Córdoba – Impressiona a quantidade de turistas em Córdoba, sobretudo paraguaios. Os brasileiros, todos de amarelo e com bandeiras, não deixam por menos, mas o volume dos gritos de guerra é controlado pela hinchada do Paraguai.
Clima amistoso, como vem sendo até aqui na Copa América.
Porém, isso não impediu uma ação ostensiva da polícia argentina, presente em grande número no estádio Mario Kempes, como nos demais palcos.
Logo na entrada, um verdadeiro corredor polonês… Ou argentino mesmo.
Córdoba – Muito se falou do rebaixamento do River Plate no campeonato argentino, fato que deixou “metade” de Buenos Aires em tristeza profunda, ainda mais com o desempenho frustrante da seleçao nacional até aqui.
Mas chegou a hora de falar do outro lado da moeda, na segunda maior cidade do país…
Glória do Belgrano, de Córdoba, presente no álbum elaborado pelo blog, acima, do centro ao estádio Mario Kempes. Após cinco anos, o clube conseguiu subir para a primeira divisao, e de maneira histórica. Haja felicidade.
Em uma “promoción” contra o River, o time venceu por 2 x 0 em casa e segurou o empate em 1 x 1 no estádio Monumental de Nuñez. O blog entrevistou alguns torcedores do clube em Cabildo Historico e todos falaram com orgulho da festa com 50 mil pessoas no Patio Olmos, após a classificaçao.
Para completar, o maior rival do clube, o Talleres, campeao da Copa Conmebol de 1999, está na 3ª divisao. Abaixo, Luciano Moya, que considerou como um título de 1ª divisao…
Córdoba – O primeiro brasileiro que encontrei na cidade foi Rosinei Correia, paulista de 45 anos, viajando pelo país para curtir a Copa América. Mais do que o jogo contra o Paraguai, ele estava preocupado já com a final da competição…
A decisão será em 24 de julho, no estádio Monumental de Nuñez. Natural de Bragança Paulista, Rosinei afirmou que visitou a cancha do River Plate e fez um “trabalho” para garantir o tricampeonato continental do Brasil… A conferir!
Córdoba – Após uma madrugada inteira em uma viagem de ônibus, o blog chegou ao terminal da segunda maior cidade argentina, com mais de 1,3 milhao de habitantes. Ao desembarcar, com o relógio marcando 7h36, veio a surpresa, com Córdoba às escuras.
Aguardei um pouco e finalmente consegui chegar ao centro de imprensa. Localizado no centro, no bonito Cabildo Historico, o local é um palco natural para o encontro de torcidas. Os paraguaios que também viajaram pela estrada foram logo à praça.
Ao perceberem que eu era brasileiro, os hinchas “rivais” me chamaram para tirar uma foto. Na conversa, mais respeito do que provocação. Eles acreditam muito numa boa campanha do Paraguai, mas ainda observam o Brasil como franco favorito.
“Estamos em Córdoba para uma partida difícil contra o Brasil, mas a Copa América nao será decidida aqui. Nesse jogo nós vamos testar o nosso time, para ter a certeza de podemos continuar esse sonho de voltar a ser campeão.”
Declaração de Jose Vivas, um dos muitos paraguaios que embarcaram em Retiro, em Buenos Aires. Em relação ao confronto equilibrado, ele tem um pingo de razão.
Entre os adversário sul-americanos, a sua seleção é a que tem o melhor desempenho contra a Canarinha desde 2000. Sao 4 vitórias para cada lado e um empate.
Já em relação ao tal jejum de taças, o Paraguai, duas vezes campeão da Copa América, não a conquista desde 1979. Dificil saber se o hiato será quebrado em 2011, mas não é bom duvidar da ajustada equipe de Lucas Barrios.
Buenos Aires -A nove minutos do fim, o artilheiro peruano Paolo Guerreiro transformou o jogo Uruguai x México, na última rodada do grupo C, em um duelo de vida ou morte na Copa América. Obviamente, deixou o seu país um pouco mais tranquilo.
Uruguaios e mexicanos – que, curiosamente, vão decidir o título mundial Sub-17 – chegam à última rodada sem vitória, em um cenário bem diferente de Peru e Chile, que vão jogar pela liderança. Ambos somam quatro pontos.
Na noite desta sexta-feira, completando a rodada dupla em Mendoza, o Peru venceu o México por 1 x 0, em uma partida na qual foi bem melhor em campo, dando sequência ao equilíbrio visto nas seleções da competiço, ainda que o nível esteja abaixo do previsto.
Buenos Aires – Se a cidade de Jujuy já se despediu da Copa América após dois jogos, agora finalmente ocorreu a estreia de Mendoza, a quarta maior cidade do país.
Com 1 milhão de habitantes e um estádio com 45 mil lugares (Malvinas Argentinas), Mendoza estará presente até a semifinal do torneio.
Lá, a história do futebol já se fez presente. Em 1978, no último Mundial na América do Sul, o holandês Resenbrink anotou o gol nº 1.000 das Copas.
A noite desta sexta-feira, certamente, não foi um dos maiores capítulos esportivos de Mendoza, mas Uruguai e Chile fizeram uma partida de muita luta, com sete cartões.
Na Celeste, ressabiada pelo tropeço diante do time do Peru, duas chances perdidas nos primeiros 45 minutos com Suárez (travessão) e Forlán. E só.
No segundo tempo, aos 8, Pereira, após boa trama dentro da área, finalizou rasteiro. Festa uruguaia, curta. Maior aposta da Roja, Alexis Sanchéz empatou.
O empate em 1 x 1 deixou o caminho aberto para a história,, inclusive em Mendoza.
Buenos Aires – Antes de todos os eventos oficiais do torneio nos estádios e na TV argentina é realizado algo de praxe: música. No caso, Creo en America, a canção oficial da Copa América, cantada por Diego Torres, Ivete Sangalo e Choquitown.
Assista ao videoclipe oficial da trilha sonora em busca do troféu.
Buenos Aires – Neste domingo, nada de jogos na capital. Nas ruas, em vez de bandeiras, propaganda eleitoral, em todos os cantos. A população portenha irá às urnas.
Nas principais avenidas do centro foi quase impossível não encontrar esta semana militantes distribuindo santinhos de candidatos ao cargo de Jefe de Gobierno, para comandar Buenos Aires. Um deles chama a atenção… Javier Castrilli.
O ex-árbitro é conhecido de tricolores e rubro-negros por causa de uma atuação polêmica em um Clássico das Multidões em 1996, vencido pelo Sport, no Arruda.
Castrilli, que trabalhou nos gramados até 2008, faz parte do partido Acción Ciudadana.
O baixo índice de popularidade de Javier Castrilli, de 54 anos e que teve menos de 5% no último pleito, deve ser reflexo de seu comportamento nos gramados…
Curiosamente, o cargo atual de prefeito também está ligado ao futebol, com Mauricio Macri, ex-presidente do Boca Juniors entre 1995 e 2007.
Vale destacar que esta não é uma eleição para a região metropolitana de 12,8 milhões de habitantes, mas uma disputa pela capita federal, com 2,8 milhões de moradores e centro político do país, sob os olhares da presidente Cristina Kirchner.
Eleição também sob os olhares de Maradona, é claro.
Buenos Aires – Camisa 10 da Seleção na Copa América, o meia Paulo Henrique Ganso tem um estilo bem diferente do amigo e companheiro de Santos, Neymar.
Comedido nas entrevistas, no Twitter e no corte de cabelo. Em campo, a personalidade de um jogador diferenciado. Mesmo caladão, Ganso já virou referência entre os demais jogadores do Brasil. Eis uma expressão constante nos treinos em Los Cardales:
“Boa, Ganso!”
Neste exemplo, o grito foi dado por André Santos ao também lateral-esquerdo Adriano Correia, após um cruzamento na medida para Pato, que cabeceou para as redes em um treino de fundamentos. Sim… O passe certeiro ganhou o apelido de “Ganso”.
Por outro lado, quando o passe sai desordenado, os jogadores não perdoam…
Buenos Aires – Mesmo que não estivesse sediando a Copa América, a capital argentina ainda estaria respirando futebol dia e noite. Com mais de 15 clubes na região metropolitana, Buenos Aires é recheada de bares temáticos, exalando rivalidade.
Em novembro de 2010, na viagem anterior, o blog postou um exemplo de bares assim, com o Locos por el Fútbol. Agora é a vez do Tierra de Heroes, reduto de fanáticos.
Ao contrário do primeiro, mais moderno e localizado na nobre Recoleta, este fica na Avenida Corrientes, a 300 metros do Obelisco, no centro da cidade.
Se não conta com 15 televisões de LCD, o Tierra de Heroes tem um acervo histórico impressionante, com bolas de várias épocas, camisas de seleções e clubes argentinos assinadas por craques como Riquelme, além de um uniforme exclusivo do Santos, de Pelé. É possível ver até o primeiro cartão de acesso de Messi no Barcelona!
Chama a atenção as réplicas dos troféus da Copa do Mundo (Taça Fifa e Taça Jules Rimet), Liga dos Campeões da Uefa e Libertadores. Com esta, basta pagar 10 pesos (R$ 4) para tirar uma foto erguendo o troféu. Ponto para assistir à Copa América.
Ambiente legal, mas faltou uma coisa… Faltou a réplica da Copa América.