Copa América aberta a todos os latinos, com Portugal, Espanha, França, Itália…

Mapa da União Latina (países amarelos)

Em 45 edições, ao longo de um século de história, 18 países já participaram da Copa América. Nem todos sul-americanos, no berço do torneio. Além dos dez filiados à Conmebol, também disputaram sete membros da Concacaf, representando as Américas Central e do Norte, e um da AFC, a confederação asiática. Pois é, o Japão jogou nas canchas sudacas em 1999. Portanto, há precedentes para convites. Daí, a compreensão da declaração do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, no primeiro balanço de sua gestão. Embalado pelos números da edição especial centenária, nos Estados Unidos, com público médio de 46.432 e alcance de 1,5 bilhão de telespectadores acumulados, o dirigente enxerga a participação de países europeus.

“Eu não me limito a pensar da Copa de uma América só com a Concacaf . Sonho, por que não, com uma Copa América com os países latinos como a França, Itália, Espanha , Portugal. Poderíamos fazer um copa distinta.”

Naturalmente, Dominguez citou as seleções mais tradicionais. No entanto, a ideia “latina” ampliaria bastante as possibilidades. Na União Latina, criada em 1954 e sediada em Paris, existem 36 países membros (imagens do post), além de observadores como Argentina e México, já inseridos no contexto da Copa América. Todos possuem línguas (castelhano, francês, italiano, português, romeno e catalão) e/ou culturas de origem latina, a condição básica de adesão. Especificamente entre as opções citadas pelo mandatário, qual seria a mais atrativa para o torneio? A próxima edição será no Brasil. Até segunda ordem, deve seguir o modelo regular, de 2015, com doze países…

Próximas edições da Copa América
2019 – Brasil
2023 – Equador
2027 – Uruguai (a confirmar)
2031 – Bolívia (a confirmar)

Membros da União Latina

Argentina e Chile decidem novamente a Copa América, na 19ª final em 100 anos

A decisão da Copa América de 2016, Argentina x Chile. Crédito: Conmebol/twitter (@conmebol)

Separados pela Cordilheira dos Andes, argentinos e chilenos encaram um cenário inédito no futebol do continente, decidindo a Copa América em dois anos seguidos. Após a inédia conquista de La Roja em 2015, em casa, um novo confronto entre Messi, Vidal, Higuaín e Alexis Sánchez, agora em campo neutro. Bem longe, nos Estados Unidos, que recebem o torneio pela primeira vez, numa composição especial com dez seleções filiadas à Conmebol e seis à Concacaf.

Em 45 edições, esta é a 19ª final. Inicialmente chamado de Campeonato Sul-Americano, o torneio já teve inúmeros formatos. Começou com turno único, tendo uma decisão (“jogo desempate”) em caso de igualdade na pontuação. Assim, a primeira final ocorreu nas Laranjeiras, em 1919, no duelo entre brasileiros e uruguaios. Este clássico, aliás, é o mais recorrente, com quatro finais ao longo de um século. Em apenas três casos a decisão ocorreu em mais de um jogo, entre 1975 e 1983, com o formato sem sede fixa, em jogos de ida e volta. Em caso de empate, disputava-se um terceiro jogo em campo neutro.

Alguns jogos históricos, com status de final, na verdade aconteceram na última rodada de quadrangulares decisivos, como em 1989, com 132 mil pessoas no Maracanã assistindo ao gol de Romário sobre a Celeste. A partir de 1993, todas as edições tiveram fase de grupos, quartas, semi e final. Até hoje, considerando decisões de fato e de direito, foram onze confrontos distintos valendo a taça.

As finais da Copa América
1ª) 1919 – Brasil 1 x 0 Uruguai (Rio de Janeiro)
2ª) 1922 – Brasil 3 x 0 Paraguai (Rio de Janeiro)
3ª) 1937 – Argentina 2 x 0 Brasil (Buenos Aires)
4ª) 1949 – Brasil 7 x 0 Paraguai (Rio de Janeiro)
5ª) 1953 – Paraguai 3 x 2 Brasil (Lima)
6ª) 1975 – Peru x Colômbia: 0 x 1 (Bogotá), 2 x 0 (Lima) e 1 x 0 (Caracas)
7ª) 1979 – Paraguai x Chile: 3 x 0 (Assunção), 0 x 1 (Santiago) e 0 x 0 (B. Aires)
8ª) 1983 – Uruguai x Brasil: 2 x 0 (Montevidéu) e 1 x 1 (Salvador)
9ª) 1987 – Uruguai 1 x 0 Chile (Buenos Aires)
10ª) 1993 – Argentina 2 x 1 México (Guayaquil)
11ª) 1995 – Uruguai (5) 1 x 1 (3) Brasil (Montevidéu)
12ª) 1997 – Brasil 3 x 1 Bolívia (La Paz)
13ª) 1999 – Brasil 3 x 0 Uruguai (Assunção)
14ª) 2001 – Colômbia 1 x 0 México (Bogotá)
15ª) 2004 – Brasil (4) 2 x 2 (2) Argentina (Lima)
16ª) 2007 – Brasil 3 x 0 Argentina (Maracaibo)
17ª) 2011 – Uruguai 3 x 0 Paraguai (Buenos Aires)
18ª) 2015 – Chile (4) 0 x 0 (1) Argentina (Santiago)
19ª) 2016 – Argentina x Chile (Nova Jersey)

Finais mais repetidas
4 – Brasil x Uruguai
3 – Brasil x Paraguai e Brasil x Argentina
2 – Argentina x Chile
1 – Peru x Colômbia, Paraguai x Chile , Uruguai x Chile, Argentina x México, Brasil x Bolívia, Colômbia x México e Uruguai x Paraguai

A Copa América para o Centenário

Troféu da Copa América Centenário (2016). Crédito: Conmebol/twitter

A 45ª edição da Copa América será especial. Fora do calendário oficial, entre 3 e 26 de junho de 2016, celebra o centenário da disputa continental mais antiga em vigor. Sediada nos Estados Unidos pela primeira vez, em uma parceria entre Conmebol (10 países) e Concacaf (6 países), iniciando uma importante costura para o futebol dos continentes, o torneio também terá um troféu exclusivo.

Com 61 centímetros e 7 quilos, a Copa América Centenário (acima) foi feita em 98 dias, emulando detalhes do modelo tradicional e remetendo também ao logotipo do torneio desta temporada. Produzida com prata e com detalhes de ouro 24 quilates, ela substitui, por uma edição, a peça de 1916. Ao contrário da versão tradicional (abaixo), esta será ganha em definitivo. Para tentar conquistá-la, a Seleção não contará com Neymar, liberado apenas para a Olimpíada.

Em reserva desta vez, a Copa América original, ornada em prata e com uma base de madeiras com insígnias de todos os vencedores, foi comprada por 2.000 francos suíços em uma joalheria de Buenos Aires, há um século. Foi doada à Conmebol, então Confederação Sul-Americana, pelo Ministério das Relações Exteriores da Argentina, que realizou o primeiro torneio naquele mesmo ano. De cara, uma conquista do Uruguai, ainda o maior campeão.

A Copa América voltará ao curso normal, com a taça antiga, em 2019, no Brasil.

15 títulos – Uruguai
14 – Argentina
8 – Brasil
2 – Peru e Paraguai
1 – Bolívia, Colômbia e Chile

Troféu da Copa América (2015). Foto: ca2015.com

As marcas da Copa América, de 2015 e 2016

Logotipo oficial da Copa América de 2016

O plano da Copa América foi modificado, com a realização das edições a cada quatro anos. Contudo, em 2015 e 2016 o torneio viverá um momento especial…

Em 2016, a tradicional competição completará um século de história. Ampliando a disputa futebolística, a Conmebol se uniu à Concacaf para realizar, pela primeira vez, um torneio com os três continentes americanos.

Assim nasceu a “Copa América Centenário”, que ocorrerá nos Estados Unidos. O logotipo foi divulgado (acima), já dando pistas da futura bola oficial. Em abril já havia sido lançada outra marca, a da Copa América de 2015 (abaixo). Esta no Chile, seguindo o curso normal dos torneios.

Enquanto em 2015 serão 12 países, sendo dez representantes da Conmebol e dois convidados, México e Japão, em 2016 serão 16 seleções, com os mesmos dez sul-americanos e seis das Américas Central e do Norte, com Estados Unidos e México garantidos e outros quatro oriundos da Copa Ouro.

Na sua opinião, qual foi o logotipo mais bonito? Após esse período especial, o torneio voltará a ser revezado pelos sul-americanos. Em 2019, será no Brasil.

Curiosidade: a vaga da Conmebol na Copa das Confederações de 2017, na Rússia, será gerada na Copa América de 2015. Já a vaga da Concacaf será decidida entre os campeões da Copa Ouro de 2013 (EUA) e 2015.

Logotipo oficial da Copa América de 2015

Overdose de Copa América pós-Mundial

Américas do Norte, Central e do Sul

A Copa do Mundo no Brasil será seguida de uma overdose de Copa América.

Numa decisão pouco ortodoxa, o principal torneio de seleções da Conmebol terá duas edições consecutivas, em 2015 e 2016. Na primeira, no Chile, será o curso normal do rodízio de sedes no continente sul-americano, em vigor desde 1987.

Na segunda, a competição chegará ao centenário. Apesar do tradicional passado como “Campeonato Sul-Americano”, a edição extraordinária será disputada nos Estados Unidos, confirmado via comunicado oficial da Conmebol.

No Chile – que trocou a vez com o Brasil, cabendo à CBF a organização do torneio em 2019 -, serão doze países, como ocorre há duas décadas. Os convidados da vez serão Japão e México.

Já na centenária Copa América, a 44ª edição, serão 16 países…

Entre participantes estarão os dez filiados da Conmebol (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela), os eternos convidados da Concacaf, México e Estados Unidos, e os quatro melhores colocados, exceto os dois convidados, na Copa Ouro de 2015.

A última vez em que a Copa América foi disputada em um espaço tão curto foi em 1959, com dois torneios no mesmo ano! No segundo, no Equador, o Brasil foi representado pela seleção pernambucana, a Cacareco, que ficou em 3º lugar.

Vale destacar que a ideia já existia há um ano. Essa oficialização pode ser o passo para uma futura união entre as duas confederações americanas.

Supercopa América

Américas do Norte, Central e do Sul

Há quase vinte anos começou a aproximação política entre as confederações de futebol das Américas, com a Conmebol no Sul e a Concacaf na região Central e no Norte.

Tudo a partir de um convite do presidente da entidade sul-americana, Nicolás Leoz, aos dirigentes de México e Estados Unidos, que toparam na hora a ideia de jogar a encorpada Copa América de 1993, no Equador. O torneio passaria de dez a doze  países.

Desde então foram oito edições, sempre com convidados. Também já viajaram para cá Honduras e Costa Rica, além da inusitada presença do Japão em 1999.

Contudo, o termo “convite” está com os dias contados. Uma longa articulação projeta o que se imagina há muito tempo. Um torneio em larga escala com os três continentes.

Colabora para isso uma data especial. Em 2015 haverá a Copa América no Chile, já acordada. No ano seguinte, porém, será o centenário da competição, que em 1916 teve Buenos Aires como sede, apenas quatro países e seis jogos.

Argentina, Uruguai, Brasil e Chile entraram em campo nos acanhados estádios de Gimnasia y Esgrima e Racing, com título celeste. Já naquela temporada a tradicional taça, comprada em uma joalheria na capital argentina por dois mil francos suíços.

Para a provável edição especial, a Copa Centenário, seriam dezesseis seleções, sendo dez da Conmebol e seis da Concacaf. Para quebrar qualquer laço histórico, a inédita competição teria como sede… os Estados Unidos, e sua infraestrutura imbatível.

A ideia poderá ser estendida para torneios de clubes, que já contam com times mexicanos. Entrariam representantes de outros países na Libertadores.

As Américas do futebol caminham para se tornar um único continente, enfim.

Apitos para 2010

A Fifa divulgou a lista dos 38 árbitros pré-convocados para a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. Assim como no Mndial anterior (na Alemanha), o gaúcho Carlos Eugênio Simon foi o único brasileiro inscrito. Os juízes irão ainda realizar testes técnicos, físicos, médicos e psicológicos. A decisão com a lista final sairá no final do próximo ano. Que Simon não apite a decisão da Copa…

CAFÁfrica (CAF): Mohamed Benouza (ALG), Coffi Codjia (BEN), Koman Coulibaly (MLI), Jerome Damon (AFS) e Eddy Allen Maillet (SEI. Obs. Apenas um árbitro do país sede foi inscrito para a Copa

ConcacafAmérica do Norte e Central (Concacaf) – Joel Antonio Aguilar (ESA), Benito Armando Archundia (MEX), Carlos Alberto Batres (GUA), Jair Marrufo (EUA) e Marco Antonio Rodriguez (MEX)

ConmebolAmérica do Sul (Conmebol) – Carlos Amarilla (PAR), Hector Walter Baldassi (ARG), Jorge Larrionda (URU), Pablo Antonio Pozo (CHI), Oscar Ruiz (COL), CARLOS SIMON (BRA) e Martin Vazquez (URU)

AFCÁsia (AFC) – Khalil Ibrahim al-Ghamdi (ARA), Matthew Breeze (AUS), Ravshan Irmatov (UZB), Subkhiddin Mohd Salleh (MAS) e Yuichi Nishimura (JAP)

UefaEuropa (Uefa) – Olegário Bartolo (POR), Ivan Bebek (CRO), Massimo Busacca (SUI), Frank De Bleeckere (BEL), Thomas Einwaller (AUT), Grzegorz Gilewski (POL), Martin Hansson (SUE), Viktor Kassai (HUN), Stephane Lannoy (FRA), Tom Henning Ovrebo (NOR), Roberto Rosetti (ITA), Wolfgang Stark (ALE), Alberto Undiano Mallenco (ESP) e Howard Melton Webb (ING)

OFCOceania (OFC) – Michael Hester e Peter O’Leary (NZL)