A primeira apresentação da Seleção Brasileira após a contundente campanha do título na Copa das Confederações não foi das melhores. Derrota na Suíça por 1 x 0. O gol dos donos da casa foi, na verdade, um gol contra, numa cabeçada inacreditável de Daniel Alves. Nesta quarta, porém, o técnico Luiz Felipe Scolari recebeu uma cornetada daquelas da torcida. Sim, CR7.
A imagem foi registrada pela própria assessoria de imprensa da CBF…
A atuação coral foi ruim do começo ao fim, mesmo diante de um adversário em crise. O Baraúnas havia sido goleado nas rodadas anteriores por 4 x 1 e 6 x 2, esta última em casa. Com um aproveitamento perfeito no Arruda até então, o Santa almejava retornar ao G4. Sem falsa modéstia, a vitória era esperada.
Entretanto, o time recebeu uma das maiores vaias dos últimos tempos no Mundão. Gritos de olé para o adversário com 30 minutos de jogo, vaia no intervalo e revolta no apito final na noite deste domingo. O tricampeão pernambucano perdeu por 2 x 0, terminando a rodada da terceirona em sexto lugar, com o nome do técnico Sandro Barbosa sendo alvo de apupos verbais.
O futebol, com passes errados e jogadas mal ensaiadas, foi paupérrimo. A situação ficou ainda pior quando o volante Tozo recebeu o segundo amarelo ainda no primeiro tempo, após entradas duras. Àquela altura a equipe potiguar já vencia com um gol de Radamis, aproveitando o rebote de Tiago Cardoso.
Paralelamente a isso, Caça-Rato e Dênis Marques pouco faziam. DM9 com um pouco de vontade até chutou, mas sem perigo. Algo precisava ser feito. Sandro apostou tudo na volta para a etapa final, com três mudanças. Entraram Ramires, Renatinho e Natan. Saíram Júnior Xuxa, Tiago Costa e Luciano Sorriso.
Ma a passividade coral imperou no restante do jogo. Aos 22 minutos, Radamis marcou mais uma vez. Escorou um cruzamento rasteiro, num gol para tornar o Arruda, com 21.213 pessoas, em um caldeirão às avessas.
O termômetro indicava o clima pesado no interior gaúcho. Apenas 11 graus.
A sensação térmica era ainda pior em Caxias do Sul, com chuva e vento forte. Não seria mesmo uma noite fácil para o tricampeão pernambucano.
Embalado pela conquista na Ilha do Retiro e cansado pela longa viagem.
O Santa Cruz jogava por “um gol” no estádio Centenário diante do Internacional, também comemorando o tri estadual. O empate sem gols no Arruda não havia sido um mau negócio. Mas para essa leitura, o ataque precisaria funcionar.
Com o desfalque do artilheiror Dênis Marques, a missão estava nos pés de Flávio Caça-Rato. O atacante, que balançou as redes na decisão do Pernambucano, até se esforçou, mas isolado pouco criou.
A Cobra Coral chegou a ficar com um a mais em campo, após a merecida expulsão de Fabrício. Contudo, no segundo tempo, o Colorado buscou os espaços no equilibrado duelo e marcou os gols, com o argentino D’Alessandro, num belo chute de primeira, e Caio, numa falha de Tiago Cardoso, que no domingo havia tido a melhor atuação da carreira, segundo o próprio goleiro.
Não havia mais tempo para uma reação e o Tricolor amargou a sua oitava eliminação nos 32 avos de final em vinte participações da Copa do Brasil.
Apesar da derrota por 2 x 0 nesta quarta, a personalidade mostrada no confronto mostra que o time não deve se abalar para a caminhada para o próximo (e maior) objetivo, mirando o acesso à Série B do Brasileiro.
Eis o documentário especial produzido pelo Superesportes sobre a final do campeonato estadual de 2013, na Ilha do Retiro. O vídeo segue a jornada do torcedor coral Marcelo Farias antes, durante e depois do tri do Santa Cruz.
Produção dos repórteres Brenno Costa, Lucas Fitipaldi e Bernardo Dantas.
Dono de um dos nomes mais folclóricos do futebol brasileiro na atualidade, o atacante Flávio Caça-Rato viveu no domingo o auge de sua carreira, ao marcar um golaço, abrindo a vitória do Santa Cruz sobre o Sport, em plena Ilha do Retiro. O placar resultou no tricampeonato estadual.
No Diario de Pernambuco, a charge do campeão, nos traços de Samuca.
Assista ao vídeo-reportagem especial do Superesportes sobre a decisão de 2013, na Ilha do Retiro, com todos os detalhes dentro do campo, da entrada dos times ao troféu erguido pelos corais. Veja o vídeo do ano passado aqui.
Produções de Brenno Costa, do Diario de Pernambuco.
No biênio 2011 e 2012 a receita do Santa Cruz não passou de R$ 30 milhões.
No período, o Náutico somou R$ 60 milhões, o dobro. E o que dizer do Sport, com R$ 113 milhões? Ambos em divisões nacionais acima do Tricolor.
Contudo, ambos derrotados na disputa local, tête à tête.
Em 2013, as cifras não mudaram. O Santinha continua trabalhando com um orçamento limitadíssimo, se virando como pode para driblar credores, para conseguir novos investimentos. Para montar elencos competitivos.
De fato, não mudou o defecho dos campeonatos estaduais, com o capitão tricolor erguendo o troféu de campeão estadual no mês de maio.
No post, as imagens das três conquistas corais, em 2011, 2012 e 2013.
Nas finais das multidões, a triologia completa.
Taças erguidas no Arruda, na Ilha do Retiro e festa em todo o estado…
O museu tricolor, agora com 27 troféus, está revigorado.
Pela terceira vez em sua história o Santa Cruz é tricampeão pernambucano.
Mas nunca de uma forma tão avassaladora sobre um rival.
Sobre o maior rival, diga-se.
Economicamente mais frágil, divisões nacionais abaixo, mas valente. Construído em três cores para superar todas as dificuldades pelo caminho.
Para não enxergar nenhuma delas como impossível…
O Santa levantou mais um troféu na Ilha do Retiro, pelo segundo ano seguido. Impôs ao rival das multidões o trivice-campeonato. Uma marca histórica.
Inédito em quase um século de disputas no futebol do estado, nunca um clube havia vencido o mesmo adversário na final em três anos consecutivos.
Aconteceu. Sempre ganhando na Ilha do Retiro nas decisões…
Em 2011, na improvável reviravolta de um clube afundado na Série D, fez 2 x 0 e comemorou na semana seguinte, com 62 mil pessoas no Arruda.
Em 2012, ainda sob comando do técnico Zé Teodoro, triunfo na Ilha por 3 x 2. E olhe que o time da casa jogava pelo empate. Superação, não se esqueça.
Em 2013, com Marcelo Martelotte escrevendo a sua história, nova vitória do povão, com dois golaços de Caça-Rato e Sandro Manoel, 2 x 0 neste domingo.
Nesta temporada, 20 gols marcados e apenas 10 sofridos em 15 jogos.
Teve a melhor defesa, sólida, com Tiago Cardoso numa fase impressionante, unindo elasticidade e técnica. E com um ataque eficiente, cirúrgico. Sobretudo Dênis Marques, destaque pelo segundo campeonato seguido.
E como se não bastasse tantos pontos para costurar um história incrível, com a 27ª taça do clube, há mais. Foi a primeira glória alcançada após ganhar clássicos na semifinal, Náutico, e final, Sport.
Por sinal, o velho apelido dos festejos da Ilha do Retiro ganhou mais força…
Em 14 finais entre tricolores e rubro-negros no estádio leonino, a Cobra Coral ampliou a vantagem para 8 x 6.