íbis já está na história, às avessas. Para ir de encontro a tudo o que o clube representa, basta subir… Afinal, apenas o campeão garante vaga.

A maior série invicta do Íbis (4v-2e-0d) e as últimas derrotas na A2

07/12/2016 – Íbis 1 x 2 Flamengo de Arcoverde (fora)

17/09/2017 – Íbis 1 x 0 Vera Cruz (casa)
20/09/2017 – Íbis 2 x 1 Cabense (fora)
24/09/2017 – Íbis 1 x 0 Ferroviário do Cabo (fora)
01/10/2017 – Íbis 0 x 0 Centro Limoeirense (casa)
04/10/2017 – Íbis 1 x 0 Centro Limoeirense (fora)
12/10/2017 – Íbis 0 x 0 Ferroviário do Cabo (casa)

15/10/2017 – Íbis 0 x 2 Cabense (casa)

Jogos oficiais do Íbis (1ª e 2ª divisões do Estadual)*

936 jogos
139 vitórias
158 empates
639 derrotas
747 gols marcados
2.483 gols sofridos
-1.736 de saldo
* Até a 9ª rodada da Série A2 de 2017

Pernambucano 2017, Série A2: Íbis 0 x 2 Cabense. Foto: Íbis/twitter (@ibismania)

As maiores goleadas dos clássicos em Pernambuco, do Ca-Fé ao Trio de Ferro

Pernambucano 2017, Série A2: Ferroviário do Cabo 0 x 9 Cabense. Crédito: FPF/mycujooo

No Gileno de Carli, em jogo válido pela segunda divisão estadual de 2017, ocorreu a maior goleada já vista num clássico local. Em mais uma edição do “Clássico Ca-Fé”, no Cabo, a Cabense goleou o Ferroviário por 9 x 0, em jogo transmitido pela FPF, que confirmou o resultado, também, como a vitória mais elástica nos 22 anos de história do clube – superando um 7 x 1 sobre o Íbis.

A partir do placar pra lá de incomum, e com o vencedor como “visitante”, vamos às maiores goleadas envolvendo o Trio de Ferro, estendendo também aos principais duelos do interior, com Caruaru, Vitória de Santo Antão e Petrolina. Todos os jogos (oficiais) ocorreram no Campeonato Pernambucano, em suas duas divisões. Entre os grandes, como curiosidade, o blog também listou os jogos apenas no período profissional, iniciado em 1937.

Dados atualizados até 04/10/2017, considerando os clubes em atividade

Clássico dos Clássicos
Geral
01/10/1916 – Sport 8 x 0 Náutico (Ponte d’Uchoa, A1)
31/03/1935 – Náutico 8 x 1 Sport (Avenida Malaquias, A1)

Na era profissional
19/10/1941 – Sport 8 x 1 Náutico (Aflitos, A1)
27/10/1974 – Náutico 5 x 0 Sport (Aflitos, A1)

Clássico das Multidões
Geral
15/08/1934 – Santa Cruz 7 x 0 Sport (Avenida Malaquias, A1)
25/05/1986 – Sport 5 x 0 Santa Cruz (Ilha do Retiro, A1)

Na era profissional
28/05/1976 – Santa Cruz 5 x 0 Sport (Arruda, A1)
25/05/1986 – Sport 5 x 0 Santa Cruz (Ilha do Retiro, A1)

Clássico das Emoções
Geral (e profissional)
09/07/1944 – Náutico 5 x 0 Santa Cruz (Aflitos, A1)
06/10/1991 – Santa Cruz 5 x 0 Náutico (Arruda, A1)

Clássico Matuto – Caruaru
Geral (e profissional)
26/03/2014 – Central 5 x 0 Porto (Lacerdão, A1)
20/03/2011 – Porto 4 x 0 Central (Lacerdão, A1)

Clássico Vi-Ver – Vitória de Santo Antão
Geral (e profissional)
13/06/2004 – Vitória 4 x 1 Vera Cruz (Carneirão, A2)
11/04/2010 – Vera Cruz 4 x 1 Vitória (Carneirão, A1)

Clássico de Petrolina – Petrolina
Geral (e profissional)*
13/06/2010 – Petrolina 3 x 1 1º de Maio (Paulo Coelho, A2)
21/03/1999 – 1º de Maio 4 x 3 Petrolina (Paulo Coelho, A2)
* Nunca houve uma goleada

Clássico Ca-Fé – Cabo de Santo Agostinho
Geral (e profissional)*
04/10/2017 – Cabense 9 x 0 Ferroviário (Gileno de Carli, A2)
18/09/2016 – Ferroviário 2 x 1 Cabense (Gileno de Carli, A2)
* O Ferroviário nunca goleou

Os dez clubes na disputa por apenas uma vaga na 1ª divisão do Pernambucano 2018

Os clubes da Série A2 de 2017. Grupo A: Cabense, Centro, Ferroviário do Cabo, Íbis e Vera Cruz; Grupo B: Chã Grande, Decisão, Pesqueira, Porto e Sete de Setembro. Montagem: Cassio Zirpoli/DP

A segunda divisão do Campeonato Pernambucano de 2017 terá apenas 54 jogos, entre setembro e novembro. Desde 1995, a competição sempre promoveu os dois primeiros colocados, mas desta vez apenas o campeão alcançará o acesso à elite. A medida visa a redução gradativa no número de participantes da primeira divisão, que em 2018 já terá onze times.

Confira a tabela da segundona, a partir de 17 de setembro, clicando aqui.

Pela o regulamento, os dez participantes foram divididos em dois grupos, A (Cabense, Centro, Ferroviário, Íbis e Vera Cruz) e B (Chã Grande, Decisão, Pesqueira, Porto e Sete), jogando dentro das chaves em ida e volta. Ao todo, oito partidas para cada. Os quatro melhores de cada grupo avançam para o mata-mata, com quartas de final, semifinal e final em jogos de ida e volta. Ou seja, 14 partidas de mata-mata, dando alguma emoção à esvaziada disputa.

Em relação aos estádios, o regulamento determina uma capacidade mínima de 1.000 espectadores. Entre os palcos liberados pela FPF, apenas Ademir Cunha e Carneirão atenderiam à capacidade para o mata-mata da elite. Porém, precisariam passar por uma vistoria mais detalhada sobre o gramado.

Lista de participantes (cidade), estádios e capacidade
Associação Desportiva Cabense (Cabo) – Gileno de Carli, 5.459
Centro Limoeirense de Futebol (Limoeiro) – José Vareda, 5.000
Chã Grande Futebol Clube (Chã Grande) – Barbosão, 3.400
Sociedade Esportiva Decisão Futebol Clube (Bonito) – Arthur Tavares, 4.000
Ferroviário Esporte Clube do Cabo (Cabo) – Gileno de Carli, 5.459
Íbis Sport Club (Paulista) – Ademir Cuna, 12.000
Pesqueira Futebol Clube (Pesqueira) – Joaquim de Brito, 1.800
Clube Atlético do Porto (Caruaru) – Antônio Inácio, 6.000
Sete de Setembro Esporte Clube (Garanhuns) – Gigante do Agreste, 6.356
Vera Cruz Futebol Clube (Vitória de Santo Antão) – Carneirão, 10.911 

Distâncias nas estradas a partir do Recife
17 km – Paulista (Grande Recife)
35 km – Cabo de Santo Agostinho (Grande Recife)
53 km – Vitória de Santo Antão (Zona da Mata)
82 km – Limoeiro (Agreste)
84 km – Chã Grande (Zona da Mata)
135 km – Caruaru (Agreste)
141 km – Bonito (Agreste)
220 km – Pesqueira (Agreste)
231 km – Garanhuns (Agreste)

Na sua opinião, quem é o favorito para o título da Série A2?

Reunião para a Série A2 do Pernambucano 2017. Foto: FPF/divulgação

O silêncio pernambucano pela Chape

Uma semana de silêncio no futebol em respeito à Chapecoense, homenageada em todo o mundo. Em Pernambuco, inúmeros atos lembrando as 71 vítimas do voo que levava o time catarinense à Colômbia, onde decidiria a Sul-Americana.

Após o luto oficial decretado pelo Trio de Ferro, as reapresentações dos times de Sport e Santa Cruz, a uma rodada do fim do Brasileirão, foram marcadas por círculos de orações junto aos jornalistas presentes (que também sofreram com 20 mortos no acidente aéreo). Quando a bola voltou a rolar, no domingo, pela segunda divisão estadual, as três partidas válidas pelas quartas de final tiveram homenagens em conjunto entre os adversários, num legado já deixado pela Chape. Camisas com com o escudo do alviverde, faixas de apoio e muita fé.

Por fim, o enterro do Cléber Santana, cujo velório ocorreu na Ilha do Retiro.

Sport no Centro de Treinamento José de Andrade Médicis, em 30/11

Homenagem do Sport à Chapecoense. Foto: Nando Chiapetta/DP

Santa Cruz no Arruda, em 01/12

Homenagem do Santa Cruz à Chapecoense. Foto: instagram.com/santacruzfc

Cabense 1 x 0 Vera Cruz no Gileno de Carli (Cabo de Santo Agostinho), em 04/12

Homenagem de Cabense e Vera Cruz à Chapecoense. Foto: twitter/futebolderaizes (Augusto Fernandes)

Íbis 0 x 0 Flamengo de Arcoverde no Ademir Cunha (Paulista), em 04/12

Homenagem de Íbis e Flamengo de Arcoverde à Chapecoense. Foto: facebook/ibismania

Centro Limoeirense 0 x 0 Afogados no José Vareda (Limoeiro), em 04/12

Homenagem de Centro Limoeirense e Afogados à Chapecoense. Foto: ), twitter/centroLFPE

Os 9 clubes na briga por duas vagas na primeira divisão pernambucana de 2017

Estádios da Série A2 de 2016: Vianão, Luiz de Brito, Gileno de Carli e José Vareda; Áureo Bradley, Paulo Petribu, Ferreira Lima e Carneirão

A segunda divisão do Campeonato Pernambucano de 2016 terá apenas 49 jogos, entre setembro e novembro. Valendo duas vagas para a elite local, o torneio terá a presença de nove clubes – seriam dez, mas o Ypiranga, sem a documentação necessária, desistiu. Entre os inscritos, apenas dois da Região Metropolitana do Recife, ambos do Cabo, com o restante espalhado no interior, incluindo o andarilho Íbis, outra vez em ação em Carpina. Quatro nunca jogaram na primeirona (Afogados, Barreiros, Ferrim e Timbaúba), enquanto o Vera Cruz (o maior campeão da segundona, tri) foi o último presente, em 2015.

Confira a tabela da segundona, a partir de 3 de setembro, clicando aqui.

A fórmula de disputa é simples, com turno único, avançando os oito melhores – ou seja, só o lanterna cai fora. Depois, quartas e semifinal com o critério da Copa do Brasil, qualificando o gol fora de casa. Já a decisão, com os dois times já assegurados, será em apenas uma partida. As melhores campanhas definem os mandos decisivos. Sobre a composição dos elencos, vale o estilo “olímpico”. Assim, a cada apresentação os times podem relacionar 22 atletas, com no máximo quatro acima de 23 anos. Entre os Sub 23, cinco podem ser amadores.

Em relação aos palcos, o regulamento determina uma capacidade mínima de 1.000 espectadores sentados. Entre os estádios liberados pela federação, dois não chegam a três mil lugares, a exigência mínima na elite. Portanto, em caso de acesso, os campos de Afogados e Barreiros precisariam de ampliações.

Clubes na Série A de 2016: Afogados, Barreiros, Cabense, Centro, Ferroviário, Flamengo, Íbis, Timbaúba e Vera Cruz

Algum favorito? Alguma preferência em relação ao acesso? Comente.

Lista de participantes, estádios e capacidade
Afogados Futebol Clube (Afogados) – Vianão, 1.735
Barreiros Futebol Clube (Barreiros) –  Luiz de Brito, 2.000
Associação Desportiva Cabense (Cabo) – Gileno de Carli, 5.459
Centro Limoeirense de Futebol (Limoeiro) – José Vareda, 5.000
Ferroviário Esporte Clube do Cabo (Cabo) – Gileno de Carli, 5.459
Flamengo Sport Club de Arcoverde (Arcoverde) –  Áureo Bradley, 3.000
Íbis Sport Club (Carpina) – Paulo Petribú, 3.600
Timbaúba Futebol Clube (Timbaúba) – Ferreira Lima, 3.750
Vera Cruz Futebol Clube (Vitória) – Carneirão, 10.911

Distâncias nas estradas a partir do Recife
35 km – Cabo de Santo Agostinho (Grande Recife)
53 km – Vitória de Santo Antão (Zona da Mata)
65 km – Carpina (Zona da Mata)
82 km – Limoeiro (Agreste)
102 km – Timbaúba (Zona da Mata)
111 km – Barreiros (Zona da Mata)
255 km – Arcoverde (Sertão)
378 km – Afogados da Ingazeira (Sertão) 

Eis os classificados à elite nas últimas dez edições da Série A2*…

Campeões e vices da segunda divisão do Campeonato Pernambucano de 2006 a 2015

* Em 2007, numa virada de mesa da FPF, Centro e Petrolina também subiram, ampliando a primeira divisão de dez para doze participantes, dado ainda vigente.

Balanço dos jogadores profissionais no Nordeste, inferior a dois salários mínimos

Quadro sobre os jogadores profissionais de futebol no Nordeste em 2015 (via CBF/FPF). Arte: Infogr.am (Cassio Zirpoli)

Um levantamento da CBF sobre o Nordeste, de 2015, aponta a existência de 1.911 contratos ativos de jogadores profissionais. No futebol, de uma forma geral, se enxerga um meio de altos salários, muito acima da média do trabalhador comum. Esse contexto existe, é verdade, mas numa parcela ínfima dos atletas, como Diego Souza (R$ 250 mil) e Grafite (R$ 166 mil), destaques de Sport e Santa Cruz, por exemplo. No geral, nas divisões inferiores, nacionais e estaduais, o rendimento mensal mal passa de um salário mínimo (R$ 788).

De acordo com o dado repassado pelo diretor de competições da FPF, Murilo Falcão, apenas 200 jogadores ganham mais de R$ 1 mil na região. E essa mesma fatia é a única com contratos superiores a três meses de duração. Pois é, o restante (89,5%) ganha menos e só atua 1/4 do ano. Não por acaso, no futebol local é comum ver os mesmos nomes disputando a primeira divisão no primeiro semestre e a segunda divisão no segundo semestre, sempre em clubes pequenos. Imagine em centros menos estruturados, como Sergipe e Piauí…

Em 2014, o movimento Bom Senso FC, liderado pelos próprios jogadores, também fez um raio x da categoria, num retrato nacional. Situação parecida. Dos 20 mil atletas no boletim informativo diário (BID), 82% joga por menos de salários mínimos (na época em R$ 724), com 15% de desempregados. Dos 684 clubes listados, 583 (ou 85%) ficam inativos por seis meses. É um problema geral.

Nordeste (CBF) 
1.911 jogadores profissionais
89,5% com menos de R$ 1.000
10,5% com mais de R$ 1.000

Brasil (Bom Senso FC)
20.000 jogadores profissionais
82% com menos de dois salários mínimos (R$ 1.448)
3% com mais de dois salários mínimos  (R$ 1.448) 

Na Série A2 do Pernambucano (abaixo), o cenário fica ainda mais evidente, até por ser “Sub 23”, com a possibilidade de inscrição de no máximo quatro jogadores sem limite de idade. Naturalmente, a faixa salarial cai ainda mais.

Série A2 (Sub 23) de 2015: Barreiros 0x0 Ipojuca. Foto: FPF/site oficial

A conta de empréstimos da FPF aos 46 clubes filiados, em atividade ou não

Os clubes que devem dinheiro à FPF, segundo o balanço de 2013

No balanço financeiro da Federação Pernambucana de Futebol é possível conferir os empréstimos concedidos pela entidade aos seus clubes filiados, muitos deles sem atividade há anos, como Manchete e Intercontinental.

Em 2011 a dívida das equipes junto à entidade havia sido de R$ 1.140.592. Em 2012, o valor caiu para R$ 736.205. Agora, nos dados de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2013, saltou para R$ 2.101.088…

Chama a atenção no levantamento o aumento de 185% no saldo negativo dos times – ou “adiantamento de receitas” – em apenas um ano, mesmo com o uso do Todos com a Nota.

Eis a descrição oficial no documento da FPF: “Refere-se a empréstimos concedidos a clubes filiados da federação. Algumas operações que envolvem adiantamentos a clubes filiados são atualizadas monetariamente. Esses valores não possuem prazos de vencimentos definidos”.

Das 46 agremiações listadas, apenas sete não apresentaram antecipações de cotas no ano passado através da federação sediada na Boa Vista – Cabense, Serrano, Ferroviário de Serra Talhada, Petrolina, Ferroviário, Belo Jardim e Ipojuca.

As dívidas dos grandes clubes do estado:

Náutico – R$ 532.104 (a maior da lista)
Santa Cruz – R$ 71.731
Sport – R$ 3.565

Entre os valores, destaque para a dívida do Boa Vista, de R$ 160…

Campeonato da segunda divisão a definir

Tabela da Série A2 do Campeonato Pernambucano de 2013. Crédito: FPF

A FPF divulgou a tabela oficial da segunda divisão pernambucana de 2013.

Os 15 clubes estão divididos em três grupos. Ao todo serão dez rodadas.

As datas estão ok. Já os estádios… Mistério. Não há definição alguma.

Na Série A2 a capacidade mínima de público é de 3 mil espectadores. Não precisa sequer contar com iluminação artificial na fase inicial.

Na semifinal e na decisão do Estadual o número estipulado pela fedederação subirá para 5 mil torcedores, além da exigência de refletores. Porém, alguns times não contam com praças com as condições mínimas.

Basta ver a situação do estádio Jefferson de Freitas, em Jaboatão, a casa do Jaguar. Faltando um mês para o campeonato não existe nem grama.

De fato, os laudos técnicos dos palcos ainda vão chegar…

Confira a tabela completa clicando aqui.

Estádio Jefferson de Freitas, em Jaboatão, em julho de 2013. Foto: Washington Vaz/divulgação

Apertura e Clausura do Pernambucano

Pernambuco

Historicamente, o campeonato pernambucano sempre foi dividido em turnos, com os vencedores disputando o título em uma final. Há quatro anos o formato se mantém com a classificação de quatro equipes à fase decisiva, tirando do campeão do turno a classificação direta à decisão.

Independentemente disso, confira a lista de campeões e vices dos turnos no estado neste século. Em 2005, a FPF batizou os dois turnos de Taça Tabocas e Guararapes e Taça Confederação do Equador, respectivamente. Antes, os campeões já recebiam troféus pelas fases, mas sem nome oficial. A medida caiu em desuso em 2010 com a fórmula do turno classificatório.

Os vencedores passaram, então, a erguer taças encomendadas pelas próprias diretorias, como o Central em 2011, no pioneiro turno vencido pela Patativa. Abaixo, a relação de campeões e vices e as respectivas campanhas neste século. Apenas o Pernambucano de 2003 teve três turnos.

Campeões: Sport (12), Santa Cruz (8), Náutico (5), Central (1) e Salgueiro (1).

Campeões dos turnos do Campeonato Pernambucano no Século XXI. Crédito: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press